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História Icarus Ágape! - T1: Paciência...


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Olá pessoal acharam q eu não voltaria?
Espero q vcs estejam tendo um bom começo de mês e um novo ano, pk nessa pandemia quem está com um psicólogo bom? Eu estou tentando
Deixei abaixo uma conversa com minha amiga, meio spoiler kkk mais eu amo qndo ela usa essas figurinhas para representar meus personagens assim q ela revisa meu capítulo.
Obrigado há quem aguardou mais um capítulo.
A figurinha q representa o Chris é a q eu mais sou risada. 😂
Espero q aproveitem.
Gente... O app do Spirit tbm estão bugando com vcs, o meu só entra com dados móveis, ou só se eu desligar meu wi-fi. É bem chato, se sim ... Tomara q arrumem. Pra enviar o capítulo 75 foi uma luta.

Capítulo 75 - T1: Paciência...


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Paciência...


Agora era Ícaro e Chris Angel...

Depois que Tama deixou aquela casa, Ícaro ficou a sós com esse rapaz determinado.

Agora Ícaro fazia uma expressão de insatisfação ao olhar para o rosto atrevido de Chris Angel. Ele voltou para a casa com essa expressão de frustração que fazia Chris ter uma alegria momentânea antes de Ícaro o xingar de tudo que é nome existente de maneira pejorativa que habita nessa terra e fora dela.

ㅡ Que foi? ㅡ Chris murmurou ousadamente meio que provocando a raiva de Ícaro.

Era doce a chama do aborrecimento, era charmoso e atrativo de várias formas que instiga a astúcia de Chris Angel.

Ícaro fecha a cara no automático, olha para o rosto patético de Chris e suspirou pesadamente.

Resmunga um "quê" e Chris logo responde:

ㅡ Que o quê? ㅡ Chris Angel repete com um olhar espertalhão.

Ícaro franzi o cenho aborrecido, rebate:

ㅡ Q? Queijo.

ㅡ Levanta o rabo da vaca e da um beijo.

Foi essa resposta que Ícaro levou, ficou tão irritado e antes de sair deu o dedo do meio para esse sem vergonha a sua frente que simultaneamente deu de ombros para gesto desrespeitoso de Ícaro.

Ali a batalha talvez já estava a se desencadeando.



[...]

O jogo pelo visto virou...

Ícaro queria espaço pessoal, ele tinha esse espaço no entanto, a casa parecia pequena demais para esses dois.

Quando Chris Angel entrou em casa e foi para a cozinha deixando a caixa de compras sobre a bancada, Ícaro discretamente acompanhou com os olhos os passos de Chris Angel ao entrar e sair da casa, sentado no sofá com a pior expressão possível de frustração que morreu em seu rosto jovem quando ele viu Chris Angel trazer algo que logo de início lhe incomodou ao extremo.

ㅡ Espera aí... ㅡ Ícaro murmurou ao apontar para uma mala não tão extravagante que Chris Angel pôs sobre o piso de madeira.


Ícaro levantou do lugar assustado, se era o que ele estava pensando seria tão péssimo e constrangedor ficar sozinho com aquele homem que agora ele se encontrava em múltiplos estados de choque.

ㅡ O que te assusta? ㅡ Chris Angel exasperou e olhando para os olhos azuis profundo de Ícaro e acompanhando a confusão clara no rosto dele.

ㅡ Você só pode estar de brincadeira. ㅡ Ícaro falou atordoado. ㅡ Meus pais não estão, você não pode ficar aqui. ㅡ Disse sem freio disposto a mandar Chris Angel embora.

Era um misto de medo e desconforto que Chris notou nos olhos de Ícaro e isso meio que o incomodou, quando Ícaro ficava inseguro ele sempre colocava a autoridade de seus pais acima bem no meio da conversa. Chris deu um leve sorriso de infelicidade e se perguntou se ele, um homem adulto de vinte anos podia causar tanto pavor assim em um adolescente de dezesseis.

"Será que eu o como com os olhos?" ㅡ Se questionou.


E mas uma vez se sentiu um homem infeliz.

ㅡ Te assusto tanto assim? ㅡ Questiona por desencargo de consciência.

Havia muitas coisas que Chris Angel queria reparar, ele as vezes era intruso ao ponto de chocar Ícaro no entanto, ele só estava sendo espontâneo tentando tirar algo de bom da relação entre os dois porém, não funcionava em nada se o outro lado reagia de maneira restrita. Ao escutar Angel questionar Ícaro, suspirou e negou: "Quem que tem medo de você?"

Chris Angel sabia que Ícaro estava mentindo no entanto, fingir coragem não era um ato heróico, ele matava a própria língua quando não era claro quanto aos seus sentimentos que só conseguia deixar Chris Angel confuso sobre ter por onde começar.

Era um mês longo e eles teriam que se dar bem, queira Ícaro ou não.

Chris balança a cabeça entediado e ajeita o cabelo tão castanho quanto chocolate, ele é realmente charmoso, seu olhar é penetrante no entanto, Ícaro só vê valores nas atitudes ao invés das aparências.

ㅡ Eu não estou aqui porque eu quero. Seu pai me mataria. ㅡ Chris murmura. ㅡ Aliás foram eles que me mandaram aqui.

Ícaro ficou perplexo, ele não sabia qual era a verdadeira razão na qual seus país mandam um adulto para a casa onde seu filho está sozinho. Agora pensando bem ele começou a entender a razão de seu cartão não passar hoje de manhã, não era pela simples razão de ter um problema com o chip, talvez fosse porque estivesse bloqueado e isso explicava Chris Angel aqui agora.

Na verdade ele podia até ter um pingo de medo de ficar sozinho com Chris no entanto, de início seu verdadeiro medo era seu pai pegar eles juntos na mesma casa, junto com um interesse romântico, Ícaro não queria brigar, ele não queria levar um esporro do pai por estar sozinho em casa com um macho que estava lhe cortejando. Porém saber que seu pai sugeriu isso foi pior do que o pensamento inicial.

Ele desde o início pensava: " Quem meu pai vai pensar que sou se me encontrar aqui com ele?"

Agora pondo os pingos nos "i", ele fez algo parecido em segredo ao ficar sozinho com Tama na noite passada, mas de início não aparentava ser tão errado no entanto, agora ele se sentia péssimo, sentindo-se uma pessoa tão baixa que ter Chris Angel em casa não parecia tão ruim agora, suspirou humilhado pelos próprios pensamentos e incapaz de olhar para Chris Angel que deveria ter pensado a mesma coisa sobre ele assim que os pegou sozinhos nessa casa, arrebatado pelos próprios pensamentos acusadores Ícaro se viu querendo chorar de desgosto.

Porém nada que ele fazia, dizia respeito a Chris. Ele também não tinha como saber se Tama dormiu aqui ou não.

Muito humilhante.

A cabeça de Ícaro era seu próprio inimigo natural.

Ele não poderia ficar em casa com Chris, ele cheirava a Tama, seu corpo não estava bom, depois que a raiva baixou ele se encontrou em tantos problemas que com exito acabou por arrasar sua melhor face, vencido sem luta, só pode dar de ombros conturbado e lançou a mão no ar em símbolo de desdém e murmurou: "Tanto faz... Mas nem pense em tocar em mim."

Chris Angel deu um sorriso de alívio, ele não entendia a cabeça de Ícaro porém mesmo assim o achava uma gracinha. Deu uma risada breve e murmurou:

ㅡ Quer que eu te dê uma faca para se sentir mais seguro.

Brincou porém, ele não esperava que Ícaro respondesse pedindo para ele escolher a melhor da casa. Chris curvou os lábios em um sorriso agradável e reafirmou o que ele já havia dito a um bom tempo atrás.

ㅡ Sabe Ícaro... sou sincero com você então, não precisar ter medo de ficar sozinho comigo. ㅡ Chris Angel olhou para o semblante sério de Ícaro com simplicidade assim que colocou a mala sobre o sofá antes de Ícaro sair da sala. ㅡ Eu te disse uma vez e volto a repetir, se eu tocar em você vai ser porque você quer, e eu não vou precisar dar esse passo pois é você quem vai fazer muito antes de mim.

Ícaro estreitou os olhos: "como sempre falando bobagens", fez um bico inconsciente e resmungou: "Convencido." Deu de ombros antes de sair da sala e subir para o quarto. Chris deu um meio sorriso e murmurou para si mesmo: "É a mais pura verdade. E você sabe disso."

Chris Angel podia ser convencido como Ícaro sempre falava no entanto, ele era um homem de respeito e um cavalheiro, tudo que ele dizia podia sim ser a mas pura verdade, o desejo em seu coração é valioso, cheio de surpresas e ele sabe que pode ser sim um ótimo conjulgue perante a esse ser esplêndido que é Ícaro.


[...]

Chris Angel estava fazendo algo na cozinha, Ícaro olhou de supetão pela porta assim que atravessou a sala.

Arqueou as sobrancelhas vizualizando aquele homem alguns poucos centímetros mais baixo que Tama manusear uma faca sobre a tábua de corte, retalhando algumas salsinha e cebolinhas para o que quer que ele fosse fazer para o almoço. Chris Angel notou a presença peculiar de Ícaro e sorriu para ele, pensou que a familiaridade que ele tanto presava e pretendia obter estava a um passo de se tornar realidade, no entanto Ícaro lhe deu um sorriso forçado, a intrigante pergunta que esse rapaz incomodado mantinha dentro de si era: "Porque razão seu pai mandou ele aqui?"

Ícaro tinha olhos frios para Chris Angel, ele andou até o batente da porta da cozinha e apoiou o corpo na divisa olhando para o rosto daquele belo homem, Chris deu um longo suspiro orgulhoso e murmurou: "Está com fome? Ou só veio admirar?" ㅡ Deu uma risada frívola e cheio de segundas intenções e sussurrou: "Ou talvez você reconhece que é muito melhor me admirar do que ficar trancado no quarto?"

Ícaro sorriu em deboche diante da audácia de Chris Angel, se recusando a continuar brigando, fez um movimento de desprezo com a boca, reação que Chris Angel achava peculiar e nunca levava tão a sério, era até engraçado de se ver.

ㅡ Você sabe porque meu pai bloqueou meu cartão? ㅡ Ícaro questionou curto e grosso assim que começava a cruzar os braços atrás de respostas.

Chris parou o corte, ele havia tido uma conversa hoje cedo com Willian, ele não falou com Dédalo, somente com o irmão mais velho. O que fazia Chris Angel questionar se era verdade o que Will dizia sobre Dédalo ter dito para cuidar de seu filho, porém ele mesmo sabia que Willian não era nem um pouco a favor dessa relação entre ele e seu irmão mais novo. Fixou seus olhos aos de Ícaro, olhos que o enchiam de fascinação, olhos azuis e brilhantes. Tão brilhantes em contato com a luz do ambiente durante aquela tarde que Chris Angel poderia afirmar que emanava uma luz capaz de acender os quatro cantos da X-Gravitation.

Ícaro revirou esses olhos sem paciência e murmurou mas uma vez:

ㅡ Sabe ou não sabe?

Chris saiu dessa euforia dentro de si, balançou a cabeça se tirando desses pensamentos ousados e deu um longo suspiro.

ㅡ Quer saber o que ele disse? ㅡ Questionou. ㅡ Porém eu não acho que irá te agradar.

Ícaro franziu o cenho de insatisfação porém, se tornando conformado com esse BUM de informações em um só dia.

ㅡ Diz logo!

ㅡ Ok-Ok! ㅡ Chris limpou as mãos e começou a falar com um tom de sarcasmo o que lhe fora dito hoje. ㅡ Seu irmão foi quem falou comigo, não foi o velho. ㅡ Disse a verdade diante de olhos tão apressados. ㅡ Ele só te tirou de seu doce sonho por que você extrapolou os limites.


Limites? 


Quais limites?


Ícaro encaixou essa frase em sua pobre cabeça, ele não foi tão extravagante assim nessas últimas semanas. 


Sim... gastou um dinheirinho aqui e ali, mais do que gastava em um mês, porém foi com alimentos e saídas menos custosas, e aquele doce encontro com Tama em um sábado a noite na qual eles dois foram a um parque desfrutar da noite festiva brincarando nas barraquinhas e com ingressos para andarem de roda gigante e em outros brinquedos como Ícaro nunca se divertiu tanto na vida, comendo besteirinhas aleatórias feitas especialmente para noites assim.

Era esse doce sonho na qual Chris Angel agora implicava, na qual novamente não dizia respeito a ninguém.

No entanto, o ruim era que... dizia sim, quem paga a conta no final de mês não era ele e sim o tal velho que Chris menciona.

ㅡ Isso é uma injustiça... ㅡ Ícaro levantou o dedo, era um infortúnio cortar seu cartão só por isso. ㅡ Eu não mereço isso.

ㅡ Porém o problema real não é esse... ㅡ  Chris deu uma risada ousada diante da desgraça de Ícaro.

ㅡ E o que é? ㅡ Ícaro estreitou os olhos incrédulo.

ㅡ A sua avó está cheia de você, é isso. ㅡ Chris abriu um sorriso lindo. Agora sim Ícaro ficava incapacitado, sua própria avó denunciou ele? É isso?. Chris alargou mais seu sorriso inoportuno. ㅡ Ela cansou de você só ir lá para comer, e se você não vai, ela fica preocupada com sua saúde.

Agora Ícaro se questionava se ela o queria lá ou não, se estava cheia dele, então porque dizia estar tão preocupada?

Era de se dar risada, e agora a consequência era esse rapaz em pé diante dele lhe vigiando 24hrs. Ícaro cruzou mais os braços e terminou a conversa.

ㅡ Ok! Caso encerrado. ㅡ Chris deu seu ultimato. ㅡ O almoço sai daqui a pouco meu amor.

Ícaro estranhou o palavreado cheio de mimos daquele rapaz, inflou as bochechas e ameaçou dar uma porrada nele tirando um sorriso brincalhão do rosto de Chris Angel, apesar de Ícaro estar frustado, mesmo assim assentiu, deu meia volta abismado com aquela situação e foi em direção a varanda de casa, achou que precisava relaxar.



[...]


Depois de um tempo a fome aperta...

Alguém sem um tostão no bolso e a barriga roncando e sem habilidade nenhuma na cozinha se via a mercê de um homem independente.

Ali da varanda ele olhava para o quintal de sua avó que naquele momento deveria estar fazendo um almoço ótimo, a fome aperta mais uma vez, ele sente uma dor peculiar no estômago. Olha para a janela da cozinha e pensa o quão difícil é depender dos outros, apesar de inconformado com sua avó e incapaz de ir até a casa dela já que fora indiretamente expulso por um tempo indeterminado. Agora Ícaro pensava que talvez ela havia ficado irritada porque ele fazia questão de escolher o que ela faria para o almoço ou jantar no dia seguinte.

Se ele pediu um bolo, não foi mandando, no entanto, acabaria por descer lá depois para por essa história em panos limpos, ele não tinha culpa se só sabia lavar a louça ou fazer um miojinho caprichado. Fez um beicinho automático e aguardou o sinal de almoço pronto, ele nunca havia comido algo feito por Chris e esperava que terminasse logo. Perdido e inconformado Ícaro esperou por mais alguns minutos, entre esse tempo ele olhou para a tela do celular e nada de Tama ao menos lhe mandar uma mensagem perguntando como ele estava, agora se questionava se Tama estava sem tempo ou, não dava a mínima para ele afinal das contas, na noite anterior ele o teve por inteiro, o calor do momento era presente porém, agora só restava a lembrança e as marcas em seu corpo na qual ele deixou.

Olhou para a porta aberta de casa e se questionou se Chris Angel era tolo demais ou ele estava se fazendo de tonto, era tão óbvio o que acontecia com Ícaro que era impossível ele não notar, se esfregar na coberta do irmão para ao menos ter o cheiro de um Angel macho alfa não era suficiente comparado a Tama, apesar de Will ser mais velho e ter o cheiro familiar de casa, alguém mais poderoso era seu próprio pai, filhos tem cheiros dos pais, e Ícaro antes acreditava que não havia problema desde que ele ficasse sozinho em casa porém, aqui estava Chris Angel sendo um intruso.

Ícaro temia em parte Chris Angel por causa de William, ele que sabia de uma parte da verdade no entanto, não tinha provas, Will acreditava que Ícaro estava fazendo algo bem grave, no entanto, ele apesar de ver até então não abriu a boca para o pai o que levava Ícaro a acreditar que talvez ele não suspeita-se de nada. O fato de não querer tocar no assunto com Chris Angel sobre ele ter visto Tama, deixava o coração de Ícaro inquieto.

Ele pensava na possibilidade de Willian e Chris comentarem isso entre si, e Will começar a juntar dois mais dois, o coração de Ícaro se enche de insegurança e a fome dele em parte vai embora.

E como ele faria Chris Angel calar a boca?

E como ele faria para deixar isso passar despercebido?

Agora a mente dele se enche de nebulosidade sem ter uma escolha, se sentiu arrependido de ter cedido aos seus próprios desejos, trazer Tama para casa foi um erro tão grande quanto sossegar a alma foi um dos erros mais fatais que Ícaro cometeu. Porém a voz desse alguém na qual ele pensava lhe chamou para almoçar.

Ícaro deu um longo suspiro de infelicidade e mexeu seu corpo mole em direção a cozinha, lá ele depara com os olhos insolentes para ele porém, agradáveis para outros, o olhar de Chris não havia nada de ofensivo para Ícaro implicar mas mesmo assim fazia ele estreitar os olhos afim de saber o que passava na cabeça daquele homem.

Ícaro não pronunciou nenhuma palavra, ele pegou um prato e olhou para a panela, ele não sabia o que Chris Angel costumava a comer, no entanto, ele fez uma refeição adequada para o paladar dessa pessoa que olhava para ele diversas vezes com um olhar julgador. Para Ícaro que era um vegetariano árduo, ter uma refeição sem nenhum cadáver nas panelas era um alívio. Chris continuava a olhar para o rosto de Ícaro que encarava a comida antes de toca-lá,  se questionou se ele estava satisfeito ou julgando como sempre.

ㅡ Vai comer ou vai olhar? Olhar não satisfaz o estômago. ㅡ Murmurou colocando as mãos nos quadris tendo um olhar drástico e atrevido, em breve ele começaria a sorrir.

Ícaro tenciona as sobrancelhas como se fosse reagir mau, no entanto, ele amolece a feição e dá de ombros murmurando um: "Nada mau."

O cheiro era bom, a salada era o que Ícaro mais queria, ela era colorida e ele suplicava para que fosse bem temperada ao alho, azeite, limão e sal arisco. O arroz fresco e o feijão de caldo claro prendeu a atenção de Ícaro, havia na panela com um outro tipo de caldo com testura líquida e grossa que era nada menos que Carry de carne de soja com legumes. Realmente parecia bom, o elogio simples de Ícaro foi o bastante para agradar Chris Angel, observou ele se servir primeiro e logo em seguida o acompanhou na refeição, logo depois foram almoçar na mesa da sala de jantar.

Ícaro almoçava e Chris Angel o acompanhava detalhando cada movimento sútil do garoto a sua frente, Chris Angel estava sentado na cadeira do velho, aquela principal da ponta de uma mesa de seis cadeiras, ele pensava que queria ter uma família grande também como a de Ícaro. Pensava que em comparação há Ícaro que tinha três irmãos, Chris só tinha uma irmã mais velha. Suprir essa falta de parentesco para ele era mais que nescessário, um dever e agora olhando para o rosto singelo de Ícaro ele se via sonhando com algo que seus amigos a essa altura já tinham, a maioria eram comprometidos, alguns já pensavam em casamento como Willian e o marido de Andy. Porém, aqui estava Chris Angel desenvolvendo algo com uma espécie tão rara para aqueles tipos de Angels Homossexuais.

Normalmente Angels intersexo não tinha uma sexualidade definida, eles se davam bem com qualquer um, porém, não era uma regra, uma vez Chris conheceu um tal de  Rick, ele era Intersexo porém, definitivamente era hétero, bonito porém... Hétero.

Não tinha para onde correr.

Como ele também não se forçava a ser a que não era e muito menos deixavam força-lo a ser diferente, ele não deveria reclamar, somente aceitar. Andy o garoto intersexo mais próximo que Chris Angel conhecia, era um rapaz de baixa estatura e delicado como Ícaro porém, menos boca atrevida, mais recatado, olhos cor de caramelo e um cabelo loiro e brilhante, característica vibrante e nescessária em todos os Angels machos intersexo.


Pela cor e intensidade do cabelo, Chris Angel podia saber bem mais rápido quem era e quem não era seu par.

No entanto, Ícaro inconformado quebrou esse sincelo silêncio assim que terminou seu prato, ele agradeceu e olhou fixo para Chris Angel que pela expressão que Ícaro fez o clima começar a transparecer extremamente pesado. Ícaro fez um som de estresse e murmurou:

ㅡ Me faz um favor? ㅡ Pediu.


E pelo tom de voz Chris parcebeu que Ícaro estava preste a perder sua própria marra, então Chris Angel olhou para ele do mesmo jeito que um pai olha para um filho que está preste a revelar um pecado cometido.

ㅡ Que tipo de favor? ㅡ Questiona esse homem de olhos tão convicentes.

Ícaro engole em seco e tenta não transformar essa história em um monstro de sete cabeças, suspira e comenta:

ㅡ Não conte para nenhum membro da minha família que eu trouxe visita para casa? Eles não vão gostar. ㅡ Ícaro lamenta sua escolha infeliz de ter cedido a esse desejo aliado a fraqueza de não querer ficar sozinho.

Chris comprime os lábios e pensa que realmente Ícaro o estava obrigando a tocar no assunto, ele arqueia a sobrancelhas e joga a cabeça para o lado, olha para o próprio prato não terminado e faz uma expressão infeliz questionando a própria abominação que Ícaro cria nesse exato momento ao dizer algo assim.

ㅡ Se não era para trazer... Então porque o trouxe?

Ícaro range os dentes com infelicidade e suspira para quem lhe questiona, faz um sinal de negação espontânea com a cabeça e murmura:

ㅡ Não me julgue porque eu sei muito bem que não foi algo certo.

Chris olha para os olhos acuados de Ícaro, relaxa seu corpo na cadeira, pensa na cena que ele viu assim que chegou. Há olhos estranhos, aquela cena não pareceria nada de mas, no entanto, Chris Angel que é interessado em Ícaro viu algo que ele não queria ver. Ele estava evitando se intrometer porém, quando Ícaro o encara e o questiona, ele se pergunta se é certo temer ter uma conversa séria.

Deus tinha prova de que ele não queria de verdade se intrometer, ele queria deixar isso passar porque nem mesmo ele era santo, sua vida particular era igualmente a de Ícaro, eles dois eram solteiros apesar de haver "um acordo" entre muitas aspas entre as famílias. Não era nada forçado mas mesmo assim Chris Angel queria que Ícaro o aceitasse em breve, mesmo que antes disso ele tivesse suas aventuras. Então ele pisca várias vezes e pergunta:

ㅡ Qual é sua relação com aquele rapaz?

O coração de Ícaro para por um momento, ele engole em seco e a voz saí baixa, envergonhado e com receio repleto de medos chatos e catastróficos alojado na própria consciência assombra ele tanto que o único movimento que ele faz é tocar os dedos das mãos.

Chris se pergunta se ele vai falar ou vai surtar!

Então esse homem questiona Ícaro com mais simplicidade.

ㅡ Se não quer que eu conte a ninguém, então quer dizer que há algo entre vocês dois. Estou certo?

Chris apesar de perguntar diretamente, ele também prefere que Ícaro negue essa suposição no entanto, Ícaro não o olha nos olhos, ele se sente constrangido como alguém pego em meio a diversas mentiras, Ícaro sente que o coração vai pular pela boca.

ㅡ Ele não é meu namorado, ele é meu amigo...

Apesar de Ícaro expulsar essas palavras da boca, no fundo, elas dizem coisas, era como se ele negasse a si mesmo seus próprios sentimentos e acreditasse que Tama nunca iria gostar dele, que eles nunca teriam algo sério, que ele nunca iria chama-lo de namorado porque afinal das contas eles nunca ficariam juntos.

Contos de fadas não existem e disso Ícaro já estava cansado de saber.

Não importa quanto ele sonhasse alto, no final do dia ele sempre estaria com os pés nos chão.

ㅡ Não é? ㅡ Chris questiona com soberba como se não acreditasse em Ícaro porém, ele suspira e fala algo que ele aceitou para si mesmo como a verdade mais absoluta e libertadora. ㅡ Eu estou interessado em você, e você sabe disso. Porém... eu não posso fazer nada a respeito em relação a essa situação na qual você se encontra.

Ícaro junta a sobrancelhas, ele não entende Chris de primeira, ele o encara com espanto e o escuta.

ㅡ Não faz essa cara. ㅡ Chris dá um sorriso desajeitado, era claro que ele estava decepcionado, ouvir que seu crush gosta de alguém dói pra cacete. ㅡ Não é um segredo, agora somos conhecidos, quero sejamos amigos primeiro e quem sabe depois eu ganhe sua confiança para levar isso que temos há um outro nível. ㅡ Chris dá um sorriso simples e assenti com a cabeça para Ícaro. ㅡ Tudo bem para mim, porque agora não temos nada, sei que pareço tolo ao falar isso. Porém, não vejo problemas em você ter uma aventura, já que ainda não temos absolutamente NADA. Acho que seria muita covardia minha exigir algo assim de você.

Tudo... com tanto que no final Ícaro enxergue que Chris Angel é o melhor. Chris não quer alguém indeciso ao seu lado, então ele falava para si mesmo que Ícaro pudesse testar tudo, que prove tudo, para depois não dizer que está arrependido. Ícaro não está impressionado com Chris Angel, ele abre a boca incrédulo e murmura:

ㅡ Você é um idiota? Ou o quê?

Chris abre os olhos estagnado e põe tudo em panos limpos:

ㅡ Ok... não é que eu não veja problema em si, eu sinceramente não preferia que você o fizesse. Porém, eu não posso e nem quero te prender. ㅡ Chris suspira incomodado e dá de ombros. ㅡ Eu só quero que você entenda, que se você quiser um dia ficar comigo, eu não vou te prender em casa como um passarinho preso dentro de uma gaiola. Isso contato, que você me escolha no final.

Ícaro espreme os lábios e compreende no entanto, mesmo assim ele se vê apreensivo, ele tem medo de Chris Angel estar mentindo para ele e hora ou outra quando ele se vê entediado, contar a verdade para sua família.

ㅡ Você só está tentando me ganhar não é? ㅡ Questiona, crente nisso.

ㅡ Quando eu digo que meus sentimentos são sinceros é a mais pura verdade. ㅡ Chris forma um semblante simples. ㅡ A última coisa que eu menos quero é te passar medo. Tudo que eu quero é que você se dê uma chance para me conhecer melhor. Temos um acordo? Eu estou te cortejando.

Ícaro faz um movimento de estranheza com a boca, ele abaixa o olhar e suspira, se isso fizesse Chris Angel não dedurar-lo, ele cederia.


ㅡ Ok... eu vou tentar. ㅡ Ícaro diz enfim, tentar não tratar Chris Angel com estranheza. ㅡ Não faça eu me arrepender disto.

ㅡ Combinado.  ㅡ Chris murmura enfim satisfeito, ele estende a mão para Ícaro e dá um sorriso orgulhoso.

Ícaro ergue o lábio superior mostrando os dentes com desconfiança, exita porém, acaba por colocar sua mão na de Chris como um comprimento e um trato fechado. Porém Chris o surpreende ao virar sua mão e pousar seus lábios na base superior dos dedos de Ícaro lhe cedendo um beijo educado. Ícaro não sendo nada recatado franzi o cenho entre as sobrancelhas e empurra a cabeça de Chris para trás.

ㅡ Não abuse. ㅡ Ícaro murmura descontente.

Chris Angel que tem o rosto empurrado pela testa pelas pontas dos dedos de Ícaro, solta uma risada baixinha, ele gostava desse desafio amoroso. Abre um sorriso e senta reto na cadeira assim que Ícaro se levanta.

ㅡ Ok-Ok paixão. Já está indo?

Ícaro olha para Chris com petulância no entanto, relaxa o rosto e se conforma com o nome que ele o chama, suspira e agradece pelo favor e pelo almoço.

ㅡ Disponha. ㅡ Chris assenti sentado na mesa, vendo enfim Ícaro ir em direção a cozinha para lavar seu prato.

Já era um passo grande e sustentável em relação aos sentimentos de Chris Angel, ele centraliza os olhos para uma janela localizada no cômodo e olha em direção a montanha bem onde fica a divisa dos monstros, aquele rapaz aparentemente não era uma ameaça na perspectiva de Chris Angel. Alguém com tanta auto-estima e seguro de si não tende a temer outra pessoa, Chris Angel era como um Angel deveria ser, confiante e nunca disposto a ter que perder.

Eles eram péssimos em perder.

E nunca perdiam.

Desde o início ele sabia que Ícaro não era como os Angels mais comuns, ele estudou numa escola diferente, tinha amigos diferentes e com certeza teria amores diferentes. No entanto, o baque de saber que ele tinha interesse em alguém que não era Chris Angel, foi realmente chocante, ele pensou muito sobre isso enquanto fazia o almoço, seu moleque interior podia até ser pirracento porém, Chris Angel se conteu e tentou achar algo bom nisso, ele talvez estivesse sendo idiota como Ícaro mencionara.

Porém dar liberdade alguém que você gosta, não era um pecado. Issac o amigo ativo próximo de Chris era noivo de Andy e eles se casariam daqui um ano, sempre o via tagarelando que logo em seguida tentaria ter filhos, Chris Angel queria ter esse sonho também porém, com Ícaro haviam limites, desde que ele era bem jovem, Chris teria que sonhar daqui uns sete anos mais ou menos, esperar ele se formar, esperar Ícaro terminar a faculdade e só depois eles teriam esse espaço para criar sonhos.

Ele não queria criar sonhos sozinhos acabando com os sonhos de outra pessoa, se ele fosse mais jovem e voltasse aos seus dezoito anos seria mais relaxantes já ele teria tempo para pensar afinal apesar do drama, não fazia tanto tempo que ele já teve essa doce idade. No entanto, olhar ao redor e ver seus amigos se casando enquanto ainda está na mesma vida solitária fazia ele se sentir velho. Chris suspira e se conforma pela milésima vez em cinco anos desde que terminou com Eric.

Realmente... carregar essa carga era um infortúnio.


[...]

O quarto podia até ser grande no entanto quando Diego se apertava contra o corpo de Guilherme o espaço entre eles não existia.


Alguém teve uma idéia boba, Diego de início antes do ato rolar, ele teve uma idéia absurda. Ele bateu as mãos no joelhos assim que Guih olhou para ele com interesse, observou Din levantar seu corpo exguio do sofá de canto dentro do quarto claro pelas paredes brancas e as cortinas abertas chamando toda a intensidade da luz do sol.


Ele ficou em pé e disse a Guih sem nenhuma formalidade: "Certo. Vamos transar ouvindo música."


Na hora Guih comprimiu o cenho entre as sobrancelhas, e pensou no quanto aquilo era peculiar, ele nunca havia feito isso com ninguém. E Din não tinha esse costume aparentemente, ou será que tinha e nunca teve a vontade de fezer com Guih? não... até agora. Diego se moveu para a cama esperando o movimento de chegar do outro rapaz no entanto, Guilherme se manteu confuso. Apesar de curioso, e pensando o quanto ruim seria se achasse ótimo ser íntimo até demais, ele se via perdido de ter uma relação assim com alguém que ele não namorava.


Fazer sexo, ouvindo uma boa música era tão absurdamente de namorados que ele se sentia com um frio na barriga.


ㅡ Que tipo de música? ㅡ Guih sussurrou deixando seu celular de lado.


Diego olhou para o teto da casa, ele estava carente por isso sentiu um desejo enorme de fazer esse tipo de coisa, talvez ele estivesse sentindo vontade de ter um amor, era nescessário as vezes ter alguém para chamar de seu, um homem com esses pensamentos não suportaria ficar sozinho.


Tae e Aniki costumava a mencionar que se Diego não fazia boas escolhas para namorar, era melhor ficar sozinho. Ficar, beijar e ter sexo era uma arte, namorar era para os fortes e os poucos influenciáveis pelas escolhas de seus parceiros, você é você e a pessoa é a outra pessoa. Ter autonomia era uma habilidade que Diego não possuía, se possuísse ele não entraria em uma fria a cada pessoa que ele desejasse prender.


Quando Din ama, ele se torna dependente da outra pessoa, escolhendo enfim ficar só, ao mesmo tempo não suportando essa fatídica solidão se via constantemente afim de ter um gostinho parecido ao que é estar envolvido com outra pessoa. Automáticamente seus olhos se conectam aos de Guih assentindo para ele:


ㅡ O que você gosta de ouvir?


ㅡ Nada que seja meloso.


"Droga!" ㅡ Diego espreme os olhos e resmunga para si mesmo dentro de sua cabeça, ele queria algo mais quente do que Guih desejava.


ㅡ Chega. Vamos fazer do meu jeito.


Guilherme se levantou do lugar e questionou qual que era o jeito dele, Diego também levantou e foi para a mesinha de canto onde tinha um despertar moderno que emitia som assim que conectado ao aparelho celular, ele conectou seu IPhone ali e abriu uma playlist.


A canção iniciou calma de começo, era uma melodia que Guih ouvia as vezes no rádio da sala quando sua mãe ligava a estação FM.

Ele tocou subitamente nas mãos de Guih, seus olhos diziam algo que início esse rapaz de olhos de cores tão distintas uma da outra não o entendeu.

A única coisa que ele pensava, era: Estranho!

Agora o quarto tinha um clima diferente, ou era o estômago de Guih que enriquecia de ar. Ele engoliu em seco ao som da canção e tentou frear essa sensação louca dentro de si.

ㅡ Não se prenda.


Din sendo cativante, sussurra a Guih que se questiona:

Se prender ao quê?

Agora essa palavras  perambulavam pela mente desse jovem rapaz. Tudo que ele queria era parar de sentir essas borboletas insolentes em seu estômago ocasionada por aqueles olhos azuis tão deslumbrantes

Limites era tudo que Guilherme queria naquele momento.

No entanto, olhos profundos adentram em sua alma e lhe faz um pedido considerável.

ㅡ Já brincou de encenação?

Guih arqueia a sobrancelhas, a grande dúvida dele era o que Diego estava tentando fazer ao tocar suas mãos assim de maneira invasora no corpo desse ruivo, deixar seus dedos presunçoso arrastar sutilmente pela pele ardente de Guilherme lhe pedindo com astúcia um favor.

ㅡ Como assim? ㅡ Guih prende seus olhos aos de Diego e o questiona.

ㅡ Você se sente carente as vezes? ㅡ Sorri com malícia para o outro.

ㅡ O quê? ㅡ Guih solta um sorriso debochado. ㅡ Do que você está falando?

ㅡ Já namorou? ㅡ Diego complica a ousar dizer essas palavras estranhas para a outra pessoa.

Guih pressionada os lábios uns no outro, ele não vê nada demais em nunca ter namorado alguém. E agora com olhos tão presos aos dele enquanto a música rola ele se questiona se é realmente  ruim nunca ter namorado.

ㅡ Porque a pergunta?

ㅡ Namorou ou não? ㅡ Diego pressiona mais afim de uma resposta.

É constrangedor propor a Guih o que ele realmente quer assim do nada. Então tenta começar por algo, eram essas palavras nas quais Diego precisava utilizar nesse exato momento.

ㅡ Se você quer me zoar, eu já te digo que irei te dar uma dessa... ㅡ Guih desvincula uma mão e demonstrar a porrada que o outro vai levar.

Diego fecha os olhos diante da ameaça de pancada e sorri, insinuando que não era bem essa a intenção dele.

ㅡ É só uma curiosidade.

Guih balança a cabeça, suspira e assenti:

ㅡ Sim... nunca namorei. Vai fazer o quê? Meu cabaço você já tirou. O que você quer mais de mim?

Diego dá um belo sorriso e ri da maneira não convencional de Guih de dizer aquilo e passa a mão no lado esquerdo do rosto de Guilherme lhe cedendo um carinho frente a frente.

ㅡ Até hoje, de homem... você só transou comigo não é? ㅡ Diego questiona com a voz tão calma quanto o ambiente lá fora, as montanhas e até o riacho próximo da fazenda estavam em sintonia de calmaria.

ㅡ Homem? Sim... ㅡ Guih responde e olha para o teto de gesso branco daquela casa de fazenda.

Então ele se sente um pouco mau, ser homem implicava a ser também ativo sexualmente, não era bem uma obrigação, mais o fato deles serem homens carregava essa grande carga no final. Guih gostava do sexo, ele gostava de transar com Diego tanto quanto ele gostava de uma boa cerveja amarga trincando de gelada, se ele pudesse faria o dia inteiro.

Porém, a perspectiva era ruim, ter o ego afligido pela pouca experiência com outras pessoas assombrava drasticamente ele agora, fora Diego e Laryssa, Guih transou somente com uma pessoa fora desse ciclo, a garota da sua primeira vez depois de um cursinho de inglês. Ela olhava para ele e ele olhava para ela, uma vez a garota lhe pediu pra fazer um trabalho em sua casa e esse Guih inocente aceitou, e foi aí que aconteceu. Agora ele sai dessa lembrança e é acariciado pelas mãos de Diego, Guih estranha mais não afasta, ele olha para Diego com desconfiança e sorri perguntando o que era aquilo, Diego sorri de volta e não diz nada de início, ele só chega mais perto fazendo o coração confuso de Guih palpitar, ele ainda não sabia o que era aquilo mais fazia seu corpo inteiro tremer. Ele estava com medo de surtar, de seu coração criar pernas, vai pular e correr para fora do peito.

Se isso acontecesse... o que ele faria?

Era certo que Diego mexia com seus sentimentos porém, no entanto, Guih não pode sonhar com um sonho que não vira realidade, a única coisa que ele pode fazer é mentir para si mesmo e fingir que aquilo é só uma coisa de momento.

Diego parecia que iria beija-lo, no entanto, ele acaba por desviar o rosto, aproximar o corpo de Guih para mais perto do seu e o abraça tirando aquela ansiedade das mãos suadas de Guilherme. O rapaz de fogo, faz um som de surpresa e trinca os dentes enquanto é abraçado, ele relaxa aos poucos assim que Diego sussurra o quanto sente que ele está tenso.

"Não brinque comigo." ㅡ Guih pronúncia em sua mente.

Aquilo era uma tortura, ele sentia seu coração perturbado misturado em um misto de desejo insano, tão insano que ele afrouxa o aperto de Diego assim que o rapaz de pele tão branca quanto a neve morde seu ombro coberto pela camiseta de um vermelho tinto. Era tão enlouquecedor que ele toma uma atitude assim que tem a chance, empurra o corpo de Diego que caí de maneira involuntária sobre o colchão macio, surpreso porém, satisfeito com esse reação de um Guih que ele amansava e criava embaixo de suas unhas, assistir o movimento satisfatório dele de subir encima de seu colo e lhe beijar a boca sempre lhe tirava um gosto sedutor dos lábios.

Guih foi voraz, ele beijou até doer os lábios frios de Diego em contato com sua boca quente, eles tinham um choque térmico de início, se Din não o controlasse Guilherme se tornaria uma besta fera encima dele. Porém, incapaz de parar o beijo que vinha de encontro aos seus lábios Diego levantou seu tronco sobre os cotovelos entregando a língua para que Guih fizesse o que quisesse, ele logo ficaria excitado com aquele cara pressionando seus quadris com as coxas e joelhos, o peso corporal e movimento que ele fazia mesmo os dois vestidos conseguiam tirar suspiros mútuoyaá dos lábios deles.

Guih o apertava com tanto desejo subindo encima do seu corpo como se fosse entrar dentro dele não deixando nenhum espaço de ar entre seus corpos fazendo Diego se ver ansioso, ele queria beijá-lo, queria tocá-lo, traze-lo para si e torná-lo seu.

Era pedir demais?

Guih era um passivo assanhado, um dos melhores parceiros de sexo que Diego já teve, não tinha como compará-lo com outra pessoa, e assim Din se via pensando que já que Guih nunca namorou, o primeiro com certeza seria sortudo por tê-lo, ele era tão instigante, não reprimia fogo e quando se mostrava atraente ele te seduzia só para ter mais prazer. Em relação ao amor, Diego não entendia Guih por esse lado, ele só entendia o lado sexual, ele só viu isso até agora.

E por mais incrível que pareça aquilo criou uma curiosidade esplêndida em Diego.

Quando seus lábios se desconectaram e Guih mostrou uma expressão eufórica onde suas bochechas se viam belamente coradas enquanto ele arfava por ar, satisfez tanto Diego que ele sorriu da maneira mais simples apreciando aquilo que ele causava em Guilherme. A boca dele abriu e fechou excitando Diego porém, assim quando cedeu o rosto mais uma vez para beijá-lo, esse rapaz com pensamentos travessos porém, ao mesmo tempo bondosos, com charme colocou os dedos sobre os lábios dele e sussurrou:

ㅡ Vamos brincar já que você quer tanto... ㅡ Murmurou. ㅡ Deita nessa cama e seja um bom menino.

Guih juntou as sobrancelhas, ele ainda não compreendeu, Diego disse para Guilherme tentar parar de entender já que estava tão na cara o que ele realmente queria. Disse por fim simples e de olhar sereno:

ㅡ Quer ter algo diferente hoje? Aí quem sabe eu te dou o que você quer?


Guih pensou, ele não entendeu qual era a intenção de Din mas se ele teria o que tanto almejava, ele faria qualquer coisa.

ㅡ Você não vai pedir algo estranho não é?

Din espreme os olhos em desconforto.



ㅡ Não faça disso algo complicado.

E não era?

Guih lhe mostrou um sorriso intrigado e como Diego disse antes, ele enfim tomou posse de Guih, lhe tomou nos braços mesmo que o outro enrijecesse o corpo, o deita sobre a cama na qual ele dorme e sobe encima do pobre corpo do outro rapaz. Quando Guih questiona o que Diego tem na cabeça, se referindo ao que ele está pensando nesse exato momento, o outro sorri com extravagância.

ㅡ Vamos fazer isso calmante? Eu te quero quente e dócil agora.

Isso surpreende Guih, por tal razão de que ele não era dócil com Diego, na verdade ele não era assim meigo e teimoso com ninguém, com Laryssa ele só seguia o desejo, era cuidadoso com ela no entanto, nunca fora meloso. Era certo que ficava com ela nas escadarias do prédio mesmo assim era como marcar para ficar com qualquer outra pessoa, ele tinha um carinho absurdo por ela, era louco por ela no sentido de que seria capaz de fazer tudo que ela pedisse.

Mais de amor? Ele nunca falou com ninguém.

James o teve só no sentido de beijar-lo na boca, Din o tinha do jeito carnal e agora lhe pedia um carinho singelo e momentâneo. Guih de primeira tem um espanto, suspira atordoado e questiona:

ㅡ Você está querendo que fiquemos de agarração como dois pombinhos? É isso?

ㅡ O quê tem? Você brinca o tempo todo desse jeito com a sua garota. ㅡ Diego põe em palta não querendo se sentir menos que Laryssa.

Se Laryssa tinha isso e por qual razão ele não podia ter também?

A questão era que Guih, se sentia um pouco desconfortável, ele internamente lutava contra seus dragões hormonais sempre que alguém como ele não profissional na hora de diferenciar sentimentos de sexo se colocava numa situação dessa, um adolescente com uma cabeça tão prematura quanto Din e Guih simplesmente sorri um para o outro e assentem quase de imediato: "Vamos tentar."

Não estou acostumado a isso. ㅡ Guih sorri mais ao confessar isso.

ㅡ Vamos tentar isso as vezes. ㅡ Din sussurra com um sorriso simples e agradável fazendo um gesto de espaço mínimo entre o polegar e o indicador.

Tudo porque Guih estava obcecado, ele pensava naquilo que Din mencionou anteriormente, e Guih que nunca teve um toque tão íntimo queria aquilo muito mais do que seus limites permitiam. Posto naquela posição assim que Din começou a beijar seus lábios, beijos sutis e ao mesmo tempo profundos fez Guih questionar se beijar alguém apaixonado tinha essa mesma sutileza.

Se esse era o tal Diego cheio de amor e carinho, se era... então ele enxergava agora um "eu" que Guih queria ver muito mais por pura curiosidade.

Din acariciou o rosto de Guih as costas da mão olhando profundamente nos olhos dele, Guih perturbado tendo seu corpo pressionado sobre a cama dá um sorriso de deboche, na realidade ele estava ficando constrangido, então por essa razão o sorriso estranho surgiu em seus lábios.

Din faz uma expressão um pouco irritada como se pedisse para Guih ser mais profissional e quando o rapaz engole em seco tentando ficar calado Diego volta, ele toca Guih, conecta seus lábios aos deles, ergue o tronco e abre o zíper da calça, ele faz o mesmo com a de Guih o despindo pela parte de baixo primeiro, continua o beijo com intensidade de suas línguas tocando uma na outra, o desejo cria e ganha forma entre o espaço que eles quase não deixam existir entre seus corpos.

ㅡ Guih...


Sedento pelo momento Diego sussurra seu nome, cede o corpo, prepara quem ele chama com os dedos e quando Guilherme suspira diversas vezes lhe enchendo de tesão Diego põe seu pênis enrijecido para dentro. Ele espreme o corpo dele contra o seu, estoca e idealiza a beleza assim que as pernas do rapaz abaixo dele estão trêmulas de ansiedade, elas mexem, uma delas cede para o lado quando Din se encaixa bem entre elas. Faz um movimento de vai e vem, faz um pouco mais forte, não é selvagem, é calmo, e as vezes apressado, apressado quando Din deseja sentir e proporcionar a Guih uma sensação gostosa de fricção.

Era quase uma arte o que eles faziam, ver Guih ofegar e murmurar para si mesmo o quanto aquilo era bom, era um presente divino na qual os ouvidos de Din recebia com carinho. Ele foi mais preciso, encheu Guih de expectativa e sentimentos bons, se entregar a ele e acreditar que a única preciosidade daquele momento era os olhos de Guih que não desgrudavam dos de Diego, as mãos inquietas do garoto ruivo acariciou o rosto pálido porém agora corado, o beijo sútil dos lábios frios dele se prenderam a pele ardente das mãos de Guilherme.

Eles dois eram fogo e gelo, elementos que não existem juntos porém, ainda sim eram partes um do outro!

No final Diego mentiu, ele terminou e não deu o sexo oral que Guih idealizou porém, saiu ofegante de cima dele, e deitou ao seu lado. Guih apesar de enganado não se via irritado, o que ele sentiu foi mas que suficiente para agradá-lo que apesar de saber que foi burro, não era tão horrível assim de aceitar. Guih ergueu os lábios em um sorriso satisfeito e se vira de lado, segurou a cabeça com a mão apoiando o tronco sobre o cotovelo e olhou para o rosto de Din, apertou seu nariz com tanta força que Diego gritou, sacudiu a cabeça e se soltou.

ㅡ Mas... que porra! ㅡ Din resmungou pondo a mão sobre onde agora estava dolorido pelo apertão.

ㅡ Eu não tolero ser enganado. ㅡ Guih usa uma voz atrevida ao dizer isso.

ㅡ Quem que foi engano aqui? ㅡ Diego estreita os olhos e aponta para as partes íntimas do rapaz ao seu lado. ㅡ Você não teve um orgasmo? Essa porra aí não é minha.

ㅡ Se não é sua... é de quem então? ㅡ Guih tira uma da cara dele, sorrindo cheio de sarcasmo.

ㅡ Aí caralho... é seu essa merda aí. Não é?

Agora foi a vez de Din sorrir com intensidade recorrente e apertar o nariz sardento de Guilherme que lhe dá um sorriso de volta.

ㅡ Boquinha suja. ㅡ Guih tem uma expressão satisfeita, toca os lábios de Diego. ㅡ Que tal chupar minha bolas?

ㅡ Se eu chegar perto delas eu irei mordê-las. Te aviso desde já. ㅡ Ele fecha os olhos e volta abrir, apesar de difícil, ele não era um pau no cú. ㅡ Tenha paciência, um dia sua vez chega.

ㅡ Vixi... eu vou esperar sentado. Pelo visto vai demorar.

ㅡ Não seja exagerado. ㅡ Din balança a cabeça, era constrangedor ceder para aquilo na qual ele deve ajoelhar.

Diego deixou avisado e fez uma ameaça antes então Guih via que iria demorar, se demorasse muito ele ficaria velho e nunca mais deixaria Din leita-lo de novo, Guih iria levar isso para o sarcasmo porém, agora ele se via bem mais satisfeito e imaginado que essa maldade de Din era um infortúnio, olhou para os lábios de um tom clarinho de rapaz na qual ele dormia e suspirou pensando na vida amorosa dele.

ㅡ Com quem foi seu primeiro beijo? ㅡ Guih questiona com curiosidade. ㅡ O meu foi aos quatorze anos com uma tal de Milena, atrás da escola durante o intervalo, eu acredito que ela estava chupando uma bala de morango, a boca dela tinha um gosto adocicado. Eu havia almoçado macarrão nesse dia, se ela gostava de mim ou não, eu não sei, mas acho que desencantou depois de provar o gosto do macarrão.

Diego ouvi Guih, sorri para essa revelação, faz uma expressão de asco só de imaginar, e Guilherme apesar de estar sorrindo, fica constrangido e empurra ele no peito, Din o chama de "menino do macarrão" e diz que esse deve ser o apelido dele sempre que essa tal de Milena menciona o primeiro beijo dela. Guih encurta a sobrancelhas e pensa que esse fato pode sim ser o pesadelo dessa menina até hoje e então cai na gargalhada.

ㅡ Ok... ㅡ Din faz uma pausa no meio da risada, ele põe as mãos sobre o peito e olha fixamente para o teto puxando a lembrança de seu primeiro beijo. ㅡ Bem... quando eu dei meu primeiro beijo eu estava na sétima série, tinha doze anos... ㅡ Din faz outra pausa e relembra de uma situação perturbadora na qual ele teve com Guilherme nesse dia, ele olha para o olhar atento de Guih em sua história, engole ela por enquanto e continua a contar. ㅡ Voltando... eu tinha doze, nesse dia a gente teve um interclasse lembra?

Diego questionou tentando lembrar Guih aos poucos desse dia infeliz, no entanto o garoto ao seu lado que esteve em tantos interclasses por ser um atleta que simplesmente boia para a lembrança em específico.

ㅡ Uma garota pediu para ficar comigo em um cantinho escondido pelo colégio durante esse interclasse. ㅡ Ele arqueia a sobrancelhas para Guilherme dando ênfase na palavra em negrito dando uma dica sobre essa lembrança. Guih estranha pensando o que ele está tentando dizer, Diego suspira quando Guih não lhe dá bola então Din continua a história. ㅡ Eu nunca tinha beijado na vida. Meu medo era que ela soubesse disso. Afinal o Ex vesguinho estava na área e ele não podia ter má fama.

ㅡ Para que ter orgulho do primeiro beijo? É o primeiro, e nem todo mundo é bom nas primeiras vezes. ㅡ Guih murmura.

ㅡ Ah, vai falar isso para mim a três anos atrás. ㅡ Diego sorri relembrando, falar era fácil ele queria ver fazer.

ㅡ A primeira vez que eu fiz sexo não foi tão surpreendente assim, foi no ano passado depois do meu curso de inglês, durante um trabalho escolar e acabou em uma transa desajeitada no sofá da casa dela, nem Jenny e muito menos eu sabia o que estávamos fazendo. ㅡ Guih lembra disso como fosse ontem, o trauma foi enorme. ㅡ Eu não detesto, porém, tenho vergonha de mim mesmo só de lembrar.

ㅡ Ah! O pintinho então teve seu momento de glória aos quinze anos? ㅡ Diego ri ao dizer isso.

Jenny então era o nome da felizarda.

Guih olha para o seu próprio pênis, ele não era muito diferente em tamanho comparado ao de Din, o membro do outro era um xodó para Guilherme, e então ele olhou para o membro do outro cara com carinho, era tão bonitinho, a cabeça era da cor de um sorvete de massa sabor morango, chegava até ser delicado e fazia Guih sorrir de nervoso ao pensar que aquilo com certeza seria uma de suas partes preferidas em Diego.

ㅡ Eu transei com a Julie, uma amiga próxima, foi na oitava série. Eu acho que ela gostava de mim. ㅡ Din fez uma expressão de conformidade. ㅡ Mas agora tanto faz, ela estuda em outra escola e nem nos falamos mais.

Ah.... O Kharma dos J, Guih ironiza!

ㅡ Você gosta dela ou gosta da Sophie. ㅡ Guih murmura.

Guih sente algo no tom de voz de Diego e questiona já que ele não tinha um pingo de tempo para indecisões desde que brigou com Sophie por causa do amor não correspondido dele.

ㅡ Eu já gostei dela sim... ㅡ Diego confessa. ㅡ Mais agora é um assunto do passado. A gente nem sempre gosta dos outros para sempre.

Guih arqueia a sobrancelhas e acha válido, tem uns meses que ele parou de achar que gostavq de Ícaro, acreditou que era amor e se iludiu com essa emoção. Ele olhou para Din e suspirou, abaixou ao pé do ouvido dele e sussurrou um segredo:

ㅡ Sabia que eu gostava do Ícaro?

Din olha estanho para Guih assim que ouve e pensa no infortúnio dessa descoberta e ele se questiona o que Ícaro tem de interessante que as pessoas são tão teimosas em gostar dele.

ㅡ É sério isso? ㅡ Ele ainda guardava esse rancor por causa de Sophie. ㅡ Ah... fala sério Guih. ㅡ Din relaxa o corpo e depois de uns minutos se conforma. ㅡ O que ele tem de tão interessante para chamar a atenção de vocês?

ㅡ Ele sempre me tratou bem... ㅡ Guih deu de ombros, ele acha que Din deveria parar de implicar com Ícaro só por que ele era seu rival no amor. ㅡ Ele não é o meu tipo porém, ele sempre me olhou com olhos de simplicidade. Ele é um alguém cativante. Ele é um Angel, ele é naturalmente interessante.

Angels são charmosos, exigentes e descidos!

ㅡ Ah! Isso é igualmente o que eu sinto pelos meus pais. ㅡ Diego estala a língua e faz uma expressão de quem não entende. ㅡ Acho que você esteve confundindo gratidão com amor.

ㅡ Também acho. ㅡ Guih assenti. ㅡ Hoje em dia eu sei que gosto dele como amigo porém, me sinto mau as vezes por ter tido um dia esse sentimento. Nunca conte isso para ele. Ok? Eu nunca irei mencionar isso enquanto eu viver. ㅡ Guih pensa e acaba soltando algo que ele não queria. ㅡ A única pessoa que eu contei foi para Tama, na verdade ele descobriu, ele me deu meu primeiro beijo e passou o rodo em quem eu gostava. É naturalmente um traíra.

O sorriso no rosto de Diego morre e ele pensa nos absurdos um atrás do outro sobrados pela boca de Guilherme, logo em seguida murmura: "O quê? Espera aí, você beijou Tama? E ele está ficando com Ícaro?"


Quando Guih que se sentiu tão íntimo para contar seus segredos, acabou por não se tocar que o segredo dele também era o segredo de outras pessoas, ele arregala os olhos e em um impulso nervoso pula sobre o corpo de Diego o prendendo sobre a cama e ameaça:

ㅡ Não é para contar para ninguém. É sério? Eu te mato.

Guih dá uma broca e ao mesmo tempo se julga por ter soltado essa maldita língua, Diego nenhum pouco afligido fica boquiaberto com essa revelação e pensa em Tama e em Ícaro: JUNTOS!!!, era esquisito e perturbador, então ele começa a rir e Guih fica com o coração pesado, ele se joga na cama e resmunga incrédulo de ser um homem tão fofoqueiro:

ㅡ Aí que merda! Se ele já parou de falar comigo uma vez. Agora ele para de vez!

Diego com seu corpo nu igualmente ao do outro se senta sobre a cama, tenta segurar o riso e fala que não vai espalhar essa informação pela razão de que era um segredo ridículo e ele não entendia porque Guih tinha tanto medo assim, Tama nem namorava Fanny mais, os dois eram solteiros porém, quando Guih murmura sobre o real tormento de Ícaro, Diego entende mas também fica aliviado de Ícaro gostar de Tama ao invés de Sophie.

Porém... era um alívio sujo. Era injusto comemorar as custas da dores dos outros!

ㅡ O buraco é mais embaixo! ㅡ Guih balança a cabeça em negação. ㅡ Você sabe como é a família dele. ㅡ Resmunga triste e inconformado. ㅡ Nossa... o pai dele mata ele se souber que ele anda se engraçando com alguém como Tama.

ㅡ Eles são quem? Romeu e Julieta? ㅡ Din murmura encurtando as sobrancelhas, achando patética essa história sobre amor impossível.

Guih dá de ombros e Diego olha para um canto vazio do quarto e depois para o rosto de Guih e pensa que hoje em dia era ridículo os pais mandarem no relacionamento dos filhos, mas não era segredo que a raça de Angels viviam na idade média e não nós anos 2000 como a maioria dos Amazonas dentro da X-Gravitation.

ㅡ Ah, não! Romeu e Julieta tem um final triste. ㅡ Guih comenta com um olhar ainda mais entristecido. ㅡ E eu não quero que isso tenha um final triste. Entre a família e um amor, a família sempre vence. O pai dele é bem retrógrado, o meu também... ㅡ Guih não gostava de falar sobre o próprio pai porém, estava ele aqui o mencionando. ㅡ O meu pai não me aceita assim... nunca gostou, sabe desse jeito... gostando de meninos. Acho que é por isso que eu demorei ficar com um.

ㅡ E o que ele tem haver com isso? ㅡ Diego franzi o cenho, olha fixamente para Guih. ㅡ A bunda que você está dando é sua ou é a dele?

ㅡ Ué... não foi ele quem me fez? ㅡ Guih dá um sorriso forçado ao dizer isso.

Diego pensa que filhos não são propriedades dos pais, filhos não são exclusivos de quem os fez e sim para o mundo, cada um vive sua vida individualmente de qualquer forma.

ㅡ Não tem nada haver, seu pai não pode se sentir dono de você. Só porque você veio das bolas dele, me perdoe a palavra, mais todos os pais morrem um dia, e você não irá junto com eles sem que seja consequência do destino. E no final eles também não vão junto com você, todos somos seres autônomos. ㅡ Diego questiona esse paradigma entre famílias. ㅡ Dinho é meu irmão gêmeo, estivemos no mesmo ventre, de uma mulher que eu nem sei quem é. Se meus pais nem me criaram porque eu devo me importar com eles no futuro? Meu irmão nasceu comigo, mais você acha que ele vai morrer comigo também? Fala sério... não, não vai... porque somos duas pessoas diferentes. E você acha que deve ligar? Meus pais verdadeiros nunca vieram atrás de mim, para saber pelo menos quem eu sou. ㅡ Diego estava falando sobre Guih mas ao mesmo tempo ele estava desenterrado uma dor lascívia escondida no peito que fazia seu tom de voz começava a mudar para um tom rancoroso cheio de inconformidade. ㅡ Isso tudo é uma grande bobagem.

Guih olha Din nos olhos e se senta sobre a cama bem mais próximo dele, seus olhos estavam doloridos e a expressão dele eram de se dar ainda mais dó.

ㅡ Te dói não é? ㅡ Guih questiona e toca o cabelo claro do outro e pensa que é difícil saber que você foi rejeitado pelos seus pais biológicos.

ㅡ Nem tanto. ㅡ Diego fala e se enche de orgulho porém, aquela dorzinha nunca deixa ele em paz. Então como um consolo, e ele infla seu ego. ㅡ Nem ligo, eu sou feliz sem saber.

Guih tem um olhar simples, ele sorri com tristeza e pensa no que Din lhe disse, ele queria ter pensamentos bons porém, sempre que lembra de como seu pai lhe tratava como um lixo descartável era uma imagem tão sofrida, que ele se sentia péssimo.

ㅡ Meu pai nunca gostou de mim, ele me achava fraco, e eu sou porém, parei de chorar por qualquer coisa. ㅡ Guih lembra do terror que ele vivia todo dia sem descanso em casa e suspirava lamentando essas lembranças. ㅡ Ele odiava ver alguém chorando, ele ficava tão nervoso, quanto mais nervoso mais ele batia. Judiou muito da minha mãe, e eu odeio ele por isso.

Diego pensa agora que é duro ter uma vida assim, desde criança tudo que você conhece é a violência, porque um homem grande e covarde aos olhos de uma criança espanca quem te amamenta, quem te coloca no calor do seio e te deixa viver através desse ato de amor que é a amamentação, é dolorido as primeiras vezes, porém essa mãe suporta isso. A mãe adotiva de Din pode não tê-lo carregado no ventre no entanto, ela os amamentou, a coitada perdeu seu bebê bem antes de nascer no entanto o leite materno gerado para amamentar um neném morto, acaba por amamentar dois recém-nascidos carentes.

E era essa uma das partes do quebra cabeça que faz parte da história de Diego e Diogo, cheias de misteriosos até hoje.

No final ele sorri e relembra a própria memória querendo saber se Guih ainda lembra também, deixa a tristeza de lado e puxa uma conversa bem mais agradável:

ㅡ Chorar é um de seus deleites? ㅡ Din questiona. ㅡ No dia do meu primeiro beijo você estava chorando. Eu tinha acabado e você passou com os olhos deste tamanho. ㅡ Faz um exemplo de olhos chorosos.


Guih que sorri vendo Din debochar da maneira que alguém chora faz Guilherme começava a pensar com mais profundidade, e enfim teve um lampejo de luz encima de sua cabeça e quando relembra ele resmunga ao apontar para Diego.


ㅡ Naquele dia em que eu pisei em seu pé descalço?


ㅡ Você pisou de propósito. ㅡ Diego acusa já que era um fato, não uma suposição.


ㅡ Pisei mesmo. Você foi maldoso comigo! ㅡ Guih relembra o motivo sórdido. ㅡ Sorte a sua que eu nem lembrava mais, se não, eu nem falaria com você hoje em dia.


ㅡ Ah! Eram implicâncias de crianças. E a gente se resolveu no mesmo dia. ㅡ Diego lembra com desgosto, era uma humilhação. ㅡ Deixa isso no passado.


Ele pensa agora que esse era o motivo de Sophie não gostar dele, ele era uma criança muito irritante. Voltando a uns anos atrás quando eles tinham doze para treze anos, houve um interclasse durante o período da tarde no colégio, Din foi puxado por uma garota para um canto qualquer e bem ali ele teve o seu primeiro beijo.


Nesse exato momento Guilherme estava enrolado com um jogo de futebol enquanto Diego perdia seu BV, naquele dia ele havia ficado no gol, estava indo tudo ótimo, até que os garotos da oitava série entraram em quadra para jogar contra eles. O jogo seguiu, as salas assistiam a partida, eles eram muito melhores e mais altos comparado aos pobres garotos da sétima série que estavam perdendo de lavada, mais eis que entre eles se destaca um garoto alto e bonito, forte chamado Brandon Lee, ele arrebatou a atenção de Guilherme completamente, distraiu seus pensamentos, fez um movimento proibido ao tirar a camisa durante o jogo expondo seu corpo suado diante de um garoto que estava entrando na puberdade, seu corpo de quatorze anos era deslumbrante aos olhos de Guilherme que só tinha treze e seu único deleite naquele dia foi somente engolir em seco diante daquela imagem, o rosto e o corpo de um garoto popular foi o bastante para prender a atenção de Guih e dar espaço a um erro fatal, aquele rapaz tomou posse da bola, um Guih hipnotizado o acompanhou com o olhar aprontando sua defesa, Brandon foi em direção ao gol e quando ele chutou, a bola de coro com o peso nem inferior a 410g e nem superior a 450g voou na direção de Guih que se preparava para defender o gol porém, a bola foi alto mais ou menos da altura dele que na época era 1,65 cm. Foi forte, a bola infeliz foi tão rápido no ar e por felicidade ou tristeza não entrou no gol pela simples razão de que seu alvo incerto e ao mesmo tempo certeiro  bateu com tanta força no rosto de Guih que quase faz ele cair no chão da quadra com a pancada.


Esse Guih de treze anos desnorteado e sentindo uma dor de cabeça forte, também sentia o rosto adormecer, ele teve um corte por dentro da boca sobre o lábio superior. Os garotos questionaram se ele estava bem porém, Guih não emitiu um som, a dor foi tão forte que ele sentiu vontade de chorar, se conteve, engoliu em seco e saiu da quadra afim de um lugar sem ninguém. Nenhum dos garotos em choque impediu sua saída. 


Quando saiu da quadra, Guih foi até o bebedouro chorando em silêncio, a boca começava a sangrar, sangue quente só fazia o corte arder mais, era uma situação tão ridículo, se sentia com tanta vergonha que ele desejava sumir, se distraiu com aquele rapaz e quase chorou na frente de todo mundo, ele nem podia ir agora até Ícaro que naquele momento estava na sala de sua mãe ajudando ela com sei lá o que, ou ganhando tempo desde que Tama não falava mais com eles, quando a água gelada entra em contato com o sangue faz um som esfriando o sangue quente como brasas de carvão. Foi nesse momento que Diego viu Guih, ele estava com os pés descalços depois brincar de pique-esconde do lado de fora da sala de ginástica com o pessoal da sexta e alguns membros da sétima série da sala vizinha na qual aquela garota uma amiga especial que ele beijou a pouco tempo fazia parte também. 


Assim que ele viu Guih beber água e fungar enquanto soluçava, fez Diego o estranhar, estreitou os olhos e aproximou as sobrancelhas achando ridículo e ao mesmo tempo tão engraçado um garoto daquele tamanho chorando enquanto bebe água que ele não conseguiu resistir a esses pensamentos, resolveu questionar o motivo assim que a curiosidade aumentou drasticamente.


ㅡ Você está chorando?


Guih pego de surpresa por um colega, grita que não é isso que Diego está pensando.


ㅡ Eu não estou chorando! 


ㅡ Está chorando sim, eu estou vendo. ㅡ Diego aponta para seus próprios olhos e afirma aquilo que Guih insisti em negar.


ㅡ Não estou! ㅡ A dor dele em parte passa com a raiva que ele sente por Din ficar lhe provocando.


ㅡ Está sim... ㅡ Diego afirma novamente. Ele não entende porque Guih não assume que chora, então implica com ele. ㅡ Admite logo que é um chorão.


ㅡ Eu não sou um chorão! ㅡ Ele resmunga e desce do lugar que ele subiu para alcançar melhor o Bebedouro.


Diego espreme os lábios, os olhos de Guih ainda estavam vermelho e a coloração de seu rosto também, então uma criança irritante de doze anos estreita mais os olhos e pensa: "não?" então acaba por faz uma ameaça:


ㅡ Eu vou contar para os meninos que você é o maior chorão da nossa sala.


Ele ri com maldade da careta que o outro faz ao olhar Guih nos olhos, apronta e corre em direção a quadra, para sua desgraça  quem sai pelo portãozinho é os amigos dele, Kawã, Mark, Aniki e Tae. Guih arregala os olhos e pensa que ele tem que agir o mais rápido possível, se ele não agir ele vai ser zoado pelos resto do ano, se ele for azucrinado, ele vai acabar arranjando uma briga com eles, se ele brigar ele vai para a detenção, se ele for para detenção seus pais vão ser chamado no colégio e se o pai souber ele sem dúvida vai levar uma surra em casa e dessa vez o pai não teria dó dele. Com esses pensamentos acaba entrando em desespero e corre atrás de Diego em direção aqueles meninos que conversavam entre si que sabiam o motivo de Guih estar chorando como um macaquinho sem mãe. Diego repara que Guilherme vem atrás, impressionado e ao mesmo tempo atrevido, olha para ele e volta a atenção aos meninos e quando chega e prende a atenção deles, começa dizendo que vai contar o que ele viu. Porém, Guih o alcança, durante o desespero misturado com nervosismo ele não pensa muito, olha para baixo e reage rápido pisando no pé do garoto acertando principalmente os pobres dedinhos dele com tanta força com seu tênis de sola dura que o garoto que recebe o pisão grita de dor.


Os quatro meninos que viram isso ficam chocados e sem entender a razão daquilo, perguntam se Din está bem depois do que Guih fez no entanto, Diego com os dedos de um dos pé esmagados e doloridos simplesmente engole em seco incapaz de falar, o bico é instantâneo e a única saída que ele acha mais viável é sair mancando sem falar uma palavra.


ㅡ Porque você pisou no pé dele Guih? Isso não se faz. ㅡ Aniki questiona assim que os meninos começam a murmurar sobre Guih ter feito algo errado sentindo ao mesmo tempo uma grande aflição do acontecido.


ㅡ Ele mereceu. ㅡ Guih se defende e ao mesmo tempo se arrepende, dá de ombros e vai atrás, deixando esses meninos pasmos se questionando quem que merece ter o pé pisoteado.


Ele se sente um pouco arrependido porém, ao mesmo tempo também se sente mais aliviado. Ele não teve outra escolha, teve que ser tão maldoso quanto Diego. Ele mereceu... isso Guih não tinha dúvida porém, não trazia em nada satisfação ao coração de Guilherme.


ㅡ Para de me seguir. ㅡ Diego resmunga quando ele vai em direção ao parquinho, ele queria na realidade entrar no banheiro, mas repara no infortúnio que é Guih vindo bem atrás dele.


Seu pé estava com uma dor insuportável assim como Guih estava com o rosto dormente e o ardendo por conta do corte ocasionado pela bolada que Brandon acertou nele, Diego não sabia o motivo de Guih estar chorando, somente o julgou covardemente.


ㅡ Você vai chorar? ㅡ Guih murmura, ele não estava lhe provocando.


Porém, Diego acha que ele estava sim, fecha a cara para ele e engole em seco.


ㅡ Vai embora... eu estou com vontade de ficar sozinho!


ㅡ Ficar sozinho para o quê? Para chorar?


Guih meio que ri do que Diego diz, seu rosto e cabeça ainda dói, com certeza a dor de cabeça era pior que a dormência, então ele contém essa risada para não virar uma tortura no entanto, Diego fica nervoso e então provoca com a raiva Guilherme.


ㅡ Eu não sou chorão que nem você!


ㅡ Eu quem sou chorão? ㅡ Guih franzi sua testa de criança e resmunga. ㅡ Você quer chorar que eu sei, se não, não estaria pedindo para ficar sozinho.


Diego revira os olhos e diz: "eu  não quero não.", na cabeça dele aquilo tudo era deplorável, teve seu primeiro beijo recentemente e agora seria a morte se vissem ele chorando por causa de uma dor provocada por Guih, ao mesmo tempo que dói, também impossibilita que ele pise direito no chão. Guih suspira e então murmura enfim satisfeito, mas sem motivo algum para comemorar, depois de brigarem entre si ele mesmo resolve dar um fim a tudo aquilo iniciando uma trégua:


ㅡ Vamos fazer assim... eu não conto para ninguém que você quer chorar, e você não conta para ninguém que me viu chorando! Certo?


Diego olha para o rosto de Guih, seu pé ainda estava dolorido, ele também queria uma trégua, se arrependeu de ter provocado aquele garoto, aperta os nós dos dedos e murmura:


ㅡ Me desculpa!


Guih fica surpreso com esse pedido de desculpas de alguém tão orgulhoso quanto Diego, assenti e pede desculpa por ter machucado o pé dele, olhou para os dedos de Diego e realmente, parecia bem dolorido, estava vermelho e tinha a marca da sola do sapato de Guih.


Diego enfim dá um sorriso frouxo, ele tinha os olhos baixos e mexia nos dedos o tempo todo, talvez contendo a dor que ele estava sentindo, tinha uma cara de cachorro que machucou a patinha. Guih engole em seco e então se aproxima, pega na mão de Diego e o arrasta de vagar o outro até o Playground. Diego o questiona para onde eles vão, então Guih explica que se eles quiserem chorar, então que chorassem escondidos.


Seria um segredo entre eles!


Eles foram até um escorregador em formato de túnel, entrou pela saída e se esconderam lá dentro, e quando se sentiram mais relaxados, enfim a sós um com o outro, choraram o que tinham que chorar cada um em seu canto com a cabeça entre os joelhos, o choro alivia o coração e a dor aos poucos vai embora.


E essa era a lembrança que Diego tinha de Guih até hoje, um mau nem sempre se paga com o mau, e as vezes o bem vale mais. Guih sorri ao lembrar disse e se pergunta se é certo guardar rancor, ele mesmo não guardava.  Porém, também haviam regras, sobre ele mencionar antes sobre nunca falar com Din, seria uma consequência da surra que ele levaria em casa, pensava que Diego tinha sorte que Guih era um covarde, ele não era aquele tipo de criança como Ruan que só leva esporro e apanha em casa de uma figura paterna e desconta nos mais fracos todo o seu ódio reprimido repetindo tudo o que ele aprende.


Assiste Diego relaxar chamando Guih para o banho, lá ele comenta que ao longo do tempo mudou muito a sua personalidade. Porém, velhos hábitos nunca morrem, Guih percebe que ao longo dos anos Diego deixou de ser um Playboy mimado. Olha ele nos olhos com carinho durante o banho embaixo do chuveiro, sorriem um para o outro, Diego toma sua ducha acompanhado de outra pessoa ainda sim sente aquela vontade de novo e beija Guih nos lábios pela última vez nesse dia.


Guih se sente familiarizado, então ele não recusa, cede a Din e continua o beijo até que seus corações brilhem mais uma vez, só que agora de maneira diferente sem eles perceberem.


Agora... bem aqui compreende mais aquilo que ele já sabia, Diego não tem um coração mau, ele só se expressa de maneira ruim as vezes. Mas lá no fundo através dessa casca que ele cria, ele é um bom rapaz que se importa com as pessoas.


As vezes teimoso, as vezes mimado porém, nunca egocêntrico.


[...]


 Agora tudo que Guih conseguia fazer era por seu rosto corado entre as pernas.


Ele chegou na entrada do apartamento e sentou-se desleixado na escadaria da entrada do prédio, atormentado pela lembrança daquilo que ele fez com Diego no quarto. Agora parecia bobo demais, se deixou levar e agora seu rosto tão vermelho quanto o cabelo queimava tanto que ele não poderia suportar.


Desde que se envolveu com Din, esse fogo externo que subia a temperatura  de acordo com o humor dele entrou em calmaria. Ele se sentia mais leve, porém,  esse aumento de adrenalina e exaltação deixava Guih tão ansioso que seu cabelo acendia nesse exato momento.


De repente alguém tocou em seu ombro, Guih tomou um susto e olhou para trás. Seus olhos se encontraram com os de Lui.


ㅡ Está chorando? 


Kawê aquele pestinha que atormenta constantemente os doces sonhos e a realidade de Guih estava falando aquela palavra que ele não gostava de escutar.


ㅡ Ei! Porque não vai cuidar da sua vida? ㅡ Guih resmunga com olhar e uma expressão irritada.


ㅡ A sua é mil vezes mais interessante que minha! ㅡ Kawê  sorri com sarcasmo.


ㅡ Vai procurar o que fazer! ㅡ Guih se irrita.


Lui que vê os dois brigaram com frequência, revira os olhos e dá um basta naquela conversa e questiona se o irmão se sente bem, pois quando ele chegou aquela chama que brilha sobre a cabeça de seu irmão moldando o cabelo vermelho tinto dele, estava surgindo mais uma vez em meses.


Ele parecia um anjo de fogo, assim como Icarus que tem suas asas de cera derretida pelo calor intenso do sol.


Quando Lui pensava na amizade do irmão, ele achava engraçado pensar que eles eram dois opostos historicamente. O Angel cujo o nome faz parte de uma história grega na qual há um ensinamento sobre desobediência, está aliciado a quem resplandece assim como o sol, cujo a consequência no final não é nada boa.


Agora ele vê o irmão negar com a cabeça qualquer indício de fraqueza. Dá  um sorriso fino e assenti com a mesma,  pensa que se ele tivesse mesmo um problema ele nunca falaria isso na frente de quem ele julga com os olhos.


ㅡ Para de brigar com o Kawê! ㅡ Dá um sermão no irmão sendo a pessoa mais sensata entre aqueles dois.


Ele olha para a escada e não localiza o amigo que veio lhes ver hoje. Dorsey Franklin que Lui apelidava de Fran ou mãos inquietas assim como os pensamentos foi no banheiro e ainda não havia voltado. Dorsey havia reclamado tanto que o porteiro deixou ele usar o banheiro de baixo.


ㅡ Ele que começou! ㅡ Guih se defendeu inconformado de o irmão defender tanto o outro.


Lui estreitou os olhos mais do que eram normalmente e olhou para Kawê, não aceitaria que Guih falasse aos quatro ventos que ele preferia mais um do que o outro.


ㅡ E você? Quantas vezes já falei para parar de implicar com meu irmão. ㅡ Lui murmura calmamente para Kawê que agora faz uma expressão nada contente enquanto avisa. ㅡ Se ele te pegar, eu não irei separar, digo desde já.


ㅡ Ele que tente! ㅡ Kawê murmura e dá de ombros.


Guih estreita os olhos irritado e promete para si mesmo quem um dia vai pegar esse moleque e torcer a orelha até ele pedir arrego.


Porém, antes que ele achasse que isso  não poderia piorar ele escuta outra voz irritante, e ele sabe quem é na mesma hora.


Alguém que vem reclamando e enxugando as mãos no jeans, aquele que Guih chamava de capetinha número dois, porque o número um estava agora em sua frente encarando ele como se conseguisse enxergar todos os seus pecados.


Uma criança já era irritante então,  imagine duas.


Um era insuportável e o outro era o dobro, além de enxerido era um fofoqueiro.


ㅡ Guih! ㅡ Dorsey sorriu de imediato e corre até o grupinho como sempre tagarelando. ㅡ Como vai, eu ouvi falar que você está namorando. Quem é? Ela é gostosa?


Guih questiona com petulância se Dorsey sabe o que é ser um alguém gostoso já que tudo levava para o lado sexual, ele só tinha doze anos e era preocupante.


Lui infla as bochechas assim que Guih fica embasbacado então, dá um beliscão em Fran que automaticamente grita questionando porque ele estava fazendo aquilo. Quando ele olha Lui nos olhos, ele entende e fecha o bico.


Guih fecha os olhos por algum segundos contendo seus sentimentos irritante e murmura tentando não perder a paciência.


ㅡ Quem disse para você que eu estou namorando? ㅡ Olha com ódio reluzente para o irmão e murmura descontente. ㅡ Tem que me avisar primeiro que nem eu que sou o interessado estou sabendo dessa história.


Dorsey pressiona os lábios com uma expressão de alguém que entrou uma fria, questiona se o que ele ouviu entre Lui e Kawê mais cedo era somente uma suposição e não um fato verídico e assim pensando acaba por contestar entre essa tal suposição e a verdade, bate as mãos uma nas outras e fala na maior cara de pau.


ㅡ Quem disse o quê?


ㅡ QUÊ??? ㅡ Guih junta a sobrancelhas confuso e grita para aquele garoto.


ㅡ Eu não sei do que você esta falando. ㅡ Dorsey dá um sorriso frouxo e finge que nada está acontecendo.


Guih fica boquiaberto, ele prefere não entender, Kawê que está observando bate na própria testa e pressiona a mão no rosto como se não aguentasse a burrice do outro, Lui revira os olhos e dá uma respirada profunda. 


ㅡ Agora não adianta mais bestão. ㅡ Lui resmunga baixinho.


ㅡ Você andou fofocando? ㅡ Guih assim que ouve questiona o irmão sem nenhum pingo de paciência.


ㅡ Eu não, Fran foi quem tirou isso da própria cabeça.


Lui nem percebeu que a conversa que ele teve com Kawê no pé da escadaria do segundo andar sobre irmão estar saindo com um rapaz assim que Kawê questionou que Guih andava muito com Diego ultimamente. E que uma certa vez em casa viu seu irmão Kawã, perguntar a Din se ele estava tendo uma amizade muito íntima com Guilherme já que Mark andava comentando com ele sobre essa suposição que já estava dando nos nervosos, sempre enfiava coisas na cabeça de Kawã atrás de uma verdade sobre essa tal relação entre os dois acabava deixando esse sem uma saída. E Lui disse que ele não sabia, mais Kawê insistiu que havia caroço nesse angu.


Agora Lui pensava muito a fundo e se perguntava se irmão gostava desse rapaz mais que um amigo e se o outro correspondia porém, Dorsey ouviu e tirou suas próprias conclusões achando que era um assunto público e aqui estava o resultado, um irmão furioso. Sorte de Lui que Fran apesar de boca aberta, também escutava muito mau, pela simples razão de que ele passava mais tempo pensando sobre a conversa alheia do que ouvindo detalhe por detalhe.


ㅡ A cabeça dele é tão fértil quanto uma mulher na TPM. Vai por mim... a fonte são as vozes na cabeça dele. ㅡ Kawê murmura chamado a atenção de Guih e a de Lui ao mesmo tempo, o menino que era o amigo dele bem antes de Lui também formar uma amizade.


Dorsey faz uma cara de espanto e resmunga que ele não era tão cheio de fantasias, na verdade a vida de Guih era o que mais o interessava, já que ele era quase um adulto, meninas gostavam dele e a vida sexual era tão interessante quanto assistir vídeo porno escondido. Ao mesmo tempo que Guih escutava ele também suspirava com desgosto ao saber que havia tanta gente interessada na vida dele, pareciam até encosto.


ㅡ Luis... porque você não tem amigos mais descentes? ㅡ Guih faz uma voz manhosa, uma voz suplicante ao murmurar pela milésima vez para o irmão arranjar alguém melhor porém, esse mesmo irmão do meio somente dá de ombros.


Ouvir Guih falar aquilo era um elogio para Kawê e fazia ele sorrir ao ver que ele dá tanto orgulho assim para Guih que ele pensa em trazer Dorsey mais vezes para brincar com eles, apesar de Kawê estar agraciado por outro lado Dorsey está inconformado.


ㅡ Eu sou uma ótima companhia!


Dorsey ofendido tenta ao menos se defender, ele põe a mão no próprio peito, caí de joelhos no chão e abraça Guih pelos ombros e o chacoalha fazendo o rapaz ruivo resmungar pedindo para ser solto, se Dorsey não fosse tão inconveniente, e sua boca permanecesse fechada, Guih o acharia fofo, seus olhos negro lembravam os de seu irmão, o cabelo preto era escorrido e a pele mais escura era uma característica presente em um Satirus, eram tão difícil encontrar cara a cara aquela raça dentro da X, já que eles não gostavam muito de interagir com outras espécies porém, esse era diferente, era inconveniente até demais.


Geralmente conhecidos como faunos pelos romanos, os sátiros tem aparência de homens, apesar que agora as pernas de Dorsey aparentam serem tão normais quanto as de Guih porém, no entanto, seu ser animal ao invés de ter pernas e pés semelhantes aos de humanos, no plano místico ao invés delas, ele tinha patas e chifres de bode escondidos nesse exato momento por esse lado de aparência humana na qual ele se apresenta, assim como Ícaro se apresenta, como Tama, como Din e assim como Guih afim ter uma vida melhor dentro da sociedade mundana. Faunos eram e ainda são habitantes dos campos e florestas, geralmente no passado andavam junto ao deus Pã, que, por sinal, tinha um físico semelhante ao deles. Donos de enorme apetite sexual, sempre correndo atrás das ninfas que às vezes se rendiam aos seus avanços, e às vezes os driblavam.


Apesar da idade, Guih sabia que Dorsey era um tarado... um tarado virgem!


Havia coisa pior que isso?


Se desvinculou do abraço dele e o empurrou para trás causando a queda de bunda de Dorsey no chão, ele resmungou e levanta rápido, falando que Guih não o levava a sério. Guih ignora ele e pensa no infortúnio que é seu doce e amado irmão envolvido com dois pestinhas.


ㅡ Você nunca vai namorar. 


Guih aponta o dedo para Dorsey e faz uma ameaça singela o amaldiçoado, suspira ao ver que Fran fazer beicinho.


ㅡ Disso já sabemos! ㅡ Kawê dá uma risada.


ㅡ Não me rogue uma praga! ㅡ Dorsey repreende.


Ele podia até ser meio lerdo mas de superstições ele acreditava absurdamente desde que sua mãe encheu sua cabeça de lorota durante a infância, se você fazer isso ou aquilo tudo volta para você. Quando Guih ri achado aquele moleque doido, Lui murmura para Dorsey parar de ser idiota explicando que ele deveria se preocupar de verdade isso se Guilherme fosse um bruxo.


ㅡ Você também é um bruxo? ㅡ Dorsey arregala os olhos e acusa cheio de surpreso e preocupação.


ㅡ Cala a boca! ㅡ Guih resmunga com a paciência por um fio, se levanta e resolve ir para a casa.


No entanto, Dorsey nada convencido foi atrás exigindo que Guih voltasse atrás com suas palavras e tirasse a maldição que ele pôs. Lui via Guih resmungar mandando Fran procurar sarda para se coçar, Kawê começou a rir quando Dorsey começou a falar que além de rogar uma praga nele impossibilitando de arranjar alguém no futuro ou quem sabe amanhã, agora estava pondo sarna nele também. Lui sorri e balança a cabeça assistindo o irmão gritando para  Fran sair de seu pé quase o chutando da escada assim que ele agarrou sua cintura não deixando ele sair do lugar então, Lui ironiza vendo que Guih que tinha a sua própria sarna, uma das piores e mais irritantes chamava Dorsey Franklin.






Notas Finais


Pessoal finalizando esse capítulo o próximo eu irei fazer correndo (pelo menos eu espero 😅) tem partes q estão em negrito por uma razão q eu não sei pk, qndo eu enviei não estava assim, quase perdi a história tentando arrumar então resolvi deixar assim, o Spirit dá um bug as vezes, é bem chatinho. Então, ignorem.)
Voltando a história...
Acho q finalmente Icarus vai ter uma emoção, afinal é apartir de agora q as coisas ficam agitadas, é um sinal de agitação é confusão direta.
Até a próxima
Fui... 🤭


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