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História Icarus Ágape! - T1: Querer...


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Gente... Tudo bem com vcs meus anjos?
Eu voltei... Eu posso demorar mais eu jurei e vou tentar comprir minha promessa e terminar essa história
Eu só impaquei em uma parte desse capitulo
Mais aqui está, eu faço um cap. E divido em 9 partes.
Aproveitem

Capítulo 77 - T1: Querer...


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: Querer...


Lui acordou com um sentimento de estranheza, havia dias nas quais ele não acordava muito bem porém, hoje ele se sentia realmente "Estranho".


Ele teve um sonho esquisito, sonhou com alguém e quando ele sonhava com alguém não era um sinal nada bom na maioria das vezes. Ontem ele conversou com Guih sobre Ícaro, ele sentiu uma sensação de incômodo como se alguém estivesse lhe dando um puxão de orelha para que viesse há perguntar sobre aquela pessoa. Acabou por questionar o irmão ontem antes de dormir sobre Ícaro e se ele andava bem. 


Guih curvou as sobrancelhas e questionou o irmão o que aquilo significava, Lui não sabia, ele espremeu os lábios em pé na sala de casa, cruzou os braços e deu de ombros murmurando "eu não sei" e foi dormir.


Antes que ele saísse Guih perguntou: "Não é nenhuma de suas neuras não é?"


Lui balançou a cabeça sem respostas, as neuras que Guih questiona era as mesmas neuras que a mãe deles também tinha as vezes, a neura era a intuição. A intuição de que algo não está certo ou algo não vai dar bom. Ele foi dormir e no sonho ele sonhou com Ícaro, no sonho Ícaro estava muito triste, uma tristeza tão grande que Lui poderia afirmar que ele perdeu alguém.


Mais perder em qual sentido?


Nada afirmava, a ação do sonho não gera uma reação instantânea. Podia ser tudo, de um afastamento perturbador até uma morte eminente. Ficar pensando nisso sentado na cama, deixava ele ansioso ao ponto de coçar a cabeça e tentar achar uma razão para tudo aquilo, é um sonho que você não esquece.


Se fosse um sonho comum ele esqueceria em cinco minutos todos os detalhes entretanto, uma revelação era uma idéia presa na cabeça. Guih tinha medo de premonições por isso Lui falava tão pouco sobre isso com o irmão. No entanto, o incomodo era grande e ele precisava falar com a pessoa em questão, o que lhe incomodava mais era quem apareceu para ele no sonho, ele não conhecia essa pessoa em roda via não trazia a Lui o sentimento de maldade de um espírito enganador.


Ele não sabia o sexo dessa pessoa, apesar de parecer ser uma pessoa, não era bem uma pessoa, era como se ele não estivesse entre nós, mais era como se já esteve um dia. Ele encostou em Lui e lhe trouxe um recado, pediu para que disesse a pessoa dona desse destino para não temer a ele, era algo já planejado desde os primórdios, desde que a mundo é mundo, tudo está feito, programado e destinado.


Tinha que ser assim...


Essas últimas palavras ainda martelava na pobre cabeça de Luís, ele se perguntava o que isso significava, esse espírito de plasma se encostou nele desde ontem e o fez ter sonhos estranhos. 


Ele levantou cansado, olhou a vista da janela, deveria ser uma dez horas, era exaustivo ser usada por espíritos, por isso ele evitava enterros, era perturbador mais nada que ele não estivesse acostumado. O ruim era quando eles os viam na rua e os seguiam até em casa chamando atenção, o amigo do irmão de Kawê, Aniki era um tipo de clarividente que enxergava esses tipos de espíritos, ontem ele esteve aqui com Tae para visitar Kawã, e uma vez ele comentou só para assustar crianças de doze anos sobre uma coisa horrível que ele viu em uma casa na qual ele visitou ao lado da falescida mãe, disse que a entidade estava sobre a cama de quem dormia. Chamavam isso de Sucubus, o demônio do sonho, ele se alimenta de energia vital de quem ele perturbado a noite causando a paralisia do sono.


Na época Aniki era só uma criança como Lui é agora, e dava graças a Deus por ter seu véu espiritual que barra esse contato total com o além bem preso até então, ele esperava que nunca fosse aberto, no máximo ele senti só a presença e a energia do local. Lui pensou que não era fácil dar uma revelação á alguém, as pessoas sempre ficavam mais assustadas que ele, mais quanto mais a presença pressiona, mas ele era obrigado a falar.


E essa presença era muito forte!


[...]


Ícaro despertou com a sol batendo no rosto, ele mexeu a cabeça de um lado para o outro e tentou continuar dormindo, o frio da manhã do mês de junho era realmente rigoroso.


Um frio que vem e vai é capaz de arrepia-lo!


Ele se encolheu para dentro da coberta cobrindo o rosto da luminosidade da manhã a mercê daquele tipo de sono tão acolhedor na qual você não consegue abrir os olhos, ele voltou a dormir mais alguns minutos, a piscadela de olho foi rápida mais nada que o incomodasse tanto.


Só daqui, uma hora depois ele foi realmente acordar, abriu os olhos aos poucos, estava tão frio que deixar o calor da coberta era impossível. Porém, Chris sobe até o quarto dele e resmunga:


ㅡ Vai dormir até quando gambázinho? ㅡ Chris dá um belo sorriso e continua a murmurar. ㅡ  Sabia que já são quase dez horas?


Ele veio perturbar porque não aguentou esperar que príncipe da casa acordasse sozinho.


Esperar é uma tortura para Chris Angel!


"Só!" ㅡ Ícaro ironiza as horas e não dá bola para Chris.


Ícaro só queria voltar a paz de antes, casa vazia e sentimentos de solidão, ele não tinha mais o celular porém, poderia gastar o tempo assistindo vídeos na internet pelo notebook. Estava pensando em jogar The Sims4 mais tarde, criar seu par romântico e brincar com ele já que o rapaz ao vivo ele não poderia ter no momento. 


Ícaro teria que instalar a nova expansão que comprou antes de seu cartão ser bloqueado, sobre isso ele pensaria sobre bem mais tarde.


Chris empinou o nariz, viu Ícaro mexer embaixo da coberta, deu de ombros e murmurou mais uma vez.


ㅡ Eu te comprei um negócio! Não quer ver o que é? ㅡ Chris jogou a isca e esperou pegar um peixe. Tentou ser mais convivente. ㅡ É algo que você gosta, só que para por no leite, tem aquilo que põe no pão também, você não pode ficar se afundar nisso, seus pais já me disseram um milhão de vezes. Mesmo assim eu burlei essa ordem afim de fazer as pazes com você.


Ícaro ligeiramente abriu os olhos e pensou em algo que ele gostava e que estava proibido de entrar em casa, ele levantou do lugar e questionou:


ㅡ É o que eu estou pensando? 


Seu chocolatra anterior andava muito ansioso ultimamente.


ㅡ Desce e vê ué? 


Ícaro pós uma expressão de desconfiança, levantou da cama mesmo no frio e pegou no armário um casaco, Chris acompanhou Ícaro com os olhos, aquelas pernas atrevidas novamente estava provocando ele, fez questão de se limitar a essa linha de pensamento. Assim que ele cruzou seu caminho, Chris Angel carinhosamente afagou o cabelo de Ícaro lhe desejando um bom dia, a mão dele era pesada, Ícaro contestou, um carinho até bruto diga-se de passagem.


Ícaro estava dócil, fez uma expressão até fofa, ele esfrega os olhos e desce para o andar de baixo, Chris foi logo atrás dele. Observou ele entrar no banheiro bem antes de ir para a cozinha para onde estava servido o café da manhã, Ícaro iria lavar o rosto na torneira, usaria a torneira da água quente e com certeza iria escovar os dentes.


Enquanto isso Chris Angel foi até a cozinha, de manhã cedo ele acordou no mesmo horário que costumava a ir para a faculdade lá pelas sete ou oito horas, os dias e horários de aula eram diversos, as vezes mais cedo, as vezes mais tarde, de início ele não se adaptou tão bem, cumprir os horários era uma responsabilidade que você adquiri no começo da vida adulta.


Para o café da manhã, ele havia comprado na padaria da divisa da cidade do meio pão doce e salgado já que ele não tinha a mínima idéia de qual Ícaro gostava mais, comprou a Nutella, mussarela e requeijão, pão de coco e um presente especial que ele encarou várias vezes antes de tomar uma decisão. Observava a caixa agora sobre o balcão da cozinha americana, era único, e só vinha um daquele tipo ali dentro.


De manhã na volta para casa depois de ir a padaria Chris Angel havia passado na frente de uma loja de chocolate gourmet, e logo pensou em Ícaro, não sabia se devia quebrar as regras da casa, mais afim de agradá-lo ele estacionou o carro na frente da loja e adentrou o recinto, pensou em comprar uma caixa de Ferrero Rocher que por acaso ele havia comprado para poder chantagear e domesticar Ícaro mais tarde porém, o que lhe chamou a atenção não foi isso, foi um chocolate especial em formato de primata que servia para colocar no leite, lembrou de Eric chamar Ícaro de pirralho, achou bobagem daquele rapaz e perguntou se o moleque da casa iria gostar do pensente ou de saber que foi chamado de criança.


Depois de encarar a embalagem retangular e dourada, se levantou do banco na qual ele sentou para passar requeijão no pão de sal, foi até o fogão e ferveu leite no caneco de alumínio e quando Ícaro se aproximou da bancada e pegou a embalagem da Nutella, olhou com indiferença se perguntando se Chris Angel seria capaz de pedir perdão só com aquilo já que o que Ícaro queria era simples, a senha do celular, entretanto notou aquela caixa sobre a mesa e pensou o que seria afinal.


Chris olhou de supetão para Ícaro, depois de esperar alguns segundos e ter o leite fervido rápido pela simples e econômica magia de um fogão de vidro temperado.


ㅡ Quer abrir? ㅡ Chris questionou.


Ícaro tinha uma expressão subjetiva, ele arqueou a sobrancelhas sem abrir a boca desde que acordou, pegou a caixa e abriu para ver o que era, Chris pegou uma tigela e a colocou sobre o balcão e despejou o leite nela.


ㅡ É para por no leite. Ele vai derreter nele se você tiver paciência.


Ícaro viu que era chocolate, um chocolate que se põe no leite em formato de gorila, ele derrete com o calor e deixa o leite com o gosto especial do chocolate, era interessante, Ícaro dá um sorriso peculiar, mesmo assim ele não diz nada, ele senta no banco do balcão e faz o Chris pede, o pedido de desculpas dele era bem sofisticado


Finalmente depois de banhar o gorila de chocolate no leite com a colher, ele olha diretamente para Chris enquanto o chocolate começa a deformar e questiona se isso tem um preço.


ㅡ Porque? Quer me pagar? ㅡ  Chris dá uma risada. E brinca com a situação. ㅡ O único pagamento que eu aceito e ter seus lábios nós meus. Você sabe muito bem que é isso que eu quero de você, simples e espontâneo.


Ele manda um beijinho para Ícaro da maneira mais cafona que existe e pisca para ele, dessa vez Ícaro não reclama, ele estava até acostumando com essas tiragens e indiretas mais que diretas descarada de Chris Angel, ele dá um sorriso e fala que Chris não faz nada de graça, pelo visto ele não estava somente devendo Tama nessa vida, agora Chris Angel também estava lhe cobrando. No entanto, Tama era especial, o pagamento é claramente a jogada certa onde há sentimentos verdadeiramente  mútuo.


ㅡ Vai sonhando. ㅡ Ícaro murmura.


Ele prova um pouco do leite na colher que ele ergue até os lábios, e sim... o gosto é ótimo.


ㅡ É você quem quer pagar. Eu só te dei um presente. ㅡ Chris dá de ombros, ele enche sua xícara de café no bule e olha Ícaro nos olhos. ㅡ Eu já te disse isso milhares de vezes porém, me parece que você gosta que eu repita, o primeiro beijo quem vai dar é você. E a carinha vai ser linda.


Ícaro estranha e até arrepia só de pensar, Chris é tão convicente quando diz isso que Ícaro se pergunta se é verdade o que ele diz, repreende esse pensamento três vezes, nunca que ele beijaria outra pessoa além de Tama, e da onde viria essa vontade de ficar com Chris Angel? ele não tinha essa vontade entretanto, Chris falava e falava e Ícaro ficava com medo desse pensamento, já que para isso rolar ele teria que gostar de Chris Angel igual ou até mais do que gostava de Tama.


Mas... Até então, Ícaro só tinha olhos para Tama.


Ícaro abaixou o olhar, agora ele pensa diretamente em Tama e o quanto quer vê-lo, mais crente que iria demorar um tempo, mesmo assim ele tenta manter a ansiedade estável. Tudo parece triste agora, Ícaro só queria ter um momento ou uma confirmação de que as sessões para a revista estavam dando ao menos certo, se ele estava se sentindo confortável, se Fanny falava com ele ou Tama simplesmente a ignorava.


Como ele estaria agora?


Ocupado?


Contente?


Será que a distância era um mar imenso ou uma lagoa? 


Ícaro queria que fosse igualmente a calmaria de um riacho, assim como aquele riacho no recanto dos pássaros, calmo e próximo. Ele tentou pensar pelo lado bom, que em outros tempos Tama estaria na casa de sua mãe e não aqui dentro da X, estar em um lugar que ele não conhecia era mais difícil de aceitar 


Em toda via seu pensamento foi além, ele pensa no reverso da realidade atual, em um mundo onde eles não tinham essa conexão de coração, Tama estaria na casa dos pais, no mundo de baixo da X e Ícaro em uma viagem com seus progenitores, se eles nunca tivessem se aproximado novamente depois de três anos, eles estaria vivendo suas próprias vidas agora. Pensar nisso trazia aquela tristeza novamente, ele só sentia tristeza porque já havia sentimentos, a única coisa que ele se questionava era uma dúvida que ainda não foi respondida, a infernal pergunta que ele nunca teve coragem de perguntar e tão pouco deixava Guih tomar partido.


Ele pensou em Tama, e qual seria o motivo deles terem deixados de serem amigos, que se hoje em dia eles ainda fossem amigos... Ícaro gostaria de Tama? E Tama gostaria de Ícaro? Ele se questionava e pensava se seria fácil não se meter em problemas, se o despertar da paixão dependia dessa distância, se é o destino ou o sol que reje a casa de Capricórnio desde o dia de seus nascimentos.


E será que esse paradigma tem algo haver com isso?


Era um pensando que não só passava pela cabeça de Ícaro mais o perturbava deixando-o pensativo e nesse momento ele suspira e olha pela janela, a vizinhança parecia calma, dali ele via as copas das árvores e a madeira das casas, as vezes ele escutava vozes no entanto, hoje não, de duas respostas para silêncio, a resposta seria só uma, ou o pessoal estava de férias ou dormindo. Ali todo mundo sabia de todo mundo, o recanto dos pássaros era uma área pequena e a fofoca sempre rolava solta, há duas semanas atrás chegou ao ouvido de sua mãe que a vizinha da rua de trás estava grávida. 


E o que eles tinham haver com isso, ainda mais com a rua de trás?


Agora Ícaro sem querer conecta seus olhos aos de Chris Angel, ele afasta o olhar, a intriga e a disputa entre os dois eram recorrente, era chamativa e fazia Chris sorrir e ficar ansioso para ver a reação de Ícaro a cada olhada. Chris queria saber se ele mexia com os sentimentos de Ícaro mesmo que fosse pelo menos uma miséria de faísca acesa, se houvesse esse cutucão, Chris já se daria por satisfeito.


Ele ficaria feliz, sorriu para Ícaro, não ver a expressão dele de intriga era até apaziguador, era confortável e se perguntar se Ícaro gostasse dele tanto quanto Chris Angel gosta era inevitável, se a expressão dele seria apaixonante, a cara de bravo que nem a do pai já era instigante, não que ele gostasse da expressão do velho, ele gostava era da do filho. Acho que era porque ele era baixinho, Chris gostava de garotos de baixa estatura, de pele clara e cabelo de cor chamativa, a melanina de Chris Angel era exigente, ele sempre gostava do oposto do que ele era.


Chris Angel era forte, tinha um físico lindo e envolvente, ele gosta de meninos que são magros, secos de ruim ou na média porque Chris tinha fascinação pela curva do osso da cintura sobre a pele, ele gostava daquela entrada fascinante do quadril. Era difícil ver Angels jovens acima do peso, porque o corpo deles era uniforme, a forma física ajuda no vôo, mais havia também a obesidade mórbida, esses Angel com esses problemas de saúde tinham dificuldade para alçar vôo, manter o equilíbrio e pousar. 


Mesmo acima do peso desde criança, eles teriam algumas dificuldades, Ícaro não era um exemplo de magreza, na balança eles tinham o peso deles e o da asa, apesar de que não pesava muita coisa no entanto, o osso principal e poroso tinham um pesinho a contestar, Ícaro nunca foi magro demais, e Chris gostava dele mesmo assim, ele se perguntava se ele tinha os ossos do quadril atraente. Deu uma risadinha espontânea e Ícaro questionou se ele estava ficando louco, mal sabe ele que o motivo da risada de Chris Angel é si mesmo.




[...]


Diego tinhas olhos vidrados para um prédio no centro da X, o sol no alto da cabeça indicava meio dia.


Apesar do sol estar aparecendo o clima ser frio, era perfeito para Diego que parecia muito bonito para quem quissesse olhar para esse rapaz de pele reluzente parado na vaga do prédio com o corpo encostado em seu Aston Martin esportivo, a lataria preta chegava a brilhar sempre chamando atenção tanto quanto o dono. Quem passasse perto, reparava no carro e na pessoa, o óculos de sol ray-ban wayfarer Sunglasses que ele usava era quase um charme espontâneo.


Esses olhos que tinha o prazer de observa-lo questionam-se quem ele deveria estava esperando, se era uma menina, talvez a namorada, esses pensamentos eram mútuos e compartilhados entre duas garotas paradas no ponto de ônibus ali por perto comentando que a namorada deveria ser modelo já que a atenção dele estava voltada para o prédio da Kiss Magazine.


"A namorada é modelo com certeza!" ㅡ Uma delas comentou e a outra assentiu, as duas tinham quatorze anos e ficaram impressionadas e ansiosas para ao menos conseguir ver a tal garota antes que ônibus chegasse, elas iriam para casa depois de passear pelo centro.


No entanto, os olhos ansiosos delas não foi direcionado a uma garota e sim a um rapaz muito belo, ele era alto, talvez um pouco mais alto que o outro cara alto de pele e cabelo claro. Eles dois pareciam perfeitos e ao mesmo tempo opostos, preto e branco, elas se entre olharam empolgadas e pensam o quanto seria perfeito namorar com rapazes como eles. No entanto, uma dúvida surge quando eles começam a conversar e uma delas questiona se eles são amigos ou são um casal.


Uma diz que é bobagem pensar assim no entanto, a imaginação agrada ambas, elas idealizam essa idéia e acha algo surreal e ao mesmo tempo perfeito. Continuam observando e imaginando momentos fofos entre esses dois garotos bonitos e o sonho acaba quando elas tem que se despedir dessa doce imaginação.


Se Diego e Tama soubessem disso eles com certeza sentiriam ânsia de vômito. Tama gostava de brincar que gostaria de pegar Diego no entanto, não passavam de palavras avulsas, quanto mais ele convivia mais eles os via como irmãos.


E irmãos você não beija e muito menos se faz sexo com eles!


Porém, diferente do que aquelas garotas imaginaram Diego não veio se declarar a Tama, pelo contrário ele o chamou e o cercou em um canto do estacionamento aberto com a intenção de lhe fazer um humildade questionamento. Tama olhou para o rosto de Din quando ele tirou os óculos e perguntou:


ㅡ Deixa eu te fazer uma pergunta?


Tama de início não entende o que diabos Diego quer com ele, pensa se ele por acaso estava escondendo algo do amigo, quando falam isso para ele, é porque ele fez alguma coisa séria para ser interrogado no estacionamento do prédio.


ㅡ O que quê eu fiz? ㅡ Tama faz uma expressão de confusão e pediu respostas.


ㅡ Não é o que você fez e sim como você faz.


Tama se sente confuso então ele solta uma risada de nervoso, Diego se sente um pouco envergonhado então dá um longo suspiro e logo murmura.


ㅡ É sério! Eu quero saber como faz isso...


Diego se enrola com a palavra que o envergonha, ele escutou coisas de Guih antes e agora ele estava curioso sobre a experiência de Tama com garotos, ele fez um gesto confuso sobre o que queria dizer. Tama observava, tenta juntar o gesto com a pessoa, e os dois não se assimilam, pela simples razão de que ele não espera esse tipo de coisa de Diego.


ㅡ Fala com palavras, eu não estou te entendendo.


Diego se estressa um pouco achando um absurdo Tama ser tão tonto, ele revira os olhos e pede para Tama conversar com ele no carro. Falar aquilo em público não era nada bom, acatando as ordens eles foram para o confidencial.


Tama estava comparando Diego a um gaguinho, onde a palavra não salta da boca por nada, ele apoia o braço no banco do carona e olha Din nos olhos, o garoto chegava até ficar vermelho, ele encara a situação entranha e então questiona perturbado:


ㅡ Você quer aprender a chupar um pin... ㅡ Falar com indignação


É quase surreal porém, no meio da palavra ousada Diego põe a mão em sua boca calando aquele tipo de palavriado agressivo.


ㅡ Cala a boca! ㅡ Din sussurra constrangido e totalmente nervoso.


Ninguém pode ouvir, mais ele acredita que sim quando a voz de Tama aumenta de tom.


Tama fica um tempo estático, ele solta um: "O quê?" e fica espantado, não encaixa na cabeça, pois o que ele sabe é que Diego não namora meninos. Na roda, só Mark e ele é bissexual.


ㅡ Você é Bi também? ㅡ Tama questiona.


ㅡ Eu não dou nome a minha sexualidade porque ela é como a de qualquer um. ㅡ Diego murmura, ele nunca parou para querer dar um nome ao que ele sente, ele "só"... sente. ㅡ Eu não tenho problemas em gostar do mesmo sexo porém, meu problema não é isso agora.


ㅡ Você só quer transar? ㅡ Tama questionou. ㅡ Toma cuidado, só porque seu relacionamento com meninas não dá certo, não queira pular para homens, eles são muito piores. Há aqueles que também tem coração, podem ficar apaixonados aí você tem que lidar com coração partido deles.


ㅡ Eu não estou querendo namorar, é só sexo! Tá bom? ㅡ  Diego disse cheio dos conselhos de Tama.


Se questionou se Guih pensava nele de maneira diferente as vezes.


Era quase impossível desde que Guih era focado só no prazer próprio, ele só estava pensando em sexo ultimamente.


Tirou essa bobagem da cabeça e questionou Tama mais uma vez: "Vai me ensinar ou não?"


Tama olhou para o rosto sério de Diego, deu uma risada, fez uma brincadeira, direcionou a mão para calça e ameaçou abrir a barguia, piscou para Din sorrindo lindamente.


"Quer aprender na prática?"


Diego é claro que exasperou e falou que nem a pau, nem o dele e nem de ninguém ele ponharia na boca o pau, ele estava devendo alguém, e só á essa pessoa ele daria essa liberdade. Tama riu do surto dele, foi mais além falando que eles estavam em um lugar bom, sozinhos e que seria ótimo aprender com um brinquedo de verdade. Din estava cheio, ele mandou Tama embora, o rapaz ficou satisfeito com a irritação de Diego, disse que estava brincando antes que fosse chutado pelo dono para fora do carro.


Tama não era um perito em chupar paus alheios no entanto, ele sabia o que fazer, disse a Diego o que ele entendia sobre dar prazer a uma outro pessoa e no final, depois de explicado, os dois eles se deram por entendidos.


Tama disse algo que ficou na mente de Din:


"Se não é prazeroso para você, então esquece isso, você está fazendo do jeito errado."


O que Tama queria dizer com essa frase, é que se você faz com prazer isso reflete em quem está recebendo, o calafrio, o tremor nas pernas e som era o que Diego deveria prestar atenção já que está dando prazer a uma outra pessoa na qual ele põe a boca.


ㅡ Eu posso saber quem é o sortudo? ㅡ Depois da conversa Tama ficou curioso.


Diego olha para Tama e pensa se é bom contar, ele sabe que o amigo não vai contar para ninguém e por fim, vence a pouca vergonha de si que ainda existe e trocar figurinha mesmo tendo prometido a Guih, mais o que perguntaria não é nada comprometedor e não se refere as tretas deles.


ㅡ O Ícaro gosta? 


Tama escuta o nome dessa pessoa, ele fica um pouco surpreso e se pergunta como Diego sabe, ele pensa e pensa mais não é algo concreto, então questiona.


ㅡ  Como assim?


ㅡ Não se faça de desentendido, achei que você não gostasse de namorar escondido. É tão bom ficar assim com ele? ㅡ Diego questiona como quem não quer nada.


Tama fica em silêncio porém o sorriso que surge no rosto dele é tão evidente que faz Diego ficar impressionado, ele antes achava que Tama não tinha coração, ele pula de galho em galho, era um verdadeiro casa nova e pela primeira vez ele via esse sorriso no rosto dele.


ㅡ Mano! Você está apaixonado... é sério isso? ㅡ Diego fica abismado, parecia um milagre, ele não entende Ícaro, ele não entende mais ainda Tama. ㅡ Já transou com ele?


Diego era seu amigo, um dos mais fiéis, ele poderia compará-lo a Aniki facilmente, ele pensa antes de falar e não acha errado dizer a verdade:


ㅡ É estranho! ㅡ Tama murmura. ㅡ Parece que enfim os planetas se alinharam, eu nunca senti isso antes... ㅡ Ele tem um semblante radiante enquanto diz essas coisas, olha Diego nós olhos e fala sutilmente. ㅡ Quando a gente está juntos... ㅡ Ele entrelaça os dedos uns nos outros indicando uma conexão muito profunda e explicita. ㅡ É como se nós dois fossemos um só, eu fico desconcertado. É perfeito, eu não sei o significado de perfeito, mais se tivesse a coisa mais perfeita do mundo seria isso que sentimos juntos.


Diego abre um sorriso no automático, ele acha impressionante aquele Tama frio que ele conhece mesclado a esse Tama estranho lhe dando aula sobre conexão instantânea, ele franzi entre as sobrancelhas, balança a cabeça e faz um sinal de meloso demais para se escutar e até sente um calafrio depois desse doce todo.


ㅡ Meter apaixonando é outra coisa não é não? ㅡ Diego olha Tama com simplicidade e pensa que ele quer ter algo assim de novo.


ㅡ Eu nunca imaginei que fosse tão bom assim. 


Tama pensou nas vezes em que ele teve Ícaro e assim cria um sorriso mais uma vez, o prazer que ele conhecia não era nada perto disso, ele goza com mais intensidade quando ele olha nos olhos quem lhe atraí, é mais que um alívio, ele beija Ícaro e olha em seu rosto e se questiona o que ele fez para aquela pessoa ter olhos brilhante direcionado a ele. 


Depois de alguns minutos ele foge desse pensamento que o deixa desesperado para ver Ícaro em breve e volta sua atenção a Diego.


ㅡ Não vai me dizer quem é? Eu te contei minha intimidade.


Diego não tem vergonha de quem ele transa, ele desvia o olhar, guarda o óculos na gaveta do esportivo e fala.


ㅡ Eu estou transando com amigo dessa pessoa, por isso que eu sei sobre vocês.


Essa Tama não esperava por essa revelação, ele deixa o queixo cair e não imagina Guilherme e Diego no mesmo lugar, ainda mais fazendo sexo escondido. Ele se sente estasiado porém, não crítica, ele pensa em Ícaro e se questiona porque ele nunca contou isso para ele. Era quase uma traição.


ㅡ Meu Deus... ㅡ Tama espreme os lábios processando essa revelação. ㅡ Quem diria, você com o amigo do meu Ícaro. O mundo é realmente um lugar estranho.


ㅡ Nem me fale. ㅡ Diego suspira, ele também não esperou quando Guih contou sobre isso. Sente uma nostalgia ao lembrar de Guilherme, os fatos chegam até ser engraçado. ㅡ Nossa senhora, ele transa bem pra porra! ㅡ Diego até respira alto só de relembrar, Guih lhe dá um calor mesmo que na lembrança.


ㅡ Imagino! ㅡ Tama sorri. ㅡ O menino é de áries, e áries é um fogo intenso pra transar em qualquer lugar, Guih literalmente pega fogo.


Tama lembra de uma pessoa desse signo que ele pegou a uns tempos atrás, e era intenso por isso ele pensa desse modo.


Diego evita porém, ele pensa no que Guih disse sobre ter beijado Tama, se sente estranho em ver Tama falando assim dele, tenta tirar essa insegurança da cabeça afinal era só uma brincadeira inocente, Tama brinca sobe Din ir logo fazer o tal serviço, Diego ri e manda Tama sair do carro o mais rápido se não ele vai levar uma bronca por não entrar na hora para sessão de fotos.


Eles se despedem e antes de Din ir embora ele pensa em Guih, e sente um desconforto, não pelo ato oral mais pelo beijo ditado por Guilherme e agora relembrado, deita a cabeça no volante e acha esse pensamento muito estranho e cheio de infortúnio.


[...]


O dia parecia bom, apesar do calor não estar intenso para Guih, também o caída climática não era tão ruim assim, o frio rigoroso de junho ainda viria a tona antes do festival.


Ele estava morto, desde que aceitou esse emprego já fazia uma semana, ele não vinha todos os dias e quando vinham quase matavam ele de trabalhar. Sentou-se sobre um bloco de palha e a égua marrom que nomearam carinhosamente como Raio fazia Guih contestar se era Raio de Raio-X ou Raio de tempestade, ele secretamente chamava de Tempestade porque combinava bem mais, caiu dela uma três vezes só hoje.


Era um animal grande e quando ele colocava o pé da pedaleira da sela, se ele não tivesse força para subir e jogar a perna por cima dela, ele escorregava e caia na lama no chão de terra, a calça jeans que estava usando tinha barro por toda a parte, o traseiro estava sujo e dolorido. A Égua abaixou a cabeça corpolenta e tentou comer o feno, ela o empurrou drasticamente com a cabeça para pegar seu alimento, Guih exausto não queria se levantar ele murmura desgostoso e afasta Tempestade.


ㅡ Menina, me deixa descansar pelo menos um minuto. Já já eu deixo você comer. ㅡ Ele sente o estômago roncar e pensa o quanto seria bom comer a comida de sua mãe agora.


O capataz chegou até Guih vendo o semblante desse jovem, ele então resolve dar uma pausa:


ㅡ Vamos almoçar na cozinha dos empregados.


Guih estava ansioso, ele queria ver que tipo de almoço teria hoje, foi com os outros rapazes para a cozinha, de todos eles Guih era o mais jovem. Ele pegou um prato e se preparou para almoçar no entanto, ele ouve seu nome ser chamado, ele olha para a porta enquanto os piões tiraram seu jantar.


Diego olha para ele e o chama de novo:


ㅡ Guih vem almoçar comigo.


Guih olha para os companheiros, eles sorriem e dizem que esse jovem é realmente especial. Guih se explica dizendo que é porque eles são amigos e não pode evitar ser tão popular. Eles tiram uma dele e chamam Guih de convencido, apesar de estar se gabando Guilherme não estava nenhum pouco confortável, ele não queria jantar sujo assim na mesa da casa com os pais dele. Chegou mais perto do rapaz e sussurrou:


ㅡ Só nois dois? Eu aceito se for!


Diego olha com simplicidade para o rosto sardento de Guih e pensa se é tão incomodo assim para ele sentar na mesma mesa que seus amigos sentam quando vêem aqui. Ele questiona se Guih se acha diferente dos demais e acha esse pensamento um absurdo.


ㅡ O que é que tem? Eu estou te chamando para almoçar na mesa. Anda logo.


Guih olha para o perfil dele, a roupa dele estava suja, ele se aborrece e vai atrás de Din até a cozinha principal onde sua mãe estava lavando louça e pede para esperar, a mãe dele vê aquela algazarra, para o que está fazendo e questiona Guih assim que Diego murmura para Guih deixar essa arrogância de lado.


ㅡ O que está acontecendo Guilherme? ㅡ Ela pergunta com uma cara que indica para Guih problemas.


Ele olha aborrecido para a cara irritada de Diego e pensa que se ele levar um puxão de orelha em casa, ele culparia Diego até o ano que vem.


ㅡ Estou convidando ele para almoçar comigo. Porém, ele está me fazendo uma desfeita.


Guih olha inconformado para o que Diego diz a sua mãe, ele não era um ingrato porém, ele sabia o lugar dele naquela casa. A mãe de Guih entende, ela vê a situação e até acha um gesto nobre do filho do dono, dá um sorriso simples e diz para Din que compreende o que Guih naquela idade entende bem.


ㅡ Ah... é isso! É um gesto amável. ㅡ Ela seca as mãos na roupa, e aponta para Guilherme. ㅡ Eu agradeço do fundo do coração, porém, o lugar dele não é lá.


Diego escuta pela segunda vez o que ele não acha justo, ela repete o que o filho já disse, olha para os dois e suspira:


ㅡ Não é um sacrifício, ele é meu amigo, estão quero que ele coma comigo.


ㅡ Melhor não.


Guih faz uma expressão digna de pena, ele ainda segura um prato redondo que parece uma cuia de plástico que ele escolheu na cozinha, ele é uma criança que nasceu sem modos, ele come do jeito dele, almoçar com pessoas nobres não era para Guilherme.


ㅡ Olha só as roupas dele, não seria bom ele sujo assim sentar com vocês.


Guih abaixa o olhar esperando que Diego não ficasse chateado com ele, se sente um pouco envergonhado, Diego engole em seco e repara no amigo, mesmo assim ainda acha injusto, ele sente um peso no coração ao olhar para o semblante de Guih, se sente tão desconfortável que faz Din se sentir culpado por força-lo.


Estava tudo bem para ele no entanto, não estava nada bem para Guilherme.


ㅡ Ok! Se você não pode almoçar comigo, não tem problema. Eu almoço com você!


Guih olha para Diego tendo sua decisão formada, ele mesmo arranja o próprio prato dele e questiona onde ele pode pegar comida já que a maioria da janta estava na mesa. A mãe de Guih sorri amorosamente, ela acha Diego engraçado e sem jeito apesar de um ser um rapaz charmoso, assenti para si mesmo que ele é um bom menino.


Guih tem olhos atentos a Diego, a dorzinha que ele sentiu no peito a se comparar com Din, vai embora aos poucos, ele sorri e questiona se ele tem coragem de comer a comida dos piões. Diego dá um belo sorriso e assenti:


ㅡ Foi sua mãe quem fez também, deve ser boa do mesmo jeito! 


ㅡ Não é nada Granfino.


Guih dá uma bela risada e eles vão para a cozinha dos empregados, os empregados acham até peculiar mais não dizem nada, o que é servido para os empregados é até simples, a cozinha cheia é uma bagunça porém, a carne tem um cheiro ótimo. Carne de panela, arroz e feijão e um salada e ao invés da sobremesa há suco de laranja.


Não era algo de outro mundo, o que ele almoçaria hoje seria diferente daquilo, seria um arroz e feijão separados sobre a mesa, um bife a cavala, batata frita de acompanhamento, salada de tomate cereja misturada com alface e escarola, de bebida suco natural igualmente de laranja e uma sobremesa chamada suflê de chocolate. Ele sorri para Guih pois ele queria que ele comesse na outra mesa, mais se aqui ele se sentia bem melhor, estão estava ótimo.


Diego optou por almoçar na cozinha, já que lá estaria a mãe dele, eles poderiam conversar asós, Guih estava satisfeito com a escolha, não acharia que Diego sentaria no chão já que os empregados que não conseguiam sentar na mesa, se sentavam no chão da cozinha encostando as costas na parede, era até suburbano. Acompanhou ele até o balcão e se sentaram, Diego olhou para a refeição, ele iria esfria-la primeiro, ele repara em Guih que mexe na comida, ele mistura tudo, vai misturando até não saber o que é feijão e o que é arroz e o que é carne e a salada simplesmente some também ali no meio. 


Diego contraí as sobrancelhas e acha peculiar essa mania de Guih, ele não era de misturar comida, deixa isso de lado quando Guilherme fica satisfeito com o que faz e come, a mãe dele pega dois copos e enche de suco para eles, ela passa a mão na cabeça do filho com carinho e diz para ir com calma.


ㅡ Está muito bom mãe! ㅡ Guih murmura, estava uma delícia como sempre.


O sorriso satisfeito de mãe e filho intriga Diego de maneira amorosa, ele olha para o prato de Guih e se questiona que o quê ele faz tem de tão especial já que continua a mesma coisa sendo misturado ou não.


ㅡ Porque você faz isso? ㅡ Diego questiona ao apontar para o prato de Guih.


ㅡ Porque? Eu não vejo problemas em misturar. Minha mãe sempre diz que no estômago tudo se mistura do mesmo jeito. ㅡ Guih dá de ombros, ele gostava de fazer esse tipo de coisa porque sua mãe fazia para ele quando ele era só uma criança.


O ato de misturar comida se chamava "viradinho", sua mãe fazia com caldo de frango cozido e Guih amava isso até hoje, só de pensar ele já sentia água na boca, os temperos misturados criavam um sabor totalmente novo. Quando ele vê que Diego não come e espera esfriar conversando com ele, Guih então toma uma atitude, ele pede licença, pega o prato de Din e diz que vai esfriar para ele, comenta a Diego que ele deveria experimentar isso, Din repara o que Guih vai fazer, ele nunca fez isso então é normal que ele estranhe de primeira no entanto, ele deixa Guih fazer o que bem entende, observa ele com gosto até Guih misturar a comida dele e partir com garfo e faca os pedaços de carne, quando Guih termina ele pede para que Diego experimente.


Diego dá um sorriso, ele arqueia as sobrancelhas para Guilherme e abre a boca esperando receber a refeição de maneira afetuosa, Guih acha ousado, ele olha para a própria mãe, dá de ombros, prepara o garfada e dá a Diego:


ㅡ Tudo que é preparado pelas minhas mãos sempre fica bom. 


Ele diz e serve Diego, realmente não era ruim, era até gostoso e acaba por assenti que é bom para Guih. A mãe do rapaz ruivo acha engraçado porém, se questiona se amigos homens agem assim, na época dela dizer que ser um homem havia limites até onde uma amizade masculina podem chegar porém, os tempos mudaram, e ela tinha dois filhos aparentemente gays, apesar que Guih ficar com uma garota e havia Luis que disse uma vez que ele já beijou uma garota e não foi nada ruim. Lui também dizia coisas, havia dado um nome ou refletido um significado para ela quando ele disse a mãe que homens podem sim ser íntimos, nem todos eram, mais haviam aquele que sim. 


Como ele chamava... ela tentou relembrar, era algo que ela não ouvia sempre.


Hum... Brotheragem?


Mais até que limite vai a brotheragem?


Era confuso, tempos novos, hábitos novos, adolescentes com costumes diferenciados.


Os filhos delas eram confusos.


Ela sorri e vê seu filho e Diego brincarem, é peculiar, mais de toda a forma tudo tem que estar dentro do limite desde que seus financeiros e os costumes são distintos


[...]


Tocar com a língua no céu da boca de Guih é instigante.


Quando Din toca o corpo de Guih ele sente ternura, era um ato de dar e receber vindo do coração um do outro. 


Agora quando ele beija James, Guih sente um frio na barriga, depois do trabalho ele foi jogar bola e depois do treino quando os meninos tomaram banho e aos poucos o vestiário foi esvaziando James encurralou Guih no armário. Ele olhou para os olhos frios do outro, e a respiração fica lenta, Guih não impede a aproximação dele desde que os dedos de James prende seus ombros no armário.


ㅡ Você gosta disso? ㅡ James sussurra para ele.


Guih dá um sorriso instantâneo e pensa em James de outro jeito, a atração sexual entre eles é instantânea e o toque na pele quente de Guih é reconfortante. James diz que vai beijá-lo, Guih recusa de início entretanto, ele acaba por ceder, os lábios deles se tocam, a língua também, James tem magia de trazer Guih para si, ele toca o corpo dele na margem do limite, não vai além mais as vezes tenta, então Guih desconecta os lábios dos deles, desce a mão que quer tocá-lo na bunda e diz que ainda é cedo.


James faz uma cara de dar dó e Guih sorri, não que ele fosse santo, ele fez muitas coisas com Diego, mais só com ele. James podia ser legal porém, ainda era cedo para Guih liberar, ele não confiava totalmente em James mas gostava dele.


Quando James o beija de novo, a pele de Guih se arrepia, talvez é consequência da pressão que o corpo de James faz e som ambiente provocado ao pressionar Guih no armário vermelho de lata do vestiário, o coração de Guilherme bate forte no peito bombeando sangue por todo o corpo, quando seus lábios se soltam, James sorri para ele, toca suas mãos e lhe dá um abraço.


ㅡ Está tudo bem? ㅡ James ainda diz em tom baixo.


Guih aceita o abraço e se aconchega nele, ele queria ter um relacionamento, e talvez estivesse tendo um agora, era bom, mas ele pensa em Din e se questiona o que ele pensaria sobre Guih estar entrando em um relacionamento, a última vez em que ele mencionou sobre James a Diego, o rapaz disse que esse jogador de futebol é meloso e rápido demais.


Diego apesar de ser garoto, ele não entende de rapazes gays e o quanto eles podem ser rápidos quando estão interessados.


Eles querem tudo, eles querem sexo!


E Guih sabe disso toda vez que James desce a mão para sua bunda enquanto eles se beijam, talvez gays beijem assim. No entanto, Guih não gosta sendo que eles nem tem tanta intimidade assim, as vezes ele acha que deve deixar porém, não quer que James pense que ele quer ter sexo, então evita.


No final, eles terminam as carícias e se despedem e Guih vai para casa, cansado ele se joga no sofá durante a tarde e tira um cochilo e esquece de buscar a irmã na vizinha.


[...]


Kawê trouxe Dorsey para brincar já que os três eram colegas de sala, Fran dos garotos do colégio era o mais próximo dele e de Lui.


Luís queria fazer um jogo, ele gostava de música e Dorsey também, então jogariam um jogo sobre adivinhação musical. Em tempos livres eles viam clipes de música e imitavam porque parecia ser divertido. Quando eles entram na humilde sala de estar da casa, o irmão mais velho chato está tirando uma soneca, Kawê olha para o irmão de Lui com interesse perverso, Luis percebe a má intenção de Kawê e fala para deixar seu irmão em paz.


Kawê dá um sorriso e assenti e diz que ele não pretende nada e olha para Dorsey Franklin que parece distraído olhando um retrato de família na qual Guih e Lui são apenas duas crianças pequenas, acha engraçado e ri quando Lui sai um pouco para buscar o velho Boombox de seu falescido avô no quarto, Kawê chama a atenção de Dorsey que olha o retrato e para o amigo como se fosse difícil escolher para quem olhar, larga o negócio sobre a estante e vai até ele, Kawê pede silêncio quando Fran quase abre a boca.


Ele aponta para Guih que tem um semblante calmo, uma de suas mãos está sobre o peito e outra caída toca o tapete do chão. Kawê aponta para Guilherme e diz baixinho a Dorsey.


ㅡ Guih se sente muito carente ultimamente. Sabe... ele brigou com a namorada e fica chorando pelos cantos.


Dorsey não gosta de ver gente triste se não ele chora também, ele faz uma carinha de dar pena, olha para o rosto de Guih e acha ele realmente triste.


O que é cansaço é interpretado como tristeza por Dorsey Franklin.


ㅡ Coitado! ㅡ Dorsey murmura. ㅡ E agora? Vamos ter que ajudá-lo na reconciliação?


Kawê sorri para Dorsey e aperta o ombro dele e diz que ele é nobre por pensar assim, mas Guih não precisa de nada disso, e que Dorsey pode ajudá-lo simplesmente lhe dando afeto, e quem sabe um abraço amigo. Dorsey pensa, da última vez em que ele abraçou Guilherme, ele foi empurrado, sua bunda ficou dolorida e ele quase foi chutado da escada, pensou bem e murmurou para Kawê que talvez não fosse uma boa idéia.


Kawê pega Dorsey pelo braço e diz baixinho: "Vai por mim, é tudo que ele precisa agora."


Dorsey morde os lábios, olha Kawê nos olhos e sorri docemente porque o garoto ao seu lado é tão convicente a ponto de convencê-lo totalmente simplesmente com aquele olhar agradável que ele tinha, o som da sua voz também e boa de se ouvir, ele se rende, ajoelha no chão próximo desse irmão profundamente adormecido, já que o outro estava precisando então Fran faz o sacrifício que ele não vê maldade alguma, ele deita o rosto no peito de Guih lhe dando um abraço, Kawê fala para Dorsey acariciar o cabelo dele e o garoto assenti fazendo o que ele diz, fica assim um tempinho até a pessoa dona desse corpo sentir que há algo diferente, Guih antes estava sozinho em casa, ele esqueceu de ir buscar a irmã na vizinha, sentir alguém tocá-lo foi um enorme susto, ele levantou na hora e gritou quando viu alguém sobre ele, ele achou que eram aqueles fantasmas da paralisia do sono que Aniki mencionou uma vez, Kawê começou a gargalhar quando Dorsey levantou espantado com o grito que ele recebeu bem no pé do ouvido quase capaz de estourar seu tímpano esquerdo. Lui que estava no quarto quando ouviu o grito do irmão se espantou pegou um rodo e pulou lá na cozinha ponto para atacar quem fosse.


ㅡ Cadê ele? Onde? Cadê?


Guih pôs a mão no peito depois do susto, o coração dele quase pulou e Kawê começou a gargalhar ainda mais, Dorsey e Lui ainda tinham uma cara de espanto. Guih ainda estava tentando se acalmar e quando entendeu a situação ele automaticamente fechou a cara vendo que Kawê não conseguir segurar o riso, o peito subindo e descendo de espanto era incontrolável. Lui quando sacou a brincadeira abaixou o rodo, ele estava antes preocupado achando que algum drogado que rondava o prédio, havia entrado na casa deles, mas era Kawê e suas brincadeiras sem graça, ele também põe a mão no coração e acha que vai ter um troço, acaba por fica irritado também.


ㅡ Mais que merda! ㅡ Guih resmunga se sentando no sofá. ㅡ Vocês estão querendo brigar ou o quê?


ㅡ Eu só estava te consolando, em vez de me agradecer, me assusta. ㅡ Dorsey murmura inconformado. ㅡ Eu quase fiquei surdo.


ㅡ E desde quando eu preciso do seu consolo? ㅡ Guih questiona confuso e irritado.


Guilherme olha para o irmão e para Kawê assim como Lui olha para ele, então ele entende que aquele pestinha tem algo haver com tudo isso. Dorsey não era nada inteligente, ferramenta fácil para alguém tão perverso.


ㅡ Não olhem para mim. ㅡ Kawê fala. ㅡ Foi ele quem quis.


ㅡ Aceitei porque você me disse que ele precisava. ㅡ Dorsey comenta, ele se sente totalmente confuso agora.


Guih dá uma longa suspirada, Lui aperta a cabo do rodo e resmunga.


ㅡ Eu chamei vocês para brincar comigo, eu só saí um pouco e vocês ficam atazanando meu irmão? Por isso, eu deveria mandar os dois embora.


ㅡ Ah! Finalmente... Me faz esse favor e manda eles para casa. ㅡ Guih murmura.


Kawê que é o causador de tudo não diz nada pois ele reconhece seu lugar entretanto, Dorsey que foi usada olha inconformado para Kawê e para os dois irmãos e desolado murmura:


ㅡ Eu acabei de chegar, não me manda embora, eu moro longe.


Dorsey não queria dar o dia por perdido entretanto, Guilherme está muito bravo para Lui deixar os dois em casa, ele olha para o irmão e então pensa, que a solução é simples porém, impossível para alguém tão orgulhoso quanto Kawê.


ㅡ Ok! Peçam desculpas para ele, se ele aceitar eu deixo vocês ficar.


Guih gostou da idéia, ele estava aparentemente muito bravo mas, mesmo assim aguardou Kawê pedir desculpas de joelho já que Dorsey que era justo e grudento simplesmente se aproximou de Guih e pegou em sua mão lhe pedindo humildes desculpas daquele jeito exagerado dele, um voto da X na qual quando você sente muito, você ajoelha e pede desculpa demonstrando o quanto está arrependido.


Guih observa mais não fala nada, ele diz que só vai dar uma resposta quando o entojado do Kawê dar a melhor desculpa dele, Kawê comprime entre as sobrancelhas, Lui encara e diz que é a vez dele, Dorsey levanta do lugar quando Kawê emite um som, ele parecia perseverante e orgulhoso como sempre, Guih também comprime entre as sobrancelhas e não gosta em nada da atitude de Kawê no entanto, Kawê sabe que Guih não gosta dele já a expressão dele é sempre clara, mesmo que abra a boca e peça desculpas ele tem certeza que Guilherme não vai desculpa-lo, e por isso Kawê se recusa a falar.


Dorsey olhar para Kawê com expectativa e então quando ele não escuta bem claro as desculpas a feição dele entra em estado de declínio perdendo as esperanças, Fran fala de lado: "Vai... ele está esperando."


ㅡ Acho que ele não tem esse dom da palavra, até parece que dói ser educado.


Guih ao dizer isso faz Kawê ficar enfezado, ele se recusa a falar e Dorsey não quer ir embora por um capricho de Kawê.


ㅡ Vai Kawê. ㅡ Dorsey implica.  ㅡ Se eu voltar para casa cedo eu nunca mais volto aqui.


Dorsey sofre antes, pois ele sabe que voltar para casa agora, ele terá que ajudar a mãe a limpar a casa, lavar potes e panelas na qual ele fez questão de escapar dessa vez da limpeza geral de domingo.


ㅡ Para que eu vou pedir desculpas a ele? Foi só um brincadeira. Nós podemos brincar lá em casa. ㅡ Kawê murmura.


Lui não fica nada satisfeito com a resposta chula de Kawê e a expressão de descrença que Guih começava a fazer é notável. O irmão do meio de Guilherme cruza os braços e acaba por dizer o que ele pensa afinal.


ㅡ Eu não vou para sua casa, já que você não é capaz de fazer algo tão simples. 


ㅡ É sério isso?


A irritação de Lui também irrita Kawê, Dorsey não sabe o que dizer, ele fica confuso e fala que não custa nada pedir desculpas, Guih está impaciente, ele já não suporta mais ficar ali. Ele diz que já basta, e levanta do sofá.


ㅡ Seríssimo. ㅡ Lui assenti assim que Guih levanta, dá um empurrão verbalmente em Kawê para que ele deixe esse orgulho besta de lado.


ㅡ Ah... Kawê... ㅡ Dorsey emite um som choroso de frustração.


Kawê tinha um ponto fraco e o ponto fraco dele, estava com uma cara horrível, ele sabia que Lui o ignoraria amanhã, era péssimo ser humilhado por Guilherme, e muito menos ele não queria ficar brigado com Luís. 


Porém, ceder não parece certo já que ele tinha certeza que o irmão mais velho de Lui não aceitaria as desculpas dele entretanto, quando Guih ameaça sair da sala dizendo que já que ninguém tem nada a dizer a ele, então ele irá embora. Kawê vence seu orgulho, ele dá um suspiro e murmura as palavras num tom baixo: "Me desculpa", mas era visível que ele não queria pedir desculpas para alguém que não gosta dele, Guih olha para o rosto daquele garoto loiro e não gosta da expressão de desfeita dele.


ㅡ Eu não te escutei. ㅡ Guih o força a falar mais uma vez, sua expressão era provocativa.


Kawê olha para Lui que agora tem uma expressão menos severa, a pressão é enorme, ele abre e fecha os olhos irritado com a barra que ele está segurando, trinca os dentes e em nada ele melhora a expressão que parece forçada para Guilherme e não agrada novamente.


ㅡ Me desculpa. ㅡ Ele repete e olha Guih nós olhos.


ㅡ Pelo o quê? ㅡ Guih agora olha para Kawê com mais firmeza e cruza os braços com aquela expressão severa que ele tem as vezes.


Guih estava forçando a barra de novo e na cabeça de Kawê ele estava abusando da boa vontade dele.


ㅡ Por mentir para Dorsey dizendo que você tinha levado um pé na bunda e eu fiz com que ele a te abraçasse também.


Guih arregala os olhos, Kawê era realmente um grande mentiroso e manipulador, Guih estreita os olhos vendo Kawê com aquela cara de deboche e chateação, até que ele poderia perdoa-lo no entanto, a má vontade de Kawê era horrível de aceitar, era um pedido de desculpas só dado porque ele foi forçado a falar, se fosse um pedido sincero e sem rodeios Guilherme aceitaria, mais diante daquela expressão em vez de agradá-lo só conseguiu deixá-lo mais irritado e ele concluiu que Kawê não merecia que ele o desculpa-se.


ㅡ Não! ㅡ Guih dá seu ultimato com com frieza, sua expressão é dura e então ele sai da presença deles, sai pela porta de casa e vai buscar sua irmã na vizinha.


Kawê escuta o que ele já sabia que iria acontecer, ele põe as mãos nos quadris e solta um risada sem graça, era tão claro quanto a luz dia, ele olha para Lui como se perguntasse se ele estava satisfeito agora.


ㅡ Eu sabia. ㅡ Kawê murmura e também vai embora muito irritado.


Dorsey que antes ficou sem reação por não ser perdoa por Guilherme mesmo Kawê lhe pedindo desculpas, coça a cabeça e questiona Lui se ele tem que ir embora mesmo.


Lui dá um sorriso simples, ele não estava surpreso, ele dá de ombros para Fran e pensa no que irá fazer.


ㅡ Fran os dois são cabeça dura não é? ㅡ Lui questiona.


Dorsey Franklin fica pensativo também, ele não queria confusão hoje e acabou por entrar em uma situação constrangedora com o irmão mais velho de Luís, dá um longo suspiro e olha com expectativa para o amigo que resolveria isso em breve.




[...]


Guih foi buscar sua irmã na vizinha, com a bebê de três anos do colo ele não pode evitar cheira-la no corredor até que ela dê risada.


O sorriso de Nanda é instantâneo, a gargalhada de criança pequena é tão estridente que preenche o corredor, ela tem um cheiro agradável de neném, o cabelo ruivo borgonha quase chega a ser marrom, deles três Lui, era o que tinha o cabelo mais claro tom de casca de laranja, o de Guih já era vermelho sangue, escuro como o da irmã porém, o dele havia um brilho intenso.


Até essa idade de três anos Guih não tinha sardas marrons , depois dos cinco anos e a exposição do sol ele começou a tê-las, ele se perguntou se a irmã tinha a mesma genética de enferrujado como ele, Lui tinha a pele lisinha, era o único sortudo até então.


Ele olha para o rostinho da irmã e a pele mais clara que a dele e murmura:


ㅡ Você quer ter um nariz manchado assim como o meu?


A irmã dele dá um sorriso doce e uma risadinha, Guih sorri de imediato mas quem o surpreende quando ele está voltando para casa é seu irmão que vem de encontro a ele no corredor. O sorriso de Guih morre, ele não queria falar sobre Kawê agora.


ㅡ Nem vem se for para ser advogado dele. ㅡ Guih resmunga.


ㅡ E desde quando eu fui? ㅡ Lui murmura, ele sorri para Guih e questiona. ㅡ Se não acha que tem que perdoa-lo então é uma escolha sua.


ㅡ Eu sei o que estou fazendo. ㅡ Guih comenta. ㅡ Acha justo ele receber um perdão tão fácil assim, creio eu que fica fácil para ele, fazer isso sempre e achar que eu vou perdoar todas as vezes como se nunca estivesse acontecido. Vai sonhando.


Lui espremeu os lábios e fez uma expressão de quem entende no entanto, esse irmão do meio é audacioso, ele sorri para Guilherme e murmura:


ㅡ Ok! Você é crescido e Kawê só tem treze anos assim como Dorsey. Aqui fica a questão para alguém tão evoluído como você, não deve ensinar uma criança que o pedido de desculpas dele vale muito?


Com isso Lui queria dizer que ensinar uma pessoa jovem que suas palavras são importantes é essencial, da vida ele não sabia de nada porém, ele leu isso em um livro sobre personalidades e achou certo e compreensível.


Guih olha para o irmão com desconfiança e se pergunta se ele está o manipulando a ceder aos caprichos de Kawê. No entanto, Lui suspira e diz o que ele entende bem sobre a pessoa que Guih tem birra.


ㅡ Eu também entendo você, mas pensa comigo, Kawê é uma pessoa difícil, e ele te pediu desculpas. Para uma pessoa como ele, aquilo não foi uma grande coisa?


ㅡ Você só fica do lado dele não é? ㅡ Guih suspira cansado dessa conversa.


ㅡ Não é bem isso. ㅡ Lui dá de ombros. ㅡ Ele te pediu desculpas, e vai por mim, ele não é de fazer isso, ainda mais para você.


ㅡ Isso só porque vocês forçaram ele. ㅡ Guih suspira e olha para o rosto angelical da irmã. ㅡ Não me faça parecer o vilão dessa história.


ㅡ Ninguém é vilão aqui Guilherme. ㅡ Lui diz ao irmão. ㅡ Só digo que as vezes você tem que ceder para melhorar alguém, é como nossa irmã, ensinar ela a dividir, é como a mãe sempre diz, mesmo que nós não queremos algo que ela está comendo, nós temos que pedir ou aceitar o que ela nos dá.


Guih pensa que seu irmão pegou no seu ponto fraco, ele até entende mais dar o braço a torcer é difícil, ele fica pensativo. Ele suspira mais uma vez quando Lui deixa ele pensar sozinho e vai embora para casa, ele olha para o rostinho de Nanda e questiona a irmã se o irmão mais velho dela exagera as vezes.




[...]


Dorsey estava sentado no topo da escada ao lado de Kawê, Guih chegou logo em seguida e os dois garotos não pode evitar olhar para ele com uma culpa aparente, Guih tem a mesma cara insolente de antes no entanto, ele suspira e resolve falar.


ㅡ Nunca mais façam isso de novo.


Dorsey parece realmente desolado, ele balança e cabeça de um lado para o outro e diz que sente muito, Kawê apesar de orgulhoso dá o braço a torcer suspira e assenti assim como Dorsey. Guih parece bem chateado, Lui tem uma língua impagável.


ㅡ Isso quer dizer que você perdoa nós dois? ㅡ Dorsey murmura arrependido por obedecer cegamente Kawê.


ㅡ Eu já perdoei. ㅡ Guih com a irmã no colo fala de maneira mansa, quando Dorsey ameaça abraca-lo Guih diz para ele não ir se empolgando. ㅡ Mas hoje vocês tem que ir para casa.


Dorsey apesar de triste entende Guilherme, olha para o rosto de Kawê que parece bem pensativo e apático em relação aquele clima chato. Ele pensa que é melhor ir e voltar a rotina de arrumar a casa com a mãe, se despede dos dois e fala que vai embora. Guih que fica na escada com Kawê, olha para o garoto e suspira novamente.


ㅡ Eu não gosto de você mas também não te odeio tanto assim. ㅡ Guilherme comenta, eles não olham por muito tempo nós olhos um do outro mas mesmo assim acabam se entendendo.


Kawê depois de um segundo finalmente olha para o rosto de Guih e murmura:


ㅡ Ele que te mandou aqui não foi?


ㅡ Não diria que é mandar. ㅡ Guih arranha a garganta e comenta. ㅡ Ele só não gosta de briga entendeu? Nós fomos criados em meio a uma enorme bagunça, gritaria é a situação que mais o preocupada, discussão sempre foi seu ponto fraco.


Kawê espreme os lábios e pensa que algumas coisas são chatas, e Guih sabe bem que sim.


ㅡ Eu não estou aqui para virarmos Best Friend. ㅡ Guih explica. ㅡ Porém, eu desejo que coisas assim não aconteçam de novo. ㅡ Guih fala com sinceridade. ㅡ Ele parece contente porém, bem lá no fundo Luis deve estar bem chateado com nós três.


Kawê mantém os olhos baixos, ele olha para seus tênis e entende Guilherme, ele por um curto momento dá um sorriso sincero pensando que Lui é um ser humano único.


ㅡ Ele é bem feliz não é? 


ㅡ Ele é mais feliz do que eu. ㅡ Guih solta um sorriso, achando que seu irmão é bem bobo as vezes. ㅡ Onde foi que ele achou que eu sou uma boa pessoa?


ㅡ Eu que me pergunto, onde ele achou algo bom e em mim. ㅡ Kawê ainda se sente confuso, ele já aceitou que para ele não há escapatória, ele é todo errado, uma criança muito má.


Guih escuta Kawê falar, acha graça e entende em anos pela primeira vez o irmão em relação ao Kawê.


ㅡ Se ele achou é porque tem. ㅡ Guih nunca pensou que ele estaria falando para Kawê que ele é alguém bom, essa mesma pessoa que desacreditou dele a uns minutos atrás. ㅡ Não vá se gabando, se você não se acha bom o suficiente para estar com ele, então melhore até você estar satisfeito consigo mesmo. O fato de você não maltratar meu irmão já é suficiente para mim, ele não pode evitar gostar de você. Lui é muito bobo as vezes, ele acredita que todas as pessoas são boas, por isso eu tinha medo de Dorsey e principalmente você estarem se aproveitando do meu irmão.


Guih mediu Dorsey pelo o quê supõe que conhece Kawê, ele não pôde evitar esse pensamento, mas hoje ele viu que Dorsey é tão inocente quanto Lui.


ㅡ Eu não faria isso nunca. 


Kawê tem a voz mansa quando afirma isso para aquele irmão mais velho, a irmã caçula de Guih adormece no ombro dele durante a conversa e então Guih acha que é hora de entrar, ele espreme os lábios e murmura: "Acho ótimo!"


[...]


Tama estava esperando a última tomada de fotos antes de ir embora, antes ele acreditou que estava terminado porém, não foi bem assim.


Ele foi chamado para uma sala a parte e quem estava lá não era quem Tama queria ver agora.


Quem estava lá era o dono!


Era quase impossível não tê-lo ali desde que ele era o fundador e logicamente mandava do local.


Ele sorriu quando entrou no resinto, o homem de meia idade tinha uma fisionomia convicente, seu tom de voz transmitia uma confiança que Tama poderia até acreditar mais não levava tão a sério porque atrás dessa bela voz e desse charme havia algo que Tama bem lá no fundo ainda não aceitava bem. 


Porque ele sempre olha com esses olhos cheios de interesse para ele?


John Miller havia dito a um rapaz no local que ele queria realizar essas últimas tomadas de foto, com Fanny, Tama, e mais duas garotas. 


Tama estava desconfortável, o homem mais velho pegou a câmera, ele a olhou com interesse e então diz com uma voz tão doce quanto o mel para atiçar a imaginação cheia de ambições e sonhos altos desses quatro adolescentes.


ㅡ Eu era jovem quando eu comecei minha carreira de fotógrafo. ㅡ Ele olha para a lente da câmera e encontra foco em um de seus modelos dentro da sala. ㅡ Quando eu era criança, eu ganhei minha primeira câmera. Porém, meu verdadeiro estrondo, foi quando eu fui olheiro de Mia Garden.


ㅡ Aquela super modelo? ㅡ A garota ruiva que tinha jeitinho de patricinha que estava ao lado de Fanny questionou incrédula entre as amigas.


Os olhos delas brilhavam, Tama já viu algumas propagandas novas e antigas dessa mulher pela X, atualmente ela tinha por volta dos quarenta e dois anos, quatorze á menos que seu olheiro. Então ele menciona sobre a modelo Clarice Adams de vinte e dois anos que apareceu na Queen Teen Magazine daquele ano, estilo de revista na qual Tama compra e recebe em casa sempre afim de fazer teste de personalidade e ler colunas. Ao mencionar essa outra mulher deslumbrante as garotas ficam ainda mais empolgadas, Fanny fica ansiosa já que era mais fã dela do que as outras meninas.


Ela olha para Tama com interesse e sussurra para ele o quanto é incrível ser uma Top Model de sucesso e a maravilhosa magia de conseguir posar em capas de revistas famosas e ir para desfiles e eventos Fabulosos com muita facilidade. Tama olha de volta para ela e pensa que Fanny sempre parece que esquece que eles não estão mais juntos, e automáticamente pensa que talvez ele devesse ser mais paciente no entanto, ele não consegue esquecer o que ela lhe fez, mais pensando bem ele também não foi um bom namorado, ele a traiu também e ter esse pensamento não torna ele um homem justo.


Tama não queria se justificar, mais também não achava certo colocar toda a culpa nela, ele sabia que errou em muitos pontos, mas não entendia porque ela nunca pensou em terminar com ele em vez de traí-lo. Mesmo pensando assim ele não dá o gosto de sorrir para ela de volta, olha para frente encostado em uma parede enquanto aquele homem feito e realizado dá seu discurso, ele termina, dá um tapa na coxa sobre a superfície do jeans claro e fala que a sessão de hoje vai ser bem temática: "roupas de banho".


Tama morde o lábio inferior, ele não gosta de fotos semi nuas, ele não assinou um contrato para isso. Tama curva as sobrancelhas, e quando as garotas vão vestir os trajes logo Tama fica sozinho na sala com ele, o rapaz se aproxima do homem e murmura.


ㅡ Eu não fui contratado para isso. ㅡ Tama diz. ㅡ Procura outro modelo.


John Miller que estava sentado em uma mesa, enquanto um outro homem Designer de iluminação preparada o cenário John olha para Tama com firmeza, dá um sorriso e olha bem para a face de Tama.


ㅡ Onde está seu espírito espontâneo? Seu pai se dava muito bem em situações como essa.


ㅡ Eu não sou meu pai. ㅡ Tama indaga.  ㅡ Eu não vou tirar essas fotos.


Agora John Miller olha sério para o rosto desse jovem garoto bonito e se questiona qual razão Tama insiste em ficar cheio de teimosia.


ㅡ Achei que você era apto para esse trabalho, se não concorda então vai embora. ㅡ Ele une as sobrancelhas, já fazia algumas semanas que Tama andava vindo, supõe que o garoto acharia que seria um desperdício largar tudo agora faltando duas semanas para terminar, John enfim murmura. ㅡ Faz parte do trabalho, se você não é capaz estão não precisa vir amanhã e nem depois.


Tama o escuta e o xinga em pensamento, ele morde os lábios afrontado pela língua de John Miller falando que se ele não quisesse tirar fotos semi nuas, então ele estaria despedido. Tama iria responder, se sentiu irritado, e como John Miller pensou, Tama não deixaria algumas poucas semanas de lado por um orgulho ou bobagem como essa, tal bobagem que significava muito para ele, pela simples razão de que invadia sua privacidade e o espaço pessoal na qual Tama é quem dava direito de quem for tocá-lo ou olha-lo, no entanto por um contrato que John Miller agora dizia que não havia essa regra do que poderia ou não fazer, desde que um adolescente como Tama estivesse coberto de algum modo.


Tama olha de lado e suspira, e se dá por vencido, ele podia até largar mais onde estaria a dignidade dele?


Ser mandado embora por uma coisa tão injusta era humilhante, mais humilhante ainda era abaixar a cabeça e foi a escolha que Tama tomou, não foi uma boa escolha no entanto era o jeito. Ele deu meia volta e foi vestir a roupa, a roupa de banho estava no camarim masculino, lá só havia ele, Tama olhou algumas peças etiquetadas em ordem que ele deveria usar. A primeira peça era um calção Laranja e vermelho que pelo menos ser descente aos olhos jovens de Tama.


Ele vai até a cabine e a veste por cima da cueca box, quando ele sai do camarim, ele olha para o próprio corpo no espelho e pensa que é desconfortável, a pele semi nua do busto masculino de Tama é atraente entretanto, o atraente nem sempre é o sentimento que Tama quer passar para uma outra pessoa, seu rosto é belo, seu rosto é chamativo e isso é tudo que Tama pode mostrar, desde que ele começou nesse meio, ele nunca foi tão longe assim ao ponto de tirar fotos sem pedaços de roupas, era sexualizar a roupa de banho, sexualizar os corpos de alguns adolescentes que as vestem.


Em toda via, Tama não aceita bem mais acabar por se conformar. Ele sai da sala e vai para o cenário que é decorado em tons marrons e uma janela enorme de vidro, samambaias de decoração enfeitam o local como a suposta casa de um gay bem conceitual e a luz se bem aproveitada vai será capaz de destacar a boa aparência daqueles quatros adolescentes de pele jovem e lisa.


Tama olha por cima os figurino das garotas, Fanny usa um biquíni asa delta azul marinho, que no corpo magro dela se destaca bem, uma das garotas que se chamava Lívia, tinha a pele escura, o cabelo afro dela se destaca com um maiô laranja decote cavado, e Giulia a garota ruiva de olhos cor de mel exibia uma bela peça de biquíni retrô branco e preto estilo marinheira. De todas as peças a de Giulia era a menos ofensiva para estar no corpo de um menor de idade. A diferença entre os quatro eram notáveis, pareciam que foram escolhidos a dedo, pelos dedos de Josef Miller.


Tama vai até elas e as sessões começam, as garotas tiravam fotos juntas, tiravam fotos com ele, trocavam de modelos de roupas três vezes, até a última tomada quando John pediu algo mais ousado, ele pediu para que Fanny tirasse uma foto mais romantizada com Tama onde seus corpos teriam que se tocar, Tama contraí o cenho mais não pode recusar, John quer tirar uma foto na qual Tama está de costas, porque as cortas dele é chamativa. Fanny encara Tama e dá um sorriso contido, fazia tempo que ela não era tocada por ele e bem era certo que entre eles havia Ruan, mais o coração dela não batia do mesmo jeito que batia por Tama, era certo que antes ela se estressava com ele muitas vezes, coisas de casal.


Observa Tama olhar para o lado se posicionado como e onde John queria, Fanny fica atenta também, mas não evita continuar gostando do traço do rosto do ex namorado, a maxila e até o canto dos lábios dele é atraente e capaz de fazer o coração no peito dela acelerar. John ajeita ele, as mãos dele é inconveniente, foi o tempo todo e ainda é, ele toca ali e aqui nós dois e Tama se sente desconfortável, ajeitar a posição de casal pode ser feita de maneira menos informal. Mais não, ele toca em Fanny e em Tama, aqui e ali e nos quadris, Tama sente que ele apalpa, ele faz uma cara feia e olha para o rosto de Fanny que tem uma reação parecida, ela parece mais constrangida, ele sente o calor da pele dela quando ela cola o corpo no dele, passa a mão delicadamente sobre os ombros do rapaz e encosta o rosto ali como John quer, como se não fosse possível ele toca-los mais, também tem a capacidade e cara de pau de ajeitar a roupa dos modelos, Tama dá um basta falando que ele mesmo vai fazer. 


Quando John arqueia as sobrancelhas e os deixa Fanny não tem mais tanto tempo com Tama. Stephany antes de voltar a posição aconchegada ao abraço dele, o olha no olhos e sussurra:


ㅡ Você ainda está chateado comigo não está? 


ㅡ Ah... ㅡ Tama murmura baixo. ㅡ Deixa isso de lado. Vamos esquecer. Ok?


Fanny comprime os lábios com uma expressão entristecida e uma leve irritação, eles retomam as fotos e da uma pausa novamente, apesar da frieza de Tama a garota se sentia confiante, ela tinha mais duas fotos com ele antes de outra garota entrar em seu lugar.


ㅡ Foi tão ruim assim o que rolou entre a gente? ㅡ Fanny fala num tom doce, mais também cheia de recentimento já que ela ainda gosta muito dele.


ㅡ Vamos deixar isso no passado. ㅡ Tama diz mais uma vez.


Fanny fica embasbacada com a frieza de Tama, fica confusa sobre ele, e enfim a sessão de fotos termina. Assim que eles trocam de roupas e vão embora ela antes de Tama sair alcança ele e questiona a razão dele não querer conversar com ela.


ㅡ Nosso assunto já deu. ㅡ Tama diz cansado da insistência de Stephany. ㅡ O que aconteceu já aconteceu, eu quero virar essa página. Você não?


ㅡ Meu problema não é esse, você está sendo insensível comigo como sempre. Não cansa disso? ㅡ Fanny questiona aborrecida enquanto eles discutem no corredor.


ㅡ Eu só não quero mais falar sobre isso. ㅡ Tama acha que está entrando uma situação muito chata.  


Ele queria parar aquilo e ir embora no entanto, Fanny não deixa ele ir, ela o prende no lugar, o solta quando a expressão dele muda de pacífica para uma extremamente irritada, Tama estava pensando que aquela situação era muito irritante, a sessão de fotos foi humilhante, John Miller era um homem baixo e agora vem a Ex namorada perturba-lo por uma bobagem que na perspectiva de Tama era somente passar uma borracha e esquecer. Mais não era tão fácil esquecer assim para Fanny, ela nunca entendeu Tama, garotos diziam que garotas eram indecifráveis, mais Tama era um nível de peculiaridade tão alta que era capaz de irrita-la as vezes, ele nunca falava muito sobre si, vivia em seu próprio mundo como se não tivesse nada demais, era como namorar um boneco Ken, mais o Ken dela era teimoso, ele parecia inanimado as vezes e de vez em quando fazia as vontades dela.


ㅡ Você nunca liga para nada, você nunca ligou para mim. ㅡ Ela disse quando ela perdeu a paciência, ela sentiu vontade chorar mais engoliu o orgulho. ㅡ Admite isso.


Agora a conversa estava ficando irracional, Tama fica chocado e dá um longo suspiro, ele une as sobrancelhas e então responde ela.


ㅡ Se é o que você acredita. Então nunca deveríamos ter namorado.


Era muita crueldade, Tama sabia que ele não era bom, mais dizer que ele a namorou só por um capricho era triste, ali haviam verdades e haviam mentiras, ele realmente tentou gostar dela, ele até gostava mais nunca de um jeito extremamente romântico, ele tentou, ele seguiu o papel e ficou confortável, afinal namoro adolescente é assim, vocês ficam juntos, tem um interesse romântico e acredita que vai dá certo, mais a vida não é tão fácil, e aqui estão eles separados e discutindo coisas que já deveria virar passado.


Quando Fanny magoada e irritada iria falar alguma coisa Tama deu um basta e começou falar que ele já estava cansado de tudo aquilo e que era melhor eles irem embora no entanto, Fanny comprime os lábios quando a respiração dela fica pesada de frustração e questiona:


ㅡ Você já está com outra pessoa? É isso?


Tama fica em silêncio, ele suspira cansado e se sente um pouco chateado, ele só quer ir embora e esquecer que esse dia um dia existiu, esse clima e essa conversa cheia de ódio e pesares entre os dois era tão desconfortável ao ponto de deixá-lo mau. Mais o silêncio de Tama para Fanny foi suficiente para ela começar a pensar, ela respirou fundo louca para saber quem era essa pessoa infame que não tinha nenhum pudor de perceber que eles terminaram a pouco tempo, e a qualquer hora eles poderiam voltar antes de dar encima do namorado dela.


ㅡ Eu estou certa não estou? ㅡ Ela pôs uma feição dura e cheia de recentimento. ㅡ Quem é a cachorra?


Tama põe uma expressão severa crendo que Fanny não tem mais nada haver com isso, ele fecha e abre os olhos com irritação e sua paciência esgota.


ㅡ Se tem ou não tem, não é problema seu. ㅡ Tama é duro no tom de voz. ㅡ A gente acabou, se me dá licença eu vou embora.


Fanny fica totalmente irritada com o palavriados dele porém, o deixa ir, ela fica pensando em quem seria a vagabunda, ela pensando mais, vários absurdos e julga Tama e a essa pessoa desgraçada por um tempo indeterminado.


E pensa no que ela pode fazer para voltar com Tama agora. Isso se for possível... E na cabeça dela, vai ser.


[...]


Tama estava impaciente quando ele entrou no estacionamento do prédio, pegou a moto, montou na mesma e antes de sair ele e pensou que hoje era um dia horrível, leva a mão ao bolso sentado sobre a Honda preta.


Ele corre o dedo na lista telefônica do aparelho e liga para Ícaro, hoje mais do que nunca ele precisava conversar com ele então Tama se torna impaciente quando o telefone chama, mais ninguém atende do outro lado, chama até cair e Tama pensa se Ícaro está bem, ele tenta mais uma vez mais não dá em nada.


Tama fica pensativo, ele pensa em ir na casa de Ícaro porém, lembra do Gavião que está rondando aquela casa e não acha uma boa idéia mesmo que ele pense que deveria ir. Liga a moto e vai para casa, quando ele chega o irmão dele está brincando no quintal com um amigo que mora aqui perto, um tal de Bryan um ano mais novo, eles brincavam de bola na grama verde.


Tama pergunta para o irmão onde o pai deles foi já que o policial a paisana está de folga essa semana entretanto, Ian diz que o pai deles foi buscar a mãe no serviço e que logo em seguida eles iriam ao supermercado. Tama suspira, ele senta na varanda e tenta ligar mais uma vez para Ícaro no entanto, ele tem a mesma decepção, pensa um pouco e lembra de Guilherme, mais o número de Guih Tama não tem, então ele acha algo bem conveniente na memória, Diego deveria ter. 


Então ele liga para o amigo próximo que o atende e cede o número de Guilherme, Tama adiciona em caso de emergências, agradece o amigo, desliga e liga para Guih que no momento deveria estar em casa ouvindo o som da rádio FM, quando ele atende ele estranha e questiona quem é. 


Na visão de Guih assim como a de Ícaro ele reconhece que a voz de Tama é grossa normalmente, e ao telefone fica mais e ela enrola conforme ele vai falando, então Guih achou que era um homem adulto no entanto, Tama não entendi Guih, responde para o entendimento do outro que é ele, o colega de sala.


Guih enfim entende e murmura: "Puta merda! Quem te deu meu número? Por telefone sua voz é assustadora. Como Ícaro consegue conversar com você pelo telefone sem achar que é o Pânico e dormir bem de noite."


Tama dá uma risada, ele acha sua própria voz sexy, só por importunar a mente de Guih então ele murmura uma frase icônica do filme Scream (Pânico) só para apavorar Guilherme ainda mais: "Você gosto de filme de terror? Qual é o seu filme favorito?"


"Aí que horror". ㅡ Guih dá uma risada aflita e acha graça. "Não gosto de filme de terror."


Guih nunca gostou, ele sempre foi cagão para esse tipo de conteúdo, tomar susto não é com ele, como protagonista em um filme de terror ele não duraria nem dois minutos, era tomar um susto e ter um infarto e então o filme acaba e o letreiro sobe.


"Eu vou aí de noite te visitar caracterizado como ele." ㅡ Tama dá uma sorriso que Guih não pode ver mais ele sente que o outro está contente pelo tom de voz amigável.


"Deus me livre!" ㅡ Guilherme repreende e questiona Tama qual seria a razão dele está ligando para ele.


Tama explica que a Guih quer falar com Ícaro mais tem dificuldade de entrar contato pelo telefone oficial e se Guih sabe a razão. Guih pensa e lembra que ele mandou uma mensagem para Ícaro que não foi respondida, ele normalmente responde em alguns minutos no entanto, Guih não ligou muito já que Ícaro nem liga tanto assim para o celular, mais ficar um dia inteiro sem ao menos vizualizar era estranho. E agora Tama falando sobre o assunto deixou Guih curioso e preocupado, ele diz que não fala com Ícaro há duas semanas e desde que ele mandou a mensagem fazia dois dias e hoje iria inteirar três.


Tama fica pensativo e acha muito estranho, ele não pode evitar procurar o problema e ao mesmo tempo pensar em algo ruim com cara que está com a guarda de Ícaro. Então Tama fica preocupado e menciona a Guih se ele conhece Chris Angel, o que já sabemos é que Guih o conhece, ele assenti e questiona se Ícaro já falou sobre ele alguma vez, Guih fica em silêncio no início aumenta a preocupação de Tama, ele cogita ir até a casa de Ícaro tirar isso a limpo mas Guih enfim fala alguma coisa, Guilherme estava pensando se deveria jogar a real para Tama entretanto, não sabia se Ícaro queria que ele falasse a real situação para o cara que ele gosta, isso se ele foi além sobre o assunto Chris Angel para Tama.


"O que você sabe?" ㅡ Guih questiona tentando pescar um peixe.


Tama engole em seco, ele não sabe que tipo de jogo está jogando com Guilherme, suspira e fala o que Ícaro sempre diz a ele.


"Ele já me falou sobre esse cara, que é quem queria antes e ainda quer se casar com ele, desde a época em que o pai dele quase fez ele assinar uma promissória de divisão de bens caso eles se separassem."


Guih escuta Tama e vê que Ícaro não esconde coisas dele, acha ótimo porque a vantagem de Guilherme dar a língua nos dentes é gigante. Então ele fica aliviado e diz a Tama que Chris Angel não é má pessoa, que ele era bem respeitoso com Ícaro, mas mesmo assim não sabia o que havia acontecido com Ícaro e se caso Tama quisesse saber que ligasse para o telefone fixo da residência dos Montsserat. Guilherme disse que não ligava porque ligar para telefone fixo haveria uma cobrança bem cara na hora do pagamento da linha de celular dele, já tentaram aumentar injustamente e ele teve que ligar lá e brigar por conta do aumento de preço.


Tama então assenti e anota no bloco de notas do celular o número de telefone assim que põe no viva voz a ligação e agradece Guilherme pela ajuda, quando ele desliga ele entra em casa e vai até o telefone fixo perto da escada, ele observa as teclas do telefone móvel, olha os números em seu celular e então ansioso e cheio de preocupação ele liga para o telefone da casa de Ícaro. Ele toca algumas vezes e depois de um curto espaço de tempo ele é atendido por uma voz masculina.


Chris Angel que estava fazendo o café da tarde, vai até o telefone e o atende, quem fala do outro lado aos ouvidos dele é outro homem. Tama engole em seco, ele está preocupado e com um mal pensamento em relação a Chris Angel mesmo assim ele se segura, engole essa desconfiança e pergunta se Ícaro está. Chris Angel do outro lado da linha, comprime o cenho e entre as sobrancelhas e desconfia, ele questiona quem é, Tama não dá seu nome, ele simplesmente diz que é um amigo e se ele pode ou não falar com a pessoa na qual ele pede presença.



Chris tenta pensar quem poderia ser esse cara, ele não insiste que o outro revele seu nome no entanto, fica pensativo e diz: "É claro! Vou chamá-lo", Chris abaixa o telefone e grita para Ícaro escutar, que desça já que alguém quer falar com ele. Tama que escuta baixo, pensa que seria um alívio para ele saber que pode falar com Ícaro e que nada demais aconteceu, ele só teria essa confirmação quando Ícaro realmente falasse com ele. Ícaro que estava no quarto sem ter nada para fazer a não ser jogar alguma coisa no notebook, ele encrencou com Plantas vs Zombies, escutou Chris Angel, pausou o jogo e pensou que era seus pais ao telefone.


Ele desce a escada e vai até onde Chris Angel o esperava com o telefone móvel branco na mão, ele apontou com o objeto para Ícaro como se quisesse não dá-lo porém, teria que ceder. Ícaro une as sobrancelhas e questiona quem é, Chris diz que não sabe e então Ícaro fica curioso e pega o telefone com desconfiança.


Quando Ícaro atende dizendo "Alô" Tama sente um alívio no peito, Ícaro reconhece essa voz quando ele o chama pelo nome.


"Você está bem?" ㅡ Tama murmura, a voz parece doce e Ícaro fica encantado, ele esteve esperando por essa ligação a  quase duas semanas, esperou ouvir a voz dele e então o coração enfim fica sereno, ele assenti e por um segundo ele olha para Chris que encara ele, estranha e questiona se ele pode deixa-los asós. Chris Angel que tem uma dúvida recorrente sobre esse rapaz que ligou, pensa se pode ser o Affair de Ícaro, ele cede essa privacidade dizendo a Ícaro para depois que terminar ir tomar um chá com ele.


Ícaro concorda e pode ficar enfim asós com Tama, sobe para o quarto longe de onde Chris pudesse escutar ele falar. Lá encima ele se sente confortável para conversar com Tama.


"Por que você não atende o seu celular? Eu fiquei preocupado." ㅡ Tama não tem vergonha de dizer que ele se sentiu mau com o sumiço de Ícaro.


Ícaro se sente bem por saber que Tama se preocupa com ele, diz que está tudo bem, que Chris Angel pode ser tudo menos doido. Tama questiona a razão de Ícaro não atender o celular então Ícaro explica que o covarde do Chris Angel pegou birra dele na semana passada e colocou senha no celular dele e por esse motivo ele não conseguia mexer ou muito menos atender, Ícaro guardou o celular para evitar bloquear o aparelho com tantas tentativas falhas de desbloquear por isso não o ouviu tocando.


"Não é justo. Ele não tem direito." ㅡ Tama exclama indignado.


"Pelo visto parece aquele desgraçado tem alguma autoridade." ㅡ Ícaro dá uma risada. 


Tama fica feliz em ouvir o som da voz de Ícaro, conversam por um tempo duradouro, matam a saudade pelo telefone e então quando o sentimento cresce no coração dos dois Tama murmura: "Eu quero te ver. Você quer me ver?"


Ícaro sente que quer muito estar com ele. Murmura: "Como?"


"Segunda eu estou livre. Eu posso te pegar aí?" ㅡ Tama pede a Ícaro para poder vê-lo imediatamente.


Se pudesse ele queria vê-lo hoje mesmo, mas ele estava cansado demais e um tempinho curto não seria suficiente para Tama e Ícaro do mesmo modo hoje não poderia sair nesse horário sem despertar a curiosidade de Chris Angel depois dessa ligação recebida.


"Aqui não! Eu te espero na fronteira. Eu não quero que ele saiba que eu vou sair com você." ㅡ Ícaro responde, mesmo que Chris diz que ele pode se envolver com Tama porque acha que o relacionamento deles é algo irrelevante, bem lá no fundo Ícaro não via assim, e muito menos queria deixar Chris Angel saber todos seus passos, é estranho e injusto tanto com ele como si próprio e também com Tama.


Tama não gosta de algo difícil no entanto, ele assenti para Ícaro e diz que quer ficar com ele um dia inteiro e que segunda feira seria perfeito, Ícaro não acha que deve ficar para dormir do jeito que Tama quer, mais o coração dele se sente confortável ao som da voz de Tama e o quanto ela adoça os pobres sentimentos dele, diz que não sabe se é possível, mas Tama pede por favor e Ícaro acaba sedento dizendo que vai pensar em como fazer com que Chris Angel concorde com esse fato.


Ele iria inventar uma bela de uma mentira!


Ícaro escuta Tama mais um pouco questionando sobre o emprego temporário, Tama não gosta mais acaba assentindo mentindo que estava tudo ótimo, Ícaro quer falar sobre Fanny mais assim como Tama que prefere deixar a conversa deles somente com assunto somente sobre eles dois sem a interferência de sentimentos ruins ou pessoas alheias acaba por deixar esse assunto de lado até que possam conversar pessoalmente.


"Eu te amo." ㅡ Ícaro murmura para Tama, ele sempre diz essas palavras em meio ao desespero como se esse sentimento fosse sufoca-lo.


Tama sente que essas palavras o agrada como um carinho sútil no rosto, e então ele sorri imaginado a doçura que será quando ele puder ver Ícaro em carne e osso. E então ele assenti para o outro e responde: "Eu quero tanto sentir você. Sentir sua pele, seu calor."


Tama sente que deve dizer mais, ele sente essa necessidade intensa dentro dele sussurra sutilmente através do telefone para a audição clara de Ícaro: "Eu quero estar com você, eu te quero tanto."


Ícaro deixa um sorriso escapar dos lábios, ele diz que sente o mesmo e como se fosse difícil dizer adeus, eles demoram mais acabam por terminar a ligação e se despedem, era como perder um belo por do sol ou um incrível eclipse no grande palco que é o céu. Se deixarem era um sentimento mais que angustiante porém, nescessário e no final o que sobrava era a solidão no coração de ambos.


Ícaro relaxa o corpo no chão frio do quarto e suspira repetidas vezes e se sente triste e ao mesmo tempo cheio de paixão, o sentimento derrama dentro dele fazendo ele se sentir morrendo por dentro, era horrível o adeus, ele só voltaria a sentir esse sentimento duas vezes mais daqui em diante em momentos específicos e distante talvez nem tão distante um desses eventos.





Notas Finais


Até a próxima, vou se consigo trazer mais cedo
Vcs q acompanham são guerreiros e obrigado pelos views sou grata


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