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História Icarus Ágape! - T1: A Melancólia.


Escrita por: PrismaHighLight

Notas do Autor


Gente... Deixa eu mostrar eu fiz o Guih no The Sims 4. Adorei
Nas próximas postagens vou trazer os outros.
Ah desculpem a demora, mais o capítulo acredito eu que é grande.

Capítulo 78 - T1: A Melancólia.


Fanfic / Fanfiction Icarus Ágape! - T1: A Melancólia.


Dorsey Franklin estava entediado, durante o caminho de volta para casa, ele foi chutando uma pedrinha por um longo percurso até o ponto de ônibus.

Tentou se convencer que ajudar a mãe nas tarefas de casa não seria tão ruim quanto imaginava, não que ele odiasse ajudar no entanto, sua mãe era muito mandona e não deixava ele sentar a bunda quando se sentia cansado, quando Dorsey senta e reclama que ele está esgotado e pede para continuar uma outra hora, sua mãe olha para ele e murmura que ele é muito preguiçoso. Seus irmãos mais velhos fugiram de manhã e tudo iria sobrar para Dorsey porém, ele havia inventado que Kawê queria conversar com ele e quando ela iria contestar, Dorsey se fez de desentendido e também fugiu.

Dorsey suspira e vai de encontro ao destino que ele quis escapar, no meio do caminho como se fosse uma sorte grande no ponto de ônibus ele encontra alguém, um menino bonitinho de pele delicada, Dorsey nunca viu esse garoto antes, eles pareciam ter a mesma idade entretanto, esse garoto é bem baixinho e pensando bem quem seria Dorsey para dizer, ele também não é muito alto mas era evidente que ele era maior que esse menino. Dorsey projeta os lábios para frente iniciando um beicinho até atrevido, ele gosta de conhecer pessoas novas, e o garoto que ele vê é intrigante.

Ele tem uma pele clara, as bochechas dele são rosadas e o cabelo tem quase o mesmo tom, parecia ser tão delicado quanto uma garotinha fofa, se Dorsey tivesse certeza que é gay como Kawê ou bissexual como Lui ele talvez ficasse mais encantado do que estava. Mas Dorsey assim como Lui antes gostavam de garotas até a pré-adolescencia chegar e eles começarem a descobrir coisas novas, Lui beijou Mari do sétimo ano em fevereiro, um selinho simples de criança e Kawê ficou muito furioso.

Dorsey lembra até hoje, ele tinha Kawê como uma divindade para ele, ele era seu melhor amigo e quando ele menos imaginou seu amigo gostava de outro garoto. No início foi estranho, mais Dorsey entendeu que meninos gostam de meninas, e há meninos que gostam de meninos, e meninas que gostam de outras meninas e se ele preferir ele pode gostar de meninos também, se houver sentimentos é claro, atualmente ele não vê nenhum problema nisso.

Então interessado na outra pessoa no ponto de ônibus, ele se senta perto, tenta não encarar mais acaba não sendo muito discreto. O menino que está do lado não evita acabar olhando para os olhos estalados de Dorsey Franklin e estranhar ele por completo, quando percebe que não está sendo discreto Dorsey arranha a garganta e olha para o outro lado causando um desconforto do outro menino. Ele toma coragem e é espontâneo quando questiona o outro ao seu lado.

ㅡ O mês de junho é frio não é?

O menino que está ao seu lado, escuta a voz de Dorsey, olha ele e simplesmente concorda, o garoto ao lado de Fran parece ser vergonhoso, ele fala pouco e aumenta a curiosidade de Franklin. Dorsey tenta pensar em algo e logo em seguida  murmura palavras tentando achar um diálogo plausível.

ㅡ Hum! ㅡ Repara no menino fofo ao seu lado e suspira, nota que ele usa uma mochila cor rosa bebê, suas roupas também é rosa, a calça branca é talvez um grande problema para Dorsey. ㅡ Minha mãe me mataria se eu usasse uma calça tão clara, ela fala que eu não posso usar branco já que eu consigo sujar até a cor mais escura do mundo.

O garoto ao lado não sabe porque Dorsey está conversando com ele como se o conhecesse, esse pensamento prematuro não era uma desfeita, ele sorri ainda tímido e não está acostumado a ter pessoas conversando com ele e ainda assim as únicas palavras que ele consegue pronunciar são poucas e baixas quase sussurradas.

ㅡ Calado não é? ㅡ Dorsey balança as pernas, ele é agitado e a hiperatividade corre nas veias, ele balança o corpo como uma criança animada. ㅡ Eu nunca te vi, e olha que a X é pequena, principalmente o interior. Todo mundo conhece todo mundo. De que escola você é?

O garoto se sente tímido mas uma vez, ele pensa que quando ele começar a estudar terá que lidar com garotos como esse que fala pelas ventas, ele deveria treinar, ter vantagem era chave certa para ter coragem de conversar normalmente porém, sua voz saí reprimida diferente do que ele queria, ele não olha Dorsey nos olhos mais mesmo assim diz algo.

ㅡ Eu... não sou de nenhuma. Tenho aula em casa.

"Eu não era"... ele pensa e se corrige mentalmente. Mês que vem seria bem diferente.

Dorsey murmura: "hum" e pensa que hoje em dia ter um professor particular não era para muitos, ele pensa que o menino ao seu lado é um Playboy, ele tem roupas bonitas, uma face delicada e um cabelo impressionante, esse tom de rosa era bem raro, o única com cor intensa de cabelo que ele conhecia era a do amigo de Guilherme, ele era um Angel e Angels assim como Faunos não se misturavam muito, o que lhe fazia pensar que eles são bem parecidos e muito reservados.

ㅡ Deve ser legal estudar em casa. ㅡ Dorsey comenta animado. ㅡ Qual é seu nome? O que você é?

ㅡ Kennedy. ㅡ Ele responde. ㅡ Mas minha família me chama de Kenny, eu sou um Angel.

ㅡ Ah... estava na cara. ㅡ Dorsey se empolga mais, um Angels é assim então? E como dizem por aí, são realmente impressionantes.

Mais também há más línguas que dizem que eles são antipáticos, não querendo generalizar porém, Dorsey não pode evita pensar que a pouca fala de Kenny talvez seja porque eles são realmente assim. Mas também não evita pensar que se ele tivesse um amigo Angel, ele iria se exibir para Guilherme dizendo que ele não é o único privilegiado.

ㅡ Angel é? ㅡ Os olhos de Dorsey brilham. ㅡ Vocês são reservados não é? Por isso você estuda em casa? Faunos também são, então temos algo em comum.

Kenny tem que lidar agora com a boca que não cala de Dorsey Franklin, ele fica um pouco perdido, pensa um pouco e responde que não é bem isso, ele tinha um probleminha de estudo que já foi em parte resolvido, explica que não é que ele prefira estudar em casa, nem sempre ele estudou, era só que no começo a desatenção aos problemas visuais dele não deixava ele acompanhar todo mundo e ele quase reprovou na primeira série. Dorsey descaradamente dá risada e questiona "Quem que reprova na primeira série? Eu e meu amigo Kawê reprovamos na sétima, estamos fazendo ela pela segunda vez."

Kenny vê Dorsey dar risada dele e pensa se realmente deve se ofender no entanto, mesmo com seu ego afligido, descide não levar isso para o coração, ele tenta entender o outro garoto e responde:

ㅡ Bem... alguém como eu?

ㅡ Meus irmãos me acham burro, mais eu tenho algo... e como que se diz?... TDAH. ㅡ Dorsey contém a risada, ele acha que Kenny tem uma vida engraçada.

ㅡ O que é? ㅡ Kenny questiona.

ㅡ Resumindo é como uma cosquinha. Eu não presto atenção em assuntos chatos porque minha cabeça não deixa eu me concentrar. ㅡ Dorsey dá um sorriso simples enquanto Kenny o escuta. ㅡ E o H é o que minha ex professora Jenna do primeiro ano chama de "Formigas no traseiro" ela dizia isso sempre que ela não me via sentado no meu assento. Coitada, eu até entendo, eu me levantada umas vinte vezes em único período de aula.

Kenny simpatiza com Dorsey e diz a ele que é míope, o menino que o escuta o entende melhor do que ninguém, quando o ônibus que Kenny espera para levá-lo para a casa dos avós surge, Kenny pensa que Dorsey é alguém legal, ele precisava ver alguém legal depois do estresse em que passou uns dias na casa do pai quando ele vem visitá-lo acompanhado da mulher humana e dos filhos mestiços entretanto, agora ele tem que dizer adeus a Dorsey.

ㅡ Foi bom te conhecer.

O garoto diz a ele e Kenny sorri, ele até gostou da companhia de Dorsey e espera que seus companheiros futuros de sala sejam assim tão legais como ele mas falem um pouco menos, foi relaxante para ele ter essa conversa, ele sempre vêem estressado quando passa um tempo com a família do pai já que seus meio irmãos são difíceis de lidar e a madrasta Americana que não é nada boa para ele sempre o deixa cabisbaixo.

Dorsey sorri para Kenny e vê ele ir embora, quando seu ônibus também chega uns minutos depois ele vai para a casa, o ponto é próximo. Fran suspira entediado de novo, perto de casa ele escuta o som da música alta que inaugura a faxina, suspira mas uma vez, coloca as mãos no bolso e dá de cara com seu vizinho Vinnie Gaion de dezesseis anos, ele estava alí sentado na varanda de sua casa fumando um cigarro e brincando com o esqueiro, o quintal dele tinha a grama alta, a mãe trabalhava em uma lanchonete e assim como a de Dorsey, e Vinnie tinha um pai que ninguém sabia onde foi parar, se estava vivo ou se estava morto, impossível saber desde que foi embora.

Dorsey pensa que ver adolescentes fumando era tão comum quanto ver as taxas de câncer pronunciadas na televisão que a doença na X-Gravitation aumentarem com frequência. Quando Vinnie põe os olhos nele ele comprimenta Dorsey que é um garoto amigável que sempre responde com um "oi", Vinnie sorri para ele e se levanta do lugar, agora deveria ser quase meio dia, o sol aparece porém, ainda o  frio do mês prevalece.

ㅡ Como vai você?

Vinnie tem um sorriso atrevido quando ele se dirige a Dorsey que murmura que ele está ótimo e que logo tem que ir para casa, ele diz também que hoje é o dia da temida limpeza.

ㅡ E você não quer ajudar? ㅡ Vinnie chega perto do portão onde o outro está com esses olhos e a expressão de recusa presente, e esse mesmo rosto doce olham para ele com expectativa.

Dorsey coça atrás da cabeça um pouco envergonhado enquanto admite que sua mãe é uma fanática por limpeza que quando ela limpa a casa ele sofre do final.

Vinnie dá um sorriso e olha atrevidamente para Dorsey, arqueia a sobrancelhas e apoia os braços no muro e diz:

ㅡ Que tal você e eu jogarmos alguma coisa? Aí você passa o tempo comigo, me faz companhia até a hora em que ela terminar.

Vinnie fala de um jeito que faz Dorsey pensar se é uma boa idéia, pensando bem parece ótimo para ele no entanto, ele não sabe se deve aceitar. Esse mesmo rapaz mais velho sempre o chama para entrar mais Dorsey nunca entra.

Esse menino só tem treze anos, ele é uma criança que se impressiona fácil com propostas sobre jogos, aos olhos dele é uma proposta atraente para um garoto porém, ele nunca esteve na casa de Vinnie, a mãe dele só chega a noite e então eles teriam um dia inteiro para se distrair. Dorsey morde os lábios tentado em aceitar, ele faz um som com a boca e quando ele sorri e concorda com a cabeça ele escuta a voz de Lucas que é o seu irmão mais velho chama-lo pelo nome, ao lado dele está o outro gêmeo Matheus.

Eles chamam Dorsey para entrar, então Dorsey murmura que ele não queria entrar mas os irmãos dele praticamente ordena que ele entre, Vinnie tem uma expressão frustada.

Dorsey repara na drástica expressão de Lucas que tem normalmente um semblante calmo e agora franzi a testa e Matheus ao seu lado tem uma expressão indecifrável, ele só olha diretamente para Vinnie e aponta para que o irmão caçula dele entre logo alegando que a mãe quer ele dentro de casa para ajudar.

Dorsey faz uma cara infeliz e se desculpa com Vinnie que diz que está tudo bem. Os garotos de dezoito anos encara o outro rapaz por alguns minutos e entrar no quintal de casa, Matheus que é mais bravo e fácil de irritar empurra a cabeça do irmão questionando que história é essa de entrar na casa dos outros, Dorsey dá uma reclamada com a brutalidade do irmão e falar que vai contar para mãe que ele anda batendo nele, a virada que Dorsey dá para encarar o irmão e reclamar faz com que Lucas que o suspenda agarrando ele pela cintura e o arrastando para dentro de uma vez por todas cansado de ouvir ele tagarelar.

Vinnie Gaion que assiste e dá uma risada frívola e uma curta tragada no cigarro.

[...]


Depois do almoço, Diego foi para o quarto.

Ele sentia a familiaridade desse dia de sábado e como sempre nesse mesmo dia ele costumava a acordar bem tarde. Porém, hoje ele magicamente acordou cedo, e tendo o dia extenso logo de manhã, resolveu ir até o escritório do pai que ficava na parte superior do casarão para saber se ele precisava de alguma ajuda. E sim, sua ajuda era bem vinda então, ajudou o pai com umas papeladas que precisavam de cópias e algumas ações enviadas no e-mail da empresa Greenwold. Ajudou como preciso e no final da manhã, Diogo chegou depois com mais alguns papéis que ele pegou na empresa.

E antes que Din subisse para seu aposento ele desceu até a entrada da casa com o irmão, ele queria mostrar para Diego o carro que ele havia importado recentemente, esportivo Ascari KZ1 prata de motor potente.

ㅡ Belo carro. ㅡ Diego havia comentado. Apesar da cor, a lataria preta do Aston Martin de Din brilhava bem mais.

Ele olhou para o veículo e para o irmão e questionou qual era a precisão de trazer o carro dele dos Estados Unidos para a X-Gravitation.

ㅡ  Você não quer prestar a faculdade de Havard ou a Stanford? O que você quer aqui na X? Essas são as melhores faculdades de melhor experiência para os investimentos do pai. Não acha?

Diogo olha para o irmão e dá um suspiro, ele detesta sobre estar longe daqui no entanto, ele agregou algo muito bom estudando em uma das melhores escolas particulares de fora no Internato Samuel Lawrence localizado nos Estados Unidos.

ㅡ O que me adianta estudar em uma escola boa e ficar longe da família e principalmente de você. ㅡ Ele dá uma pausa e suspira.

Diego na mesma hora riu, ele não entendia o apego do irmão, eles não iriam viver grudados para sempre, uma hora eles iriam casar e ter suas próprias famílias e iriam se ver de vez em quando, tudo fazia parte da vida adulta.

ㅡ Não seja tão meloso... ㅡ Diego balança a cabeça e banaliza a carência do irmão. ㅡ Você deixou alguém por lá? Pelo visto eu acho que não, se sim... você é um insensível.

Diogo revira os olhos impaciente, sentou no ornamento da escada e questionou se Diego largaria tudo por amor essa bela cara de pau que ele tinha.

ㅡ Eu prefiro ficar com quem me dá carinho.

Diogo pensa que Diego as vezes exagera, ser um amante fora da X não era seu objetivo inicial, é certo ele teve umas namoradas americanas mas agora já era passado, namoro adolescente as vezes dura muito pouco e finalmente ele comemorava o fato de estar em casa.

ㅡ Se você fosse para lá, eu talvez pensasse em continuar no Instituto. No entanto, você é muito careta, o pai disse que nem na escola particular que eu vou entrar você nunca quis se estar. ㅡ Diogo diz aborrecido.

ㅡ Eu já estou no meio do ano e no ano seguinte será o meu último ano escolar. Eu já tenho amigos nessa escola, e aliás dá muito trabalho fazer outros.

Era simples para Diego, era questão de apego pela amizade antiga e além do mas ele não via necessidade de se mudar desde que cresceu em escola estadual.

ㅡ O internato era legal,  a cada ano entra 400 alunos, 13% são alunos internacionais. Campos de 40 hectares, incluindo 10 dormitórios. 30 salas de aulas, 6 laboratórios. É realmente incrível, você iria gostar e tem muita mulher bonita do jeito que você gosta. ㅡ Diogo diz como quem não quer nada.

Surge em Diego no seu rosto pálido um sorriso fraco e murmura vendo que seu irmão não entende nada dos gostos dele: "Dinho... eu nunca gostei de ficar preso. Pode ser férias para você, mas para mim é uma tortura."

Diego podia até apreciar a beleza alheia porém, ele sempre gostava das menos favorecidas, ele prefere mais corpo do que rosto, o mas cativante do que a beleza era as palavras, então ele gostava das nada bela, das quentes e de preferência daquelas carinhosas para com ele. As vezes as garotas belas eram fúteis, Fanny tentou namorar com ele na oitava série, ele até ficou ela por uns cinco meses entretanto, a garota só falava sobre si mesmo e os desfiles na qual ela queria participar então ele nunca tentou engajar um namoro, era somente flertes, agarração atrás da escola e seco casual na casa um do outro já que eles eram tão novos, eles também eram inconsequente diante dos desejos carnais. Se Tama sabia sobre isso? Lógico que ele sabia porém, eram coisas tão triviais que eles não falavam entre si e tinha Kawã sempre quis ficar com ela, mas ela nunca deu bola para ele. Se eles fossem contar cada garotas que eles compartilharam eles teriam várias listas compartilhadas entre o grupo, Diego ficou com a maioria das meninas de sua sala, seja somente um selinho ou um intenso beijo de língua ou algo a mais.

Durante esse pensamento de Din, Diogo espreme os lábios e nunca entende porque o irmão gêmeo dele nunca escolhe estar ao lado dele, era um mal hábito ser tão independente desde pequeno, ele nunca gostou de ficar grudado e meio que Diogo o entendia, já que cada gêmeo tem sua própria personalidade.

Diogo era mais frio e Diego mais quente, e as vezes o inverso; o que um era o outro seria totalmente o oposto.

Então ele só balança e cabeça e responde que o irmão sabe o que faz, no final das contas Diego sobe enfim para o quarto onde ele estava no começo da história. As 06:00 da manhã a servente trouxe o café manhã e algumas frutas, na fruteira média havia uma única maçã, um cacho de uvas pretas docinhas e uma banana, ele se senta na ponta da cama, pega uma uva e a põe na boca e saboreia aquele sabor doce, come mais uma, essa estava um pouco azeda, ele não pode evitar azedar o rosto também.

Diego relaxa o corpo, a tarde estava começando, ele olha para a banana e o formato dela, ele dá uma risada nervosa e lembra que Tama havia falado sobre o órgão sexual masculino. Não pode evitar pensar na mensagem que o idiota do Tama mandou ontem a noite assim que Din comentou que ele não saberia por onde começar, então Tama fez uma piadinha inocente.

Ele digitou em uma mensagem de texto, ironicamente com um emoji de diabinho roxo aquela infeliz mensagem de texto: "Na minha pré-adolescência meu professor na verdade era uma singela banana."

Nesse instante Diego pensou que enquanto garotos estavam aprendendo a beijar no espelho ou colocando a língua em um copo com gelo ou sugando o próprio braço na tentativa de treinar para o primeiro beijo, Tama estava tendo uma específica aula didática com uma fruta chamada banana.

Era um absurdo inquestionável e agora Diego fazia uma cara de estranheza para a coitada da fruta, ele balançou a cabeça em aversão a esse pensamento, tentou esquecer essa loucura.

Deitou o corpo sobre a cama e suspirou pensando que o oral era realmente constrangedor, ele não queria errar mas também não queria ficar devendo alguém como Guilherme. Sentiu uma cosquinha em seu ego e sua consciência pesou, ele levantou o tronco da cama e se sentou sobre o colchão, e enfim pensou: "Porque não?", acabou por pegar a fruta.

"Bobagem." ㅡ Murmurou.

Uma pessoa esquisita ou madura faria isso com menos vergonha alheia por Tama, ele também sentia vergonha de si mesmo mas a curiosidade foi maior. Engoliu em seco, ninguém ficaria sabendo, ninguém além dele.

Quem nunca fez uma coisa tão esquisita?

E quem o julgasse por esse pensamento de curiosidade adolescente, deveria ser tão julgado quanto ele. Quem nunca foi alguém inexperiente em algum assunto que teria que recorrer a um ato tão constrangedor como esse. Ele queria saber qual era a sensação de ter aquilo na boca ou simplesmente compreender se era tão difícil assim o contato físico através do modo oral.

Descascou a casca da banana Prata, olhou para o formato fálico da fruta, engoliu em seco, ele achava um absurdo ter que fazer aquilo com uma pobre fruta amarela mas se conforma que adolescentes são esquisitos e já que ele começou então teria que terminar. Pôs na boca e quando ele iria retirar Diogo que havia escolhido um filme em seu aparelho de celular entrou no quarto com a cabeça baixa murmurando: "Vamos ver um filme de suspense? Está passando na televisão o Cisne negro."

Diego que fora interrompido arregala os olhos e na tentativa de fugir de suas esquisitices foi levado ao ato de morder a banana rapidamente, pensando que Diabos seu maldito irmão tem a liberdade de vir entrando assim no quarto dele. Diogo que levantou o olhar na mesma hora e estranhou o irmão com aquela cara de espanto questionou o que ele estava fazendo, Diego com a boca cheia, mastigou e engoliu com dificuldade durante o nervosismo.

ㅡ Ué! Comendo banana. ㅡ Diego se levanta da cama, obviamente a reação dele é de alguém que faz algo errado, ele deixa a banana mordida na fruteira, o que é estranho para alguém que dizia estar comendo. Assisti ele murmurar. ㅡ Não posso?

ㅡ Pode! ㅡ Diogo assenti, contraí a sobrancelhas, deixa o hábito estranho do irmão de lado e questiona. ㅡ Está afim?

Diego assenti, e eles descem as escadas, ele se sente um pouco envergonhado, sorte dele que colocar a boca na banana é algo bem natural, fazer outras coisas além disso já era esquisitices.

Mas... cada um com as suas peculiaridades.

[...]


Hoje Guih se encontrava totalmente encrencado, ele teria que comparecer ao serviço mas houve um imprevisto.

Lia, a vizinha de vinte anos que cuidava da irmã de Guilherme e que as vezes dava bola para ele foi chamada para uma entrevista de emprego e justamente hoje ela teria que comparecer a esse horário que a Mãe e ele tinham que sair.

Lui também ficava na guarda de Lia porém, ele transitava bastante no corredor, entrava e saia de casa e ficava na companhia de Kawê mais do que na casa da garota, só aparecia para almoçar tentando ao máximo não incomodar a velha que tinha a guarda do namoradinho dele. Guih dá um longo suspiro e tenta pensar em algo. O capataz, lhe fez uma ligação agora pouco perguntando se ele viria ou não, Guih revirou os olhos durante a ligação tentando achar uma saída e mesmo sem ter uma ele assentiu, dizendo que com certeza iria parecer mas havia acontecido um grande imprevisto mas que não precisava se preocupar que logo logo ele iria trabalhar.

Agora essa resposta começava a lhe dar dor de cabeça, ele pensa e pensa e nada vem a cabeça porém, ele demora mas acaba tendo uma válvula de escape nada confortável pensando em uma coisa louca, ele diz a Lui que está deitado no sofá vendo o sofrimento do irmão, põe os pés no chão e questiona onde eles vão.

ㅡ Vou levar vocês. ㅡ Guih murmura um pouco preocupado.

ㅡ E pode? ㅡ Lui questiona.

ㅡ Eu dou meu jeito.

Lui escuta o irmão dizer com firmeza apesar do rapaz não ter muita certeza do que diz, tinha que dar certo, ajeitou a roupa da irmã e as coisas que a bebê precisaria, sorte que agora ela pede para ir no banheiro sozinho.

Então Guih e os irmãos saem de casa, pegaram um ônibus e pagam com o passe, crianças com menos de cinco anos não há cobrança. Desceram na entrada das terras que eram da família de Diego, até ali poderia entrar sem permissão, ele sempre tinha que andar em uma estrada de pedra até uma outra porteira de arame farpado, para movê-la ele tinha que puxa-la para o lado sem soltar, entrar e enganchar o arco feito com arame liso no pau de madeira escuro celando a passagem. Andar mais um pouco no meio da vegetação onde os piões costumam a trazer o gado para pastar e enfim ele chegaram nas áreas das chácaras.

Aqui a maioria dos playboys de fazenda tinha seus pedaços de terra, a de Diego assim como de uma outra família era enorme, cada família tinha sua área de perímetro demarcado.

ㅡ Você vem aqui sempre? ㅡ Lui questiona. ㅡ É longe.

ㅡ As vezes. ㅡ Guih fala brevemente.

Era realmente longe, e era claro que ele sempre vinha para nessas bandas para se envolver com Diego por uma hora e sempre voltava para casa logo em seguida. No entanto, Lui olha para ele com curiosidade e Guih evita o olhar do irmão por um longo tempo. Quando ele toca a campainha do portão o capataz já está esperando por ele no entanto, quando ele vê Guilherme com crianças ele não fica muito satisfeito.

Guih explica que são os irmão dele, que antes dele trabalhar ele vai deixá-lo com Diego. O capataz arqueia a sobrancelhas e acha que esse jovem é louco por fazer o rapaz filho do dono de babá, chega até ser engraçado e acha peculiar eles serem tão próximos que é bem capaz de pedir ao outro que cuide de seus irmãos.

Quando eles seguem para a mansão, Lui questiona se Diego sabe disso, Guih dá uma risada de nervosismo e murmura que se ele é capaz de cuidar de si mesmo ele também pode cuidar de outras pessoas. Sua irmã caçula no colo já estava dando dor nos braços, ele vai até a sala de estar e por uma eventualidade Diogo, o irmão dele também está sentado no sofá da sala assistindo televisão.

Guih fica na entrada, ele reconhece que não pode simplesmente sair entrando sem ter sido convidado. Diogo levanta o olhar e indica ao irmão gêmeo que tem alguém que quer vê-lo. Mesmo que Diogo não vá muito com a cara de Guih, ele pode dar o mínimo de cortesia ao outro rapaz.

Diego que estava sentado meio largado no sofá levanta seu corpo, ele estava assistindo ao filme no canal pago, assistindo aquele Filme de suspense. Ele olha para a feição de Guih, vê ele acompanhado e fica intrigado, ele não sabe o que rola ali mas se levanta do lugar e vai até ele.

ㅡ Posso te pedir um favor. ㅡ O outro murmura.

Diego vê a expressão um pouco espantada de Guilherme e teme o que ele vai dizer, ele repara nos olhos abertos do irmão dele e nós da criança que Guih tem nos braços, acompanha ele exitar em falar algo entretanto insatisfeito Diego joga a cabeça de lado, suspira e diz que sim, ele pode dizer o que quiser.

ㅡ Você pode cuidar deles para mim por algumas horas. Eles não dão trabalho eu juro.

Diego é um jovem, ele nunca cuidou de crianças e ele nem sabe o que fazer, exita em responder fazendo Guilherme criar uma expressão de frustração no rosto, ele meio que insiste com o olhar para que Diego seja compreensível e solidário.

ㅡ Eu não sei... ㅡ Diego começa a dizer e negar com a cabeça.

As crianças que olham para ele o deixam encabulado de falar não e acabar ofendendo o irmão mais novo dele que dos dois somente ele entendia bem o que Diego dizia e tinha olhos grandes para ele cheios de expectativa. Diego deu um suspiro sofrido e Guilherme espreme os olhos como quem está em uma situação complicada.

ㅡ É que a babá não pode ficar, e eu tenho que trabalhar.

ㅡ Pede folga. Eles não vão reclamar. ㅡ Diego tentou achar um meio bem melhor do que ficar para cuidar de alguém.

ㅡ Eu não quero. Eles já presta bem atenção que somos muito próximos. ㅡ Guilherme murmura, ele estava começando a se sentir envergonhado. ㅡ Eles vão me zoar muito, já andam me chamando de cãozinho do filho do dono ou que eu sou especial entre eles.

Diego solta um sorriso extrovertido, esses tipos de palavras eles falam brincando e Guih sabe bem porém, bem lá no fundo ele se sentia incomodado as vezes.

ㅡ Bobagem! ㅡ Diego murmura.

Ele simpatiza com Guilherme e pensa o quanto ele é sortudo por ser amigo do filho do dono que tem a cara de pau de jogar nos braços dele seus dois irmãos. Diogo que assiste balança a cabeça e acha que seu irmão é um idiota, "Ele é muito trouxa se aceitar", sussurra para si mesmo mudando o foco para o filme que passa na televisão enorme que eles tem na sala, tal comodidade que deixa Lui impressionado.

Assim como Diogo pensa Diego põe um sorriso no rosto e pensa que não pode ser tão ruim assim, ele olha para Lui que presta a atenção na Televisão e ao mesmo tempo na conversa e questiona se ele é capaz.

ㅡ Eu posso me comportar. ㅡ Lui murmura e fica sem jeito de ter que olhar cara a cara com Diego e acaba desviando o olhar envergonhado.

Diego tem um sorriso simples no rosto e até agradável para quem o observa e então questiona a irmã bebê de Guilherme: "Seu irmão só me põe em encrenca. O que acha?"

ㅡ Vamos... é uma experiência que vem de graça, quando você tiver seus filhos você vai saber lidar bem melhor do que eu. ㅡ Diego passa a irmã dele para o colo do outro.

Nanda toma um susto de início, estar no colo de alguém desconhecido nem sempre é confortável, os dois pedem calma e depois de uns segundos ela se acalma quando Diego vai até um baleiro na sala e oferece um doce a criança que aceita de bom grado e dá a Lui também. Diogo levanta o olhar para o irmão e balança a cabeça nada satisfeito, Diego dá uma risada baixa e pensa que o irmão pode julga-lo agora mais ele sabe bem que a carga não vai ficar só para quem aceitou esse cargo.

Diego chuta o pé do irmão lhe dando um toque que faz Diogo franzi o cenho, e ver o irmão ir de encontro ao garoto ruivo e inconveniente é totalmente frustante.

ㅡ E o que eu ganho com isso? ㅡ Diego questiona com um sorriso estampado no rosto que quer dizer muitas coisas, desde uma malícia a um pensamento simples de simplesmente questionar.

Guih abre um sorriso e antes de abandonar os irmãos a guarda do outro diz que ele não tem dinheiro, que ele vai pagar como ele sempre paga. Diego continua com o mesmo sorriso que ele dá para Guilherme quando se sente atraído por ele, pensa na conversa que ele teve com Tama a uns dias atrás e arqueia a sobrancelhas e chama Lui para assistir um filme.

Bem... a partir daqui ele terá um logo dia.

[...]


Mais tarde Diego levou as crianças para a piscina coberta bem afastada da casa em uma parte do jardim.

Era raro eles irem nadar naquela área mas Diego achou propício porquê havia uma parte mais rasa e segura antes de ir para o fundo. Lui havia dito que sabia nadar porque o prédio onde eles moravam havia piscina, mas Diego já sabia que lá havia piscina pois no começo do ano quando eles foram visitar Kawã ele os levou até esse local para passar um tempo.

Diogo que havia sido arrastado para esse lugar parecia entediado, ele vestia somente com um calção e estava deitado na água e suspirando ao lado do irmão banhado pela água corrente misturada pela cascata que fora ligada a uma meia hora atrás. Diego segurava a neném enquanto a garotinha batia as mãos na água, as vezes deixava ela andar um pouco mas não a deixava ir muito longe. Lui era o tipo de criança que ficava apavorada quando a irmã dele começava a andar e dar risada já que essa atitude infantil queria dizer que ela iria aprontar bastante.

ㅡ Que idéia incrível você teve. ㅡ Diogo murmurou, o cabelo claro dele estava molhada depois que ele deitou o corpo todo na parte rasa.

Diego olhou para a face sínica de seu irmão e abriu um sorriso sútil e questionou se ele não tinha algo melhor da vida para fazer além de sentar no sofá de casa e fingir que ninguém existia e que esse tempo vazio seria bem gasto ajudando ele a lidar com essa responsabilidade.

Diogo que estava com o peito nu, balançou a mão na água corrente que ia e vinha em direção ao seu peitoral, levantou o tronco apoiando o corpo sobre os cotovelos e olhou a face e o cabelo seco do outro, eles eram extremamente iguais, do dedão do pé até o último fio de cabelo e Lui reparava bem com curiosidade achando que seria engraçado ter um irmão idêntico.

ㅡ Eu prefiro gastar meu tempo comigo mesmo. ㅡ Diogo exclamou.

ㅡ Você é um egoísta!

Din contraí as sobrancelhas, e aborrecido joga água na cara do irmão e contesta que o conhece melhor do que ninguém porém, suas atitudes fúteis eram lamentáveis. Diogo fecha os olhos mas não consegue reagir totalmente ao reflexo de não ser acertado. Diogo fica pasmo com a atitude infantil do irmão, se senta e passa a mão no rosto tirando a água dos olhos.

ㅡ Você que escolhe a carga na qual vai carregar. E é eu que tenho a culpa?

ㅡ Você fala demais. ㅡ Diego murmura. ㅡ Ninguém pediu sua opinião.

Diego cuida porque ele quer, mas Diogo fica inconformado de seu irmão ser tão besta que aceita isso de bom grado para alguém em troca de nada, o certo para ele era dar e receber, mas ali estava longe de ser uma via de mão dupla. Então ele fica um pouco irritado e se levanta querendo ir embora e antes de sair ele diz: "Cuidado meu irmão. Você não enxerga as pessoas que se aproveitam de você porque você é bom demais."

Diego revira os olhos, ele não é uma criança. Ele não vê nada demais em fazer favor aos outros, ele é crescido o bastante para saber quando alguém está se aproveita dele, e aquela situação na qual ele se encontrava não era se aproveitar da bondade de ninguém e então seu irmão não aguenta mais e vai embora. Lui que estava escutando e tentando segurar a irmã no lugar se sentiu um pouco mal, então ele não pode evitar murmurar.

ㅡ Meu irmão não é um aproveitador, ele só se enrolou hoje.

Diego tem uma feição tranquila e ver Lui defender Guilherme era até agradável de se ver. Ele assentiu dizendo que já sabia disso, mais a confiança de Diego aparenta frieza para Lui e então ele murmura meio sem jeito.

ㅡ Guih realmente não é. As vezes é triste, ele deixa de fazer as coisas dele só para fazer as nossas vontades.

Diego encara Lui e percebe que talvez é uma situação um pouco preocupante mas, não é tão preocupante quando você faz isso para sua própria família. Porém, deixar sonhos para trás era realmente... preocupante.

ㅡ Você sabe o que seu irmão quer fazer da vida? ㅡ Din questiona.

Lui pensa e contesta que seu irmão mais velho é bom em várias coisas porém, nunca mencionou o que realmente ele quer.

ㅡ Ele toca violão muito bem, ele joga futebol, a comida dele é muito boa, quando eu digo muito boa é no nível boa refeição igual a da minha mãe. ㅡ Lui pensa, ninguém faz comida tão bem quanto os dois. ㅡ Tudo que der que fazer ele faz, então... o que ele quiser fazer, ele vai fazer muito bem.

ㅡ Hum... que ótimo, ele é um autodidata. ㅡ Diego murmura, faz sentido depois de Alex e Ícaro, Guih é o melhor da sala.

Ele está entre os seis melhores, Diego não é nada mau, ele e Aniki do grupo são os melhores em matérias em gerais, a faculdade para eles é direta. Lui não sabe o que Autodidata significa mas assenti mesmo assim.


Um Autodidata é aquele que se instruí por seu esforço próprio, que aprende sozinho com muito mais facilidade que os outros.


Diego dá um sorriso e questiona Lui se ele vai sentir saudade quando o irmão dele se casar já que ele é um dos pilares que apóia um dos lados do telhado de sua casa.

ㅡ Seria bom, ele estaria livre da gente no entanto, eu não sei se meu irmão vai se casar um dia, ele é ruim em arranjar pelo menos um namorado, eu nunca vi ele namorando. ㅡ Lui murmura. ㅡ Minha mãe vive pegando no pé dele para arranjar alguém.

Diego fica um pouco surpreso de saber que Lui sabe sobre as preferências do irmão.


ㅡ Ele é o solteirão do seu prédio? ㅡ Diego dá risada, na perspectiva dele Guih é tão vagabundo que seu lema é solteiro sim, sozinho nunca. Então ele brinca com o pobre irmão dele questionando. ㅡ Você quer um cunhado?

Lui lambe os lábios, ele não achou que essa oportunidade chegaria enfim para que enfim começasse a questionar essa pessoa.

ㅡ Você quer ser meu cunhado? ㅡ Ele falou um pouco eufórico e na cara dura, ele achou Diego legal e não teria nenhum problema com isso.

Din ao escutar isso solta uma risada e pensa o que se passa na cabeça desse garotinho que o olha com espectativa.

ㅡ Você acha que eu sou um bom pretende? ㅡ  Diego brinca.

ㅡ Eu acho, você é legal e também é bonito. E meu irmão é um cara legal. Porque não daria certo?

Diego gostou do elogio no entanto, Guilherme já tinha outros planos para a vida dele e Din sabia muito bem. Além do mais eles eram amigos com interesses, relacionamento amoroso não era para eles dois. Diego dá um sorriso simples, observa a neném brincando com a água, suspira e comenta.

ㅡ Seu irmão é alguém realmente legal. Mais acho que em breve você vai ter um cunhado de verdade e essa pessoa não será eu.

ㅡ Meu irmão gosta de alguém? ㅡ Lui fica pensativo e eu pouco decepcionado. ㅡ Que pena.

ㅡ Ah... talvez seja alguém bem mais  legal do eu. Bem... talvez nem tão legal, mas bom. ㅡ Ele diz com um sorriso convencido.

Lui dá um sorriso simples e questiona Din se ele tem alguém, Diego responde que ele está solteiro porém, gosta de uma pessoa. Lui pensa um pouco e murmura se pode ver a linha amorosa em suas mãos.

Diego que é bem cético não acredita mas acaba deixando. Lui se aproxima pega a mão dele e fala que ele ainda está aprendendo a ver esses tipos de coisas. Ele acha a linha do amor a primeira embaixo dos dedos, a linha dele é bem marcada e começa no meio, Lui explica que significava ele é alguém que se apaixona facilmente, há linhas menores que cruzam a linha do coração que significa trauma emocional, ela curva para cima e Lui vê que ele é alguém que não tem vergonha de falar livremente sobre sentimentos e emoções porém, é um pouquinho egoísta no amor e ele é bem ciumento, mas aí Lui assenti pensando que talvez é coisa do trauma que ele encontrou nas linhas cruzadas.

Din que é cético escuta e vê que Lui está certo, ele foi muito egoísta com Sophie e ele era alguém bem ciumento, ele viveu de ciúmes por um bom tempo, as namoradas dele tinham ciúmes dele e ele tinha ciúmes delas.

Diego tem ciúmes até do que não é dele mesmo quando há envolvimento, ele tenta se controlar mas não pode evitar sentir.

Então ele observa Lui que ainda lê a mão dele e murmura que ele é alguém de muita sorte e que na vida há muitos segredos, e que em breve ele vai saber sobre do que ele está enxergando. Diego fica pensando e acha isso muito peculiar. Ele suspira e olha para a irmã de Guih e a pega antes que ela vá para o fundo durante a distração deles.

Realmente... era preocupante.

[...]


No final da tarde Guilherme veio buscar os irmãos dele, Diego estava voltando da piscina com os dois.

Guih achou engraçado, ele fez seus irmãos usarem a roupa íntima como roupa de banho, no quintal a grama verde brilhava depois de irrigadas. Guih balançou os braços e tocou os dedos das mãos com um sorriso contagiante.

ㅡ E aí? ㅡ Ele questiona.

"Tudo na mais perfeita ordem." ㅡ Diego assenti, Lui questiona se está na hora de ir embora e Guih diz que a mãe está esperando. Agradece Diego e antes que ele vá embora e diga adeus Diego o chama inconformado com a despedida dele.

ㅡ Onde você vai? ㅡ Ele questiona.

Guih contraí o cenho entre as sobrancelhas e olha abismado para Diego e murmura: "Para minha casa. Eu estou cansado."

Diego abre um sorriso instigante e olha para Guih com uma expressão ousada e mandona, ele espreme os lábios e tira a autoridade de Guilherme em si mesmo somente com duas frases.

ㅡ Não, não! Você... me acompanha.

Guih fica sem palavras, ele olhou torto para Diego e resmunga, era um palco perfeito para Lui, o espectador que já tinha aquela idéia de arranjar essa pessoa para seu irmão fica eufórico por dentro. Ele põe um sorriso no rosto, pega a irmã pela mão e diz:

ㅡ A gente vai indo encontrar a mãe então, vai ver o que ele quer. ㅡ Na mochila que ele usava havia roupas para serem trocadas.

Guih não tem um sorriso no rosto, ele tem uma expressão complicada, e fica mais preocupada quando seu irmão põe esse sorriso ousado e olha para os dois, Guih quase disse algo, quase brigou mas ficou quieto quando Diego o chamou dizendo para ele se apressar.

Lui vai embora com a irmã e antes de sair ele diz entre os dentes: "Anda logo... ele é legal."

Guih não tem idéia do que está acontecendo ali, ele fica cismado e quando é deixado ele vai de encontro a Diego e questiona:

ㅡ O que vocês estão tramando para cima de mim?

Diego dá uma risada e murmura: "Pelo visto seu irmão quer que eu seja seu namorado."

Guih estranha e acha um absurdo, resmunga que vai matar o próprio irmão e Diego dá risada.

ㅡ Ah! Infelizmente eu não posso evitar ser tão gato, tão charmoso, tão divertido. ㅡ Ele dá de ombros todo convencido.

Guilherme dá uma risada e responde: "Ah... sai para lá miau. Convencido."

Ele pensa consigo mesmo que desde quanto, um homem de pele tão fria quanto um cadáver agora virou um gato, talvez ele seja realmente um gatinho, seu maxilar e a maçã do rosto são proeminentes, seu corpo simi-nu assim há luz do dia deixa Guilherme super atraído por ele, mesmo que ele difame Diego em sua mente, de outro modo ele sempre o estava elogiando.

ㅡ Meu irmão só fala bobagem, não leve a sério tudo o que ele diz.

Diego arqueia a sobrancelhas para Guilherme e dar um ar de graça e mas uma vez dá de ombros como se não se importasse. Guih estava sujo de poeira de estrada e suado como ele nunca se viu, e bem que precisava de um banho, um banho e uma cama. Guih dá uma resmungada e pensa o quanto será difícil pagar a dívida a Diego no estado em que ele estava. Din nota ele reclamando baixinho assim que entram em casa e sobe as escadas, ele para no meio do caminho e olha para Guih e questiona o por que ele estar resmungado.

ㅡ Do que você está reclamando?

ㅡ Eu estou cansado, eu quero tomar um banho e ir dormir. Deixa eu ir embora, quem sabe dá tempo para minha mãe me levar para casa.

Guih murmura com uma voz manhosa, ele sentia seu corpo detonado, não era fácil montar em cavalo, sentir o desconforto doloroso da bunda doer encima da sela e percorrer um longo caminho de um pasto ao outro, o sol rachando não era tão problemático, mas estar exposto aos raios de sol por um longo tempo no topo chapéu era capaz de cozinhar o cérebro pelo simples fato de estar abafado, era capaz de condensar a temperatura ambiental ao de seu próprio calor interno e dar uma bela dor de cabeça, e agora mas do que nunca ele precisava de um banho frio para equilibrar a temperatura e além do mas, sempre que comparece ao serviço ele volta tarde e o sol iria se por daqui a duas horas.

Ah... ele só queria descansar.

Ver a situação lamentável de Guilherme fez Diego sorrir, ele parecia incapaz. O sorriso morre nos lábios dele e então ele é obrigado a falar:

ㅡ O que você acha que eu vou fazer com você?

ㅡ Me comer até não sobrar nada de mim? ㅡ Guih fecha os olhos exausto e dá uma risada sútil apoiando o corpo na parede, no espaço alto onde dá volta da escada em L que vai de encontro ao andar de cima.

Diego sorri, ajeitando o corpo diante de onde Guih está, ele se aproxima e toca o rosto de Guih afeiçoado pela sua expressão. Guilherme tem a pele suave e murmura quando é tocado pelos dedos de Diego, observa os lábios do rapaz pálido e vê ele falar baixo: "Você acha que eu sou tão cruel assim com você?"

ㅡ Eu gosto que você seja malandro. ㅡ Guih fecha os olhos e suspira com o toque frio e agradável da mão do rapaz, toca a pele das costas da mão dele e a prende ali na região do maxilar. ㅡ Mas agora não é a hora, tenha pena desse pobre subordinado que é seu.

Guih está tão exausto que ele até geme quando fala, ele só quer um lugar para deitar o corpo, Diego gosta do tom dele, pensa que é engraçado e atrativo esse jeito de Guilherme, dá um sorriso de canto e assenti.

ㅡ Você sabe que é mais do que isso para mim. Não acha?

Ele aperta a mão de Guih que foi de encontro ao próprio rosto, massageia com a outra mão tomando toda a atenção do companheiro. Guih dá um sorriso, se ele se põe na posição de um mero empregado de baixa classe e Diego o põe em um patamar mais elevado, não se torna verdade mas agrada o coração.

ㅡ E o quê que eu sou para você? A cachorra do seus sonhos? ㅡ Guih tira uma graça dessa idéia de igualdade de Diego.

No entanto, Diego tem olhos brilhantes para ele, aperta a mão de Guilherme com mais firmeza e assenti: "Sim... é o meu sonho mais doce."

Diego diz isso com um sorriso brincalhão mais é o bastante para o sorriso no rosto de Guih morrer aos poucos, ele fica sem graça com essa resposta que pelo contrário não envergonha Diego em nada. Vê o rapaz puxa-lo para o quarto, Guih não entende, ele entra em choque por alguns minutos, o coração no peito se torna inquieto e vê Diego brincar enquanto sobe, só deixa Guilherme sem uma reação contundente, ele pensa na incógnita o que deveria habitar por atrás dessas palavras e a razão sem sentido dele ter usado essas palavras tão sentimentais.

Quando ele chega no quarto, Guih ainda está sem graça, ele se encontra um pouco perdido, olha para os lados e para os canto do quarto e esquece um pouco que estava cansado, o golpe daquelas palavras fazia ele engolir em seco e se sentir tonto, observou ele ir até o closet.

Guilherme tirou a camiseta pronto para o ato, mas lembra que estava sujo e então grita para Diego:

ㅡ Eu preciso tomar um banho antes, faz bem rapidinho se não eu não consigo pegar o ônibus para casa.

ㅡ Do que você está falando? ㅡ Diego sai do closet com uma cara estranha para Guilherme, nas mãos há peças de roupas.

ㅡ Você não quer transar? ㅡ Guilherme questiona confuso.

Diego balança a cabeça e dá risada, e entrega a roupa para Guilherme.

ㅡ Você quer dormir ou não? Vamos tomar um banho e ir deitar.

ㅡ Ah... mas dormir eu durmo em casa. ㅡ Guilherme resmunga inconformado. ㅡ Não acredito que você me chamou aqui para isso.

Guih começa a achar que Diego anda carente demais para precisar de alguém que dívida a cama com ele.

ㅡ Eu não quero que você só fique para dormir. ㅡ Diego esclarece. ㅡ Eu quero ir para Balada mais tarde, eu quero encher a cara e quero você me acompanhe.

Diego queria beber como ele nunca bebeu na vida, seria ótimo beber com alguém tão bom de copo quanto Guilherme, se ele não aproveitasse seria um desperdício, ser adolescente e um alterado.

ㅡ Eu hein! ㅡ Guih pensa melhor e dá de ombros. ㅡ Ah, Droga! Que mau tem.

ㅡ Nenhum mau.

Diego achava que precisava de algo para fazer ele se sentir menos deixado de lado, ele queria um relacionamento de afeto, uma pessoa como ele precisava ser amado constantemente, não tinha algo mais deplorável que um homem carente de amor. Eles foram tomar banho, quando saiu Diego fechou as cortinas para tornar o ambiente mais aconchegante, Guilherme não via a hora de deitar, então se jogou na cama. Diego preparou a hora do sono da tarde do jeito que ele sempre fazia, em meio ao breu, ele liga o ar-condicionado no médio para que a coberta não aqueça ele durante o sono assim que sua temperatura cai, ligou a televisão em um volume baixo e colocou em uma filme de comédia romântica, ajustou o relógio digital para despertar as 22:00hrs.

Guih deitou se cobrindo com o lençol e achou incrivelmente agradável o quarto de Diego, o observa deitar e assisti a Tv inquieto imaginando o que seria essa aproximação, ele não pode evitar pensar no irmão e se sentir intimidado, mas ele relaxa e pega no sono, Guih que está mais cansado dorme antes e o final tarde prossegue até que o despertador toque.

[...]


Era 22:00 da noite quando o despertador tocou, de início o toque é irritante, Diego espreme os olhos e vê que é hora de se levantar.

Incapaz de falar muitas palavras ele empurra Guilherme que está do lado do despertador, tenta acorda-lo aos empurrões, mais Guih só resmunga e se vira para o outro lado.

ㅡ Droga! Desliga isso. ㅡ Diego começa a resmungar.

Guih quer dormir por mais alguns minutos, ele reluta em se levantar e Diego irritado tem que fazer alguma coisa a respeito desse som irritante. Ele move seu corpo por cima do outro rapaz e desliga aquele maldito despertador. Fica impaciente quando olha para Guilherme agarrado ao bom sono em meio a escuridão.

Diego releva e pensa que até que é agradável assiti-lo dormir porém, ele é obrigado a tirar essa idéia da cabeça, dá um sorriso fraco e aperta as bochechas do outro até o dono do maxilar espremido pela palma e dedos de outra pessoa, começa reclamar. Guih fica incomodando e pede para que saía de cima dele, Diego obedece e empurra três vezes as costas de Guilherme com o pé e murmura:

ㅡ Acorda! A gente tem que se arrumar para sair.

Diego ao sair da cama acende as luzes do quarto, criando o ambiente propício para que Guih abra os olhos, a visão que Din tem dele é de alguém abatido, cabelo vermelho tinto desordenado e os olhos semicerrados que não suportam no momento á abundantemente claridade, deitado de bruços ele observa Din, ergue o corpo e se senta.

ㅡ A gente tem que sair mesmo? ㅡ Ele boceja enquanto fala.

ㅡ Eu estou afim e agora nesse momento você é minha única companhia. ㅡ Diego responde, ele vai até o closet e procura algo por lá. Então grita quando começa a pensar sobre a situação atual de Guilherme. ㅡ Você não trouxe roupas. Certo? ㅡ Escuta Guih falar que nem imaginava sair hoje, por isso ele nem pensou em trazer roupas de festa. Din assenti para Guih e para si mesmo. ㅡ Vê as minhas e escolhe alguma.

Guih ainda está recobrando os sentidos, ele abre a boca várias vezes bocejando e tapando a boca com as costas da mão, põe os pés com a sola quente no chão frio e senti um arrepio subir pelas costas. Ele se levanta quando Diego lhe oferece uma toalha, Din dá uma risada e murmura: "Olha só você."

Ele está achando engraçado a aparência de Guilherme, ele parece realmente detonado "Até que ele aparenta ser fofo." ㅡ Contesta e até acha engraçado essa linha de pensamento, sorri um pouco. Guih se observa no espelho alto e largo do quarto e bate as mãos com uma força razoável nas costas de Diego assim que ele se vira, questionando se ele não se acha gente como a gente.

ㅡ Parece que você saiu de uma briga. ㅡ Ele sorri provocando e ajeita as costas, Guih era um homem muito grosso.

Então agora Guih começa a devagar.

ㅡ No meu sonho eu estava brigando com Willian Levy, eu me sentia a própria Jennifer Lopez no clipe I'm into you deitado nos braços dele na praia com as ondas batendo na nossa pele radiante. ㅡ Guih dizia enquanto suspirava só de lembrar.

Willian Levy era um ator latino e realmente era um pão de se dar água na boca na perspectiva de Guilherme, sua mãe assistia Sortilégio de Amor nas tardes de sábado e domingo, o famigerado Pornolégio de Amor, pelas tantas cena sexo e nudez em uma novela mexicana não era de brincadeira e no final das contas Guih não podia evitar de babar e sonhar com ele enquanto dormia.

ㅡ Você tem uma mente bem fértil não é? ㅡ Diego ri e cutuca Guilherme no peito e pisca para ele de um jeito malicioso. ㅡ Tenho dó de quem ficar com você, porque todo dia vai ter.

Ele vai matar o namorado de cansaço! ㅡ Pensa.

ㅡ Vou mesmo. ㅡ Guih resmunga e é agressivo ao bater no ombro de Diego, sorri provocado ao ser chamado indiretamente de ninfomaníaco.

O sorriso dele é esplêndido e deixa o rosto de forma lenta, Din vê que é agradável e dá uma risada contida e animada. Guilherme joga a toalha emprestada no ombro e agarra Diego pela cintura quando ele se vira para ir ao banheiro questionando se ele não tem face de dizer essas bobagens. Diego é pego de surpresa, ele entorta o corpo e curva para baixo porém, a pegada de Guilherme é firme, ele dá um tranco trazendo-o de volta incapaz de deixar o outro escapar de seus braços. Diego faz uma expressão confusa, ele como um homem não tem a sensação de familiaridade de um outro homem pegando ele desse jeito, é estranho entretanto não é ruim o ato de ser preso e pressionado contra o corpo de outra pessoa.

Guih tem um reflexo ótimo, ele gosta  do jeito que Din reage sendo capaz de deixá-lo excitado. Quando Diego não diz nada, ele enfim relaxa o corpo e murmura se Guih é assim no mesmo nível desbocado com as garotas também.

ㅡ Ah! A elas eu dou minha gentileza. ㅡ Guih assenti ainda prendendo Diego no lugar pela cintura e apoia o rosto no ombro dele e se olha no espelho, é atraente a visão que ele tem de si mesmo e de quem ele aconchega.

Não relaxa o aperto em nenhum momento, sentir o corpo de Diego e sentir ele não recusa e muito menos se afasta trás ao coração de Guih um sentimento de familiaridade. Diego olha de lado, morde sutilmente o lábio inferior e pensa um pouco, suspira e não evitar pensar na banana e na troca de experiência infeliz com a fruta, olha para o chão e para o reflexo de Guih e então diz baixinho: "Eu posso te dar um presente?"

ㅡ Que presente? ㅡ Guih levanta o olhar, não pode evitar sentir o cheiro de sabonete da pele do outro e o agradável aroma de amaciante na camisa dele, em uma atitude não contestada porém, atraente o leva a morder o ombro do rapaz sobre o tecido branco.

No reflexo do espelho, Guih tem uma expressão excitante e Diego também, ele suspira e pensa que o mesmo reflexo que o excita é o mesmo que também provoca Guilherme. Diego tem uma sensação de devaneio, ele vai e volta entre coragem e constrangimento de seu ato e pensamento, molha os lábios um pouco nervoso porém, ainda sim fica bem excitado imaginando o resultado. Tem o corpo solto dos braços do outro e dá um sorriso simples, pede para que Guilherme obedeça e se sente na cama, o espelho que há no quarto capta mais do que os dois, inclusive até onde eles iram parar.

Guih questiona apreensivo o que diabos iria acontecer ali, mais ele não discute muito e acaba obedecendo, se senta e Diego se aproxima, ele tem uma idéia pronta, lembra do que Tama já lhe disse... "Se não está excitado, como vai deixá-lo excitado?" e esse era o melhor momento. Quando Guih capta com receio o que irá acontecer, ele dá uma risada de nervoso, afasta os joelhos envergonhado e respira fundo quando Diego decai o corpo e seus joelhos tocam o tapete liso.

Diego tem a sensação que o coração vai pular do peito, ele toca os joelhos de Guih, as pernas inquietas dele lentamente se movem.

ㅡ Você tem certeza? ㅡ Guih questiona.

ㅡ Eu tenho. ㅡ Din murmura. ㅡ Para de falar.

"Eu já te enrolei demais." ㅡ Ele pensa.

Guih umedece os lábios impaciente, ele está ficando excitado só com a imaginação antes do "acontecer", rosto de Diego é belo, ele olha para os lábios dele e se sente inquieto, dá vontade de deitar para amenizar o sofrimento mas antes que Din comece Guih se vê incapaz de se deixar não ver qualquer movimento do outro, quando Diego toca o calção azul escuro de futebol de Guilherme, ele observa a ereção indescritível do companheiro e murmura: "Você já está tão excitado?"

ㅡ Desculpa... eu não posso evitar. ㅡ Guih ri e desvia o olhar. ㅡ É que essa situação é tão...

Guih se desculpa, murmura mas não continua a fala, havia várias palavras para descrever aquele momento, desde constrangedor a muito ansioso.

Entretanto se sente um pouco mau por Diego pela simples razão de que ele tem na cabeça a importância de você mesmo fazer a outra pessoa ficar excitada provando que você é bom no ato porém, Diego não pensa assim, é a primeira vez deles dois nesse quesito, ele observa e assenti: "Não. Isso é ótimo."

Guih que tem a primeira e única vista para Diego e o topo da cabeça com o cabelo loirinho, enfim relaxa de toda a tensão que sente e o observa com carinho, a medida em que os dois se sentem um pouco mais confiante as coisas começam a acontecer. A magia de tocá-lo faz Diego se sentir um pouco melhor, desliza os dedos para dentro da veste íntima de Guih, toca a pele suave do corpo dele e chega ao objetivo, a ereção é predominante e nos lábios de Diego surge um sorriso de quem se impressiona.

Ele não sabia se deveria se sentir orgulhoso da sensação que ele causava no outro ou um pouco decepcionado de saber que mesmo sem tocar Guih era tão ativo por si mesmo ou fácil impressionável. E agora se pegava pensando um pouco inseguro em como Guih deveria estar tendo um pensamento maior do que Diego tinha a oferecer.

ㅡ Seja paciente comigo. ㅡ Perante a esse último pensamento ele murmura. Din sabe que não é nem um pouco bom nisso mas pretende dar o seu melhor.

Guih sorri e responde: "E quando eu não fui? Eu vou sempre ser paciente com você."

Ele sempre espera pacientemente, qualquer pessoa no lugar dele já teria ido embora quando Diego se recusou a oferecer esse ato pela primeira vez.

Paciente sempre!


Mesmo que não seja justo.


Um ato nesse nível requer muita reflexão e estado mental condizente a sua boa vontade, não era só ir e fazer como se você já nascesse com o dom. Era esperar, Guih no lugar dele também não gostaria de ser forçado ao oral, por essa razão ele não o forçou e foi flexível com as escolhas do outro, era o contexto na qual eles se encontravam que levava ao agora com muita boa vontade e prazer.

O prazer no ato que agora Diego olha para o seu companheiro e o membro preso entre seus dedos. Din se tocou também para maior volúpia, suspirou enquanto se tocava e tocava o pênis do outro, Guih assiste com o corpo aquecendo, ele sentia prazer só de ver e encarar o face do rapaz brincando com ele, apoiou o corpo nos cotovelos, a peça íntima estava agora descida até os calcanhares, Diego se posicionou entre os joelhos dele, Guih sente um arrepio de ansiedade, vê-lo de joelhos para si era uma obra de arte envolvente.

Observar ele se preparar, o rostinho era lindo, os olhos dele brilhavam e a claridade era propícia no entanto, Diego se mexeu e desligou uma das luzes encima da cama deixando o quarto á meia luz e Guih pensou o quanto ele era infeliz por fazer isso, era péssimo para a visão não aguçada dele mas por outro lado nem tanto, ele ainda tinha uma visão não tão clara mas visível, mexeu em seu despertador iniciando um som suave de jazz que começa a tocar no rádio relógio digital, a canção era "Mabagal" de Daniel Padilha e Moira Dela Torre que Guih costumava a escutar na estação da Rádio clássica de domingo.

A canção que te convidando para dançar.

Ele lembra que a mãe dança quando essa música toca na rádio, ela é tão romântica e bonita que dá vontade de fechar os olhos, relaxar e escutar e assim foi o que ele fez. Diego sorri quando Guih cede o corpo e deita, ele pensa um pouco e toca membro ereto de Guilherme com mais intensidade, balança a própria cabeça e quando se sente pronto ele inicia.

A princípio é um pouco sufocante, ele põe na boca e empurra para dentro e solta, Guih se sente um pouco desconfortável, Diego não tem prática, ele causa atrito com os dentes, quando Guih reage um pouco a dor, Din questiona se não está bom. Guih suspira e murmura de um jeito que ele acha melhor para explicar o que ele deveria fazer sem machucar.

Evitar os dentes, isso Din sabia que era nescessário no entanto, ele não pode evitar encostar, ele tinha que mudar como pegava o membro dele e enfiava na boca, Guih murmura: "Você sabe... tenta cobrir os dentes com os lábios."

ㅡ Achei que você gostasse de uma tortura. ㅡ Diego brinca.

Brincar era maneira dele de evitar a vergonha. Guih dá uma risadinha e responde que se fosse haver uma tortura que tirasse o pênis dele da jogada então era melhor intervir. Depois que seus olhos se conectaram enquanto eles trocavam essas palavras, Guih relaxou de novo e Diego foi fundo mais uma vez, tentou esse tipo de técnica, ele não colocava muito mas as vezes ele se tornava um pouco mais corajoso, Guih resmungou um pouco, a boca do outro era agradável, era a primeira vez que o tocavam desse jeito, antes de Din haviam outras, ele não era um virgem desesperado, ele fazia o ato com muito comprometimento e luxúria, mas as corajosas de ficar com ele, não era tão extremas, eram vergonhosas e incapazes de se submeter a isso, Laryssa particularmente achava o oral nojento e Guih não a culpava, meninos e meninos tinham coisas diferentes entre as pernas, e como ela era inexperiente a deixava bem mais enojada só de imaginar, ela também ficava constrangida quando Guih tinha que fazer nela, no início foi uma luta, ela dava risada de constrangimento e fechava as pernas quando ele ameaça por a boca na região íntima da garota.

Mas agora olhando para Diego ele se sentia um pouco melhor de saber que esse cara cedia para ele sem uma briga. Ele começava a se tornar admirável enquanto sugava de maneira trabalhosa, Guih gemeu por um instante e manteu a respiração baixa e constante, Din parecia envolvido, quando ele pegou um pouco de jeito Guih sentiu um calafrio, era bem envolvente e amistoso, ele sussurra o quanto gosta com muito carinho e Diego se sente um pouco mais orgulhoso.

Ele continua e Guih suspira com a respiração dele e o toque quente e úmido da língua de Diego é ótimo, chega uma hora que fica muito melhor porque Guilherme está tão excitado que ele não consegue pensar direito, acaricia o cabelo de Din, deita o corpo na cama e se sente eufórico, respira mais fundo e Diego também se sente excitado, ele se toca e não para o oral, era vergonhoso porém, a volúpia entre os dois deixa a mente dele em branco, Din se envolve com intensidade e Guilherme geme, um som agradável que Din se sente úmido lá embaixo, Guih também já estava ficando.

O coração acelera no peito, a intensidade dos toques e do som vocal misturado a música lenta, só os deixam mais animados, a respiração de Guih fica mais acelerada, ele se mexe sobre a cama, e seus músculos ficam mais rígidos, ele treme sentindo o movimento de ir e voltar naquilo que para ele é o seu bem mais precioso. Diego só vai na onda, ele até sente a contração do corpo do Guilherme, as mãos inquietas que agarram o forro da cama, ele até gosta da reação mais não imagina o que há por vir. Quando Guih chega o ápice do clímax ele suspira diversas vezes seguidas e se exalta, incontrolável ele geme, e quando chega enfim ao extremo na qual ele não consegue suportar curtindo o momento, ele resmunga ao ficar pronto.

Ele que tem os olhos parados no teto do quarto, os fecha sutilmente e sobe os olhos sentido a pálpebra a medida que os fecha, o movimento de sugar de Diego ao prazer que Guih sente agora o faz contestar que tudo aquilo é incrível para ele, para alguém mais experiente não podia ser mas para Guih com toda a certeza era. Ele afastou os joelhos e os aproximou novamente e o movimento brusco e a reação ao expelir seu fluído foi fechar as pernas com força e prender entre as coxas a cabeça e bochechas da pessoa na qual faz o oral nele, quando ele prende Diego entre as pernas ele acaba por ejacular na boca dele.

A medida que Guilherme se sente mais leve, ele liberta Diego quando percebe o ocorrido, se levanta atordoado enquanto afasta o corpo, o silêncio é preocupante, Diego não o olha nos olhos, ele somente limpa o quanto da boca deixando Guih apavorado, pega um toalha e limpa para ele, pede desculpas em choque.

"Ele vai me matar." ㅡ Guih pensa e se incrimina como imoral por fazer um movimento tão escroto.

ㅡ Não foi minha intenção. ㅡ Ele murmura enquanto ajuda limpar.

Diego estende os dedos afastando o gesto Guih como se não fosse preciso, ele não parece nervoso mas também não diz nada e Guih fica preocupado, ele também não pode dizer muita coisa. E como se não fosse possível ficar pior, Diego faz ser ao aumentar o constrangimento ao olhar para a própria mão onde há resquícios do que eles fizeram, levanta o olhar para Guilherme e a respiração de quem ele observa para um pouco diante do absurdo, mesmo assim ele continua calado, se levanta e antes que Guih questione onde ele vai Diego não dá espaço para essa conversa e vai para o banheiro.

Guih até pensa em falar algo, mas as palavras o matam por dentro, então o silêncio permanece mútuo, deixando falar só a voz que diz o quão horrível ele foi para Diego.

Se julga..."Nossa grande idéia hein. Burro! Idiota!" ㅡ Resmunga baixinho e bate na própria cabeça, ele deveria ter se controlado mais um pouco, mas não, tinha que ter se exaltado e pensado com a cabeça de baixo, se Diego o mandasse embora, ele não ficaria admirado, ou pior resolvesse terminar o caso entre eles dois por ter feito algo sem permissão. Porém, ele pediu desculpas a Diego já sabe que não foi de maneira alguma intencional, deita na cama e abraça o travesseiro criando um consolo próprio. Diego pelo menos não brigou, mas o silêncio era pior do que discutir, ele não tinha ideia do que o outro está pensando, a música calma vai terminando aos poucos abrindo espaço para a voz marcante do locutor.

"Boa noite amigos e amigas que acompanham a rádio FM. Agora são 22:10 o horário dos amantes."

Ótima noite! ㅡ Guih ironiza, começou ótima e acabou assim.

Guih queria cavar um buraco se enterrar e não sair nunca mas, mesmo pensando isso ele dá um sorriso fraco e esfrega o rosto no travesseiro sussurrando o quanto ele sente vergonha porém, por baixo de toda essa vermelhidão ele ainda sim se sentia feliz por ter ganhado um presente tão especial.

Agora...

O que Diego tem na cabeça é a palavra "Constrangedor", quando ele terminou e as sequência de fatos ocorreu por causa e consequência, ele se sentiu extremamente excitado, mas o excitado para aquela situação era péssimo aos olhos dele.

Quem fica excitado com isso?

Não que ele gostasse que os caras terminassem na boca dele, ninguém nunca fez isso e esse pensamento era repleto de vergonha ou talvez era pior porque ele descobriu que gostou e agora se culpa.

Perturbado se olha no espelho assim que apoia as mãos na pia de granito amarelado, os lábios estavam úmidos pela própria saliva, se ele assentisse que estava tudo ótimo, ele pensaria que seria a pessoa mais sem vergonha do mundo. Ele não gostava de ser assim tão indecente, Guih nem sempre engolia como ele engoliu, Guilherme já não tinha vergonha de dizer que gostava de praticar o ato, mas para Diego era restrito e sem comentários. Ele sentiu as bochechas quente, no tom de pele dele o rosado começa a ficar bem aparente, ajeitou o cabelo e evitou olhar para si mesmo, escovou os dentes.

"É normal ficar pensando essas coisas?" ㅡ Se questiona em pensamento. "Droga."

Quando ele se sente um pouco melhor a respeito de seus pensamentos, ele enfim vai para o quarto quando Guih não vem até o banheiro o encontra deitado em vez de se arrumar, o chama para tomar um banho. O som da voz de Din era algo que Guih ouvia constantemente, mas naquele momento para ele foi muito precioso, ele se sentou na cama cheio de ansiedade, ele se questionava se havia sido perdoado ou não, se ele falava com ele já era um começo.

ㅡ Anda! ㅡ Diego chamou e entrou novamente no banheiro.

Guih buscou a toalha na cama e foi para o banheiro, quando ele entrou ele pensou em falar algo entretanto parecia que não era o momento, encarou ele por um segundo e desviou o olhar. Diego dessa vez não o evitou, ele arqueou as sobrancelhas, mesmo tendo superado um pouco seus pensamentos ele ainda se sentia envergonhado, lambeu os lábios por puro reflexo e Guih deu um sorriso sútil querendo passar a idéia de que estava tudo bem e logo em seguida foi tomar um banho, no chuveiro enquanto estavam encarando um ao outro ele murmurou.

ㅡ Diego! Eu.... gostei. ㅡ Agradece. ㅡ Obrigado!

Diego exasperou, o coração no peito dele pulou acelerando, ele toca a própria blusa e pensa o quão ousado ele foi e o quanto Guih se torna a cada dia, cora por eventualidade mas não responde ao agradecimento de Guilherme, era peculiar essa sensação, ele abaixa o olhar estático como se houvesse descobrido algo, murmura para si mesmo que isso não parece realmente normal.

"Que Diabos!" ㅡ Ele resmunga chegando aquele pensamento sobre si mesmo na qual ele não queria ter.


[...]


Eram 22:30 quando eles saíram de casa, Diego havia voltado atrás no que havia dito sobre encher a cara, Guih achava que a consciência dele havia enfim falado mais alto e por incrível que pareça ele descidiu fazer o certo.

Entretanto, Guilherme queria que Diego voltasse atrás sobre sair de casa nessa noite fria, e assim quando a família de Din iria dormir eles resolveram sair. Entraram no carro Diego ligou o motor, ele havia dito antes que se caso eles fossem beber até quase desmaiar ele chamaria um motorista para trazer esses dois jovens sadios para casa, mas Diego mudou de idéia repentinamente e agora eles estavam saindo de carro.

Durante a estrada em meio ao breu da noite onde as árvores faziam o papel de cobertor barrando a iluminação da lua sobre a estrada de terra. Andar de carro de noite até que era agradável para Guilherme, a vida noturna para esse dois era instigante.

ㅡ Você e seus irmãos tem uma vida incrível não acha? São dois playboys e uma patricinha. Você não cansa disso? ㅡ Guih questiona quando ele fica inconformado de alguém como Diego ter uma vida aparentemente perfeita demais.

Diego dá uma risada, pega firme no volante e relaxa o corpo sem perder a vista noturna da estrada, a intensa luz do farol ilumina o solo e o verde da vegetação.

ㅡ E você? Não cansa de ser pobre? ㅡ Ele questiona e paga o pensamento cru de Guilherme com a mesma moeda.

Guih faz uma expressão de dor e dá risada, ele põe a mão sobre o peito, se você faz pergunta idiota você terá que escutar a resposta por mais cruel que seja.

ㅡ Você é muito burguês! ㅡ Guih olha para ele com um sorriso, mas mesmo assim as sobrancelhas dele curvam enquanto ele fala. ㅡ Eu sou pobre e não há nada que irá mudar isso, eu já aceitei.

Diego espreme os lábios, ele ainda lembra da cena no quarto, fica um pouco envergonhado enquanto conversa com Guilherme, tenta deixar isso de lado ao murmurar:

ㅡ É sério que você aceita? O mau de vocês é se conformar com isso.

ㅡ Melhorar de vida todo mundo quer. ㅡ Guih relaxa o corpo no assento do carro e confessa a Din os planos que foram feitos para ele no futuro que só Deus sabe quando vai realmente acontecer. ㅡ Minha avó materna é a única avó que eu conheço na verdade quer passar as coisas dela para o meu nome já que eu sou o filho mais velho. Meus irmãos e eu somos os únicos herdeiros dela, mas mesmo assim não é mais justo ela passar sua herança para a única filha que tem?

ㅡ Então porque ela não passa?

Diego questiona, ele acha ótimo que Guilherme irá herdar alguma coisa de algum parente próximo, seguir a vida adulta para os Amazonas com uma mão na frente e outras atrás não é nada bom.

ㅡ Eu não sei... ㅡ Guih lambe os lábios, ele acha tão injusto quanto um inocente ir para a cadeia no lugar de um criminoso, então explica. ㅡ Minha avó tirou minha mãe do testamento a muitos anos atrás quando ela se envolveu com meu pai, meu avô morreu de câncer quando minha mãe já morava com ele. Talvez minha avó acredita que é culpa da minha mãe que a saúde dele piorou muito quando ela brigou com a família. ㅡ Guih suspira e dá uma risada de aflição, era até irônico pensar até onde eles chegaram. ㅡ Meu avô morreu quando eu tinha um ano de idade. Eu até que entendo minha avó, largar a família por um cara daquele? Foi uma escolha idiota. Mais não a culpo, ela estava perdida... meu pai era charmoso e manipulador.

"Aah... ele te dá um tapa e depois te faz carinho." ㅡ Diego pensou.

Guih se soubesse desse pensamento de Din, ele concordaria. Se ele lembra bem, o pai fazia isso sempre, ele sempre foi bruto com os filhos, mas depois que batia na própria mulher logo depois ele começava a pedir desculpas e prometia nunca mais repetir o mesmo erro.

Diego entrou na alta estrada em rumo a boate Nova Era que da distância das fazendas era a mais próxima, ele ia as vezes acompanhado de Kawã ao local, lá havia as melhores bebidas, as melhores paqueras e as garotas mais bonitas no entanto, achava que Guih não estaria interessado em nenhuma garota, o que era ótimo já que Diego não iria sair para ficar com ninguém, ele na verdade queria ver o show das bandas, a música boa, beber alguns drinks, curtir a noite na casa noturna ao lado de Guilherme e voltar para a casa.

Mais ao invés de haver um clima divertido entre os dois, havia esse clima dentro do carro onde eles agora estavam discutindo sobre a vida. Depois do breve silêncio de Din, ele murmurou enfim dizendo:

ㅡ Caras ruins existem, péssimos pais também. Os meus com certeza não eram. ㅡ Diego assenti, pais bons não abandonam os filhos.

ㅡ Como pode saber se você não os conhece? ㅡ Guih sorri ao questionar.

ㅡ Eu sei. Se meus pais não criaram eu e meu irmão mesmo sendo pobres não justifica já que os seus pais são e você está com eles. ㅡ Diego estala a língua, esse é um assunto bem difícil para ele. ㅡ Aqui na X há dois tipos de situação que é possível abandono, morte de pais ou progenitores adolescente. Mas na primeira opção os parentes tem que ficar a não ser que eu não seja sortudo o suficiente a ponto de não ter ninguém.

ㅡ Ou se for mãe solo mas... essa opção é uma escolha, não é? ㅡ Guih murmura e logo se cala quando acha que está incomodando Diego com sua opinião sobre o outro caso dentro desse paradigma que é o aborto que também seria uma escolha nesse caso dentro da X-Gravitation já que os reis prezam tanto a família.

"Em outro mundo ele poderia não estar aqui." ㅡ Guih pensa, e pensando ele fica quando encara essa tal outra vida, Din nasceu porque tinha que nascer, quando pensa assim ele pensa em Mark, ele claramente tinha tudo para ser um aborto, mais por algum motivo a mãe dele preferiu tê-lo como filho, a tia de Tama falhava em todos os pontos e aspectos em ser mãe e agora lembrava de uma vez Mark ter mencionado a uns anos atrás sobre que talvez ele não devesse estar aqui. Guih as vezes tinha esse pensamento sobre si mesmo, se ele não tivesse iniciado a família talvez sua mãe não continuaria pensando neles a cada vez que quase saiu de casa a cada agressão.

Apesar de tudo Guilherme acha difícil Diego superar, ele sabia que ele queria dizer a frase: "Se fez por livre e espontânea vontade então tem que criar", mas ele não podia dizer palavras tão banais, por conta do peso dessas palavras e por outro lado ele tinha um futuro brilhante e acabava preferindo não questionar se prefere ter os pais verdadeiros ou a vida incrível na qual vive atualmente. Mas o que assombrava Diego não era a vida original não vivida e sim o abandono, ter que carregar a plaquinha de abandonado era como ser um cão em um canil, o peso só de imaginar era muito grande, então Guih pensa que mau há se os pais que ele tem o amam e lhe dão uma vida mais que boa, bem dizendo incrivelmente ótima. Então isso era tudo que importava e o mais precioso, mas Diego diz algo que deixa Guih um pouco atordoado.

ㅡ Ah... então meus pais e eu combinamos bem. Somos péssimos. ㅡ Se mantém na estrada e balança a cabeça dizendo sem nenhum orgulho aparente. ㅡ Eu não sou alguém legal, se eu dizer que a culpa é minha que a família daquele menino foi demitida, você acredita? Se lembra dele? Josh... Eu me lembro bem.

Guih fica com a boca entre aberta, ele puxa na memória, quando ele era criança e sua mãe começou a trabalhar na casa dos pais desse rapaz, em dias que sua mãe não podia deixa-los com ninguém ela os levava para o trabalho, Guih vigiava a irmã e chamava a mãe quando era preciso. Lá ele conheceu um garoto magro e baixo, ele morava com a mãe em uma casa de caseiro que atualmente estava sendo ocupada pelo atual capataz, o pai do garoto no passado também era um capataz na época. Guih brincava com ele já que os dois tinha mais ou menos a mesma idade.

ㅡ Como assim? ㅡ Guih questionou confuso, ele lembrava que esse garoto foi embora. Entretanto, nunca soube a real razão.

ㅡ Meu irmão e eu brincava as vezes com vocês no entanto, a gente era bem chato, meu irmão era mais ainda.

ㅡ Eram mimados. ㅡ Guih murmura, o jeito do passado ele lembra bem e dá risada. ㅡ Nós dois falávamos muito mal de vocês pelas costas. Eu já tive vontade de fechar a mão na sua cabeça mas minha mãe nunca deixou, ela é a salvadora de vocês dois. Sabia disso?

Diego arma um sorriso de estranheza e dá risada.

ㅡ Você podia pegar a gente na escola. Porque nunca tentou? Medo?

Guih abre um sorriso e murmura, o mau dele é esquecer.

ㅡ Sorte sua novamente, eu era um encrenqueiro no entanto, como Ícaro diz... eu hajo de acordo com minha raiva, até o dia seguinte eu já havia esquecido tudo. Aliás eramos colega de sala, e eu não odiava vocês dois, mais as vezes haviam brigas de criança.  ㅡ Guih olha para o lado, o perfil de Diego perante a pouca luminosidade do carro era complicada já que ele preferia dirigir no escuro. ㅡ E o que tem ele?

Diego engole em seco, ele não queria que as coisas fugissem do controle, naquela época foi um surto, um epicentro de uma discórdia familiar.

ㅡ Aconteceu quando eu tinha doze anos, uns cinco meses depois da minha cirurgia de estrabismo. Por acaso você se lembra da época em que se espalhou entre grupinhos que Diogo e eu éramos filhos amparados?

ㅡ Lembro. ㅡ Guih assenti, Din estava sendo delicado nas palavras, na verdade todo mundo estava dizendo que Diego e Diogo eram dois bastardos.

ㅡ Durante uma discussão nossa no quintal de casa, depois que meu irmão daquele jeitinho dele desfez do garoto a ponto de deixa-lo muito irritado, Josh soltou essa bomba. ㅡ Diego falou friamente, ele sentia um buraco no peito incapaz de ser fechado, pelas palavras e pelos acontecimentos depois dela. ㅡ Ah... ele disse que até podíamos fazer o que bem entendia e se achar melhor do que ele porque tínhamos pais ricos, mas na verdade que assim como ele o que corre na nossa veia não é sangue nobre e sim sangue de pobre.

Guih fica quieto enquanto escuta Diego, para Josh falar algo assim só podia vir de alguém muito estressado, Josh nunca foi uma criança má no entanto, a discórdia entre eles era antiga e muito difícil de resolver, já que eles praticamente cresceram juntos. Guih fica impactado, abaixa a cabeça e suspira.

ㅡ E o que houve?

ㅡ O que houve? Depois dessas palavras, meu irmão não quis acreditar porém, eu absorvi cada palavra e simplesmente surtei. Mais me diz... quem gosta de saber que é adotado? Quando você acredita fielmente em uma única verdade e descobre que sua vida na realidade é uma bela mentira.

Guih fica calado, ele não tem um discurso que faça Diego se sentir melhor, ele apesar de não enxergar o rosto do outro com claridade o perfil Diego é de alguém sério mais lá no fundo no tom de voz há uma grande mágoa. Josh deveria saber que eles eram filhos de coração já que os pais deles estavam lá na fazenda desde de sempre.

ㅡ Ah... vamos parar de falar sobre isso... ㅡ Diego murmura.

Guih queria saber o final, mas pelo visto ele não teria nada agora e não adianta Diego contar palavras por palavras porque Guilherme já sabia qual era o final.

Eles pararam no estacionamento da balada e Diego põe um sorriso duro no rosto e balança a cabeça sutilmente para Guilherme dizendo que a noite era uma criança. Guih sorri de volta, ele quer que eles pensem em outra coisa entretanto, essa história por alguns minutos não sai de sua cabeça, mais o que havia acontecido já era coisas do passado, desenterrar memórias as vezes fede, então Guih acaba pondo areia sobre a cova.

[...]


Durante o período da noite as casas noturnas nos finais de semana eram cheias mais Guih ficou realmente surpreso em saber que aquela balada que ele nunca havia ido realmente ficava lotada aos sábados á noite.

Diego pegou a fila com Guilherme, ficaram um tempinho atrás de um grupinho de amigos que bebiam na fila em copos transparentes biodegradáveis, eles deveriam ser universitários, enquanto esperavam eles meio que fizeram amizade com duas garotas do grupo que bebiam e davam risada, uma delas que começa a ficar exaltada pela boa bebida compartilhou com os dois as garrafas que ela trouxe dentro da bolsa.

Guih deu risada, ele pensou o quanto era surpreende a bolsa dela caber tantas garrafas, apostava que ali deveria ter mais três. Eram garrafas de 350ml da Heineken, a garota que ofereceu um drinks comprado em uma loja de beira de estrada se chamava Sull, ela era bonita e sempre conversava com os ombros e tinha uma risada alta e quem ousasse atrapalhar a conversa dela, a universitária de dezoito anos gritava em um som de deboche. A amiga dela também era bonita e tinha um nome sútil, Sull a chamava de Ruth, ela era igualmente divertida, davam risadas mais diferente de Sull ela parecia um pouco mais responsável.

Diego e Guilherme deram um gole cada um em sua cerveja, ela não estava extremamente gelada mas ainda sim satisfazia seus paladares. Ruth murmurou que não via a hora de entrar para ir ao banheiro e Sull parecia também querer a mesma coisa, Guih pensa que a cerveja desceu bem rápido, eles comentaram entre si que o show de hoje seria uma banda jovem adulto, uns amigos da faculdade de música conseguiram um bico hoje na noitada por isso elas e os amigos da faculdade de enfermagem vieram assistir.

Sull cutuca um colega dela na fila e questiona se eles já os viu chegando, um rapaz extrovertido menciona que na altura do campeonato eles já deveriam estar tocando no palco, Guilherme queria assistir ao show, olha para Diego e entornando a garrafa e tenta descobrir se ele está também interessado.

ㅡ Não bebe muito... ㅡ Guih murmura e pensa que já que Diego está dirigindo, ele não pode beber.

ㅡ É só uma garrafa. Aliás até o final da noite estou completamente sóbrio se é isso que te preocupa. ㅡ Diego responde.

Ele prometeu para si mesmo que não iria mais beber hoje, ele estava saindo do controle sóbrio então, imagine bêbado. Ele se sentiu um pouco mexido pela lembrança perturbadora daquela estranheza em seu coração direcionado a Guih, aquela sensação de antes com certeza não era normal, ele queria fugir desse pensamento, mas era o mesmo que tentar fugir da própria sombra.

Então a fila anda e eles enfim pode entrar, a pulseirinha é neon e em hipótese nenhuma eles podem tirar já que é o comprovante de que eles pagaram a entrada.

Puts... ㅡ Guih murmura e bate na própria testa se lembrando de algo importante.

Diego questiona o que foi, mas parece que alguém lembrou que tem mãe, ele deveria avisar que irá voltar tarde. Din cutuca Guilherme, e exige que ele diga que vai dormir fora, eram dez e pouca da noite e Guih se questionou se Diego sabia sobre limites.

Estreitou os olhos e se perguntou se enfim Diego estaria afim de fazer algumas coisas depois da festa por essa razão queria que ele ficasse, Guih deu de ombros e se desvinculou de Diego que disse que o esperaria na área do show. Guilherme assenti e vai até o banheiro, a alguns caras usando o mictório, Guih pega o celular e liga para casa e quem atende o celular da mãe é Lui.

ㅡ Como vai seu encontro? ㅡ Aquele garoto infeliz questiona.

ㅡ Quem diz que eu estou em um encontro? ㅡ Guih resmunga baixo para que os homens não fiquem a par de seus problemas pessoais. ㅡ  Eu vou te matar quando eu chegar. Você não tem vergonha de tentar arranjar alguém para o seu irmão, sem o meu consentimento?

ㅡ Ah... você perde tempo demais. Quando você arranjar alguém, se é que vai eu já vou estar velho. ㅡ Lui murmura, ele fala num tom interessado nos assuntos de Guih. ㅡ Eu falei muito bem de você seu mau agradecido. Você está perdendo seu tempo resmungando comigo.

Guih dá um longo suspiro, dá também uma pausa enquanto sua cabeça se enche das idéias indecentes do irmão, diz que quer falar com a mãe. Lui faz um som com a boca de quem está pensando, ele afasta a voz do celular e grita: "MÃE!!! É o seu filho ingrato, ele está em um encontro e quer pedir permissão para voltar tarde. ㅡ Volta a voz ao telefone, a aquela altura Guih quer esganar o próprio irmão, se questiona como ele adivinhou que ele quer dormir fora, na verdade, Lui só pensou que Guih estava ligando para dizer que queria voltar tarde e não chegar no dia seguinte.

ㅡ Cala a boca, passa para ela. ㅡ Guih levanta a voz envergonhado, mas logo abaixa quando os caras no banheiro começam a notar ele, Guih olha na direção deles mas logo logo desvia o olhar para o azulejo branco e azul claro do banheiro masculino.

ㅡ Isso... não me agradesce seu irmão ingrato, eu estou aliviando sua barra desde a tarde. ㅡ Lui fala num tom não muito agradável dessa vez. ㅡ Trate de me trazer um cunhado até amanhã.

Guilherme na verdade estava ficando constrangido, ele não queria seu irmão que é uma criança a par de sua vida íntima, assuntos assim ele não conseguiria lidar facilmente.

ㅡ Você vai ver o cunhado amanhã... ㅡ Guih ameaça, o cunhado iria ser três cascudo.

ㅡ Ele está me ameaçando mãe... ㅡ Lui murmura nada satisfeito e passa o telefone para ela que questiona Guilherme o que ele quer dessa vez.

Guih diz que está ligando para avisar que vai dormir fora, a mãe dele murmura como se estivesse pensando, e então ela solta uma frase: "É um encontro?"

"Não... não é um encontro." ㅡ Guih contraí a sobrancelhas com um tom de voz que pedia: "Por favor vamos mudar de assunto."

"Não precisa ter vergonha. Tudo bem se você estiver saindo com alguém a sua mãe não vai atrapalhar." ㅡ Ela fala calmante e Lui murmura que Guih é muito fresco.

"Fresco é sua mãe." ㅡ Guih grita e a "mãe" solta um som de quem é ofendida.

"Nossa mãe é a mesma seu bocó." ㅡ Lui responde irritado.

Foi o reflexo do xingamento, Guih lamenta em alto e bom som ter ofendido a própria mãe e no final das contas ela assenti ao pedido de Guilherme de dormir na casa de alguém e entes que ele desligue ela também compactua com o pensamento do filho do meio.

"Fica aí com sua paquera, mas não esquece eu sei o que vocês fazem nessa idade, então já sabe né. Na falta é melhor nem fazer. Toma juízo."

Guih assenti ele não quer falar sobre preservativo, talvez ele faça sexo hoje, então não adiantava mentir que ele não faria nada, ele concorda e diz tchau, era vergonhoso demais contextualizar com a noite, antes da balada ele teve um belo agrado e quem sabe mais tarde Diego quisesse fazer alguma coisa e quem sabe uma segunda rodada agradável dos lábios dele, Guih morde os lábios e imagina a doçura que Diego deixou nele e dessa vez promete não ser tão rude. Se não fosse isso então qual era a real razão dele o chamar para dormir, tendo ou não algo a seguir Guih estaria conformado, apagou a tela do aparelho celular e o guardou no bolso e foi ao encontro de Diego.

[...]


Voltando para o palco onde banda de quatro integrantes tinha uma mulher no vocal.

Deste modo para Guilherme escutar uma voz feminina as vezes alternada por uma voz masculina ao som da banda até que era agradável, eles tocavam músicas originas, o nome da banda era bem peculiar, eles se chamavam os Revolucionários. Guih espreme os lábios e o som jovem adulto até que é bem divertido de escutar, na sua perspectiva eram músicas que tocavam no fundo da alma, eles até que cantam duas músicas românticas entretanto ainda sim havia as letras ácidas. Letras que agregam um valor para quem escuta, paltas e tabus e a importância da saúde mental.

Passar pela adolescência realmente não era fácil, implicava a própria aceitação de quem você realmente é, lidar com isso e as várias maneiras de como tentar se encaixar em grupos ao passar por cima de sua própria indentidade implicava e gerava uma grande bagunça dentro do consciente que a baixa autoestima quase nunca ajuda a superar.

"O ensino médio é a pior fase da vida." ㅡ Guih pensa e acredita mas logo em seguida se une a Diego que está assistindo, ele havia se juntando aquele grupinho da fila que bebia uns drinks coloridos.

Diego não estava enchendo a cara, ele assistia e as vezes vibrava empolgado já que o grupo era bem animado, Guih se aproximou sorrateiramente e questionou Din se dali dava para ver melhor ou se era bom eles mudarem de lugar. Diego murmura que alí estava ótimo, aliás o pessoal que ele encontrou era bem legais e ficava perto do bar onde eles poderiam pegar algo para beber ou comer, um rapaz não muito alto que também deveria ser um universitário ofereceu a Guih um drink de cor azul, ele ficou impressionado e aceitou. Aquela altura ele já estava com sede, bebeu um pouco.

Diego parecia bem equilibrado, ele pegou um copo e foi tomando bem devagar, e isso fez Guih lembrar e afirmar que Diego não prestava para beber, da última vez que ele bebeu, eles transaram pela primeira vez e houve também uns exageros de personalidade. Guih pensou e começou a sorrir, Diego nota e questiona a Guih o motivo do sorriso extravagante.

"Nada." ㅡ Guih murmura, entornando sutilmente o copo e olha para o lado com aquele mesmo sorriso que faz Din ficar curioso.

Nesse meio tempo em que Diego observa Guih o telefone do garoto toca em meio ao som alto da guitarra unida a bateria, as luzes piscavam loucamente sobre suas cabeças manchando a pele de azul, vermelho e amarelo. Guilherme só percebe porque o celular vibrou no bolso, enfia a mão e tira o telefone. Na tela acesa ele vê o nome de alguém que é seu interesse romântico, Guih olha para Diego antes de atender, era bem pessoal mais ele não deveria ter vergonha de falar com seu affair diante do seu outro companheiro. Qualquer um dos dois eram somente seu amigo até então porém, Guih pensa também se estaria ou não faltando com respeito ao atender, mas se conformar e dá de ombros atendendo ao chamado de James mesmo assim.

O som da balada é alto, as vozes atrapalha o entendimento porém, não muito diferente dele quem está do outro lado também não parece estar em um ambiente confortável. Guih curva a sobrancelhas quando James questiona porque ele demorou atender.

"Boa noite né?" ㅡ Ele acha peculiar James já ir afrontado ele assim, apesar da pergunta ele não parecia bravo, igualmente a James ele também não tinha um tom de graça naquelas palavras.

James assenti ao boa noite de Guilherme no entanto, ele diz algo que deixa Guih meio avoado, ele murmura:

"Seu casaco vermelho, eu... adorei."

Guih contraí a sobrancelhas, ele realmente estava usando um casaco dessa cor, mas a roupa não era dele. Ele achou bem estranho e perturbado, olhou em volta mais de cara ele não encontrou o rosto familiar. Guih engole em seco, era legal e ao mesmo tempo ilegal observar alguém de longe, legal era saber que James estava no mesmo lugar que ele mas receber esse tipo de ligação era perturbador, fazia ele se lembrar de filmes de terror.

ㅡ Onde você está? Eu não gosto desses joguinhos. ㅡ Guih fala alto.

O olhar de Diego se volta para ele e Din se questiona com quem Guilherme está conversando e procurando com os olhos. Quando Guih tem a resposta onde James pediu para encontrá-lo, Diego questiona onde ele vai.

ㅡ Eu vou encontrar um amigo. ㅡ Guih murmura.

ㅡ Que amigo? ㅡ Diego questiona, ele apesar de sorrir no fundo não está muito satisfeito.

Pensa se Guih vai acabar lhe abandonando no meio da festa.

ㅡ Eu vou encontrar James está bem? ㅡ Guih murmura.

Ele contraí as sobrancelhas quando Diego começa a fazer uma cara não muito satisfeita, ele só ia até lá e depois voltar, nada complicado. Diego estreita os olhos mas não diz nada, Guih começa a achar que Diego está sendo chato e se aborrece um pouco porém, releva já ele diz que não vai demorar, que iria dar um oi e voltar. Diego acaba por concordar e Guih vai de encontro ao local onde James está próximo da porta do banheiro masculino.

Da distância Guih se questiona como ele o viu de lá, a não ser que ele estava próximo e depois foi esperar aqui, quando ele vê James a ansiedade aumenta, Guih começava a sorrir porque James tem um sorriso convidativo. Eles se comprimentam e Guih questiona como ele o viu de tão longe.

James dá um sorriso simples e aponta para o telão onde filma os cantos da balada, Guih sorri aos poucos e acha aquele tipo de exposição inconveniente. Mas até que era divertido pensar em achar alguém que gosta no mesmo lugar de maneira tão fácil.

ㅡ Está com seus amigos? ㅡ James se aproxima sussurrando para Guih bem próximo do rosto.

Bem perto dele ele escuta melhor!


Guih dá um sorriso simples e se encanta por James, é bom vê-lo já que fazia um tempinho desde que os treinos de futebol encerrou, então ele não o via mais com tanta frequência.

ㅡ Eu vim com um amigo. ㅡ Guih fala por cima do som.

ㅡ Hum... ótimo. ㅡ James assenti com a cabeça como se estivesse interessado para saber quem era a companhia de Guih. ㅡ Podemos ficar asós? Eu queria te fazer uma pergunta.

ㅡ Pode perguntar. Eu não ligo. ㅡ Guih fala alto, ele não quer sumir por muito tempo já que Diego estava lá do outro lado esperando.

ㅡ Vem... ㅡ James não dá espaço para Guih questionar, ele simplesmente diz essa palavras e sai do local chamando Guih para um lugar mais reservado.

Guih olha para a direção contraria da onde James vai e pensa que Diego deveria ser bem mais paciente, ele queria falar novamente para ele que só iria ali e já voltava mas James o chama de novo e então Guih se vê obrigado a ir atrás. Ele balança a cabeça e pensa que Lui que é um irmão exigente realmente parece que vai ter um cunhado em breve, ele pode não saber o que James vai dizer a ele, mas seu coração acelera no peito e ele se sente um pouco mais ansioso. Era claro que os dois só ficavam, James sempre diz que está atraído por ele porém, mesmo assim sempre deixa a entender que James quer sim ter algo a mais diferente de uma amizade.

Quando eles chegam em um local da balada mais reservado James some entre uma parede e outra, Guih curiosamente o procura, quando ele entra no lugar reservado James o surpreende ao puxa-lo pela mão, a medida que os movimentos acontece James o trás para perto e seus corpos se aproximam drasticamente, o aroma envolvente do puro perfume 1 million Paco Rabanne é presente, e James concluí que o cheiro do outro é bom, ele elogia e Guih fica envergonhado, o cheiro era de um perfume de vidro dourado que ele pegou por acaso em uma das prateleiras do closet de Diego, ele espirrou no braço, gostou do cheiro e usou na roupa toda. James tem um sorriso límpido em seu tom pele é extremamente charmoso atraindo Guilherme completamente. A respiração deles tão próxima é capaz de deixar Guih tímido a ponto de rir sem graça. James toca o rosto de Guih a medida que vai o envolvendo, o rapaz em seus braços vai amolescendo conforme é tocado.

ㅡ Está tudo bem? ㅡ James questiona e Guih assenti ao toque, não é nada invasivo. ㅡ Você sabe... o festival está vindo aí...

Guih sabe bem e concorda com a cabeça, ele fica curioso e pensa se James está querendo propor algo a ele nesse dia, ele estava planejando sair com Larissa e Sophie para o rodeio já que seu irmão queria brincar com Kawê nas barraquinhas, recentemente ficou sabendo pelo chat que Ícaro iria sair com Tama nesse dia e pensou que enfim seu amigo teria um encontro naquele dia mais importante e romântico da X e Guih que nunca saiu de casal nesse dia ficaria estupefato se fosse convidado.


Se a pessoa te convidar nesse para sair, queria dizer que o sentimento dela é sincero por você!

E Guih lembra que logo depois viria o dia indígena na qual o povo Amazona comemoram realmente o aniversário da X-Gravitation, pintam a face para agradar os espíritos ancestrais e vão ao centro da cidade cultuar seus reis e homenagear seus antepassados, era um dia religioso e cheio de boa comida, rezar para as almas antigas e pedir por paz entre povos.

ㅡ O que é que tem? ㅡ Guih questiona, ele gosta do toque de James.

ㅡ Quer sair comigo? ㅡ Ele questiona, toca a pele de Guih e o convida para sair.

ㅡ É um encontro? ㅡ Guih sorri ao dizer isso, era um pouco vergonhoso questionar olhando para os olhos escuros e agradáveis de James.

ㅡ Sim... com certeza. ㅡ James fala com sutileza.

Guih o olha com o coração crescendo no peito, concorda com cabeça de uma só vez e quando ele se empolga ele beija James várias vezes até o os lábios deles se estabilizarem em um selinho sólido, o beija profundamente e a língua se entrelaça e se envolvendo eles acabam agora se beijando com muita vontade. Guih nunca se sentiu tão livre, ele sempre renegou a si mesmo e agora as coisas estavam andando, ele amava o sentimento de igualdade entre os dois, a medida em que eles vão se tocando e o beijo acelerando, James sussurra o quanto Guilherme o deixa instigado, o agradando ao proporcionar em quem o convém um sentimento de felicidade e logo provocar em Guih um apresso pela simples razão de que é importante saber que a outra pessoa se sente atraída por ele e quando Guih se sente envolvido ele quer dizer algo a James, algo que sente em seu coração.

ㅡ Você gosta de mim? ㅡ Ele questiona.

ㅡ Gosto. Se não, eu nem estaria aqui. ㅡ James murmura, ele olha Guih nos olhos e se sente confortável ao dizer isso. ㅡ Sabe... desde o dia em que eu te vi entrar no vestiário pela primeira vez, aquele era o seu primeiro dia e você tinha uma expressão confusa e um rostinho lindo.

Guih fica impressionado e não evita rir baixinho cheio de nervosismo, James questiona o motivo da gracinha. Guih diz que não é nada, mas ele acha constrangedor James gostar dele desde esse momento, ele nem lembra da expressão que fez mas o fato de James lembrar deixava Guilherme incrivelmente encantado por ele.

ㅡ Gosta de mim? ㅡ James questiona, ele espera faz tempo Guih dizer o mesmo.

Guih quando se sente emocionado enfim confirma com a cabeça diante do olhar afiado de James e o beija novamente dessa vez com mais envolvimento. Ao longo que eles vão se beijando, o clima vai esquentando entre os dois no entanto, alguém que não está muito satisfeito e do mesmo jeito que James enxergou Guilherme na balada, Diego também viu ele ir embora com aquele rapaz para outro lado mesmo dizendo que só iria ir e voltar logo.

E quando ele não voltou, Diego deu um longo suspiro para aquela sórdida mentira.

Diego não viu com bons olhos e antes de tudo ele conversou consigo mesmo se era certo ou não achar essa atitude de Guih pecaminosa ao larga-lo na boate para se agarrar com o quase namorado. Se eles vieram juntos, eles deveria ficar juntos e voltar juntos e Guih não teria direito de trocá-lo por outra pessoa, ele pesou os dois pensamentos na balança e quando a injustiça de Guilherme falou mais alto que o: "somos somente amigos", Diego não suportou, ele saiu de perto dos universitários que começaram a fumar disfarçadamente maconha em um canto e ofereceu a Diego um cigarro, ele mordeu o lábio sorriu friamente, apesar de não ter tempo para balbuciar por muito tempo, acaba pegando o baseado para não parecer um mal educado, agradesce e fala que já volta, guarda o cigarro no bolso e vai atrás de Guih.

Entrou entre a multidão, a uns minutos atrás ele viu Guih sair por aqui com aquele cara, ele curvou a sobrancelhas irritado só de pensar em Guilherme, suspirou e tentou ficar um pouco mais calmo, achou péssimo extrapolar os limites, ele não podia fazer isso no entanto, a calma e o fato de estar inconformado com a falta de palavra de Guilherme e a calma recuperada foi por água a baixo quando ele se deparou com aquilo.

Não era o contexto na qual eles estavam inserido no entanto, o pensamento de impacto dele foi constante quando ele se tocou que os dois realmente pareciam um casal quando se beijavam assim, o sentimento de absurdo foi como uma estaca no peito desse vampiro de gelo, as mãos de James em Guih, mãos que tocavam onde Din tocava. Ele era possessivo com toda certeza, mas aquilo era mais do que possessividade, ele em seu interior não percebeu com tanta clareza, mais o estopim era as mãos de James naquela pessoa que ele almejava dentro do quarto, os lábios que beijam a boca que Diego durante um sexo bruto, o corpo caloroso na qual ele toca agora tinha outro homem tocando, isso para Din era inadmissível, algo o corrói por dentro como ácido sulfúrico, a fala falha miseravelmente por alguns instantes durante aquela cena de afeto na qual parecia interminável e quando o sentimento de desconforto cresce dentro dele, Diego não consegue mais suportar, aperta as mãos em punho suspenso e acaba chamando a atenção de Guilherme.

"GUIH" ㅡ O grito é firme e as sobrancelhas quase se juntam.

Guilherme que está atracado em um beijo envolvente é tirado de seu estado de conforto, ele se assusta e o coração dispara no peito, deixa os lábios de James aos poucos e só teve tempo de ver Guih fugindo dele, não o soltou por completo ainda envolvendo sua cintura com as mãos porém, Guih foi quem tirou as mãos de seus ombros primeiro.

ㅡ Ah... é você!

Guih falou um pouco mais aliviado olhando para a face de Diego, ele pôs a mão sobre o peito onde o coração pulsava fortemente, contestou que ser pego no flagra por uma outra pessoa conhecida seria horrível. Ele ainda não estava pronto para lidar com os pensamentos das pessoa. Diego franzi mais entre as sobrancelhas e fica pensando o que se passa na cabeça desajustada de Guilherme, ele parecia mais aliviado do que preocupado.

ㅡ O que você está fazendo? ㅡ Diego questiona.

ㅡ Quem é ele? ㅡ James pergunta, ele começa a fazer uma expressão confusa e ao mesmo tempo drástica.

James conectam seus olhos aos de Diego e logo de início nenhum dos dois vai com a cara um do outro, Guilherme que é solto dos braços de James ajeita a barra do casaco que foi suspensa pelo outro rapaz, suspira e por puro hábito ajeita o cabelo, James nota o olhar de Diego se dirigir a Guilherme e fica cismado por alguns segundos querendo saber o que aquele cara tinha haver com ele.

ㅡ Fala Guilherme. ㅡ James exige uma explicação.

Diego joga a cabeça de lado, umedece os lábios e cruza os braços murmurando como um afronto ao chilique de James:

ㅡ É... Guilherme.

"Guilherme?" ㅡ Guih resmunga em sua mente olhando para a cara deles e se questionando que jogo é esse de todos começarem a chamá-lo  pelo seu nome de batismo em vez do apelido casual. Aliás ele nunca viu nenhum dos dois chamarem ele assim ao invés do apelido.

ㅡ Que isso? Um interrogatório? ㅡ Guih dá uma risada nervosa e estranha. ㅡ Parem de me chamar assim. Eu não gosto, só quem me chama assim é minha mãe e quando ela quer brigar comigo.

Guih dá uma pausa e ignora os dois, ele só responde porque James o olha com angústia expressiva.

ㅡ Ele é Diego meu amigo, eu vim com ele para a balada. ㅡ Responde e olha para Diego com petulância e irritação por perceber que ele estava tirando uma da pouca paciência que ainda havia dentro de si. ㅡ Eu não preciso te falar quem ele é... me poupe, você já sabe.

Diego espreme os lábios e James pensa que Din não é estranho para ele, já havia visto esse rosto em algum lugar. Ficou pensando e encarando Diego que começava a ficar incomodando e irritado, ele seria capaz de questionar se James perdeu alguma coisa na sua direção.

Quando ele estava preste a falar alguma coisa que piorasse esse clima, Guih interrompe a ação dele se dirigindo a James como se fosse explicar aquela situação confusa, mas acaba irritando Diego tanto que ele desanima ao ponto de querer abandonar a festa que começava a ficar um saco.

ㅡ Guih... vamos embora. ㅡ Diego enfim mostra sua exigência.

Ele cansou de passar raiva por um motivo imbecil, e agora... só queria ir para casa!

Guih estranha Diego e questiona se ele já quer ir embora sem aproveitar a festa. Pensa qual seria a razão do rapaz dispensar uma noitada que ele mesmo disse que queria tanto vir.


Eles mal chegaram e agora Diego queria ir embora?

Na verdade Guih estragou o ânimo de Diego sem querer.

E antes que Guih questione mais alguma coisa Diego joga os globos oculares para o lado e fala mas uma vez que vai esperar lá fora, Guilherme não sabe o que está por vir, fica confuso e James o olha com desconfiança.

ㅡ Eu vou indo. ㅡ Guih murmura, toca o rosto de James com aquela atitude repentina de acolhimento e trás o rosto do outro para perto e lhe rouba um beijo sútil. ㅡ  Foi bom te ver. Adeus.

James fica sem fala, ele vê Guilherme ir e afirma que esse rapaz é cheio de encantos, e sim... ele gosta dele. Pensa em Diego e tem uma breve lembrança que percorre até dois anos atrás na época em que ele frequentava o clube de esporte rival e durante os treinamentos e competição com clube vizinho dos granfinos, durante o interclasse contra o time classe alta, em uma partida de futebol ele conheceu aquele time na qual não se lembra o nome nesse exato momento, mas em sua cabeça ele se referia a eles como o time da camiseta branca. E foi numa dessas partidas de bate e volta que um rapaz de quatorze anos que tinha uma expressão atrevida e um jeitinho esnobe quebrou a perna de um de seus colegas de time por puro mau caratismo.

E agora ele voltava a ver o rosto desse playboy e se questiona como Guilherme tinha coragem de ser amigo desse tipo de gente.

[...]


Din estava indo na frente e Guih o seguindo atrás sem entende-lo, Guilherme fazia uma expressão confusa, ele tentou dar um sorriso e comentar de maneira brincalhona sobre aquela situação anterior: "Não sabia que você era ciumento com amizade."

Diego contraí a musculatura da face, dá de ombros, naquele momento ele não queria escutar Guih, normalmente ele gostava do tom da voz dele porém, naquela instante o tom do garoto se tornava muito irritante, Diego dá de ombros ficando incomodado e responde: "Sou mesmo. E daí?"

O tom de voz ignorante de Diego não agrada e acaba fazendo Guih perder o sorriso que ele mesmo inventou para tornar essa situação melhor entretanto, o mau humor de Diego não era agradável ao ponto de deixar Guilherme confortável. Eles foram para o carro e Guih observou Diego, entraram dentro do veículo e quem observa esse mau humorado com estranheza resolve perguntar sobre a raiz do problema que causa aquela expressão irritante que o outro tem.

ㅡ O que foi? ㅡ Guih questiona.

ㅡ Nada. ㅡ Diego responde nem um pouco afim de conversar.

Porém, o nada dele não se aplicava a expressão de irritação, havia disfarce sobre tudo aquilo mas mesmo assim aquele ar rabugento ainda transparecia tornando o clima entre os dois difícil. Guih engole em seco e não gosta em nada daquela situação confusa, ele não entende Diego e pensa se a razão ao todo seria porque ele o abandonou na balada, mas foi só por alguns segundos e mesmo assim sendo grave ou não, não queria dizer que ele iria passar a festa inteira ao lado de James.

ㅡ Você está assim por causa dele? ㅡ Guih questiona.

A maneira que Guih transcreve o que ele pensou antes sobre Diego é um gatilho há várias coisas que rondam o pensamento adormecido e temeroso do outro rapaz, ele espanta, exasperou e olha para Guih irritado e acaba sendo bronco quando responde.

ㅡ O que você quer dizer com isso?

Guih não entende Diego, ele não entende essa irritação exagerada dele.

ㅡ Nada demais, eu só estou perguntando se te incomodou tanto assim eu estar com ele. ㅡ Guih responde também com ignorância na voz, entretanto olha Diego nos olhos, se cansa dessa palhaçada e fica irritado também. ㅡ Mas se for ficar assim brigando comigo, é melhor eu ir embora.

ㅡ Não é para tanto. ㅡ Diego bufa, ele desliza a mão no volante como se fosse ligar o carro mas Guih o interrompe ao mostrar indignação em seu tom de voz.

ㅡ Ah, não? Eu te pergunto uma coisa e você me responde com quatro pedras na mão. Se pensa que eu vou ficar aqui te adulando enquanto você me dá patada, está muito enganado.

Guih bate a mão no jeans e diz que vai devolver a roupa dele amanhã assim quando ele estiver mais "calminho", essa palavra é irritante e desaforada o bastante para Diego. Assim que Guih ameaça abrir a porta do carro, Diego não quer que Guih vai embora, em seu peito cresce um sentimento chamado medo de Guilherme ir e nunca mais os dois conseguirem resolver esse assunto e se mistura a uma sede incontrolável de não deixa-lo fazer o que bem entende, junta tudo isso e resmunga:

"Ah... não vai não! ㅡ Trava as portas no painel, tornando esses dois sentimentos simples em descontrole emocional. ㅡ Eu disse que você iria dormir em casa e você vai."

Quando a porta não abre Guih fica inconformado pensando quem Diego pensa que é para tranca-lo dentro do carro com ele, discutem e pede para Diego que se recusa a abrir ignorando Guilherme. Guih observa Diego em estado de confusão pensando que loucura passava pela cabeça dele a ponto de chegar naquela situação. Quando Guih cansa de tentar entender essa loucura, ele acaba cedendo por cansaço, bate as costas no encosto do banco e cruza os braços tentando controlar seus sintomas de braveza e uma das pernas se torna inquieta.

ㅡ Me leva para casa, já que você está me prendendo aqui contra minha vontade. Isso é doentio sabia? ㅡ Ele murmura.

ㅡ Eu te chamei para curtir a noite comigo e o que você faz? Me abandona e quer fique feliz com isso.

Guih que tem os lábios espremidos olha para Diego e responde que ele sabia que o motivo da criancice dele na verdade era o fato que Guilherme estava com James por meros minutos. Mas chamar Diego de criança foi a gota d'água para deixá-lo mais rabugento.

ㅡ Viu... também não dá para conversar com você. ㅡ Diego desiste de ao menos tentar esclarecer as coisas entre os dois, ele olha pela janela do motorista e julga James até o último segundo por criar essa desavença entre os dois.

ㅡ Não dá para concordar com essa sua atitude de bebê mimado.

Guilherme fala essas palavras porque está ficando chateado, ele acha Diego muito infantil e o mau humor de ambos sobe quando Din se cansa dele, o silêncio se inicia dentro do carro. Diego fica cansado, então encontra consolo naquilo que ele recebeu de um universitário, ele abaixa só o seu vidro e acende o cigarro com um esqueiro que ele tinha no bolso. Guih o olha de relance assim que escuta riscar, ele contraí as sobrancelhas e fica mas uma vez irritado, não acredita que Diego vai começar a fumar, ainda mas quando ele reconhece o que ele está tentando fumar ali dentro com ele, fica pé da vida, se vira no banco e o toma da mão.

ㅡ Você não vai fumar essa porcaria aqui dentro comigo. ㅡ E ataca pela janela que Diego abriu para ventilar, o frio da noite que entra bate em seus rostos com indignação.

ㅡ Mas que merda! ㅡ Diego resmunga.

Ele olha para fora assim que aquele cigarro bate no chão, o ponto de fogo brilha na noite escura em meio ao asfalto preto do estacionamento, a noite estrelada encima deles podia até ser agradável mas o clima dentro do carro pelo ar-condicionado ligado no morno era cada vez mais estranha. Eles ficam em silêncio por alguns minutos e aos poucos quando a raiva de Diego vai passando, depois de alguns minutos furioso logo depois que Guilherme se virou de costas mais uma vez, então ele olha para Guih que já cansou de tudo aquilo virado para o lado da janela com a mão que apoia o rosto ele tem uma expressão muda e fria, pelo reflexo dá para ver pelos seus olhos baixos que ele está abatido.

Diego suspira e acredita que exagerou, ele não queria chegar naquela situação, ele nunca esteve nesse mato sem cachorro perturbado pelo seu subconsciente e agora faltava as palavras para ele expressar o que sente, era algo como estar também surrado pelo arrependimento.  Por outro lado Guilherme estava bem chateado, ele sempre gostou da relação que ele tinha com Diego no entanto, o jeito infantil do outro o incomodava agora, era pedir demais que eles continuassem tendo uma amizade tranquila? Guilherme achava que não, o fato de eles não namorarem tornava tudo tão fácil e agora ele pensava na loucura de Lui e se perguntava se sendo amigos eles eram tão difíceis como agora, imagina tendo algo a mais.

"Luís só fala e pensa bobagem." ㅡ Guilherme resmunga em pensamento.

Diego que observa as costas de Guilherme aos poucos vai se sentindo péssimo também, ele começa a pensar que estragou tudo entre eles.

Como uma amizade pode deixar Guih tão chateado?

E Diego queria a harmonia de volta. Mas parecia quase impossível melhorar aquele constrangimento.

Então pensa em um jeito que deveria obrigar os dois a ser mais pacientes e resolver como eles resolvem as coisas. Se não fosse desse jeito, como seria? Se nem ao menos eles conseguiam conversar sem se ofender.

Diante desse pensamento, ele sussurra o nome de Guilherme, em um ato nada cordial ele abaixa o banco dele na horizontal e o nível de chateação de Guilherme era tão alta que ele deita sem nenhum problema, Guih somente vira para Diego e o observa com uma expressão sofrida e ao mesmo tempo desconfortável. Diego trava o volante, sobe o vidro que ele abriu antes e abaixa seu acento também. De início Guilherme não acha que ele é capaz de tentar algo sem ter o clima porém, fica evidente que Diego não tem noção nenhuma.

Escuta o tom de voz calma dele diferente de minutos atrás murmurando mais uma vez seu nome, observa o rosto pálido de Diego, aquela expressão de cachorro arrependido, o movimento de seu corpo ao se aproximar de Guilherme, ele abaixa o rosto e Guih o acompanha com os olhos, sente os lábios dele lhe tocando na maxila e deslizar para o pescoço. Guilherme sente um sentimento de formigamento no peito, o toque do outro é agradável mas não lhe trás vontade alguma, ele estava muito chateado para consentir nesse exato momento porém, não despensa o toque de agrado dos lábios de Diego em sua pele.

O movimento que ele faz ao tocar seu ombro direito com as mãos lhe envolvendo e lhe apertando com destreza. Diego sussurra um pedido de desculpas e Guih se questiona se um pedido de desculpas e um sexo bruto ou talvez ser um pouco charmoso poderia resolver aquilo, ele fecha os olhos e tenta encontrar um meio termo mas a vontade mais uma vez não vem. Pensa se brigar dá a Diego um tipo de tesão, e fica surpreso consigo mesmo por não ter essa vontade louca de transar, se pergunta se aquela química entre eles havia acabado ou se o nível de insatisfação era tão grande ao ponto de domina-lo, entre os beijos calorosos em sua pele e a mão atrevida Guih pensou que ter aquilo agora não era para esse Guilherme frio e desgastado.

Ele estende a mão evitando os beijos instigante de Diego e murmura que não está afim. Aquele ponto de determinação em Diego morre aos poucos quando Guilherme o recusa pela primeira vez, o observa mas mesmo querendo aquilo para tentar uma reconciliação, ele se sente desfalcado e sem entender como ele resolveria de outra forma se Guih não queria contato íntimo, suspira e o deixa em paz.

ㅡ Eu sinto muito. ㅡ Diego diz baixinho, relaxa o corpo sobre o assento.

Cruza as mãos sobre o peito, olha para a cara de Guilherme que não tira os olhos dele, vê ele murmurar que não está afim de novo.


É triste escutar!

Compreende ao pensar em quem que estaria afim depois de uma discussão dessa, nem ele mesmo. Talvez namorados estariam mas com os dois era diferente, porque antes disso havia amizade, nunca ter brigado um com outro trazia um sentimento que não era nada familiar, na verdade era constrangedor. Olha para o rosto de Guilherme, não há conversa somente a expressão dele que trazia a Din uma insegurança dentro do peito, então ele para de pensar em possibilidades de reverter a situação, deixa isso de lado e acaba agindo por impulso ao se aproximar e beijar os lábios de Guih com um toque sútil.

De início Guilherme não recusou, ele estranhou mais não impediu, o toque macio dos lábios de Diego trazia uma calmaria, o abrir e fechar dos lábios entrelaçados dos dois a cada momento e a cada beijo intenso, havia pensando que ele queria tentar de novo no entanto aquilo parecia diferente. A sutileza em que o beijo vai acontecendo é abrasador e Guilherme aos poucos vai cedendo, ficar uns instantes deitados sobre o acento rebaixado no apoio da cabeça somente tendo uma conexão sentimental na qual era tudo o que eles precisavam naquele momento.

Durante o beijo calmo onde eles pressionam os lábios e as vezes tocam a língua Diego toca o rosto de Guilherme, ele sentia no beijo um formigamento estranho mas nada desagradável, era até reconfortante. E agora na calmaria de Guilherme enquanto ele aceita o toque e mergulha profundamente na imaginação do beijo, ele contesta que beijar James é bom mas beijar Diego também é ótimo. Ele nunca havia parado para beijar ele de verdade, era incrível, durante o sexo eles as vezes se beijavam, mais era rápido e as vezes voraz, mas agora concentrado, Guih avalia lá em seu interior que é tão bom a pressão sobre e entre os lábios que Diego aplica, a leve mordida que ele dá e puxa a pele com suavidade e com aquela lentidão na qual ele solta faz tudo parecer tão precioso que quando Diego o abandona ele se sente péssimo novamente.

A loucura e a sensação de bem estar vai embora com ele e agora Guilherme se vê sem ter o que dizer, vê o rapaz se sentar reto arrumar o banco e murmurar: "Vamos... vou te levar para casa."

Guih comprimi os lábios e se senta também, fica em silêncio, apesar de haver poucas palavras entre os dois e o silêncio sempre parecia maior já que quem falava sozinho era Diego. E agora restava Guih com aquele sentimento de estranheza crescente no peito e que só podia concordar com a cabeça e as vezes murmurar sem emitir palavras, Diego ajudou a arrumar o banco e então eles saíram no estacionamento.

Durante a noite escura na estrada, Guih olhou a paisagem silenciosa e o céu escuro, as estrelas que brilhavam eram pontos luminosos tão distantes que Guih pela primeira vez se sentiu extremamente solitário. Ele queria ter uma vida normal, ser feliz e não se sentir assim tão triste nunca mais, lambeu os lábios como se pudesse sentir novamente o toque de Diego, corou durante o pensamento e ficou constrangido.

Quando chegou em seu prédio, ele demorou notar que já estava em casa. Diego estacionou e falou calmamente que Guih estava entregue. Guilherme desvia o olhar de Diego e murmura um agradecimento. Sai do carro e quando quase entra no prédio Diego o chama Guih pelo nome e quando eles entreolham-se Diego mas uma vez sussurra um pedido de desculpas.

Guih suspira um pouco decepcionado consigo mesmo e ainda mais com a situação em que se vê, observa Diego sair com o carro. Se questiona o que há na mente dele agora e novamente é derrubado por um desconforto causado pelo pensamento sobre se é certo ou não beijar um amigo daquele jeito, mas acredita não é errado fazer o que faziam já que ainda sim se beijavam as vezes entretanto, aquilo foi diferente, ele sobe as escadas e chega em casa, já era tarde e sua família estava dormindo, pelo menos era o que ele pensava, vai direto para o quarto e se joga na cama tentando dormir porém, seus pensamentos em relação a Diego é inquieto e não o deixa pregar os olhos, faz um som de desconforto, não havia tirado as roupas por preguiça, dentro de uma atitude imatura e desesperada ele pega o colarinho e sente o aroma instigante do perfume alheio e pensa que James elogiou essa fragrância que não era dele. Se sente mau porém, encontra conforto nesse cheiro agradável e durante esse clima do quarto escuro e espontâneo é perturbado por Lui que entra no local e começa a murmurar.

ㅡ E aí? Rolou? ㅡ Ele tem uma expressão de empolgação e fala baixinho para que mãe e a irmã pequena que está dormindo não escute eles tagarelando.

Guih levanta o olhar e franzi o cenho, no momento ele estava incapaz de lidar com Lui agora, resmunga e tenta fingir que o irmão menor não está ali.

ㅡ Não finja que está dormindo. Vai me diz... ㅡ Lui insisti, ele estava doido para saber. ㅡ Ele te levou a onde?

ㅡ Quem disse que eu saí? ㅡ Guih levanta o rosto e questiona.

ㅡ Pelas roupas? Aqui está escuro mais conheço todas as suas roupas, e essas... não são suas. ㅡ Lui se aproxima e comenta.

A luz da lua era uma grande dedo duro ao banhar a cama onde Guilherme estava deitado de maneira desleixada.

ㅡ Vai tirando seu cavalinho da chuva, nos somos só amigos. ㅡ Guih fala com intuito de Lui deixa-lo em paz.

ㅡ Eu também era amigo do Kawê e olha só como estamos agora. ㅡ Lui comenta.

ㅡ Não temos chance alguma. ㅡ Guih se aborrece e ergue o corpo com uma expressão nada satisfeita para o irmão. ㅡ Aliás eu não gosto dele e nem ele gosta de mim, não daquele jeito.

Lui fica em silêncio por alguns segundos, ele que havia começado a gostar da idéia de Diego ser namorado de seu irmão se sentia agora um pouco decepcionado.

ㅡ Mas e se...

Lui é interrompido por um Guilherme irritado que discute que não há nada de "mas", era o que era para ser e então expulsa Lui o mandando embora do quarto para que ele possa enfim dormir. Lui não tenta discutir, ele fica um pouco chateado com a arrogância do irmão mas acredita que Guih não está com a cabeça no lugar no momento, suspira e vai para o seu quarto e tenta dormir, ele volta a pensar no irmão e principalmente em Ícaro que é quem ele precisa conversar.

Ao espírito com quem ele vem conversando constantemente ele murmura para que tenha paciência e tenta dormir no entanto, aquele espírito exigente por incrível que pareça o deixa em paz até o dia seguinte.

[...]


Chris Angel estava sentado em um dos últimos banco da igreja observando Ícaro, ele mesmo que quis acompanhar o brilho de seus olhos até a casa de Deus só para vê-lo cantar.

Mesmo que não fosse para ele, ele estava satisfeito, aquela voz era tudo para Chris Angel, ele teve uma lembrança vaga porém, cheia de emoção de um ano atrás durante o feriado de Corpus Christi onde eles passavam na maioria das vezes em união na igreja católica. Ele lembra na primeira vez depois que a voz de Ícaro mudou durante a adolescência, deixou de ser infantil para uma voz mais grave e muito mais bonita, não que o antes fosse péssimo era que agora era uma voz mais adulta e de um rapaz que Chris Angel simplesmente admirava com ternura.

Naquela época Ícaro só tinha quinze anos mais despertou uma curiosidade intensa nele, aquela voz foi a grande causadora da intensa atração que ele teve em anos depois que seu relacionamento com Harry acabou. Harry também cantava como um soprano lindamente entretanto, era um traidor a ponto de traí-lo com um cara que dizia que era o seu grande amigo.


 E por fim no ano passado seus olhos  se voltaram a Ícaro, ele era jovem e Chris sabia disso, de início ele tentou ignorar esse sentimento dentro do peito, mas ao longo que o os meses foram progredindo aquela presença autoritária e cheia de dizeres fez Chris começar a realmente enxergar Ícaro com outros olhos, ver ele amadurecer e se tornar um quase adulto transbordou como um copo cheio e ele perdeu o fio da meada por completo e incapaz de retoma-lo.

Era absurdo ele pensou várias vezes pela diferença de idade, mas alguém como Chris Angel que pensa entre o certo e o errado é completamente abatido quando o canto fala mais alto, ele assistia Ícaro como se fosse sua fiel plateia, o admirava, e como era tão encantador como o farfalhar das asas de borboleta monarca na primavera. Era como um canto de um anjo puro e agora ele assistia com tanta ternura com um sentimento incapaz de não criar asas alçar vôo e subir aos céus.

Chris Angel suspira e absorve a doce voz de Ícaro e mesmo que ele não queira o ensaio termina, o festival está acabando e Chris termina o salgado que ele havia comprado das mães da igreja, o altar estava todo enfeitado e o barulho de crianças brincando e adultos falando do lado de fora depois da missa era até acolhedor.

ㅡ Eu vou te apresentar para minha mãe. ㅡ Chris Angel embola o papel branco do salgado de queijo que estava comendo e o guarda na palma da mão para joga-lo fora assim que sair.

Ele diz quando Ícaro para ao seu lado  com uma expressão suave, ele contraí a sobrancelhas mais não diz nada somente esperando Chris Angel levá-lo para casa.

ㅡ Sua mãe já me conhece. ㅡ Ícaro murmura, o sol do meio dia é claro e ilumina o gramado e as tendas de doces e salgados. E então Ícaro sente uma dor no estômago e acaba pedindo. ㅡ Eu quero algo para comer.

Chris Angel olha para trás pela porta aberta e para a face de Ícaro e pensa que ele fica realmente dócil quando precisa dele para algo, e quando Chris diz que quer apresenta-lo para a própria mãe ele queria dizer de outro modo como um relacionamento sério, mas se conforma com o que Ícaro diz, sorri e estende a mão.

ㅡ O que foi? ㅡ Ícaro estranha o movimento daquele cara.

ㅡ Vou te levar para comer.

Ícaro encara a mão ousada de Chris Angel e suspira.

ㅡ Você não vai pegar minha mão e me arrastar por aí. Eu não sou mais criança.

ㅡ E quem disse que eu vou te levar por aí que nem um neném? ㅡ Chris ergue o olhar e se levanta do acento. ㅡ Para mim você é outra coisa.

Ícaro contraí o cenho e expira com petulância, franzi entre as sobrancelhas e resmunga.

ㅡ Chris Angel... vai dormir. ㅡ Responde. Se cansa dele e vai embora.

ㅡ Se eu for, quem vai te pagar um lanche?

Chris Angel aumenta o tom de voz, ele acha que Ícaro está lhe confundindo com um cachorro para a cada cinco minutos mandar ele ir deita assim que se cansa dele, por pouco Ícaro faz uma blasfêmia ao empoderar seu dedo do meio reclamão porém, ele pensa bem e se contém virando o corpo e saindo pela porta. Chris Angel era arrogante o suficiente para dizer diversas vezes o que Ícaro já sabia de cor no entanto, Ícaro ainda sim não quer se ver agarrado com Chris Angel por aí tendo aceitado ou não o seu destino ao lado dele só porque seu pai quer.

Era constrangedor!

ㅡ É sério... não minto quando eu digo que você pode ser feliz ao meu lado. ㅡ Chris Angel mas uma vez é petulante quando fala.

Ícaro para de andar, as sobrancelhas tensionadas e então ele murmura:

ㅡ Como você pode ter tanta certeza? Minha felicidade não depende só de você. Sabia?

Era ilógico na cabeça de Ícaro, Chris Angel não era tão milagroso assim.

ㅡ Aí que está, falta você querer.

Querer era assim tão fácil?

Ícaro pensa que não, enquanto ele contesta várias opções diferenciadas Chris Angel tem um pico de ansiedade, aponta para uma barraquinha e praticamente arrasta Ícaro até lá para comer algo. No final eles se sentam em um banco de madeira encostado na parede da capela bem próximo de uma colina onde as crianças brincavam no campo aberto com os adultos vigiando.

Ícaro mordeu a massa da empadinha de palmito e algo pastoso que parecia ser catupiry, ele não costumava a comer isso mas bem ou mal até que era agradável. Chris Angel havia comprado duas maçãs do amor, uma vermelha e uma verde, a verde ele mordeu e agora observava o brilho do açúcar e o corante derretido enquanto mastigava. E a outra que ele segurava era aquela na qual disse a Ícaro a uns instantes atrás cheio de sorriso: "Meu coração agora é seu coração!", e deu risada. Ícaro achava que Chris Angel nunca iria parar de flertar, por isso a maçã seria a última coisa que ele iria comer, bebeu um pouco do suco natural de laranja que lhe foi comprado.

Chris Angel também gostava bem mais de coisas naturais e sem agrotóxico, ele gostava de frutos do mar e não era de comer carne vermelha, ele gostava de peixes, camarão e lagosta. Seu hábito era bem parecido com os de Ícaro e por essa razão ele não se complicou muito ao preparar as refeições saudáveis porém, com bastante proteína para Ícaro. Entretanto, Ícaro acha que Chris Angel é assim por causa do corpo, ele era o tipo de cara que adora um exercício, no dia anterior ele forçou Ícaro a fazer alguns polichinelos em troca de dois chocolates e Ícaro achou que era muito pouco para se mexer como um mico de circo.

"Eu odeio ele." ㅡ Ícaro pensou, ele era sedentário e as rotinas dos dois eram completamente diferentes.

Ícaro só queria escapar da tortura daquele homem e quem sabe Tama seria seu salvador, ele ainda nem tinha o celular de volta então ficava entediado com frequência. E agora ele observa Chris Angel empolgado com as crianças brincando, ele suspira e diz que é divertido ser criança, Ícaro estranha, ele cuidou de sua irmã por tanto tempo que ele está enjoado de crianças, elas conseguiam ser irritantes quando queriam.

Mas sua irmã em comparação aos irmãos de Guih eram uns anjos.

ㅡ Eu quero ter filhos. ㅡ Chris Angel murmura. ㅡ Você não?

ㅡ Quem sabe? ㅡ Ícaro dá de ombros. ㅡ Crianças dão muito trabalho. Você nunca cuidou de nenhuma não é?

ㅡ Minha irmã é mãe, meu sobrinho tem um ano, com ou sem já é o bastante para saber se eu quero filhos ou não. ㅡ Chris Angel responde e questiona. ㅡ Não acha? Além do mais meus pais só tiveram dois filhos. E eu, quero ter mais.

Ícaro dá uma engasgada na bebida que ele põe na boca e pensa que é azar demais ter alguém assim interessado nele.

ㅡ Você é o que? Um galo? ㅡ Questiona incrédulo.

ㅡ Ué... é sério! ㅡ Chris Angel fala e dá uma breve risada. ㅡ Que mal tem? Seus pais tem quatro filhos e porque eu não posso ter também?

ㅡ Minha mãe e meu pai queriam formar uma família. De início eles queriam dois que nem você e sua irmã no entanto, eu surgi e então... eramos três e depois quiseram empatar na quantidade, porque ímpar da azar. ㅡ Ícaro esclarece, na verdade ele queria dizer que os pais dele eram dois doidos perfeccionista.

Haja coragem!!!

ㅡ Eu já quero, só falta a outra pessoa querer. ㅡ Chris Angel jogou uma indireta que Ícaro matou numa paulada.

ㅡ Vai arranjar um outro louco que nem você.

ㅡ Se seu medo for a dor, fica sossegado, depois do primeiro o medo passa.

Ícaro fica pasmo porque ele não consegue nem imaginar como acontece e muito menos ele queria perguntar como funcionava qualquer coisa no contesto, desde o sexo até o parto. Mas, joga esse pensamento de lado e pede que Chris Angel se cale, o rapaz dá um sorriso simples e então ele resolve perguntar a Ícaro aquilo que vem lhe perturbando recentemente.

ㅡ Me diz... sobre aquele cara... ele é do seu colégio?

Ícaro morde os lábios e desfarça pensando que ele não queria ter essa conversa.

ㅡ Para que você quer saber isso?

ㅡ Curiosidade? ㅡ Chris murmura. ㅡ Pode falar, se abrir para mim é melhor que esconder.

Na verdade ele queria dizer que o que Ícaro faz é muito perigoso, principalmente porque ele é um Angel e outra porque sua família era extremamente rígida, era como brincar de esconde-esconde dentro de uma casa pegando fogo.

ㅡ Eu não quero falar sobre. ㅡ Ícaro abaixa o voz e volta seu olhar para o campo aberto e pensa que também seria conveniente voltar a ser criança e não ter nenhum preocupação estrondosa.

ㅡ Ele é um rapaz bonito. ㅡ Chris Angel comenta, e então ele tenta respeitar o silêncio de Ícaro e acaba brincando com a situação. ㅡ Você gosta de meninos bonitos? Se sim, que egoísta, tem que ser mais humilde e pegar os feiozinhos também.

Ícaro arqueia a sobrancelhas e murmura:

ㅡ Se isso é outra indireta já digo que eu não quero.

ㅡ Com quem você está falando? Comigo que não é... eu sou impecavelmente gostoso. ㅡ Chris diz cheio de si.

ㅡ Eu não sei a onde você viu isso. ㅡ Ícaro responde. ㅡ Cala a boca Shrek.

Para se quebrar as pernas de um homem atrevido era só chamá-lo de feio. E Chris Angel começou a farfalhar perturbando Ícaro sobre a suposta feiúra dele, Chris queria mostrar a Ícaro que ele não era feio, e que além de um rosto impecável ele tinha um cabelo charmoso e um corpo bonito e além do mais que era muito importante também nesse peito musculoso um grande e estonteante coração. ㅡ Disse e mais uma vez ofereceu a maçã do amor.


Ícaro começou a murmurar para Chris Angel calar a boca antes que as velhas que passavam começassem a olhar e acabar descobrindo que Chris é um  indecente e acabar julgando que que Ícaro também era um promíscuo.

"Fala demais. Para que eu fui provocar ele. A que custo?" ㅡ Se questionou.

Ícaro estava feito com tanta alma convencida ao seu redor já que Tama também era um atrevido compulsivo em se achar o gostosão.

Um cura o câncer só com um abraço e outro é um gostoso incorrigível!

Feitos um para o outro! ㅡ Ícaro balança a cabeça já crente nessa idéia de estar entre dois arrogante metido a vaidoso.

Ícaro se condena e quando ele é balançado por Chris Angel durante o alvoroço assim que tenta tomar seu suco mais ele quase derrama a bebida e olha severamente para esse homem atrevido, o jeito era suportar e chamar Chris Angel de feio mais uma vez.







Notas Finais


Bem... Eu acredito que é um cap. Gigante já que dividi ele em onze partes e juntei em um só.
Falando sobre o capítulo, deu uma tencionada, mas vou trabalhar intensamente nesse quesito.
Aliás quando eu terminar a história e corrigir, eu irei retirar e acrescentar o que precisa para torna-la mais dinâmica. E talvez as ordens dos acontecimentos mudem, quem sabe.
Bem... Até próxima e obrigado por ler, pk 78 capítulos kkk haja coragem.


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