História Icha Icha Produções - O Sonho de Karin - Definição

ANTERIORMENTE NESSA FANFIC...

- Sou eu sim.

- Estou interessado nos seus serviços. Quanto custa?

- A hora ou a noite toda?

- A noite toda.

Ela passou o valor e combinaram de se encontrar dali a dois dias, no motel que ficava a duas quadras da Icha Icha Produções. Karin não reconheceu a voz do primo em momento algum e ele agradecia por isso, iria saber da própria boca da ruiva o motivo de se vender em um jornal daquele jeito, não entendia o que a levou a esse extremo. Não duvidava do bom coração dela, mas era muito estranho. Era incrível o que uma noite trancado na produtora o levou a descobrir. Tanto Hinata quanto Karin eram importantes demais para ele, se elas precisassem, não negaria ajuda a nenhuma delas. Poderia estar sendo invasivo, mas descobriria o que elas estavam escondendo, mesmo que demorasse.

CONTINUA...

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Mesmo depois de descobrir tantas coisas, Naruto não quis ficar a noite toda na produtora e esperar as portas abrirem. Achou melhor, ainda de noite, sair pela janela e manter segredo sobre tudo o que viu, queria mais algum tempo para pensar antes de confrontar tanto Jiraya quanto Tsunade, era óbvio que eles sabiam de alguma coisa. Já Hinata ele confrontaria depois, não queria parecer invasivo e afastá-la ainda mais dele, se bem que já estavam tão distantes... Enfim, chegaria em casa, tomaria um banho e tentaria dormir. No dia seguinte voltaria lá para tentar descobrir alguma coisa.

Dez da manhã e após uma noite de muitos pensamentos e rápidos cochilos lá estava Naruto na Icha Icha Produções. Seu objetivo era sondar os donos de lá suavemente, sem mencionar nada sobre aquele DVD suspeito ou que passara parte da noite ali, só para ver o que eles falavam, mas mal abriu a porta e um furacão loiro passou na frente dele quase o derrubando, tomando o rumo da rua logo em seguida.

- Nunca mais fale comigo! Acabou tudo!

O loiro ficou sem reação enquanto olhava para trás. Aquela era Temari? Por que ela estava tão irritada? Poderia tentar ir atrás dela, mas a rapidez com que ela pegou o carro e acelerou não deu a mínima chance de reação a ele.

- Temari! Espera! Temar... – um baque fora ouvido, nada mais que Tenten que vinha correndo pelo corredor e esbarrado nele.

- Sai da frente seu... – esbaforida e esfregando o nariz ela olhou para a pessoa que ficou no caminho dela corando logo em seguida – Naruto?

- Acho que sim...

O sorrisinho do loiro desmontou qualquer irritação que ela viria a ter, a vermelhidão nas bochechas aumentou e a deixou tão linda que ele ficou com vontade de morder.

- O que houve aqui?

Retomando a postura normal a morena responde.

- A Temari brigou com o Shikamaru de novo. Acho que dessa vez eles terminaram mesmo, nunca vi ela tão magoada antes.

- Nossa...

- Sempre a velha briga... Ele não quer que ela atue aqui, mas ele também não quer deixar essa vida. Claro que teria briga não é?

- Meio contraditório ele querer que ela saia, mas continuar atuando.

- Eles mesmo sabem, mas ainda vem com essa.

- Espero que voltem um dia. Detesto essas briguinhas de casal, a maioria das vezes dá para evitar com tudo só uma conversa.

Um silêncio esquisito se impôs, até ser quebrado por Naruto.

- Bom, preciso ir. Vou falar com o diretor.

Mal deu um passo ouviu a morena o retrucando.

- Ele não está aqui.

- E a Tsunade?

- Também não. Eles saíram para acertar os detalhes da viagem, aliás, é para todo mundo estar aqui hoje às quatro da tarde. Vão anunciar como vai ser o enredo e quem vai contracenar com quem. Eu acabei de gravar, tomei banho e já estava trocando de roupa para ir embora quando a gritaria começou.

Naruto ficou frustrado. Todos os planos da manhã foram por água abaixo e agora só poderia falar mais seriamente com os diretores após as gravações durante a viagem. Só restava voltar para casa e esperar, odiava esperar.

- Me diga uma coisa, você sabe se...

O loiro interrompeu a fala quando reparou melhor o que a Mitsashi vestia. Como ela fora interrompida justo quando trocava de roupa, seus trajes nada mais eram um shortinho e um top curto, provavelmente ela vestiria mais uma camada de roupa antes de sair. Estava simplesmente perfeita! Além de tudo ela o olhava intensamente e apertava as mãos como que quisesse fazer ou falar algo.

Ele abriu os braços e disse:

- Vem.

Ela não esperou segunda ordem e se jogou nos braços dele que a abraçou forte, dando justamente o que ela queria. A verdade é que ela estava com muita saudade dele e não tinha data para eles gravarem de novo, isso a deixava triste e para baixo, nem ao menos sabia onde ele morava e mesmo se soubesse, o que iria fazer lá? Não tinha motivos para visitá-lo e isso a frustrava. Já ele se sentiu muito feliz quando sentiu o carinho da moça para com ele, era algo diferente, se sentiu amado e querido, a sensação era indescritível, além disso aquele corpo dela sempre o deixava quente e desejoso, o que ela sentiu na hora lhe fazendo sorrir.

Enquanto ela o envolvia pelo pescoço e ele a apertava pela cintura e afagava seu cabelo, Naruto lembrou de algo que havia decidido há alguns dias e que ela iria adorar.

- Tenten...

- Hum... – ela ronronou baixinho com o nariz no pescoço dele.

- Posso te perguntar uma coisa?

Ela tirou a cabeça do ombro dele apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos, um sinal para que continuasse.

- Você ainda está disposta a me mostrar onde você dá aula?

- Estou. Por quê?

- Queria marcar o dia.

Um sorrisão iluminou o rosto da morena. Ele continuou.

- Quero assistir uma aula sua lá. Quem sabe a gente faz uma demonstração igual àquele dia...?

- Bobo... – respondeu corada.

Naruto riu.

- Mas é sério que quero marcar o dia.

- Quando pode ser?

- Não sei. Pode ser depois dessa viagem da produtora?

- Meio longe, mas tudo bem. Pelo menos dá para planejar melhor.

- Perfeito.

Naruto reparou melhor na moça em seus braços e a tentação falou mais forte, desceu as duas mãos para a bunda volumosa da moça, apertou com vontade e a ergueu, fazendo-a envolver as pernas no corpo alto dele. Ela adorou, é claro, e não evitou um gemido fraco, pois ainda estava sensível da cena que acabara de gravar, o que não passou despercebido pelo loiro.

- Parece cansada, a cena foi boa?

- Bom, não foi ruim não.

- Com quem foi?

- Konohamaru.

- Wooow! Meu auto-intitulado rival!

- Hahaha! Ele mesmo.

- E então?

- Se quer saber se eu gozei a resposta é sim, até que ele sabe fazer direitinho.

- Hum... Acho que estou perdendo meu posto, hein?

- Posto?

- O de seu preferido, acho que vou perder esse lugar... – murmura divertido.

Ela envolve ainda mais os braços no pescoço dele puxando o rosto do loiro para mais perto antes de dizer sussurrando:

- Bobo... Não tem como isso acontecer...

Ela ia aproximando as bocas, mas se deteve.

- O que foi?

- É que eu acabei de gravar, não sei se vai querer me beijar visto que eu...

Ele nem esperou a moça terminar a frase, avançou em sua boca a beijando com vontade, sendo retribuído pela morena do mesmo jeito. Ela apertou ainda mais as pernas em volta do loiro enquanto sentiu a parede fria nas costas, mas não cessou em nada a intensidade do beijo, da dança das línguas e do fôlego que ficava cada vez mais escasso. Naruto subiu o braço esquerdo para envolver a cintura da garota e sua mão direita pousou na coxa firme apertando-a com gosto, ele adorava as pernas da Mitsashi, simplesmente tiravam sua atenção por mais concentrado que estivesse. Talvez a frustração por não conseguir nenhum avanço em relação à Hinata estivesse falando mais alto, mas não se importava nem um pouco, só queria aproveitar aquela pequena em seus braços. No final, ela estava com os lábios vermelhos e levemente inchados, mas um sorriso brotava em seu rosto.

- O que foi isso...

- Eu gosto de te beijar...

Ainda sorrindo e corada, a garota desceu do colo dele sem pressa nenhuma, na verdade ela queria ficar lá, mas ainda tinha que dar aula, e ele pensar no que fazer para não perder a manhã.

- Então ficamos combinados. – ela diz – Depois da viagem a gente marca. Eu te ligo!

- Combinado. Estou ficando até empolgado.

Ela sorriu e foi para o vestiário terminar de se trocar, agora com o coração acelerado e mais ansiosa que uma criança quando espera um presente. Ela se conhecia muito bem para saber o que isso significava, apesar do medo, estava feliz por demais por finalmente ter um encontro depois de tantos anos. Mal sabiam eles que Mabui observara o amasso dos dois até o fim ficando com uma ponta de ciúme, mas que tratou logo de disfarçar. Ela tinha consciência que só conversou com Naruto uma vez e que só teria chance de mostrar o que realmente sentia quando tivesse uma chance de gravar com ele, se bem que ela sentia que essa oportunidade que tanto esperava iria aparecer nessa viagem que tanto esperavam.

“Pode me aguardar Naruto, nessa viagem você vai saber o que eu sinto...”

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Naruto saiu da produtora frustrado, viera até lá justamente para confrontar os donos sobre o vídeo secreto da Hinata e justo naquele dia nenhum dos dois estava lá. Droga, teria que deixar para depois da viagem, essa dúvida estava encrustada na sua cabeça e não queria sair de jeito nenhum. O que poderia pensar sobre isso? Não poderia confrontar diretamente a Hyuuga. Sua irmã? Não, tinha quase certeza que ela sabia de tudo, mas duvidava que ela contasse algo. Que dilema... O melhor que tinha a fazer agora era pensar bem, se preparar para a viagem de gravação, fazer o seu melhor e quem sabe arrancar alguma coisa por lá, não custava nada tentar não é?

Tão distraído estava que quando percebeu estava se aproximando de uma pracinha um pouco mais distante da produtora. Fazia um certo tempo que não ia lá, fosse para comer alguma coisa, pensar ou até para apreciar a sombra das árvores e o vento fresco que sempre marcava presença no lugar, bom, precisava mesmo relaxar não é? Não faria mal relembrar os velhos tempos, aproveitaria e comeria um bom e velho sanduichão daqueles que tem tudo dentro, isso sim é que é comida boa!

Sua surpresa foi ver Karin saindo da sorveteria que ficava em frente e indo sentar em um dos bancos. Ela estava com um picolé de morango nas mãos (bom, ao menos era o que parecia, por ser rosa), e seu semblante não era dos melhores, parecia preocupada com alguma coisa muito séria. Até pensou em ir falar com ela, mas um “click” se passou pela sua mente e resolveu fazer algo melhor, já que teria o dia todo livre não costumava tentar. Pegou seu telefone e discou o número já conhecido.

- Alô?

- Karin? – Naruto disfarçou a voz para ficar igual ao do “cliente” do dia anterior

Naruto ao longe observava a garota, vendo que ela ficou tensa e respirou fundo antes de responder.

- Sou eu. Como está?

- Muito bem. E você?

- Bem, também.

- Acho que está se perguntando o motivo da minha ligação não é?

Diante do silêncio dela, ele prossegue.

- É que surgiu um imprevisto. Precisarei viajar hoje à noite e não poderei cumprir o combinado, poderíamos nos encontrar hoje?

- H-hoje?

- Sim, no mesmo lugar. O quarto já está reservado e tudo, posso pagar a mais se desejar.

- Bom, eu...

- Você...

Ela estava muito nervosa, mas cedeu.

- Tudo bem. Devo ir para lá agora?

- Sim, vou passar em casa, tomar um banho e vou logo em seguida.

- Certo, em uma hora estarei lá.

- Karin!

- Oi.

- Antes de desligar, queria te pedir uma coisa.

- O que seria?

- Poderia vir toda de preto?

- Toda? Tipo, toda mesmo?

- Sim, tudo, até as meias.

Mesmo estranhando, ela aceitou.

- Pode deixar, eu vou.

- Obrigado. Agora vou desligar, o quarto é o número 220.

Naruto fez ela ir com a roupa que ele queria para saber se a necessidade dela era grande mesmo. Talvez ela não tenha percebido, mas ele não exigiu que ela fosse de preto, simplesmente pediu, algo que ela poderia educadamente recusar. Agora iria conferir com seus próprios olhos o motivo da prima fazer tamanha loucura, algo que jamais esperava ver.

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No quarto de hotel, Karin se olhava no espelho e refletia sobre toda a sua vida. Quem diria que teria que se rebaixar até o ponto de vender seu corpo? No fundo ela sabia que não tinha moral para se sentir assim, afinal o que ela fazia? Vendia seu corpo, a única diferença eram as câmeras e a fama que a profissão de atriz pornô lhe dava o que, convenhamos, não era pouca, mas mesmo tudo isso não era o bastante para si, não preenchia o vazio em seu coração. Não entrara naquela vida por opção, mas por necessidade e assim como antes, também faria o que estava prestes a fazer por pura necessidade. Respirou fundo, seria por pouco tempo, só o bastante para pagar o que precisava e pronto, nunca mais faria aquilo.

Deu uma última conferida na sua roupa, estava do jeito que o cliente pediu, toda preta. Vestido, botas, meia-calça e lingerie, vai que ele realmente gostasse e quisesse exclusividade? Não precisaria fazer aquilo com mais ninguém, já era constrangimento o suficiente se oferecer em um jornal. Mas no fundo ela tinha medo que fosse daqueles homens que gostavam de bater nas companheiras, o que não era raro nesse meio, pois não teria a quem pedir socorro sem revelar o que fazia ali naquele motel. Seu nervosismo só aumentava, até que ouviu um girar de chaves e o que viu a fez arregalar os olhos.

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Naruto, por outro lado, acabara de chegar no prédio e não perdeu tempo, subiu direto para o quarto reservado ao pegar as chaves e estava ansioso para tirar aquela história toda a limpo. Para falar a verdade, não levara nem um centavo para a prima, afinal não fora até lá atrás de sexo, mas simplesmente para conversar, mesmo que ela ficasse com raiva dele depois, deixaria para pensar nas conseqüências depois. Ao chegar defronte ao quarto 220, ele girou as chaves e ao abrir foi recebido por um par de olhos arregalados e uma postura muito nervosa, algo já esperado. Ele trancou a porta atrás de si em silêncio e ao se virar para a garota viu ela se esforçar para falar.

- Na-Naruto...?

- Eu mesmo.

- O que faz... aqui? – ela se esforçava para não gaguejar.

- Nós combinamos isso por telefone. – Ele respondeu com a mesma voz que usou para conversar com ela ao telefone e com isso ela entendeu tudo. Fora enganada.

- Idiota!! – ela foi até ele socando-lhe o peito – Idiota! Maldito!

- Calma aí!

- Cala a boca!

Ela acertou-lhe um soco que abriu um corte no lábio inferior, o bastante para sair um pouco de sangue. Isso alertou a ruiva que parou de bater nele, mas não diminuiu sua raiva.

- Ufa! Que mão pesada...

- Por quê?

- Como?

- Por que fez isso? Queria me fazer de trouxa?

Ela já estava chorando, Naruto esqueceu a dor e resolveu falar sério, sentou na cama e elevou o olhar.

- Vi seu anúncio no jornal e reconheci seu número. No começo não queria acreditar, mas resolvi discar o número e reconheci sua voz tensa, e como eu sei que se eu perguntasse diretamente você não me falaria nada resolvi me disfarçar de cliente.

Karin abaixou a cabeça e sentou ao lado dele.

- Você deve estar me achando uma puta...

- Nada disso. – surpreendeu a garota – Não quis pensar nada até te perguntar pessoalmente, por isso estamos aqui.

Ela tomou coragem e começou a falar devagar, lutando contra as lágrimas que insistiam em cair. Naruto limpou-as e trouxe a ruiva para o seu colo, sem malícia, só queria acalmá-la e conseguiu.

- É meu último semestre na faculdade e não tenho como pagar minha casa e me sustentar. Antes eu tinha meu estágio, mas fui dispensada e foi assim que entrei na Icha Icha. Na produtora eu ganhava para pagar a casa e meu emprego “normal” pagava minhas contas, comprava comida, as coisas básicas. Mas agora... – fungou – Não consegui outro emprego, não posso deixar de pagar a casa e não tenho como me sustentar sem ganhar algo a mais, no desespero coloquei esse anúncio. Só que nunca imaginei que fosse você a me ligar.

Naruto ouviu bem a história dela e, bem, era convincente. Era nítido que ela não estava ali porque queria, mas por pura necessidade. O que ele deveria fazer?

- Poxa Karin, por que não falou comigo? Eu poderia te ajudar!

- Ajudar como? Você é mais lascado do que eu!

- É... – Naruto não poderia negar aquilo – Não importa eu poderia te ajudar – coçou a nuca sorrindo.

A ruiva não agüentou e caiu na gargalhada junto com o primo, como fazia bem rir daquele jeito e esquecer os problemas, aquele era o poder do primo “rejeitado”. Mas do mesmo modo que a risada apareceu, desapareceu rápido.

- Mas eu falei sério. Eu quero te ajudar e vou te ajudar. – Vendo a confusão da garota em seu colo, ele a pôs de frente a ele e perguntou – Quantas parcelas faltam para quitar a casa?

- Quatro.

- Pois bem. Eu mesmo vou pagar as parcelas que faltam, contanto que tire aquele anúncio do jornal e não faça mais isso.

Karin abriu e fechou a boca duas vezes antes de articular alguma palavra, tamanho era seu espanto.

- Mas como... Como vai fazer isso?

- Com dinheiro ué.

- Eu sei, tonto! Só que pelo que eu sei, mal tem dinheiro para se manter.

- Esqueceu que agora estou ganhando bem? O tempo de miséria é passado, agora já tenho como ajudar alguém querido.

- Alguém querido...

- Isso mesmo, alguém muito querido.

- Não sei o que dizer...

Ele tomou o rosto da garota entre as mãos ao dizer.

- Presta atenção. Você é sim alguém muito querido para mim, é minha família e eu vou cuidar de você sempre que precisar, como agora por exemplo. Então não seja teimosa e me deixe cuidar disso, nunca mais quero te ver nesse lugar, já bastam os filmes... Não se preocupe com dinheiro, tudo vai acabar bem.

“Bem coisa nenhuma – o Uzumaki choraminga em pensamento – Se minhas contas estiverem certas, no fim do meu contrato não vai me restar quase nada de dinheiro... Mas é por uma boa causa. – Queria acreditar nisso”

A Uzumaki ruiva sentiu todo o corpo e coração aquecerem com aquelas palavras. Realmente se emocionou ao ouvir uma “repreensão” de alguém tão distante de si até semanas atrás, mas que mesmo assim zelava por ela. “Eu vou cuidar de você”, quando alguém um dia lhe disse isso? Quando alguém quis o bem dela sem segundas intenções? Talvez só seus pais mesmo, não estava acostumada a demonstrações tão abertas de carinho e proteção, adorou saber que era tão querida assim.

Acordou do sonho ao ser movida do colo dele para a cama.

- Então estamos combinados não é? – se levantou – Deixe tudo nas mãos do seu super primo aqui que tudo vai terminar bem. Vamos embora?

Enquanto via o loiro ir em direção à porta a ruiva teve uma idéia e um desejo crescente dentro de si, a quentura em seu coração ainda estava lá e a fazia tão bem que não queria que aquela sensação passasse. Em um ato de reflexo ela levantou e o abraçou por trás o impedindo de sair.

- Karin? O que...

- Fica aqui comigo...

Ela o puxou de leve até o deitar na cama ficando de frente para ele, dando ao loiro a visão completa da garota. O vestido de alças preto e curto, as meias pretas, as botas com um pequeno salto, os óculos sempre modelando o rosto fino, os cabelos soltos, tudo lindo. Só entendeu o que ela realmente queria quando a viu montar sobre ele e aproximar os lábios dos seus, sendo repreendida na mesma hora.

- Eu disse que não precisa fazer isso. Não vim aqui como seu cliente, mas para te ajudar.

- Presta atenção Naruto. – dessa vez ela que segurava seu rosto e falava sério – Isso não tem nada a ver com o anúncio, eu quero fazer isso, eu quero ser sua agora e desejo isso sem nenhuma intenção por trás. – ela fora sincera – Por acaso tem idéia do quanto eu amei ouvir que você cuidaria de mim? Me senti tão segura, também quero fazer você se sentir bem. Por favor, não me negue isso.

Ele sentou na cama ainda com ela no colo e viu a sinceridade exposta nos olhos vermelhos da ruiva, ela realmente estava disposta a fazer aquilo não pelo dinheiro, mas por sua própria vontade. Não tinha como negar algo assim, além de que ela estava tentadora demais aos seus olhos e tê-la em seu colo não ajudava em nada. Quer saber? Que se danasse! Se ela queria, então ele faria do jeito que ela queria, a agarrou pela cintura e uniu seus lábios com os dela em um beijo que ela retribuiu na mesma hora. Um baile de línguas se iniciou e o ar ficava cada vez mais escasso, os rostos ficavam cada vez mais corados e brilhantes, os corações cada vez mais acelerados, a adrenalina cada vez mais elevada. A ruiva começou a rebolar atiçando o loiro que desceu a mão esquerda até a bunda dela e apertou com gosto, ouvindo um gemido abafado em resposta. Quando o ar faltou de vez, se separaram e ela ergueu os braços e Naruto lhe tirou o vestido vendo aquele espetáculo de corpo que era todo definido e lindo. Ele deslizou as mãos desde o rosto, a boca rosada, passando pelo pescoço onde deu um beijo, pelos seios médios e lindos, pela barriga lisinha, pela bunda volumosa, pelas coxas grossas, pelas canelas brancas e depiladas até os pezinhos pequenos a fazendo dar uma risadinha pelas leves cócegas, depois fez o caminho inverso até voltar à boca onde beijou de leve mordendo o lábio inferior da prima que suspirou no final. Ela ainda com a boca colada na dele pede em uma voz quase suplicando.

- Faz amor comigo...

Com esse pedido tão manhoso ele não pôde mais resistir, tomou a ruiva nos braços e passaram a tarde toda na cama saciando o desejo e o fogo ardente que os consumia. Mas não era só isso, para Karin foi muito mais especial e naquela hora teve certeza, não dava mais para negar o óbvio: pela primeira vez na sua vida se entregou para um homem de corpo e alma, pela primeira vez na vida ela fez amor.

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Na produtora, Jiraya e Tsunade terminavam de organizar os roteiros e figurinos necessários para a filmagem nas montanhas desérticas e na cidade réplica do Velho Oeste onde produziriam seu trabalho mais ambicioso. A ansiedade dos dois era evidente, mas a satisfação era muito maior do que qualquer coisa. Finalmente teriam a chance de crescer de verdade, finalmente iriam alçar vôos maiores, daqueles que sempre sonharam quando abriram a pequena empresa “Icha Icha Produções” e contrataram seus primeiros funcionários, ou seja, eles mesmos. Tantas lutas e tantas privações finalmente estavam dando frutos.

- Acha que vai dar certo mesmo? – Tsunade pergunta enquanto fecha uma caixa.

- Claro que vai! – Jiraya estava empolgado – É a nossa maior chance de crescer de vez.

- Parece um sonho...

- Mas é a pura realidade, agora que temos um ator que é praticamente recorde de vendas não podemos perder essa oportunidade. Estou muito empolgado com esse filme.

A loira riu e respondeu irônica.

- Claro que está...

- Nada de ironias minha bela, tenho que mostrar a esses amadores como se faz de verdade.

- Concordo plenamente...

Voltaram a rir cúmplices, os componentes do novo trabalho teriam uma grande surpresa...

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Algumas horas se passaram e no hotel uma ruiva estava suada e cansada enquanto descansava por cima do primo loiro. Tinha que admitir, estava quebrada e completamente acabada, mas tão feliz que o sorriso não deixava o seu rosto mesmo que quisesse, estava satisfeita e confortável enquanto sentia dois braços a envolvendo. Tamanho era seu envolvimento que ela não deixou ele sair de dentro dela mesmo depois da energia de ambos acabar e assim estava até aquele momento.

- Uau... – Naruto sussurra, Karin levanta a cabeça para olhá-lo.

- O que foi?

- Você estava mais quente que o normal.

- É que eu estou feliz.

- ...

- E pode se preparar porque é assim que vou te compensar por não deixar meu sonho morrer. No futuro eu penso em outra coisa, mas por enquanto...

- Já disse que não precisa de nada disso. Eu...

- Eu sei! – a ruiva interrompe – Mas eu já disse que eu fiz porque quis, e vou fazer mais vezes porque eu quero.

Naruto respira fundo.

- Não vai adiantar discutir não é?

- Não mesmo.

Karin lhe dá um beijo que deixa o Uzumaki “armado” novamente, fazendo a garota sorrir safada, até que ele interrompe o clima.

- Precisamos ir embora.

- Só mais um pouquinho...

- Você sabe que tem reunião daqui a pouco na produtora.

- Sei que tem, mas ainda é cedo.

- Já fizemos a tarde toda...

Como não conseguia convencê-lo, apelou.

- Hum... Já sei como te fazer ficar.

Naruto não entendeu nada até ver a ruiva ficar sentada sobre ele, pegar seu mastro o retirando de dentro dela o posicionando na entrada de trás e descendo de uma vez até a base. Penetração anal em um golpe só com sucesso.

- Ah caralho! – Naruto não conseguiu segurar as palavras. – Quer me matar de vez?

- Como? – ela começou a cavalgar com vontade – Está falando muito baixo, não estou ouvindo.

- Eu dis (ah) se que (ah) nós...

Ela acelerou mais ainda o impedindo de falar, até que ele cansou de ser domado e se levantou de uma vez a erguendo e a mantendo no colo sem se “desconectar” dela.

- Então quer mais é? Então vai ter até não agüentar mais, vai ficar uma semana sem sentar direito.

- Ah é? Pois eu duvido! – retrucou atrevida ganhando um tapa na bunda.

- Ah safada...

Assim ele a levou ao banheiro e de lá só se ouviam os barulhos da água caindo do chuveiro, de peles se chocando e gemidos. Realmente ele se empenharia em cumprir sua promessa.

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No final da tarde, como combinado, todo o elenco da Icha Icha Produções se reuniu na sede da produtora para uma reunião extraordinária e a pauta era esperada por todos há muito tempo. Tudo bem que já tinham ido para lugares exóticos para gravar, mas uma viagem para o deserto, gravar nas montanhas áridas e atuar como personagens do Velho Oeste era algo totalmente novo e empolgante, esse novo filme já era o mais famoso da Icha Icha mesmo antes de ser produzido.

- Bem, pessoal! Atenção! – Tsunade chega batendo palmas para chamar a atenção – Estão todos aqui?

- Faltam a Karin e o Naruto. – responde Ino.

- Não faltam mais!

A ruiva entrava afobada no local puxando o loiro pelo braço, mesmo sob protestos do mesmo. Os olhares de todos foram para o casal que parecia cansado e o cabelo vermelho da garota estava levemente amarrotado, como se tivesse sido penteado às pressas. “O que estavam eles fazendo afinal?” – esse era o pensamento de todos.

- O que significa isso ruiva safada? – sussurrou Sakura

- Depois eu conto para todas. – responde também sussurrando – Mas digamos que meu primo lindo salvou meus sonhos e ganhou algo valioso de mim...

Agora sim tanto Sakura quanto as garotas que estavam por perto e ouviram a resposta queriam mais ainda saber o que houve, mas antes os anúncios foram iniciados.

- Agora que todos estão aqui vamos começar. – Tsunade limpa a garganta e desata a falar – Hoje finalmente a Icha Icha conseguiu realizar seu maior sonho que é gravar um filme completo com toda a estrutura e roteiro de filme normal mesmo.

Diante do silêncio do elenco, ela continua.

- Nós vamos viajar para o interior do país, para uma cidade réplica do Velho Oeste americano. Lá tem tudo, cadeia, saloon, banco, estábulo, hotel, tudo o que tem nas velhas cidades que vemos nos filmes, além do deserto e montanhas rochosas ao redor.

- Não será um filme apenas de sexo – Jiraya prossegue – Será mais um filme comum que contém sexo. Terá uma historinha por trás, tudo direitinho.

- No final vamos viajar para tão longe só para transar... – resume Shikamaru

Um coro de risadas se espalha pelo local.

- Resumidamente é isso. Alguma dúvida?

- Eu tenho! – Hanabi ergue a mão – Já sabem os papéis?

- Já temos tudo pronto aqui! – mostra a pilha de papel do roteiro – Aliás foi bom você ter mencionado isso, vou logo falar os papéis de todos. Tsuna, faça as honras.

- Obrigada, prestem atenção!

Os ouvidos de todos estavam alertas.

- O Naruto vai ser o bandido que vai invadir a cidade. Como nos filmes de cowboy os bandidos são os que movem a trama, a primeira cena vai ser com você que vai achar uma mulher seqüestrada amarrada atrás de uma pedra da montanha e vai cobrar um precinho “camarada” para levá-la até a cidade, para achar a irmã perdida. Essa mulher será você. – Aponta para a morena de cabelos prateados - A primeira cena do filme será Naruto e Mabui.

Mabui cora muito, mas ao mesmo tempo fica ansiosa. Finalmente teria a cena que tanto queria, finalmente poderia mostrar seus sentimentos ao homem que amava em segredo, até já sabia como fazer isso, só esperava que funcionasse. Quem não gostou muito foi Hinata (aquele velho ciúme estranho) e Temari (que estava com raiva e queria alguém que a fizesse esquecer o recente término).

- Continuando. Itachi será o xerife, sua primeira cena será com a Sakura que foi presa e quer fazer algo para ser solta rápido. Hanabi,  Temari, Karin, Ino e Tenten serão dançarinas do saloon enquanto Neji, Gaara, Sasuke, Shikamaru e Konohamaru serão os clientes que levarão as mocinhas para o quarto. As cenas serão: Neji e Karin; Gaara, Sasuke e Ino; Shikamaru, Tenten e Temari; Konohamaru e Hanabi.

- Finalmente vou te pegar de jeito, coisinha linda. – O Sarutobi provoca.

- Duvido que me faça arquear as costas de prazer como certas pessoas...

- Vamos ver...

Depois dos anúncios, Hinata levantou a mão.

- E eu?

- Você será a outra seqüestrada. – Jiraya responde – Eu serei o prefeito corrupto da cidade que mandou seqüestrar você e a Mabui e que está na mira do bandido que é o Naruto, a Tsunade será minha parceira. Então você e a Tsuna gravarão com nada mais, nada menos do que a lenda, aquele que já foi considerado pau de ouro pelas telas mundo afora, simplesmente eu, Jiraya!

Olhos se arregalaram, principalmente de Naruto. O grisalho olhara diretamente para ele quando anunciou essa cena, parecia uma provocação, o que de fato era. Maldito...

Mas o mais impressionante era que os olhos de todas estavam voltados para a Hyuuga mais velha, lembrando de uma conversa que acontecera não muito tempo atrás...

Túnel do tempo...

Um certo dia, pouco depois de Hanabi entrar na produtora, as garotas estavam em uma pequena “reunião” não planejada entre elas. O assunto? Algo bem, como podemos dizer, peculiar: estavam falando sobre como foi o teste do sofá de cada uma.

- Comigo ele foi até bem paciente. – Ino falava – Eu nunca tinha feito algo assim e ele me acalmou, além de saber o que fazer para me dar prazer. Odeio admitir, mas ele é bom nisso.

- No meu caso foi quase do mesmo jeito. – pondera Tenten – Só que foi hilária a cara que ele fez quando eu disse que não faria anal. Tentou me convencer de tudo que é jeito!

Gargalhadas gostosas ecoaram no local.

- Na minha vez foi diferente. – diz Temari – Na verdade acho que fui eu que fiz o teste nele. O velhote ficou tão louco que deixou que eu dominasse tudo, no fim ele que pediu arrego.

- Eita que mulher-maravilha! – gritam as demais.

- Só não gosto de ver o cara se divertir sozinho ora, eu também mereço todo o prazer que puder ter.

- O meu foi normal. – dessa vez foi Karin que falou – Não sei se ele estava de bom ou mau humor, mas sei que no fim ele estava muito melhor. Hahahaha!

- Eu não gostei! – exclama Hanabi – Por ter corpo pequeno e mais magro parecia que ele estava me tratando como loli. Nós dois gozamos, mas não quero repetir a dose.

- Acho que vocês resumiram tudo. – diz Mabui – Não tenho nada a acrescentar e concordo com a Hanabi, não quero repetir a dose.

Murmúrios são ouvidos e uma última pergunta é feita.

- E você Hinata? Como foi o seu teste?

- Eu não fiz.

Silêncio

- Como assim não fez? – pergunta Ino – Como entrou lá então?

Hinata respira fundo.

- É que não entrei nessa profissão por querer. E também porque sou eternamente agradecida ao Jiraya, a Tsunade e a Icha Icha como um todo.

- Pode nos contar?

- Só se prometerem guardar segredo mais que tudo.

- Juramos! – disseram todas em uníssono.

- Foi assim. Um dia eu...

Uma hora se passou com Hinata contando sua história e detalhes de tudo o que a levou a essa vida. As amigas ouviram tudo com atenção e ficaram comovidas, mesmo se conhecendo há anos, não sabiam desse passado obscuro dela. No fim, a garota estava em lágrimas e foi consolada pelas demais, mas também foi advertida:

- Olha Hina, mesmo sabendo disso, não acho que vai escapar. O diretor é muito gente boa, mas é um pervertido de marca maior, um dia ele vai dar um jeito de te levar para a cama dele, mesmo em cena.

Fim do túnel do tempo...

Então finalmente este dia chegou, fazer o que... Teria que cumprir seu papel e cumpriria como boa profissional que era. Só que... Deixa para lá...

Com todos dispensados, voltaram para suas casas e arrumaram as malas. A viagem do dia seguinte seria cansativa.

CONTINUA...