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História Ichigo Intensifies - Capítulo XII - Emotional dependence;


Escrita por: mahitofav

Notas do Autor


oi eu nao tenho muito o que falar aqui owijiodjlj perdão pela demora e boa leitura eu acho a

espero que gostem do capítulo....

Capítulo 12 - Capítulo XII - Emotional dependence;


— Amanhã você tem aula cedo, Luffy. Sem chances de dormir na casa dele. — Ace falou, levando a comida aos lábios lentamente, seus olhos passeando entre o recente casal com um beiço de chateação nos lábios. Sabo voltou a rir.

— Mas Ace, veja só. Um casamento precisa de lua de mel na mesma noite da cerimônia. Levando em consideração que Luffy e eu começamos a namorar, a gente queria treinar nossa lua de mel, sabe? Ainda hoje. — Law respondeu ao melhor amigo, sem esconder o sorriso que saiu propositalmente malicioso para irritá-lo.

— Deixa ele ir, vai. — Sabo falou, retirando as louças da mesa e sendo encarado por um Ace incrédulo. — São jovens. Luffy sabe o que faz, deixa ele transar em paz.

— Ele é nosso irmão caçula. — Retrucou, soltando os talheres e cruzando os braços.

— Você é meu irmão mais novo e eu não te proíbo de transar. — O loiro respondeu, se recostando na bancada e enfiando as mãos nos bolsos da calça preta.

Ace não soube responder, então limitou-se a balançar os ombros sutilmente e soltar uma risada um pouco constrangida.

— Eu levo ele cedinho pra aula amanhã, não se preocupem. — Law murmurou, ficando de pé e se espreguiçando. — Acho que vocês precisam de um tempo, sinceramente. Um tempo conversando sozinhos e sem enviar mensagem nenhuma para mim ou para o Luffy. Parem de correr um do outro por um segundo. — Ele puxou a mão de Luffy. — E eu não preciso da permissão de nenhum dos dois para namorar ele. Acham que a gente tá no século quatorze? Não são vocês que decidem isso, ele não é uma criança.

— Para de falar "vocês", eu to apoiando desde o início. — Sabo reclamou, com um sorriso de canto surgindo nos lábios. O loiro passou as mãos no cabelo e ficou em silêncio por alguns segundos. — Saiam os dois, Ace e eu precisamos conversar mesmo.

Ace arregalou um pouco os olhos, levando o olhar para o loiro e encontrando apenas uma inexpressão sutil, fazendo-o molhar os lábios e desviar o olhar.

— Eu não sou contra o namoro. — Disse por fim. — Só não machuquem um ao outro, tá? Relacionamentos são complicados... eu sinto muito por ficar impondo minha vontade sobre vocês. Law tem razão. — Ele sorriu curto para o melhor amigo que retribuiu aliviado. — Eu fico feliz por vocês. Por você, Law. Por estar sorrindo desse jeito.

— Graças a mim. — Luffy interrompeu, abraçando Trafalgar pela cintura com animação pela resposta de Ace. — Porque ele me ama demais.

— Ah, é? — Law questionou, abaixando a cabeça para olhar seu namorado e sorrindo um pouco bobo.

— Eu odeio inicio de relacionamento, vamos aguentar vocês desse jeito por uns dois meses, né? — Sabo questionou, estremecendo com uma careta.

— Sim. — Law respondeu, apoiando a mão sobre a cabeça de Luffy e afagando os cabelos dele. — Porque ele também me ama demais. — Luffy sorriu mais. — Boa sorte na conversa de vocês.

— Obrigado. — Ace murmurou, indo até a porta de entrada para acompanhar o casal.

Ele sabia que precisava de um pouco de diálogo. Essa coisa de "esquecer tudo" nunca funcionava. Fosse em filmes, séries, animações, acabava trazendo mais dor pelos constantes "e se" que rodeariam sua mente depois daquilo.

Precisava de um ponto final, ao menos. E ambos sabiam disso.

Não precisaram de nada extremo. Sentar em uma mesa, um de frente pro outro, nada disso realmente era necessário. Então por mais que tivessem muito pra falar, acabaram ali, jogados no sofá com a televisão ligada em um canal aleatório que ambos fingiam prestar atenção.

— Você quer comer? — Sabo murmurou, olhando pelo canto dos olhos para Ace que mantinha o olhar fixo na tela. O moreno soltou uma risada curta, voltando o olhar pra ele.

— Jantamos agora. — Respondeu, abraçando as pernas e pegando o controle para desligar a televisão. — A gente não precisa realmente dessa tensão, vai. — Murmurou. Sabo balançou a cabeça em afirmação algumas vezes.

— Me desculpa. — Disse, passando a mão nos cabelos para jogá-los pra trás. — Pelo que eu disse naquela hora. Por ter... fugido de você, sabe? Você foi corajoso suficiente pra me dizer seus sentimentos, sabendo que poderia... ser julgado, ou qualquer coisa que fosse, e eu simplesmente tentei fugir de você e agir como se aquele momento não existisse.

— Olha... eu preferia que você tivesse dito não. — Ace respondeu, pensativo. — Ao invés de "vamos esquecer isso", dizer só algo como "desculpa, não gosto de você" é mais eficiente nessa situação, sabe? Mesmo sendo eu.

— O que quer dizer com "mesmo sendo você"? — Questionou.

— Mesmo que eu já tenha insistido em muita merda, sabe? Se você falar "não", eu não vou insistir. Eu acho que na real, é a única coisa que eu preciso ouvir de você agora. — Riu sem graça, abaixando as pernas e se virando na direção de Sabo, puxando uma das mãos dele entre as suas. — Esqueça aquele dia e foque agora, ok? Não pense em esquecer tudo. Pelo contrário, não esqueça, de jeito nenhum, que eu estou apaixonado por você.

Não é como se ele quisesse ouvir que Sabo também gosta dele, pelo contrário. Seu corpo inteiro quase implorava para que ele negasse de uma vez. Porque ouvir uma rejeição era o que precisava para largar de vez aquele sentimento e seguir em frente.

— Eu não sei. — Mas em resposta; outro meio termo. "Não sei". Aquelas palavras entraram pelo seu ouvido de uma maneira quase amargurada. — Eu não sei, sinceramente. Eu acho que eu gosto de você.

— Certo. Você está complicando. — O moreno coçou a nuca, cansado. — Você gosta ou não gosta, Sabo? Diga com propriedade. Eu não preciso de mais um meio termo.

— Eu fiquei muito tempo reprimindo muita coisa, Ace. E eu amo você. Tipo, muito. Numa intensidade surreal. Mas eu não sei dizer até que ponto esse sentimento é verdadeiro, e até que ponto é idealizado. Eu não sei se eu te amo por... por te amar, ou se eu te amo por ter empurrado na minha mente que não posso te amar.

Aquelas palavras saíram naturalmente, mesmo sendo uma análise que não havia passado ainda pela cabeça do loiro. De alguma forma, ele não sabia que pensava aquilo, até o momento que falou em voz alta. Dúvidas atrás de dúvidas, sua mente parecia prestes a explodir e seu coração chegou a doer.

— Então testa. — Murmurou em resposta, soltando o ar. Aquela, era a maior incerteza. Tocar Sabo parecia ser o mais perigoso.

E se doesse?

E se ele não conseguisse esquecer?

E se não gostasse?

O pensamento passou rápido pela sua cabeça. Era impossível não gostar. Era Sabo ali. A pessoa que ele mais admirava com todo seu ser.

Os dedos longos se enrolaram em seus fios negros e puxaram levemente. Era delicado, não era nada parecido com Marco. O ruivo era mais bruto, seco. O toque do loiro era mais carinhoso e sutil.

Os lábios dele eram mais macios. Aconchegantes. Beijar Sabo trazia o doce gostinho da juventude. Alguém da sua idade, cuidadoso. Alguém que prezava pelo conforto antes do prazer; era o oposto, completo e irrefutável, de Marco.

Mas ainda assim, havia uma pequena fagulha em comum com aquele homem.

Ace separou seus lábios lentamente. Sabo continuou de olhos fechados por alguns segundos, aquele momento era estranho demais para os dois.

— E então? — Perguntou baixo, o coração acelerado como se fosse explodir.

— É como beijar o Marco. — Ace murmurou, piscando devagar. — Não sinto nada.

Um silêncio constrangedor se instalou. Nenhum dos dois soube o que dizer depois daquele comentário espontâneo. Ace se arrependeu no mesmo segundo que o soltou. Era algo pra ficar em sua mente, e não para fugir pela sua língua de uma forma tão rasa.

"Não sinto nada". Repetiu, mentalmente. "Como Marco".

"Como Marco". Não, não era como Marco. Era totalmente diferente. Ele sentia.

Sentia com Marco, algo diferente do que sentia com Sabo. Mas nenhum desses sentimentos era algo como amor.

Porque infelizmente, Ace não quis beijá-los outra vez. Nenhum deles.

— Idealizado? — Sabo questionou baixo, um pouco incerto do que falar.

No fundo os dois sabiam o que aquilo significava.

— Acho que eu fiquei apegado a ideia de amar você. — Ace disse baixo, as mãos se fechando em seu colo.

Talvez seu coração não fosse tão resistente quanto pensava. E mesmo antes, mesmo antes do "vamos esquecer", mesmo antes dos remendos todos se desprenderem, seu coração já havia desistido.

Porque não é tão difícil deixar de amar alguém. O difícil, é apagar as marcas deixadas lá no fundo. E aquele sentimento tão intenso, de sorrir ao ver um sorriso, era algo que agora não passava de espontâneo.

Desde quando havia ficado tão estúpidamente dependente? Depender de um "não" para seguir em frente, ou de palavras vazias de um homem que saía ocasionalmente para se sentir menos vazio?

O que ele precisava, afinal?

Ele não sabia a resposta pra isso. Sinceramente, do fundo do seu coração, isso não passava de uma dúvida que não acharia a resposta mesmo tentando.

Mas ele ao menos tinha certeza de uma coisa: Sabo e Ace. Não precisava beijar a boca de nenhum dos dois. Não precisava transar com eles. Não precisava de absolutamente nada.

No fim do dia, Sabo era seu irmãozinho, e Marco era apenas alguém que subitamente causou certa repulsa e remorso.

— Eu gosto. — Sabo murmurou, esfregando sua nuca. — Eu gosto de você. De verdade.

O moreno pressionou os olhos, a voz travando em sua garganta e o fazendo sufocar. Não queria fazer Sabo passar pelo mesmo que passou. Mas também não queria mentir, isso era impensável, fora de cogitação.

— Eu não. — Disse baixo. — Sinto muito, Sabo. — Não soube dizer de onde tirou forças para encarar os olhos do loiro. Mas repetiu, com todas as letras, da maneira mais simples que pôde pensar: — Eu não estou apaixonado por você.

E uma frase nunca deixou seu corpo tão leve como aquela.

Como se fosse um alívio imenso. Um peso que incomodava seu corpo de maneira inconsciente, o primeiro passo que conseguiu para dar chance à si mesmo de abandonar aquela profunda dependência emocional não apenas por Sabo, mas também por Marco.

Era invisível, um laço estreito e firme, aquele sentimento que havia crescido sem que se desse conta.

Você consegue fazer suas escolhas por si mesmo? Você só está feliz perto de pessoas que ama? Você se ama de verdade?

Você precisa que alguém te diga, "você fez bem", para realmente achar que fez bem?

Se colocar em segundo plano e fazer o máximo pelos outros, apenas por medo de ser rejeitado. Ficar triste quando está sozinho.

Ace se perguntou, com o coração repentinamente pesado e uma vontade gritante de chorar: Em que parte da sua vida começou a depender dos outros para ter uma mínima satisfação consigo mesmo?

O primeiro passo para superar uma dependência emocional, era ter consciência sobre ela. E Ace nunca esteve tão consciente sobre isso quanto naquele momento.




Kid estava a ponto de explodir.

O telefone chamava e chamava, o som constante da linha chegava a perturbar seus tímpanos tamanha irritação cada vez que a ligação era recusada. Parte de si estava possessa, pensando seriamente sobre ligar para o pai do seu namorado para ver se havia algo de errado. Enquanto que a outra parte não queria, de forma alguma, levantar suspeita sobre seu único trunfo que mantinha o loiro perto de si.

Ele não era idiota. Sabia que o único sentimento de Sanji consigo era nojo e agonia. Sabia que passava longe do seu amor distorcido e possessivo.

Sabia que ele provavelmente estava o traindo agora.

Ah, como essa ideia o enojou.

O pensamento de alguém tocando em seu amado lhe deixava agoniado de uma forma quase assustadora. Quando a porta do cômodo em que estava bateu, suas sobrancelhas unidas se desfizeram em quase alívio quando enxergou o garoto de cabelos rosas parado ali.

— Katakuri, porra... ainda bem que é você. — Murmurou, respirando fundo e guardando alguns saquinhos de cocaína em uma das gavetas do seu "escritório", localizado no pub.

— Demorei pra te achar nesse fim de mundo. — O rosado resmungou, com certa impaciência.

— Você trouxe o que eu pedi? — O ruivo questionou, com um sorriso curto.

— Sabe que eu odeio me envolver nas suas merdas. — Respondeu, se limitando a entregar o pacote. — Eu já parei com isso, Kid, essa foi a última pelo respeito que eu tenho com você. Não tô afim de deixar a cidade de novo.

O ruivo revirou os olhos, sem paciência para aquele falatório que era, em sua opinião, desnecessário. Ao mesmo tempo, Katakuri continuava apreensivo pela situação e queria logo dar o fora dali. Não fez cerimônia, apenas saiu batendo a porta e suspirando pesado pelos corredores, voltando para o salão de festa onde poderia respirar normalmente sem parecer que havia uma rocha sobre seus ombros.

Diferente de uma rocha, demorou alguns segundos para raciocinar o toque sutil em seus ombros. Um palma, pequena e delicada. Quando se virou, encontrou a dona dos cabelos negros bem arrumada, maquiagem cobrindo sua face de maneira simples.

— Não pensei que te encontraria aqui! — Disse, abrindo um sorriso cortês. Mas o rosado não ignorou quando a viu olhando na direção do corredor que havia saído há pouquíssimo tempo. — Lá é restrito, não? Você trabalha aqui tipo, segundo emprego?

Umedeceu os lábios.

— Robin, vamos sair logo daqui, Allen já foi embora e... — A música sobrepunha a voz da garota que se aproximou sem pressa. Eram mais de cinco da manhã, e o lugar estava considerávelmente vazio, o que tornava quase impossível passar um conhecido despercebido.

Por mais que curiosa, Nami não demonstrou tanto interesse quanto a morena.

Talvez, por ela não ter visto o rosado sair do corredor onde, agora, Kid estava saindo também.

A presença do ruivo não era apreciada por quem passava seu tempo trabalhando lá dentro. Eles engoliam muita coisa, Robin podia dizer. Apesar de não saber os podres mais pesados, a atitude prepotente e dominante era constante, sem falar na quantidade de drogas que saía das mãos dele.

De verdade, ver o psicólogo da escola de pessoas que preza tanto em um ambiente como aquele, fazia com que uma aflição percorresse sua espinha.

No final, sendo puxada por Nami para saírem, não diminuiu seu receio. Nami arriscava dizer que era uma das primeiras vezes que via uma expressão que não esbanjasse confiança vindo daquela garota tão mentalmente estável, e não conseguiu esconder sua curiosidade.

— Por que você está assim, Robin? — Questionou, apoiando a mão sobre seu ombro e olhando em seus olhos.

— Eu só fiquei curiosa por um instante. Sobre o que ele estava fazendo lá... o psicólogo de vocês.

— Hm... bem, ele provavelmente quis curtir um pouco. — Riu. — Eu precisaria disso no lugar dele. Trabalhar ouvindo mentes conflitantes deve ser cansativo.

— Bastante. — Robin murmurou. — Lidar com a própria mente já é exaustivo. Eu seria horrível em um trabalho como o dele.

Nami arqueou as sobrancelhas, quase dizendo: É impossível você ser horrível em algo.

Mas decidiu guardar esse pensamento para si e rir outra vez.

A intensidade do olhar de Robin era quase assustadora. Seus olhos eram azuis, claros e límpidos como água. Pareciam carregar um mar de desejo, sentimentos, vida. E suas pupilas pareciam diesel. Estavam dilatando, espalhando-se pelo azul e o tomando como óleo. Uma segunda camada, espessa, que não se misturava com o azul íntegro. Não acabava com sua vida, mas ao mesmo tempo, se sobrepunha nele.

— Por que tá me olhando assim? — Robin questionou, comprimindo os lábios. Nami não sabia que estava encarando até ouvir essa pergunta.

— Porque suas pupilas estão dilatadas. — Respondeu, entretanto.

Sua mão subiu pelo pescoço dela devagar, apoiando sobre sua bochecha. O rubor levemente instável se espalhou pela pele bronzeada, fazendo a ruiva sorrir e aproximar um pouco seu rosto.

A tensão acabou quebrada quando um grupo de adolescentes trilhou no outro lado da rua. Um deles provavelmente embriagado soltando um comentário estereotipado sobre a situação claramente romântica.

Era realmente fácil desestabilizar alguém.


Notas Finais


é isso xingamentos free

me desculpem por sumir assim, prometo responder logo os comentários certinho assim que eu atualizar alpha team também

obrigada quem chegou até aqui a


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