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História Icy - Wonderful


Escrita por: bellsmm

Notas do Autor


Olá~

Faz muito tempo né gente? Pois é, essa é a vida de faculdade. É corrido, é sofrido, mas this is the life.
Antes eu até que tava tendo um mini tempo pra escrever, mas assim que entrou no final do semestre, trabalho final, provas e trabalhos do meu curso de inglês e tudo mais, foi aí que eu fiquei mais sem tempo ainda, não pude escrever mais de uma fanfic por vez.

E novidades: meu dedo já está fechado. Pra quem não sabe, eu publiquei um jornal muito louco falando do porquê eu não iria atualizar no feriado. É, foi tudo por conta de uma faca afiada, um corte acidental profundo no indicador direito - que deixou um buraco temporário no meu dedo - e sangue, mas muito sangue. Demorou pra ferida cicatrizar (ainda está nesse processo, na verdade), mas eu consigo escrever agora.

O semestre no fim. Amém.
Mas é isso.

Sorry pelos erros.

Boa leitura.

Capítulo 16 - Wonderful


Fanfic / Fanfiction Icy - Wonderful

– Baekhyun, está na hora de acordar, não acha? Você já saiu da cama faz dez minutos e tem mais dez que está aí do mesmo jeito – Chanyeol passou os dedos por entre os cabelos pretos e macios da franja do rapaz, tentando despertá-lo de forma calma e gentil, fazendo carinho na cabeça do mais velho. A verdade é que Byun já estava acordado, lavado o rosto e escovado os dentes, porém fazia birra por estar com dor de cabeça, tonteira e não querer se mexer muito, tudo resultado da ressaca massacrante. Já bastava Chanyeol ter o tirado da cama tão cedo (nove horas e meia da manhã), e Baekhyun ainda tinha que socializar? Isso era querer demais do patinador profissional.

– Minha cabeça parece um peão gigante – girou o dedo indicador e sugou o ar com cuidado, sentindo o nariz doer levemente – O tempo todo girando – o mais velho respirou fundo e fechou os olhos, a testa contra a bancada fria de granito da cozinha. Chanyeol sorriu de canto. Entregou um prato com um sanduíche de queijo quente e uma caneca cheia de café quente e forte, para que o patinador se sentisse melhor depois de beber tanto na noite anterior.

– Coma seu café da manhã primeiro e depois lhe darei um remédio para a dor de cabeça passar. Não pode tomar remédio de barriga vazia – Chanyeol empurrou o prato na direção de Baekhyun, que levantou o rosto e sonolento e fitou a comida à sua frente. Agarrou a caneca com força e começou a beber aquele líquido amargo. Sua primeira reação foi fazer careta, mas logo estava comendo e bebendo tudo confortavelmente.

Chanyeol observava o outro, sentado também. Já tinha tomado café da manhã e agora apenas esperava que Byun terminasse sua refeição, para que depois talvez pudessem decidir o que iriam fazer. Observou o mais velho, que aos poucos parecia ganhar sua consciência. Os dedos finos em volta da caneca branca com o logo de algum time de hockey famoso do Canadá, provavelmente aquela caneca deveria ter sido um presente de Sehun. Sua mente apenas voou para lugares inimagináveis, divagando e simplesmente se pegou falando:

– Eu não me lembro de tê-lo visto fumar antes daquele dia, do lado de fora do ringue. Quando começou a fumar exatamente, Baekhyun?

– Como essa conversa passou de ressaca para cigarros? – Baekhyun reclamou com uma vozinha de criança chata. Chanyeol franziu o cenho e o patinador suspirou – Tudo bem, Chanyeol, vou contar... – ele mordeu o lábio inferior e fitou o balcão – Eu comecei a fumar há três anos, quando começou tudo isso de ser o melhor na patinação artística, quando a pressão aumentou, quando o estresse duplicou. Tentei parar duas vezes antes de você me ver naquele dia, mas não tinha adiantado de nada. Nesses últimos dias eu não fumei nada, mas é difícil realmente parar, entende? Requer força de vontade e tempo, mas um dia eu quero chegar lá.

Chanyeol assentiu e levantou-se da cadeira.

– Acredito que Sehun sabe sobre isso – ele deixou o tom de questão no ar.

– Sim, foi ele quem soube antes mesmo dos meus pais. Eles souberam há mais ou menos um ano – ele empurrou o prato e a caneca de volta para Chanyeol que os pegou e levou para a pia da cozinha. Baekhyun fez careta – A abstinência é uma droga, mas tudo vai se encaixar depois. Fui eu quem decidi parar, então tenho que continuar persistindo.

Quando Baekhyun terminou de tomar café da manhã, Chanyeol o entregou o remédio para dor de cabeça acompanhado de um copo de água. Assim que tomou, entregou o copo de volta para o goleiro e mordeu o lábio inferior.

– Tem algo a fazer hoje? – sua voz estava áspera, quase como se tivesse uma lixa presa em sua garganta. Sabia que se caso se levantasse dali, iria cair direto no chão. Seu cérebro estava lhe pregando uma peça por conta de todo o vinho da noite passada, sentia-se tão eufórico quando bêbado, mas agora que o efeito havia passado, sentia-se como um carrossel que nunca para de girar, quase como se estivesse preso em um de seus saltos – Não quero o prender aqui comigo, para que fique cuidando de mim.

O mais novo terminou de lavar a pouca louça e virou-se para o patinador.

– Eu pensei que poderíamos sair para ir ao cinema, mas já que você deve estar com a cabeça horrível, então podemos ficar aqui mesmo. Mais tarde, mandaremos nossas notas de esclarecimento para Gyesun e para meu empresário também. Acho até melhor ficarmos aqui, evitar um pouco a mídia – o goleiro sorriu de canto – Passar mais tempo juntos fora do gelo. E eu não me importo em cuidar de você. Não está me prendendo aqui.

Baekhyun franziu a testa.

– Pensei que gostasse quando estamos juntos patinando no gelo – disse confuso. Chanyeol riu e apesar de não ter sido tão alto, os ouvidos sensíveis de Baekhyun, por conta da ressaca, potencializaram aquilo em vários decibéis a mais. O mais velho fez careta e soltou uma lufada de ar.

– Eu gosto, pequenininho, mas você está em condições péssimas para patinar. Dessa forma, acho que é capaz de escorregar no gelo mesmo tendo anos e anos de experiência – ele sorriu de canto – Então podemos ficar aqui, assistir alguns filmes, comer pipoca e até dormir juntos no sofá, que tal?

– Por que está dando ideias como se a casa fosse sua? Quem disse que eu deixei que ficasse aqui, assistindo filmes comigo? – Byun lançou a farpa. Chanyeol riu baixinho e assentiu.

– Claro que a casa é sua, Alteza, mas no momento não sou eu quem está com uma ressaca da porra, e mal pode pensar sem doer a cabeça – o goleiro lançou uma piscadinha sacana, fazendo Baekhyun querer gritar. A troca de alfinetadas havia apenas começado – Odeio falar, mas eu avisei para não beber tanto.

– Obrigado, mãe – debochou o mais velho. Um bocejo escapou de sua boca e ele coçou os olhos – Eu aceito a oferta. Quero dormir um pouco mais, quem sabe eu também não assista um pouco dos filmes?

– Ótimo. Vá para a sala escolher os filmes, que eu vou fazer as pipocas e levar os copos de suco – Baekhyun assentiu e saiu dali rapidinho, indo para a sala que nem separada era. Chanyeol vasculhou os armários em busca do milho de pipoca e uma panela grande o suficiente para tal. Quando encontrou, fez a pipoca e colocou dentro de uma vasilha e encheu dois copos com suco de goiaba que havia dentro da geladeira de Baekhyun. Colocou tudo numa bandeja e levou para a sala, onde Byun já estava enrolado em uma manta e deitado no sofá, todo encolhido.

– Demorou – o menor reclamou.

– Desculpe, nanico. Não estava encontrando uma panela boa para fazer as pipocas – respondeu. Baekhyun revirou os olhos com a palavra cuja fora chamado e deu espaço para Chanyeol sentar-se depois do mais alto colocar a bandeja sobre a mesa de centro.

– Já escreveu sua nota de esclarecimento, certo? – o patinador questionou. Park assentiu e jogou-se ao lado do mais velho – Que bom, por que eu também. Vamos mandar isso logo? É só você pegar meu notebook dentro do quarto, está sobre a escrivaninha. Mandaremos por e-mail mesmo, Gyesun não vê problema nisso e acho que seu empresário também não!

Chanyeol franziu o cenho.

– Sua cabeça não estava doendo? Agora está até animado – ditou. O outro deu língua.

– Já tomei o remédio, minha cabeça não está mais tão ruim assim. Agora ande! Senão eu coloco o filme logo, e escolhi a primeira trilogia de Star Wars inteirinha, e sei que é sua favorita! – Baekhyun tinha aquele sorriso sacana que Chanyeol conhecia muito bem por anos e anos de raiva ao vê-lo sorrir daquela forma irritante.

– Isso é golpe baixo, nunca vou perdoar Sehun por ter lhe contado isso.

O patinador riu.

– A vida é dos espertos, Chanyeol. Agora vá, C3PO e R2D2 não irão esperar por muito tempo! – exclamou. O capitão do time de hockey levantou correndo e foi até o quarto de Baekhyun, de onde trouxe um notebook preto de última geração. O mais velho ligou o computador e abriu um arquivo no desktop, onde mostrou uma nota de esclarecimento não muito grande, porém satisfatória, que falava nada mais do que a verdade, assim como a de Chanyeol. O jogador mandou sua nota pelo e-mail para Baekhyun, que apenas anexou os arquivos e mandou para os empresários de ambos.

Assim que terminaram, o computador foi posto de lado e puderam finalmente assistir toda a primeira trilogia de Star Wars. Baekhyun permaneceu acordado durante as duas primeiras horas, comendo pipoca e bebendo suco, mas logo depois pegou no sono todo encolhido sobre o sofá. Chanyeol continuou assistindo ao filme, mas deixou que Baekhyun ficasse mais aninhado a si. Aos poucos, o mais alto sentiu seus olhos ficarem mais e mais pesados, quase fechando.  Desligou o aparelho de DVD e a televisão, assim deixou seus olhos se fecharem e sua mente se esvair para o mais profundo sono.

Duas horas depois, Chanyeol acordou espontaneamente. O jogador notou que Baekhyun ainda dormia profundamente, agora enrolado na manta da cabeça aos pés, parecendo uma minhoca. Aquilo fez o mais novo sorrir inconscientemente. O outro era tão fofo que simplesmente lembrou-se de quando viu Byun Baekhyun pela primeira vez. Foi quando Sehun chamou o patinador para apresentá-lo como seu melhor amigo ao time dos Beasty Canons.

Baekhyun não era o patinador famoso, o príncipe do gelo, o grande Byun naquela época. Era apenas um patinador que estava se saindo bem nas competições, mas que não conseguia chegar nem perto de Kyungsoo, que já era profissional há mais anos. Byun apenas vestia roupas comuns, nada de grife ou fashion. Só o velho macacão jeans, o moletom branco por baixo e os tênis de cano alto, além de uma touca branca sobre seus fios de cabelo pretos.

Era fofo, pois o outro parecia um adolescente de catorze anos e não um homem já adulto. Mas naquele momento, Chanyeol não havia esboçado emoções em ver o outro, apenas ficou calado enquanto bebia com os companheiros de time e Baekhyun ficava no canto, junto com Sehun. É aí que entra o motivo de Oh Sehun achar que se odiavam desde o momento em que haviam colocado os olhos um no outro. Na verdade, o sentimento de aversão havia começado a partir do momento em que Baekhyun havia se tornado a nova revelação da patinação. O outro passara a ser mais rude ou até convencido, o sucesso simplesmente havia subido a cabeça de uma forma totalmente impossível de aguentar. E foi isso que Chanyeol fez, não aguentou.

Assim começava a aversão um pelo outro. Baekhyun só reclamava do quão ruim era faltar um dia de treino e ter milhões de comerciais para gravar, faltar as aulas de balé que ajudavam a ter mais graciosidade, então Chanyeol reclamava do quão chato era sair com um astro metidinho como Baekhyun. E assim o desafeto se desenvolvia, com farpas aqui e patadas ali. Por conta desta atitude infantil de ambos, acabaram por não se conhecer melhor em momento nenhum antes de começarem a patinar juntos.

– Por que está olhando tão fixamente para mim? – a voz de Baekhyun estava grave, prova de que havia acabado de acordar de um sono bom. Park piscou várias vezes e focou sua visão no outro, que já estava descoberto e o olhando de forma confusa. O jogador riu de forma aflita e balançou a cabeça.

– Hm... Só me lembrando de algumas coisas antigas. Nada demais.

Byun mordeu o lábio inferior.

– Se lembrando do que especificamente? – questionou o mais velho. O outro deu de ombros, fazendo o menor revirar os olhos – Fale logo, Chanyeol. Sou curioso e você sabe disso. Essa de dar de ombros não cola comigo.

– Você deveria tratar essa curiosidade exagerada. Agora tenho que te contar tudo o que penso? Isso é maldade.

– Fala logo – disse sério. Chanyeol suspirou.

– Estava lembrando de quando te conheci. De macacão, touca e tudo mais. Parecia um bebezinho.

Baekhyun grunhiu e encostou a cabeça no sofá de volta, voltando a ficar deitado de lado, com Chanyeol a sua frente.

– Eu adorava aquele macacão, okay? Era super confortável! Não é correto me zoar por isso!

– Não estou te zoando, pelo amor de Deus, Byun Baekhyun. Só estou falando que era fofo como se vestia antes! Era igual a uma criança fofinha, mas depois se tornou o príncipe do gelo – os dedos de Chanyeol traçavam o contorno rígido do maxilar do mais velho, e quase que inconscientemente, os de Baekhyun foram parar no pescoço do goleiro. Os dois se observaram calados por um ou dois minutos, logo depois o mais novo voltou a falar: – Sempre pareceu um príncipe, mas você acabou sendo realmente bem diferente de tudo que eu pensava.

– O que você pensava? – a voz de Byun parecia quebrada, quase inexistente.

Chanyeol sorriu de canto.

– Que você era apenas um grande amigo do Sehun, de começo. Depois se tornou o babaca convencido.

– Ainda sou um, provavelmente – o patinador completou – Sei que no fundo todos acham que eu sou.

– Depois que descobrem quem você realmente é, é difícil ficar preso à essa ideia – Chanyeol inclinou-se em direção ao outro e finalmente beijou a boca de Baekhyun, sentindo textura macia e o calor dos lábios do outro rapaz. Aqueles beijos eram bons o suficiente para fazerem ambos os rapazes sentirem como se estivessem flutuando. Era quase que mágico como todo um sentimento de desprezo havia se tornado algo tão lindo e terno. O mais novo afastou seus lábios dos de Baekhyun o suficiente para sussurrar – Depois é fácil notar o quão incrível você é, Byun Baekhyun.

 



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