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História I'd Never Forget You - L e e J e n o - - Trust -


Escrita por: HillBittencourt

Notas do Autor


Mais um~

Capítulo 4 - - Trust -


"Chan... Eles... Eles são os meninos de cinco anos atrás, estamos no laboratório. ' Ela suspirou sentido Hyunjin apertar seu ombro de leve como forma de conforto. 'Parece que eu encontrei eles... '

'De novo."

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-= Jeno P.O.V =-

Lá estava ela de novo, linda como da última vez que eu vi ela: aqueles mesmos olhos; mesmos cabelos negros encaracolados que complementavam perfeitamente a sua pele pálida e aquela pintinha que formava um coração em baixo de seu olho direito. Nada tinha mudado, mas ainda sim tudo estava muito diferente. O seu rosto me aludia a pensar que era ela, mas toda vez que ela abria a boca parecia que era para nos afastar mais e mais. Parecia que ela me queria longe, e de certo modo, vendo aquele menino ao seu lado, segurando ela, como eu teria sonhado varias noites antes, fez com que algumas peças entrassem em seus lugares.

'Parece que eu já fui trocado.' Pensei amargamente, deixado um suspiro cair de meus lábios sem eu mesmo perceber.

Senti uma mão me dando um leve tapinha nas costas e automaticamente deixei outro suspiro sair, desta vez, levando junto de si um pouco da frustração que ia se construindo em meu corpo. Olhei para o dono da mão, Taeyong, e levantei levemente o canto dos meus lábios, para mostrar que estava tudo bem.

O tal de "Chan" soltou um barulho de afirmação, se virando para SunHee e depois para nós de novo.

"Acredito que ela não explicou muito, estou certo?" Ele deu um leve risinho, parecia meio infantil mesmo que visualmente era claramente o mais velho dos seis. Como resposta ele recebeu um balanço de cabeça negativo de Taeyong. Taeyong não foi necessariamente escolhido como o líder ou algo do tipo, mas como uma aceitação unanime é considerado como um, ou melhor, quase que uma mãe.

"Bom,' Ele estalou os dedos enquanto falava. 'Antes de tudo, prazer, meu nome é Byun Chan. Como dá para ver pelo nome, sou o primeiro irmão mais velho de SunHee, sendo o segundo, Jisung." Ele disse gesticulando ao menino loiro.

Ele continuou. "Esta aqui é Yuki, o principal motivo de estarmos aqui. E aqueles são Hyorin e Hyunjin respectivamente. Somos como um time, uma equipe. ' Ele apontou para os mencionados. Então o nome dele era Hyunjin. Bufei de leve, o que foi notado por qualquer um que tivesse uma boa audição. Chan aparentemente decidiu ignorar. 'Se o que SunHee me contou é correto, vocês nunca saíram ou se isso aconteceu, foi quando foram muito novos, certo?"

Fizemos que sim com a cabeça.

"O mundo lá fora é bem diferente do que devem ver aqui ou imaginar. Na verdade a parte de que os seres humanos são idiotas e acham que podem nos usar como experimentos é igual. Lá fora somos caçados, então temos colônias em dimensões diferentes graças á dotados como a Yuki. ' Ele deu um tapinha no ombro da menina deixando um sorriso sair junto. 'Sei que é muito para entender, mas pedimos que venha com a gente, não queremos nada mais do que ajudar, apesar de não parecer. Vocês tem todos os direitos e motivos para não acreditar no que estou dizendo, mas apenas peço que confiem em mim." Ele terminou, desta vez com um pequeno sorriso em nossa direção.

Taeyong levantou uma sobrancelha, mas não falou nada, optando por olhar para nós, perguntando com os olhos o que achávamos ser melhor. Depois de passar quase que a vida inteira um com os outros e a maior parte dela sendo por trás das grossas camadas de vidro que nos impedia de ouvir os outros, fez com que conseguíssemos saber o que o outro pensava só com um olhar no seu comportamento corporal.

Kun foi o primeiro a se pronunciar, o que era de certo modo raro, ele nunca foi muito de falar, principalmente em frente de outras pessoas.

"E se tudo que está nos dizendo é mentira? E se são pessoas normais e não quem diz ser? Pelo o que sabemos apenas SunHee é uma dotada aqui. E mesmo se for verdade, claramente são mais experientes que qualquer um entre nós, e se no final nos venderem como uma mercadoria ou nos tratar como escravos ou algo do tipo?" Kun suspirou cruzando os braços.

Chan parecia surpreso pelas perguntas de Kun, o que era de certo modo curioso: então seria tudo o que Kun falou verdade?

"Bom, quanto à parte de vendermos vocês ou transformá-los em escravos, é uma coisa que terão de descobrir sozinhos já que minha palavra não é o bastante. ' Ele deu uma leve gargalhada, mesmo que todas as outras pessoas estavam serias. Ele certamente era alguém curioso, me pergunto como ele era relacionado à SunHee se eram tão diferentes. Pelo menos não a SunHee de agora. ' Já quanto a parte de sermos dotados, acredito que não há melhor forma de mostra-los o contrário do que pelos nosso poderes, certo? Eu começo. Menos luz, por favor." Ele se dirigiu a SunHee enquanto arregaçava as mangas.

SunHee fez que sim com a cabeça e colocou um de seus braços em direção a uma das lâmpadas do local, se concentrando nela com o olhar e lentamente fechando a sua mão, fazendo com que a lâmpada se contorcesse e quebrasse. Ela repetiu isso nas outras lâmpadas do local até que metade da sala estivesse sobre a escuridão, convenientemente, a nossa parte, fazendo com que a única luz que nos iluminava era a da outra metade da sala a qual eles se encontravam. Ela realmente estava diferente.

Chan então se agachou e colocou uma das mãos no chão, olhando para cima. "Permitem-me?" Ao receber a afirmação que precisava, uma manha preta saiu de sua mão e foi em direção a nós, ou mais precisamente, à sombra de um dos nossos: ChenLe. Ele entrou em pânico, mas assim que aquela mancha negra chegou a sua sombra ele parou de se mexer.

"O que você esta fazendo?!" Taeyong começou a ir em direção a ChenLe, apenas para parar em seu lugar também, outra linha preta conectava a outra mão de Chan com a sombra dele.

"Calma. Eu não vou machucar vocês. ' Chan revirou os olhos. ' Vocês nem me deram tempo pra poder mostrar o que eu posso fazer." Ele deu mais uma de suas risadinhas.

Então, um som de surpresa pode se ouvir de ChenLe enquanto o mesmo dava alguns rodopios no lugar, parando apenas para Taeyong fazer o mesmo desta vez. Chan riu da cena, e mesmo que sem querer, fizemos o mesmo, apenas de maneira mais discreta. Ele então tirou as mãos do chão e se levantou, fazendo assim com que ChenLe e Taeyong voltassem a ter controle de seu corpo.

"Desculpe, não pude me conter. ' Chan sorriu. ' Meu poder é controle de pessoas pelas suas sombras. Normalmente eu consigo usa-lo na maioria das pessoas, entretanto, tem algumas que são mais difíceis já que conseguem bloquear o mesmo. Se eu me forçar um pouco posso até mesmo fazer a pessoa usar seu poder a meu favor." Ele terminou, colocando suas mangas de volta aos seus lugares.

Jisung então colocou Yuki no chão e fez uma reverencia de leve, não pude disser se era uma forma de deboche ou não.

"Meu nome é Byun Jisung, como dito antes. O meu poder é simples mesmo que eu odeie admitir. ' Ele riu também. Com um rápido gesto de sua mão, ele puxou um dos carrinhos de metal que estavam no laboratório. Assim que o mesmo bateu de leve em seu pé, ele jogou o que estava em cima no chão e entre os barulhos de plástico batendo no chão e vidro se estilhaçando com mais um gesto de sua mão ele levantou o carrinho e começou a contorcer ele, usando as suas duas mãos desta vez. Após alguns segundos aquele carrinho de metal fora reduzido em uma bola de metal maciça. 'Eu consigo controlar metais e moldar eles para a forma que eu desejo. Se tiver uma terra cheia de nutrientes perto como metais em formas minúsculas ou apenas suas moléculas, é possível criar algo daquilo também. Simples, mas eficiente."

A bola maciça então caiu ao chão com um barulho alto, me fazendo levantar as mãos à orelha como um instinto. Assim que o som se dissipou, deixei minhas mãos caírem para meus lados de novo. Jisung voltou ao seu lugar ao lado de Chan, batendo com seu ombro no de Hyorin, fazendo com a cabeça para que ela fosse a frente desta vez.

"Sem me prolongar muito, meu poder é controlar gases, criá-los e me transformar em gás. ' Ela abriu sua palma, fazendo com que uma nuvem de cor mostarda saísse levemente e caísse em direção ao chão. ' Sendo assim, posso sufocar pessoas, corroer suas peles até chegar aos ossos e entrar em qualquer buraco ou fresta que eu quiser." Ela terminou com um sorriso frio que mesmo que eu detestasse admitir, me deu um calafrio.

Agora, pela ordem, era a vez de Hyunjin. Eu já não gostava dele. Ele me fazia sentir ciúme e conseguia me afetar sem nem mesmo tentar, e como eu odiava isso. Talvez fosse infantil da minha parte agir de tal maneira apenas pela aparente relação próxima que ele tinha com SunHee, mas ainda assim, era impossível não sentir raiva em cada célula do meu ser ao ver como ele depositava um beijo na cabeça de SunHee e dava um passo à frente, ou como SunHee parecia saber exatamente o que eu estava sentindo apenas por olhar em meus olhos e não dizer nada ou fazer nada. Aquilo estava me deixando louco e ela sabia disso tudo, não era como se não coseguisse me ler.

Hyunjin deu um passo à frente e com também um movimento de sua mão, pegou uma parte da escuridão que se encontrava atrás de nós e concentrou-a em suas mãos. "Eu consigo controlar a escuridão, materializa-la ou com Hyorin, me transformar nela, além de algumas outras coisas que são possíveis também." Ele terminou, simples, pegando a bola preta e apertando em sua mão fazendo a mesma desaparecer.

 

 

"Precisam de mais alguma coisa para poderem vir conosco?" Chan perguntou levantando uma sobrancelha no processo.

 

 

Taeyong deu uma última olhada para nós e fez que não com a cabeça, recebendo um sorriso de Chan enquanto ele e os outros colocavam suas mascaras uma vez mais. SunHee hesitou entretanto, olhando para mim. Olhei-a de volta. Era evidente que havia muitos sentimentos juntos e que a cada segundo a atmosfera ia ficando mais sufocante que antes. Seus olhos pareciam me querer falar tanto, mas sua boca ficava naquela linha reta, mostrando que nada sairia de si.

 

 

Foi então que deixei os pensamentos tomarem conta de minha cabeça: teria ela simplesmente decido esquecer todos os cinco anos que passamos juntos? Com certeza, éramos crianças na época, não sabíamos ao menos o que amor significava, mas isso não mudava o quão genuíno tudo era, certo? 

 

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Era uma quarta-feira.

"Como de costume vocês tem meia hora e nada a mais. Sem confusão ou já sabem o que acontecerá com cada um de vocês. Um faz, todos pagam." O guarda disse enquanto fechava a porta da sala de convivência. Era sempre assim, toda quarta-feira éramos levados para outro andar e para dentro da mesma redoma de vidro, ficávamos 30 minutos para podermos "socializar" e depois o nosso destino era os cubículos de vidro mais uma vez.

Mesmo que o fato de sermos tratados como animais era o bastante para fazer meu sangue borbulhar, aqueles eram os dias que eu mais esperava toda a semana. Além de que eram esses os dias que eu podia sentar com os outros de minha idade, também eram os dias os quais eu poderia finalmente vê-la, toca-la, abraça-la e conversar com a menina dos cabelos negros, a mesma que conseguia me transformar em geleia apenas com um de seus sorrisos. Ela conseguiu meu coração e havia prometido o seu em troca.

"Jeno!" SunHee veio correndo até mim, seu pequeno corpo se atirando em minha direção, enquanto seu braços passavam pelo meu pescoço, colocando seu rosto em meu peito enquanto ela sorria. Também sorri e abracei ela de volta, colocando meu rosto em seus cabelos que mesmo estando confinada ali, conseguia deixa-los cheirosos e lindos.

" Senti sua falta." Ela sussurrou.

"Só se passaram sete dias. ' Revirei meus olhos de maneira brincalhona, mas ri de qualquer maneira. ' Mas também senti sua falta. E muito."

Ela deu uma daquelas suas risadinhas que faziam seus olhos formarem semicírculos e timidamente me deu um beijo no canto dos meus lábios enquanto suas bochechas ganhavam uma cor avermelhada. Também ri tímido, mesmo que não admitisse, qualquer coisa que ela fazia já era o bastante para me fazer sorrir o dia todo.

"Eu te amo." Ela disse baixinho.

"Eu também te amo."

Era uma quinta-feira.

Não pude ouvir muito bem o que estava sendo dito entre os cientistas, mas não era algo bom pelos seus sorrisos. O meu pensamento fora confirmado quando se dirigiram à cela de SunHee. Meu coração se contorceu em meu peito, eles tinham feito experimentos na menina mais recentemente que antes, normalmente era um experimento por semana em cada pessoa. Aquele já era o décimo e a semana nem havia terminado ainda.

SunHee estava encolhida no canto de sua cela, como todas as outras vezes que eles haviam visitado ela para realizar mais testes. Os homens pareciam estar com pressa desta vez já que nem ao menos fizeram sua conversa fiada como das outras vezes, apenas agarraram ela pelos braços e carregaram ela para a sala de teste. Ela gritava, se contorcia e fazia de tudo para conseguir sair, mas cada vez que se movia mais o aperto dos homens nos seus braços ficava mais forte, um efeito areia movediça.

Fechei os olhos, incapaz de ver a cena, só de pensar o que fariam com ela naquela sala de teste já era o bastante para fazer os meus olhos encherem de lagrimas. Levei-me para um dos cantos de minha própria cela e me escorreguei pela parece até chegar ao chão, levando as mãos para os meus ouvidos pela milésima vez aquela semana.

"Por favor, a deixem ir... Parem com isso." Eu sussurrei para ninguém em particular, provavelmente para mim mesmo.

Então ouviu alguma coisa batendo contra a parede com um baque seco e o barulho de seus gritos parando. Levantei minha cabeça tão rapidamente que senti meu pescoço estalando. Lá estava ela, parecendo um coelhinho assustado enquanto ela e o resto do laboratório olhavam para o corpo de um dos homens que carregavam ela, agora no chão com sangue saindo lentamente do seu corpo. Ela começou a chorar, seu lábio inferior tremendo com cada soluço que ela emitia.

"P-por favor, n-não me machuquem foi sem querer...! D-desculpa!" Seus soluços ficaram cada vez mais fortes, fazendo seu corpo todo tremer desta vez.

Um dos cientistas ainda boquiaberto gesticulou para os guardas. "Levem ela daqui. Agora!"

Os olhos de SunHee se arregalaram ainda mais, enquanto os guardas desta vez levavam ela para o elevador, seus gritos mais altos que antes. E desta vez os meus também, me lancei contra as portas de vidro, tentando de maneira fútil sair dali para ir atrás da menina doce que havia conquistado o meu coração, mas todo aquele esforço morreu assim que as portas do elevador se fecharam.

Era uma terça-feira e ela não tinha voltado ainda.


Notas Finais


O Chan, Jisung e Hyujin usados são do Stray Kids. Os sobrenomes do Chan e do Jisung foram mudados para que a estória fizesse sentido.


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