História If we were together... (Sonadow) - Uma Nova Aliada

A porta abriu-se sem barulho e revelou uma figura azulada saindo em meio ao vazio do corredor atrás de si. Em em um movimento rápido e silencioso, ele fechou a porta e acenou com a cabeça para um dos guardas que cobria a entrada. Analisando o ambiente, avistou sua antiga amiga em pé, em frente à uma longa mesa de madeira escura, com um mapa esticado de ponta a ponta, cujas linhas representava sem muita precisão o reino e todos seus vizinhos. Ela conversava com um guarda do outro lado da mesa, com o semblante sério.

- Blaze… quanto tempo… - Sonic disse numa mistura de felicidade e curiosidade pelo motivo pela qual a bárbara estava ali.

- Vossa majestade. - e fez um rápido sinal de respeito. - Há assuntos importantes a tratar contigo.

- Importantes? - indagou o azulado, observando a postura preocupada da felina, coisa que não era muito comum se ver entre os Tigres Brancos.

- Do tipo que poderia salvar milhares de vidas.

- Certo. Deixe-nos. - ordenou, fazendo um gesto para que os guerreiros se retirassem.

Sonic, então, aproximou-se da mesa e apoiou-se utilizando seus braços. Não utilizava nem um tipo de proteção além de sua espada. Algo bem diferente de sua visita. Blaze usava uma blusa de couro brilhante e calças de pele de urso. Em suas costas, carregava um enorme machado que aparentava ter sido bastante utilizado em combate. Na cintura, uma espada com o símbolo da tribo em que liderava no punhal descansava dentro de sua bainha. Por fim, carregava também uma faca na lateral de sua bota de couro, que só foi perceptível graças a incrível habilidade analítica do ouriço. Nada fora do comum, já que os bárbaros eram conhecidos por carregar vários tipos de armas diferentes, graças a cultura da guerra que era passada de gerações a gerações.

- Vossa majestade tens noção da antiga aliança entre o reino de Mephiles e minha tribo, certo? - Blaze iniciou, recebendo um “sim” com a cabeça do outro como resposta. - Bem, há muito tempo, Mephiles não nos convocava para algo. Tanto é este tempo que até pareceu que ele havia desistido da proposta feita pelo meu pai antes de seu falecimento. Mas, curiosamente, ele nos chamou numa carta bem peculiar. - e arrancou um pedaço de um pergaminho enrolado do bolso, entregando para a figura azulada. - Chegou dias antes de seu casamento. Ele dizia que teve visões de que seu plano de junção entre o teu e o seu reino iria falhar e que uma guerra sangrenta estava próxima. Só de ler esta parte, já duvidei de tal conspiração. Mas, o mais intrigante mesmo é o final. - e apontou para o encerramento do manuscrito nas mãos do rei.

“Devemos nos unir rapidamente. Dizimar o povo daquele reino será necessário. Nenhuma testemunha será poupada.”

- Testemunha? - questionou o ouriço, relendo novamente o trecho.

- Sim. Como deves saber, ele é um mestre em magia negra. É assim que teve aquelas visões. - e fez uma pausa repentina para respirar profundamente. - Ele não me contara, mas eu já sabia desde o princípio. Já lidei com várias outras bruxas e posso concluir que ele é o pior.

- Onde quer chegar? - os olhos do azulado descolaram-se do pergaminho e encararam a gata.

- Meus informantes contaram sobre seu casamento e foi assim que minha ficha caiu. Ele quer dizimar seu povo para que nenhum outro saiba sobre o envolvimento com misticismo. Uma guerra desnecessária e totalmente egoísta. Sabendo disso, viajei até ti o mais rápido que podia, pois tinha conhecimento do poder destrutivo daquele rei egoísta.

- E quanto a sua aliança? Vai abandoná-la sem mais nem menos?

- Não me importo com ela. Se for para eu trabalhar com quem quer derramar sangue inocente, prefiro ajudar seu inimigo. Somos bárbaros, mas nos importamos com os outros também.

Sonic sabia que deveria aceitar. Mephiles era poderoso até demais e a ajuda dos Tigres Brancos faria a total diferença na guerra desigual. O problema era a confiança. Ele não conseguia confiar em quase ninguém, ainda mais nela, que havia se apresentado como antiga aliada do inimigo. Era difícil, mas o azulado sabia que a guerra estava próxima e o tempo era algo precioso demais para ser desperdiçado. No entanto, iria pedir para que ela e sua tribo se hospedassem em seu castelo, numa ala onde a quantidade de guardas fosse redobrada, podendo assim, aumentar as chances de perceber uma traição.

- Certo. Aceito sua ajuda. - e apertou a mão estendida da nova aliada.

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- E então? Como foi? - Shadow perguntou, assim que percebeu a chegada do outro ouriço.

- Ganhamos uma nova aliada. - Sonic comentou enquanto observava o negro. Ele estava acima da cama, deitado com os braços atrás da cabeça e encarando incessantemente o teto, como se ali passasse uma peça de teatro, só que em sua mente. - Ela possui informações valiosas que fariam diferença em combate.

- Mas mesmo assim não confia nela. - Shadow deu uma risada curta. - Percebi a quantidade de guardas rondando os dormitórios dos visitantes.

- É um pouco difícil depois de todo o ocorrido. - admitiu o azulado.

Então, um silêncio iniciou-se. Nenhum dos dois dizia nada. Ambos pensavam nos dias seguintes, na guerra por vir e no futuro incerto entre a relação deles. Mesmo que saíssem vivos de toda a confusão, seria difícil Sonic admitir sua sexualidade para um povo que poderia queimar o castelo inteiro em um ato de ódio. Poderiam continuar com o relacionamento secreto e nunca se casarem. Parecia bastante viável, contudo não era o que o azulado desejava. Ele queria casar-se e ter filhos com o ouriço que salvara sua vida. Mesmo que o casório fosse escondido, Shadow teria de se esconder o tempo todo dos olhares suspeitos do povo. E não era tal vida que Sonic queria para seu amado. O jeito era esperar acabar o caos para então tomarem uma medida juntos, afinal, nem a certeza de que sobreviveriam eles possuíam.

- Bom, eu estou com fome. Vou “caçar” algo na cozinha para comer. - o ouriço negro cortou o silêncio e levantou-se da cama. Quando estava prestes a retirar-se do quarto, Sonic o parou, abraçando-o pelas costas, mais uma vez.

- Espere, Shadow. - foi a única coisa que disse.

De forma lenta e delicada, o azulado deslizou suas mãos pelo abdômen do maior até uma parte peculiar que fez o outro se arrepiar ao sentir o toque.

- O que pensa que está fazendo? - o ouriço indagou, tentando afastar as mãos do outro.

- Eu não esqueci da nossa aposta. - Sonic respondeu em um cochicho perto de sua orelha, arrancando mais um arrepio do outro. Sem mais permissões, ele começou a masturbar o membro alheio.

- S-Sonic… - Shadow tentou chamar a atenção do outro, entretanto o chamado mais soou como gemidos do que como qualquer outra coisa, o que fez com que o azulado continuasse ainda mais rápido com os movimentos.

Quando o membro já estava pulsante, o azulado jogou o amado na cama e começou a dar pequenos beijos na parte superior. Shadow sentia sensações de prazer o suficiente para aproveitar o momento, todavia não gostava da ideia de ficar submisso ao outro. Foi então que a surpresa veio. Rapidamente, Sonic introduziu o órgão na boca e começou a movimentar de cima a baixo repetidas vezes, fazendo o outro quase delirar.

- P-pare… e-eu v-vou… - o negro tentou avisar assim que começou a sentir seu ápice chegando. Com a desobediência do azulado, ele acabou desfazendo-se dentro das boca alheia.

Olhando com malícia, Sonic engoliu todo o gozo com satisfação e ainda lambeu seus lábios como se queria mais. O negro sentiu uma mistura de medo e ansiedade pelo qual estava por vir. Cautelosamente, o outro retirou o cinto que carregava sua afiada espada que utilizara para ganhar na aposta do negro. Então, agarrou a perna esquerda do outro ouriço e a colocou sob seu ombro, ficando assim, mais próximo ao quadril do negro.

- Idiota… - Shadow resmungou logo ao perceber a intenção do parceiro. Como resposta, apenas recebeu um sorriso e uma dor surpresa e intensa em sua entrada.

Sonic não queria saber de esperar. Logo após a penetração, tratou logo de começar a estocá-lo. O negro, por sua vez, enterrou sua cabeça no travesseiro ao lado e abafou grande parte dos gemidos tanto de dor como de prazer. Subitamente, o azulado passou a mão sob seu rosto e foi em direção ao seu queixo. Puxando-o para o lado pôde ver a expressão de Shadow. Era bastante confusa, já que parecia que estava gostando, como, ao mesmo tempo, não estava. Foi então que selou seus lábios nos dele, cessando qualquer barulho, seja gemido ou resmungo, do outro. Um beijo longo, feroz e quente, repleto de desejo.

No entanto, o momento final logo veio. Sonic separou-se do beijo e, com um último gemido, desfez-se dentro do companheiro. Porém, não cessou os movimentos e esperou por mais alguns instantes até o outro chegar ao ápice também. Com isso, retirou-se de dentro do outro e jogou a perna de cima de seu ombro para o lado e, com um longo suspiro aliviado, jogou-se por cima do peito do negro, que suava sem parar.

- Viu? Não foi tão ruim. - comentou Sonic com a respiração ainda ofegante.

- Você me paga. - reclamou o outro, revirando o olhar.

- Ainda assim… eu te amo, seu resmungão.

Shadow fechou os olhos e sorriu de canto, como resposta. Foi com esta última imagem que Sonic adormeceu, juntamente com seu amado.

To be continued...