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História Ilegítimos - Quero muito fingir que nunca fomos nada


Escrita por: GegeXianle

Notas do Autor


Oi, pessoas.

Ontem fiquei a maior parte do dia sem internet, de modo que não deu para postar nada, ou responder comentários.
Hoje vou postar e vou me organizar devagarinho...

Boa leitura. ^^"

Capítulo 51 - Quero muito fingir que nunca fomos nada


Fanfic / Fanfiction Ilegítimos - Quero muito fingir que nunca fomos nada

Capítulo 51

 

Eu parecia um morto vivo.

Mas, fui para a escola mesmo assim, sabendo que ia dar merda.

Tomei um banho rápido no apê de Noa para acabar de despertar, comi antes de sair salada de grão de bico.

E claro, vesti minhas roupas.

Eu sabia que ia dar merda primeiramente porque estava sem uniforme, eu tinha a mochila comigo, mas nenhum material escolar.

Minha escola era muito rigorosa quanto ao uso do uniforme. No portão dela já encontrei meu primeiro obstáculo, a inspetora não queria me deixar passar.

Era meia volta para casa.

O último lugar do mundo para onde eu queria ir.

Não porque poderia encontrar alguém, minha mãe e Hidan já deviam ter saído para trabalhar, ou estavam quase de saída.

A ideia de voltar para aquela casa me deprimia.

Não era mais o meu lugar.

Por isso mesmo insisti que queria entrar, inventei algum acidente com meu uniforme que tinha ido parar na tinturaria, mas não me safei de ter uma conversa com a orientadora da escola.

Meu comportamento e desatenção não tinham passado despercebidos e descobri que naquela manhã minha mãe ligara para escola.

Com certeza porque eu tinha desobedecido, passado a noite fora, mentido sobre o nome do meu namorado e sabe-se lá o que mais Hidan poderia ter contato para ela, ou as próprias conclusões que Rizel poderia ter tirado.

Ao menos, consegui assistir às aulas sem poder tomar nota de nada.

Ia ser uma longa sexta-feira, disso eu não tinha a menor dúvida.

 

                                                                ☆~☆~☆~☆~☆~☆~☆~

 

Eu estava considerando comer algo pela rua e ir direto para meu trabalho no Armazém Cheng.

Saí da sala após o término das aulas conversando com um colega que tinha partilhado comigo os livros naquele dia, tinha deixado comigo também as anotações para que eu pudesse copiar para meu caderno.

Não lembro sobre que assunto banal falávamos, isso porque tudo ficou em branco na minha mente quando passamos portão à fora e me deparei com Hidan encostado no carro da minha mãe estacionado rente a calçada.

__Está tudo bem, Demian?__ Meu colega perguntou, assim que encarei Hidan sombriamente calado.

__Não... Não tem nada.__ Retruquei.__ É só o meu padrasto.

__Então, 'ta... Não tem pressa com as anotações, Demian.

__Segunda-feira te entrego, Glen... Muito obrigado.

Nos despedimos e apenas restou Hidan e eu.

__Entra no carro, Demian.

A voz de Hidan soou seca como nunca, somente o tom de voz já era uma ofensa entrelinhas.

__Acho que prefiro pegar o ônibus.__ Arrisquei.

__Não estou dando opção.__ Ele rosnou, abrindo a porta do carro.

A Inspetora que tinha me barrado mais cedo devia estar observando a situação do portão, outros alunos deixavam a escola.

Não era uma boa fazer uma cena daquelas.

Entrei no carro e escorreguei para o assento do carona, puxei nervosamente o cinto de segurança e Hidan também entrou batendo a porta do Audi, dando a partida.

No entanto, o carro não se moveu e Hidan olhava pra frente, apertando o volante com as duas mãos e seu rosto se contraía involuntariamente.

__Eu te peço para não fazer mais bobagens, Demian... E você se mete com alguém como Noa. Posso saber que porra de afronta é essa agora?

__Não é afronta, Hidan... Eu decidi que não vou ficar quieto e sozinho, esperando que você tenha tempo para me dar alguma atenção.

__E de todas as pessoas que você podia ter escolhido para matar o tempo, tinha que ser o Noa? Meu vizinho porra-louca que se considera um escritor porque publica num jornaleco local? Tenha a santa paciência, Demian!

Não consegui fitar Hidan, suas palavras soavam agressivas, corrosivas também. Senti-me magoar no mesmo segundo.

__O que você queria, Hidan? Que você e Rizel saíssem para ir ao cinema, quem sabe dar uma transadinha no seu apê e eu ficasse sozinho em casa... Remoendo tudo isso?

Voltei a ficar tão triste, funguei baixo e meus olhos se encheram de lágrimas.

__Admita... Admita que você não pode ser a pessoa que eu preciso, Hidan.

__E você espera que o Noa seja essa pessoa?__ O tom de Hidan era injuriado.__ Não fico aborrecido por você querer se envolver com outra pessoa, visto que estou comprometido com sua mãe... Mas, o Noa é um desajustado. Não se deixe enganar pela carinha bonita de universitário que ele tem.

__Eu deixei me enganar por você, Hidan...__ Eu repliquei, limpando as lágrimas, eu podia sentir o gosto salgado delas em minha boca.

__Quando foi que eu te enganei? Eu nunca disse que largaria sua mãe para ser seu namorado, Demian.

Somente então Hidan saiu com o carro, arrancou brusco e irrompeu a rua, quase fechando outro veículo.

Ouvi buzinas soarem, a agitação em torno ficando para trás.

__Evidente que eu te gosto, por isso disse que iria te proteger... Mas, as expectativas foram criadas apenas por você.

__Isso não existe, Hidan! Não pode escolher a pessoa com quem vou me envolver, nem ameaçar Noa como fez ontem...

Meus olhos ardiam, meu rosto doía porque eu lutava contra a vontade de chorar. Funguei com ímpeto, esfregando as costas da mão sobre os olhos.

Sofrendo inegavelmente com as palavras que insistiam em sair da minha boca.

__Lembra da primeira vez em que me levou ao La Rose?...__ Mudei o tom da conversa depois de respirar fundo.__ Você me perguntou e me recordo perfeitamente das palavras: "Quer voltar atrás e fingir que nunca fomos nada?"

Hidan me olhou de lado por dois segundos, seu cabelo extremamente claro esvoaçava pelo vento que entrava pela janela soerguida do carro.

Seus olhos azul-pálidos drenavam parte do meu intento.

Tive que encarar a mochila em meu colo para não dar pra trás, até a sensação do cinto de segurança passando por meu corpo era asfixiante.

Minha resposta era uma faca de dois gumes, também me fazendo sangrar.

__Eu quero... Quero muito fingir que nunca fomos nada.

 

 


Notas Finais


Estamos por um fio de terminar a primeira parte dessa estória.

Obrigada por continuarem lendo!


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