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História I'll hold your hand II - É claro que me lembro


Escrita por: LeeDidi

Notas do Autor


Oláaar tenham uma boa leitura

Capítulo 17 - É claro que me lembro


 

Oito dias depois, JiMin pôde ir pra casa, ela já tinha passado pelos banhos de luz e já estava com o peso ideal, até um pouco mais. Tinha olhos grandes e amendoados, um nariz redondinho e lábios com o mesmo desenho dos de BaekHyun. Os fios negros e espetados cobriam toda sua cabeça. 

[…]


–Tae, pelo amor de Kami, é quase meia noite! Eu vou fazer uma prova amanhã cedo! Caramba!– DongHae reclamava de um lado e a pequena esguelava do outro. Aquele choro já durava cerca de uma hora e JiMin já puxava o ar com força entre os gritos.
–SE EU SOUBESSE O QUE ELA TEM, JÁ TERIA FEITO COM QUE PARASSE!–
–Então descobre, porra!–
TaeJoon balançava a pequena insistentemente, nada do que fazia parecia funcionar.
Ela não estava suja, não tinha fome, não tinha sono. O moreno começara a se desesperar e passou a chorar junto.

Então Taemin entrou no quarto com uma fralda de pano sob o ombro e algo na mão.
–Umma, socorro. Eu não sei o que fazer.. Ela não para de chorar!– Choramingou entre lágrimas e soluços.
–Ela deve estar com cólica.– O ruivo falou sonolento.
–Como faz isso parar?!–
–Não faz, meu amor. Tem que esperar passar.– O moreninho choramingou em resposta. –Me dá ela aqui.– TaeMin estendeu os braços e pegou JiMin no colo, afagando-lhe as costas. 
–Toma, pode ficar.– TaeJoon se sentou no chão do quarto e encostou as costas na parede, queria se atirar da janela.

O mais velho deitou a recém nascida na cama e se sentou ao lado do corpo pequenino, acariciando-lhe as costas.
–Shhhh….tá doendo a barriguinha, Jiminnie? Vai passar…– Alguns minutos depois a pequena foi se acalmando. Seria algum tipo de milagre?
–Como você fez isso?– O moreninho secou as lágrimas.
–Eu tive gêmeos, TaeJoon. Quando seu irmão finalmente dormia, você começava a chorar e vice-versa. Isso aqui foi fácil. Toma, vou te dar um presente mágico, chama chupeta.–


[…]


~7 meses depois.

Finalmente! Finalmente a pequena caíra no sono, ou se rendera à exaustão, depois de duas horas inteiras de gritos incessantes, mais conhecidos como choro.
TaeJoon caminhava lentamente até o sofá, arrastava os pés e segurava as costas, que a essa altura doíam como se fossem se partir, doíam como deveriam doer depois de duas horas acalentando o corpo pequenino, cujo pulmão brutalmente usado para gritar, estivesse sendo violentado por alguém sem coração. 

Deitou-se no sofá, ou melhor, jogou-se no sofá, suspirando longamente ao fechar os olhos fundos que pareciam descansar nas marcas escuras de insônia. 
E quando pensou que descansaria um pouco enquanto sozinho na casa finalmente silenciosa, a porta foi destrancada e aberta por um DongHae eufórico e radiante, que pulava e gritava transbordando alegria. 
–PASSEI! PASSEI!–
–Não! Por favor, ela acabou de..– Dormir. Era o que ele ia dizer antes de ouvir o choro outra vez. Não aguentava mais ouvir aqueles gritos, estava exausto.–Meus parabéns, DongHae. Eu acabei de fazê-la dormir.– Hesitou levantar-se antes de ser cortado pelo irmão. 
–Fica aí, eu resolvo.– O irmão se aproximou do sofá e deixou um beijo na testa do que choramingava largado de qualquer jeito no móvel.

Em seguida foi até o quarto da sobrinha, abrindo a porta lentamente e o som antes abafado dentro do cômodo, ecoou para fora. 
A pequenina estava no berço, gritava com tanta força que chegava a perder o fôlego. DongHae se aproximou da pequena que tanto amava, era seu pequeno mimo.
Pegou-a nos braços e passou a andar com ela pelo quarto, permitindo que uma voz suave lhe deixasse os lábios. 
–Oi, minha princesa, o tio te acordou? Desculpe, eu estou muito feliz por ter entrado no exército e acabei me empolgando. Se tudo der certo, terei de morar longe por algum tempo…vou sentir muitas saudades de você, mas eu prometo que venho te visitar sempre que puder e ainda trago um presente, ta bem?–

DongHae falava aquilo já sonhando e sua serenidade fora acalmando a pequena aos poucos, esta o olhava atenta, mesmo que talvez não entendesse nada do que ele falava com brilho nos olhos. Aquela voz soava tão interessante que acabara por tomar sua atenção, fazendo-a se esquecer do choro. 
–Imagino que ainda esteja com sono, hm? Seria bom se eu contasse uma história pra você dormir?–


~

TaeJoon não sabia se ficava irritado ou aliviado. Por que todos conseguiam acalmar JiMin tão rapidamente e ele não? Seria ele o problema? Iria até o quarto dar uma olhada no que o irmão estava fazendo, talvez descobrisse o segredo para aquilo parecer tão fácil para os outros e um inferno para ele. 

Aproximou-se da brecha da porta e pôde ouvir a voz de DongHae. Empurrou-a um pouco e parou ali mesmo para prestar atenção no que o irmão dizia. Donggie estava de costas para ele, então não pôde vê-lo. 
–…E aí, seu umma subiu na árvore, mas não conseguia descer, e então ele ficou gritando lá de cima para que eu fosse socorrê-lo.–Riu.–Sabe, eu só pensava em como conseguiria tirá-lo de lá. Se JongHyun hallabeojee visse algo como aquilo, com certeza eu estaria morto agora. Aí eu olhei para os lados e vi uma escada encostada em um daqueles postes altos que iluminam o parque…depois que seu umma desceu, eu quis matá-lo, sabia? Ainda bem que ele não caiu. Escuta, JiMinnie, cuida bem do seu umma quando eu não estiver aqui, araseo? Ele é mimado e chorão às vezes, eu acho que é porquê ele é magrelo e fraquinho, algumas pessoas nem acreditam que somos gêmeos. Penso que foi muito difícil pra ele…não quero me gabar, mas eu era bem popular no colégio e TaeJoon vivia sofrendo com os outros meninos, isso me irritava pra caramba. Ele te ama muito, bebê.–

A pequena já estava adormecida há algum tempo, mas aquilo não impediu DongHae de contar tudo o que queria. Jimin o fazia se lembrar de quando ele e TaeJoon eram crianças e em breve, ele e o irmão não estariam mais juntos como sempre estiveram a vida toda…querendo ou não, isso começava a lhe apertar o coração. 

Deitou a pequena no berço e se virou para sair do quarto, dando de cara com TaeJoon encostado na porta e o fitando com meio sorriso. 
–Não acredito que ainda se lembra disso. E está falando mal de mim pra minha filha.–
–Shiu, ela está dormindo. É claro que me lembro.– DongHae sorriu para o irmão e os dois seguiram para a sala, onde se jogaram no sofá. 
–Joonie…eu passei.–
–Parabéns, mano. Estou muito feliz por você.– TaeJoon abraçou o irmão, mas não conseguia sorrir, não que não estivesse feliz ou orgulhoso de DongHae, estava…e muito, mas sabia o que aquilo significava…DongHae ia embora. 
–Não é o que parece.–
–Mas estou, olha.– Sorriu forçado.–Tenho muito orgulho de você.–
–Já comecei à correr atrás das coisas hoje mesmo. Lembra de YuGyeom? Ele também passou.–
–Ah, que legal…–
–Por que está assim?–
–Porque não sei como ficarei sem você.– Os olhos de TaeJoon marejaram.–É que…nós nunca ficamos longe…e você nem foi ainda e já estou me sentindo incompleto.–
–Para de ser bobo, Joon…você vai ficar bem. Além disso, você tem JiMin e eu não vou ficar lá pra sempre.–
–Você não vê a hora de se livrar de mim, não é? Sempre fui um tipo de peso pra você.–
–Vou fingir que não ouvi o que você acabou de dizer. Eu só estou tentando não fazer com que isto pareça uma novela mexicana.–
–Será que você pode não ser tão insensível?–
–Será que você pode não ser tão sensível?–Ironizou. 
–Nossa, como você é chato!–
–"Nossa, como você é chato!“– DongHae imitou o irmão, deixando-o com uma expressão ruim.
–Quanta maturidade…parece que tem cinco anos.– O garoto bufou irritado. 
–"Quanta maturidade, parece que tem cinco anos.” Dá cá um abraço no seu irmão e para de frescura.– DongHae puxou o irmão para si, abraçando-o com força e lhe bagunçando os cabelos, este murmurava alguns palavrões, mas acabou cedendo à própria vontade de ter Donggie consigo, afinal, logo não poderiam mais fazê-lo, essa era a hora de aproveitar.


[…]
 

TaeMin deixou o escritório mais cedo naquele dia, terminaria o serviço pendente quando chegasse em casa. 
Abrira a porta trazendo algumas sacolas de mercado, ao entrar, avistou DongHae sentado no sofá, assistindo televisão. Deitado sob as coxas dele estava TaeJoon, adormecido enquanto recebia um carinho do irmão. 
–Umma, quer ajuda?–
–Não, tudo bem. Jimin está dormindo?–
–Sim, está. Tenho uma novidade, consegui a admissão no exército.–
–Que bom, filho. Sei o quanto você queria isso.– O ruivo deixou a cozinha e foi até o filho, deixando um beijo no topo da cabeça de cabelos castanhos.–Sabe que terá de dar adeus ao cabelo grande, não é?–
–Sei..mas vale a pena.– Sorriu. 
–Seu pai ficará feliz.–
–Por causa do cabelo?–
–Não, pabo, por causa do exército.–
–Ah, é.–

–Vocês dois não param de falar…–TaeJoon murmurou ainda com os olhos fechados.
–Por que não vai dormir na sua cama?–
–Porque já estou aqui.–
–E quanto à prova que você fez, Donggie?–
–Ah, entre seguir carreira militar e fazer direito, prefiro a carreira militar.–
–Mas você passou?–
–Meu nome estava na lista de espera..–
–Ah… O que você quer para o jantar? Vou te deixar escolher.–
(…)


–Appa!!–
–Oi, filho. Estou morto, meu último paciente não parava quieto…me deu um bocado de trabalho.– JongHyun entrou e esticou as costas, podendo-se ouvir o barulho do estalo. –Conseguimos, appa! Eu vou para o exército!–
DongHae abriu um sorriso largo, assim como JongHyun fez ao ouvir aquilo. 
–Isso é sério?! Você conseguiu, filho!– JongHyun se sentiu realmente orgulhoso, correu até DongHae e levantou-o no colo, girando no lugar algumas vezes. Os dois sorriam largo. 
A pequena JiMin saboreava seu jantar dado pelo umma, segurando uma mecha do cabelo dele, mas aquela alegria toda tirou sua atenção do peito para aquele momento eufórico que a contagiou, mesmo que nem soubesse o motivo de tanta festa. Sorria encolhendo os olhos e expondo a gengiva rósea que apontava dois dentes apenas. 

A alegria da pequena acabou por atrair todos os risos para ela. 
–Nossa, que risada gostosa, cadê a princesa do vovô?– JongHyun foi até a pequena, que tinha os olhos brilhantes para ele. O moreno apertou-lhe as bochechas e lhe deixou um beijo no topo da cabeça, repetindo a ultima ação com o moreno TaeJoon e logo depois andou até o ruivo, selando-lhe os lábios longamente. Aqueles olhos amendoados ainda tiravam JongHyun da realidade. 

Os gêmeos murmuraram um “ugh” e em resposta foram fuzilados pelos olhos semicerrados de JongHyun. 
–Yah! “Ugh” o quê? Eu amo esse ruivo aqui.– Jong se curvou sob TaeMin e encheu-o de estalos, acabando por deixá-lo da mesma cor de seus cabelos. 
–Para, Dino.– TaeMin empurrou-lhe o peito levemente e o moreno sorriu de canto antes de se levantar e ir para a cozinha. 
–Estou com fome, Taemin!– JongHyun gritou da cozinha. 
–O jantar está aí, ué.– TaeMin gritou de volta.–Era só o que me faltava.– Murmurou com meio sorriso.


Notas Finais


Até o proximo, gals. Vejo as visualizações, mas comentário que é bom são poucos !! Deixem seu oi, o que tu tá achando, sei lá, só não me deixem no vácuo.
~Bjs de luz


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