História I'll Never Be The Same Again - Consequences l Consequências

Loving you was young and wild and free

Te amar foi algo jovem, selvagem e livre

Loving you was cool and hot and sweet

Te amar foi legal, gostoso e doce

Loving you was sunshine, safe and sound

Te amar foi luz do sol, era estar são e salvo

A steady place to let down my defenses

Um lugar firme para baixar minha guarda

But loving you had consequences

Mas amar você teve consequências

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Camila 

 Por que o "amor" é tão difícil? Ele precisa mesmo doer tanto quando termina ou quando nos enganamos que ele de fato acabou? Ele... Precisava existir? Claro que sim. Ninguém te perguntou. Grossa. Sou mesmo.

Dei outro gole na minha nova amiga e senti minha garganta queimar, literalmente.

Bem feito. Sai! Já fui.

Será que estou começando a ficar louca, de verdade? É normal isso, de conversar com você mesmo? 

O que você acha? FOOOOOORA! 

Dei outro gole na tequila, que queimou de novo a minha garganta, mas eu pouco me importei com esse detalhe dessa vez. Beber - beber até cair - é só o que tem me feito dormir agora, infelizmente. Juro que não queria que fosse assim, mas... Bem, é a minha válvula de escape agora.

-- Camila. - ouvi a voz do Shawn e dei um curto pulo pelo susto, derramando um pouco da bebida em mim.

-- Hum. - respondi nasalmente e ainda com um pouco de bebida na boca.

-- Olha, você precisa parar de beber. - ele falou de forma calma com uma de suas mãos em meu ombro e um brilho triste no olhar, e tirando a garrafa da minha mão. -- Isso, isso aqui, não vai te ajudar em nada. - sacudiu a garrafa na minha frente. -- Você sabe, não é? Isso NINCA ajudou ninguém, só o que faz é piorar. - franziu sua testa e concordei, muito a contragosto. Colocou a garrafa na pia. -- Por favor, pensa nisso. Promete? - deu um longo beijo carinhoso na minha testa e depois foi embora, depois que eu concordo com minha cabeça. 

Assim que ele saiu comecei a pensar no que me foi aconselhado. Realmente, a bebida não está ajudando, mas o que vou fazer? Não consigo dormir de verdade sem essa "ajuda", já que toda vez que fecho meus olhos flashes do meu breve "passado" surgem com tudo e me fazem chorar até pegar no sono. Por que eu tinha que ser "diferente"?

Sacudo minha cabeça para sair desses pensamentos e meus olhos logo vão para a garrafa na pia. Olho para minha nova amiga e para mim, e rio sem humor por constatar que estou praticamente a um passo de chegar no fim do poço. 

Ainda bem que enxergou isso. Cai fora!

Balanço negativamente a minha cabeça, de novo, e passo minhas mãos de forma bem grosseira pelas laterais do meu corpo antes de ir na direção do banheiro. 

Banho. Isso! É, acho que isso vai ajudar.

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Lauren

Nosso lugar.

O primeiro show.

A primeira entrevista em um programa de TV.

A porcaria daquela entrevista sobre os crushs.

O show no México.

A nossa versão de "Girls Just Wanna Have Fun".

O aniversário da Ally.

O nosso... O nosso último show como um quinteto. 

O aniversário de 18 anos dela.

O...

-- Chega! - meu celular foi roubado sem dó e nem piedade da minha mão. -- Lauren, por favor. - Dinah pediu e eu apenas dei de ombros, e limpei uma lágrima do canto do meu olho direito com o nó dos meus dedos.

-- O que? - perguntei a ela assim que me recompus.

-- Por que você ainda faz isso?

-- Isso o que? - funguei e dei uma de sonsa.

-- Isso. - me mostrou o celular. -- Por que você ainda tem essas fotos?

-- Porque o celular é meu. - rebati grossa e também já cansada dessa mesma ladainha.

-- Eu sei que ele é seu, mas isso... Olha, isso não vai te fazer bem. - me respondeu, também cansada. 

-- Eu sei. - respondi vagamente, já que logo voltei a deitar na cama do hotel. -- Eu sei. - tornei a repetir, mais para mim mesma.

-- Eu... - ela soltou um suspiro logo em seguida. -- Desculpa. - pediu, não pedindo que eu sei, e apenas balancei minha cabeça confirmando.

Fechei meus olhos e ouvi quando ela se aproximou de mim, e me deu um beijo longo na lateral da minha cabeça. Depois, escutei a porta abrir e fechar, e só então abri os meus olhos. Vi que meu celular estava comigo de novo e voltei a passar as fotos nele. Por que a gente não pode simplesmente gostar de quem queremos? 

Parei na foto que mais gostava, uma em que nós duas fazíamos caretas, e soltei um sorriso triste.

-- Por que? - perguntei em um murmúrio e logo bloqueei a tela.

Ainda fiquei com ele uns cinco minutos na mina mão, acho, e coloquei-o na cômoda ao meu lado.

Pisquei algumas vezes e, finalmente, fechei meus olhos para, quem sabe, dormir um pouco.

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“É difícil demais ter que ficar longe de quem você mais queria estar perto.”

(Autor Desconhecido)