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História I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Sensações


Escrita por: IvyMckenziePark

Notas do Autor


Oieee, galeurus
Postando à noite pra se acostumarem com mudanças... Bom, peço desculpas pelo atraso, mas eu estava com um certo bloqueio, e, juro que tentei várias vezes. E finalmente consegui, tenho esse e outros dois eps (bem grandes) prontinhos pra vocês



E, falta uma semana pro meu aniversário. Alguém pra me desejar feliz aniversário adiantado? Ksksk

Grata pelos 717 favs

Espero que gostem, a Omma fez com carinho ^-^

Capítulo 6 - Sensações


Fanfic / Fanfiction I'll Not Kill You - Jimin (BTS) - Sensações



— Quê? — ele riu, escondendo suas orbes novamente com aquele eye smile característico, que acalmou-me um pouco.


— Seus, seus olhos estão claros. Cor de mel! — apontei para ele um pouco trêmula.


— Ah... — reagiu com normalidade, eu não esperava exatamente por esta reação. — Isso? — separou um pouco mais as pálpebras. Suas íris estavam simplesmente incríveis, tão flamejantes, reluzentes e douradas quanto a marca que brilhara em seu pescoço instantes atrás. Elas se destacavam tão bem dentre os outros detalhes de seu rosto, o deixavam com feição e aparência tão angelicais. Seu olhar não parava em lugar algum, e eu adorei ver aquela chama acesa brincando com os movimentos em seus globos oculares. Ele enfim voltou a me encarar, um pouco envergonhado, presumi. — Digamos que meu corpo tenha um modo diferente de reagir ao sol, é normal! — afirmou com um sorriso sem graça no rosto, esperando alguma resposta.


— É tão bonito! — afirmei em completa admiração. Meu queixo quase chegava a cair, era algo inexplicável, curioso... Diferente.


— O-o... Q-q-quê? — ele lançou seu olhar por toda e qualquer parte, menos a mim. Vi-o corar imediatamente, estava tão ruborizado que parecia estar sofrendo com uma febre de 38°. E o principal, ele mal parecia controlar a forma como as palavras saíam embaralhadas de sua boca.


— Seus olhos, bobo! — passei minha mão por seu braço, coberto por um sweater azul marinho muito fofo e felpudo. Nossas vestimentas mais pareciam couple clothes. Em uma das rondas sorrateiras que meus olhos faziam por seu corpo, outra vez, vi minha atenção sendo tomada por sua marca chamativa. — E esta cicatriz? — inclinei o rosto para vê-la melhor.


Talvez por sua posição, por seu corpo estar novamente exposto à luz matinal e ainda um pouco branda e pacata, eu vi-a brilhar de forma demasiadamente exagerada, em um perfeito contraste com os raios solares. Ela ilustrava seu pescoço com um tom amarelo, tão clara quanto nata, e ao mesmo tempo, tão vívida quanto os raios de sol, era tão cintilante que dava a si própria um aspecto aveludado.


— N-não é nada! — seus dedos curtos e fofos preencheram o local onde a marca reinava, permanecendo ali, como impedimento de que minha visão chegasse ao local mencionado. — Reação diferente ao sol, não esqueça! — lançou-me uma piscadela, que veio acompanhada de um sorriso descontraído, ao mesmo que o dedo indicador de sua mão esquerda balançou como se me desse um tiro, um daqueles lances bobos de jovens.


— Bom... Eu acho que vou descer... — ele ajeitou-se de forma preguiçosa, ainda em cima da cadeira, ameaçando levantar-se. — Você não vem? — questionou-me com um biquinho discreto formando-se em seus lábios, transparecendo um pouco de seu incômodo interno.


— Ah, não... — tive um espasmo pelo convite repentino. — Prefiro ficar aqui na sala mesmo! — endireitei-me na cadeira. Ficar naquela posição por tanto tempo estava me deixando dolorida. — Como sou aluna nova, e ainda por cima vim de outro país — fiz aspas com os dedos. — As pessoas vão ficar muito na minha cola... — expliquei percebendo a exaustão me preencher só de imaginar as situações pelas quais eu teria que passar caso saísse por aquela porta para aproveitar o que deveria ser um simples intervalo.


— Tem certeza de que não quer vir? Todos nós precisamos espairecer um pouco! — disse levantando-se e ficando ao lado de nossa carteira, enquanto ainda me olhava. — Eu fico contigo! — se ofereceu realmente com inocência, era perceptível por seu tom, e seus sinais corporais. Mas, eu, criada num dos lugares mais maliciosos, jamais veria desta forma.


— Fica, é? — questionei irônica, com um sorriso arduoso tomando conta de mim. Preciso mencionar que suas bochechas em uma fração de segundos se tornaram dois tomates gordinhos?


— Não esse tipo de ficar... — tentou se explicar, embora soubesse que eu estava brincando, bem lá no fundo. Após um tempo, ele gargalhou de forma ainda pouco acanhada, enquanto coçava sua nuca desajeitadamente.


— Ei, Jimin. — uma voz grossa e arrepiante se fez presente na sala que apenas era habitada por mim e ele. E como não reconhecer aquele timbre tão único? Era Taehyung. — Vem logo! — o chamou, puxando seu próprio braço para fora da sala, indicando o que eles deveriam fazer.


Assim que o fez, Taehyung desapareceu de meu campo de visão. Aposto que não me viu, até porque, em seu ângulo, Jimin me cobria por completo.


— Tinha que ser o estraga prazeres! — murmurou revirando o olhar, acompanhando esse ato, veio um suspiro entediado de sua parte. — Já vou! — se virou, respondendo o castanho claro no mesmo tom. — Tchau, Ivy. — se despediu com um protótipo de piscadela, o que me fez rir comigo mesma.


Ao vê-lo se distanciar, já indo em direção à escadaria, que levava para diversos locais diferentes do colégio, eu fiquei completamente sozinha na sala, e aquilo me fazia sentir um pouco em paz comigo mesma. Os tons claros da sala, e a vista que eu tinha da parte exterior do terreno, com aquelas árvores esverdeadas, me davam a sensação de um frescor tomando conta de mim. Apesar da sensação boa, ainda faltava algo. Aquele silêncio era ensurdecedor e entediante, a única coisa que podia ser ouvida era o piar de alguns pássaros muito distante dali.


Peguei meu celular no bolso, demorei um pouco para conseguir desbloqueá-lo, pois meus dedos estavam mais acelerados e apressados que o restante de meu corpo, e assim embolaram-se naquele jogo de letras. Assim que a tela de início apareceu, eu corri para a aba em que estava o reprodutor de músicas e dei play na primeira música que me apareceu.


Era uma daquelas faixas super estouradas dos últimos meses. Não sou muito de ir na mesma direção que a maré, mas daquela vez, eu me rendi. O nome era Old Town Road, e tinha uma batida voltada para o Hip-Hop mas com influências Country.


De início, a única coisa que repertia algum efeito em meu corpo, era minha cabeça, depois a melodia tomou conta de meu dorço, e os graves controlaram meus braços e pernas. Eu não resisti à vontade de me mexer, então, levantei de minha carteira, fui para o centro da sala, larguei meu celular em uma das mesas centrais — o que deixou o som ainda mais saturado — e comecei a copiar a coreografia que tinha aprendido na Internet, e confesso que esqueci ou modifiquei alguns passos, preferi fazer do meu jeito.


A porta estava aberta, mas não passava ninguém pelos corredores, por este fator, nem cheguei a me preocupar.


Eu me sentia nas nuvens. Sabe aqueles momentos em que você viaja numa melodia ao ponto de não se importar com as coisas que não envolvam aquela batida fluente? Eu estava passando por um daqueles!


E bom, minha playlist sempre está no aleatório, sinto que me representa. Afinal, pra quê sentir apenas uma sensação se posso sentir várias em uma série de minutos?


Passo do internacional ao sertanejo, e minhas energias positivas e agitadas mudam para a 'sofrência, e então, quando me acostumo com o solar dos violões e das sanfonas, muda para um Hip-Hop com grave pesado que estremece até o último elemento do local que for vítima de suas batidas pesadas. Esse misto de emoções, misto de culturas, misto de informações... Misto de sensações, é a melhor coisa que eu poderia sentir!


Ainda mais num momento onde a única sensação que percorria pelo meu corpo, por todos os meus poros, vasos sanguíneos, e o meu órgão mais precioso e culpado pelo meu nervosismo, era a preocupação. Eu não sou de mesmísse, estou aqui para mudar e me permitir viver o novo e o imprevisível.


A aleatoriedade ainda não havia se posicionado naquela situação, eu parecia estar curtindo a mesma música a milênios, e aquilo frustrava até a minha última célula. A batida que antes era tão agitada e contagiante se tornou monótona, e mais dois segundos com aquele som importunando meus ouvidos, seria o bastante para me deprimir. A impaciência sempre foi minha maior e mais fiel companheira.


E quando eu menos esperava, aqueles sons pesados, ensurdecedores e ainda mais agitados que os anteriores se anunciaram, preenchendo toda a sala com a verdadeira agitação que me fazia querer dançar.


Uma coisa que nenhum brasileiro pode negar é que, já se rendeu a alguma melodia vulgar do funk, fosse ela carioca, paulista ou mineira, que se resumia a batidas repetitivas e nada convencionais. O funk é contagiante e isso ninguém pode contrariar!


Meus quadris pareciam tremer natural e involuntariamente ao sentir aquela batida se apossiando de mim. Eu inclinei minhas pernas como que automaticamente. Nunca fui boa com os movimentos latinos, mas tinha um pouco de gingado ainda assim.


E após alguns segundos com as minhas lembranças pairando por todos os cantos daquele lugar, enquanto eu dançava descontraídamente uma música com um ritmo frenético, eu estava concentrada demais em fazer um passo dificílimo, para mim, sem errar.


Ouvi algumas risadas contidas, eram femininas. Virei-me para traz em um reflexo rápido, minhas orbes quase a alcançaram de tanto que arregalei meus olhos.


— D-desculpa. — ela finalmente conteve as risadas como parecia pretender, mas um sorriso de canto ainda estava perfeitamente desenhado em seu semblante descontraído e envergonhado. — É que você estava dançando tão certinho, e no ritmo da música que não ousei atrapalhar... — ela suspendeu seus ombros até estarem quase colados com seu maxilar, que havia se inclinado numa linha de 90°.


— A-ah... Tudo bem! — sorri soprado, fazendo contato visual, e tive resposta. — Eu tenho um fetiche em passar vergonha, é maior que eu! — ri de minha piada ilógica.


— Tome cuidado com os relacionamentos abusivos, então! — ela riu de volta. Sua resposta também pareceu sem lógica, mas se encaixaram tão bem que, rapidamente entendi o humor desta mesma. Vi-a virar em minha direção contrária e sentar-se em uma das carteiras vazias que havia à frente do assento de Taehyung.


— O que foi? — ela questionou-me após poucos segundos de um completo silêncio, que apesar de tudo não me pareceu incômodo. — Você estava dançando bem, não pare por minha causa! — ela ordenou, erguendo um de seus braços e abanando o ar.



Eu sorri, e tentei criar coragem para dançar mesmo agora tendo um expectador em minha plateia que até minutos atrás era vazia. Enquanto a coragem não batia em minha porta, eu fiquei parada distante dela, para ser mais específica, no centro da sala, escolhendo uma música que me fizesse relaxar.


Quando desprendi minha atenção de meu celular, vi-a concentrada também, mas em outra coisa. Ela lia um livro com uma capa texturizada, revestida em tons de vinho escasso, aquela textura que eu conhecia tão bem... Não hesitei em me aproximar.


— Vejo que tem bom gosto! — ela olhou-me espantada, um "O" discreto já havia se formado em sua boca, e seus olhos acompanhavam o ato de estranhez.


— Hum? — soltou sem ao menos mover os lábios. Em resposta, eu apenas apontei para o livro, indicando-o também com meu queixo.


— A-ah... — suspirou em meio a um sorriso, ao mesmo que olhava com feição maravilhada para o livro. — É um dos meus preferidos! — suspendeu um pouco o encadernado da mesa, foi algo feito bem rápido, apenas um gesto feito com sua mão. — Sétima vez que leio! — sorriu sem graça.


— Não brinca? — foi a minha vez de formar um "O" com a boca. — É a sétima vez que leio também. O meu está ali na bolsa. — apontei para minha carteira, onde minha mochila estava.


— Em qual parte parou? — questionou ficando mais próxima, parecia afobada e curiosa.


— Página 283, se não me engano... — deixei a dúvida tomar conta de minhas expressões enquanto tentava me recordar.


— Cara... É a página que estou lendo agora! — apontou as palavras em minha direção.


— Estou começando a me assustar, não anda me espiando. Anda? — cruzei os braços,  ao mesmo que insistia numa tentativa falha de erguer as sobrancelhas. 


— Eu? Jamais... — forçou um tom de voz grave, empurrando o ar com as mãos e negando com a cabeça. Numa completa encenação mal feita e chamativa — Talvez só às terças e quintas quando você vai ao Hongdae Shopping Stre — brincou com a voz arrastada, desviando o olhar.


— Errou feio! — finalmente sentei na carteira à sua frente.


— Então o que faz nas terças e quintas, mocinha? — aproximou-se ainda mais, erguendo o cenho. Eu conhecia aquele jeito típico de falar, aquele apelido tão monótono e ao mesmo tempo, tão característico.


— É confidencial! — adotei um semblante provocativo, enquanto balançava meu pescoço exageradamente. Entrando na personagem.


— E às sextas? — questionou cruzando as mãos por cima da mesa que nos separava.


— Eu estou livre! Gostaria de me chamar para sair? — virei meu rosto de forma ainda mais provocativa que na minha última deixa, e posicionei minha mão como uma donzela à altura de seu queixo em riste. 


— Não hesitaria... Mas sabe algo que quero mais ainda? — sorriu maliciosamente.


— Diga! — confirmei animada.


Ela apenas levantou-se de sua carteira, ficando ao meu lado e estendendo-me a mão.


— Daria-me esta honra, senhorita? — piscou.


— Mas é claro! — agarrei sua mão, a usando de apoio para levantar-me.


— O que estamos fazendo, meu pai? — ela riu, quase caindo por cima de mim, de tão entregue aos risos.


— Bom, eu com certeza estou sendo a Margaret! — afirmei afastando-me um pouco.


— Eu com certeza sou o Mateo! — ela sorriu de forma convencida.


— Você sabe que eles não ficam juntos! — fingi estar enojada.


— Mas eu shippo. Preconceitos?  — acirrou os olhos.


— Como eu teria preconceito contra o meu casal preferido? — fingi repulsa ao seu ultraje. 


— Já que concordamos, voltemos de onde paramos! — apontou para o celular. Indicando que eu deveria escolher alguma música.


Estávamos a alguns instantes nos referindo ao livro, e repentinamente fomos parar no filme juntamente.


— Gosta de dançar? — indaguei ao passo que inclinava-me para escolher algo em meu celular.


— Não. Na verdade, estou apenas querendo te usar para aprender algo. — riu da minha cara ao pronunciar tais palavras.


— Eu sou uma piada pra você? — encenei minha indignação com a mão no peito.


— Veremos! — sorriu presunçosamente.


Em resposta, cerrei os olhos em sua direção assim que escolhi a música.


Era R&B, um dos meus estilos favoritos. Um dos meus artistas favoritos, uma das minhas músicas favoritas, a minha ost favorita, umas das minhas cenas favoritas. Como não ser um dos meus momentos favoritos aqui?


— MEN-TI-RAAAA! — ela olhou-me com um brilho presente em suas íris.


— VER-DA-DEEEE! — respondi com a mesma entonação e dramatização, é claro.


Ela conhecia-o também, conhecia a música, o cantor, o ritmo... Era uma cópia minha, eu não tinha dúvidas. Daríamos ótimas amigas, disso eu também não tinha dúvidas.


Para alguém mal na dança, ela estava se saindo muito bem! E estávamos em perfeita sincronia. Na verdade, eu descobriria aquilo apenas no passo crucial para a armonia.


Eu rodopiei por cima de meus tênis com sola de borracha, nada deslizantes, indo em sua direção, graciosamente. Eu só não imaginaria que o material de meus calçados se daria tão mal com o piso ao ponto de travar na pior das horas, me fazendo quase ser lançada escada abaixo.


Mas ainda deu tempo. Conseguimos!


Senti seus braços me enlaçarem, e eu não imaginava que ela pudesse ser tão forte, e ter tantos músculos. Seu corpo me deixava quente, e me trazia um misto de sensações, exatamente como eu queria.


Sua mão foi de encontro à minha rodando-a três vezes acima de mim. Estava tão zonza e assustada, que ao menos prestei atenção no que estava acontecendo.


Na terceira volta, o passo mais clichê, o passo da sincronia, era ali que a protagonista finalmente poderia o olhar nos olhos e senti-lo invadindo-a por tamanha proximidade.


Seu braço desceu antes mesmo de meu corpo cair, enquanto sua mão apertava a minha de forma delicada. Eu me joguei sem medo por cima dele ainda agarrada ao outro.


Eu finalmente abri os olhos, e entreguei-me ao momento. 








Notas Finais


O que acharam da garota que a Ivy conheceu?
E os olhos do Jimin? Estavam certos ou errados em seus palpites?
Acham que essa garota é mesmo uma boa pessoa?


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