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História Ilusões - Capítulo XXI - Problemas no paraíso


Escrita por: apxrodith

Notas do Autor


Capítulo revisado e reescrito.
Boa leitura!!

Capítulo 21 - Capítulo XXI - Problemas no paraíso


Muitas pessoas poderiam resumir seus problemas numa simples palavra, se perguntadas sobre. Zayn Malik precisaria de duas para, naquele momento, avaliar suas preocupações: Róger Rosicco. Nome muito conhecido no submundo onde suas vidas realmente aconteciam, Róger era alguém muito maior do que os sorrisos falsamente simpáticos e a idade avançada poderiam denunciar. Ele era insano, perverso e jamais sentiu qualquer remorso. E foram tais características que Zayn lhe atribuiu pessoalmente quando, aos treze anos, descobriu quem realmente havia matado seu pai, um prestigiado empresário das indústrias Malik.

E eram tais características que lhe irritavam agora, no exato momento em que atravessou a porta de Liam, os pés vestidos batendo bruscamente no solo de mármore enquanto o amigo e parceiro bocejava ao seu lado.

– O quê? O que é tão importante para dirigir quilômetros daquela cidadezinha até aqui? – O de cabelos castanhos mais claros indaga, sonolento enquanto observava, sem muita empolgação, o mais novo se sentar em seu sofá.

– Ele voltou, Payne.

Instantaneamente, Liam arregalou os olhos. A julgar pela expressão do outro, Zayn só poderia estar falando de uma única pessoa. Não tardou para que fosse às pressas até o buffet em sua sala, trazendo dois copos com bebida logo depois.

– Você viu ele, ou…? – Sugeriu, tomando um curto gole de sua bebida e vendo o outro fazer o mesmo.

– Com meus próprios olhos. Ele deve querer se vingar pelo o que eu fiz. – Deduziu, sem qualquer esforço. – E ele já sabe como.

Liam pareceu refletir, dando espaço para que o Malik lhe esclarecesse as coisas. Então ele balançou a cabeça, se levantando, e tomou o líquido restante em seu copo.

– Ele pode matar a Sophie. Já deve estar simpatizando com os pais delas há dias, então deve estar próximo.

– Ou não. Ninguém sabe como aquele cara realmente funciona. E por que aquela garota seria tão importante assim? – Pergunta com escárnio, mas a face muda de expressão quando Zayn o encara. – Está bem, está bem. Você não pode simplesmente esconder ela?

– Seria uma ótima tentativa se ela ao menos soubesse de… tudo isso. – Ele suspira, depositando o copo sobre a mesa de centro. – Ele já deve saber que ela não está a par da situação, assim como eu não tenho muitas alternativas. A única coisa que posso fazer é matar ele.

– Bom… Boa sorte. – O Payne se levanta com tranquilidade, pegando os copos e os colocando no balcão. – Aquele cara é um cinquentão de saúde duvidosa e, mesmo assim, ninguém ousou tocar nele durante décadas.

– Pra tudo existe uma primeira vez. – Zayn tenta sorrir, reflexivo até o celular tocar seu terno. Era Sophie, e ele atendeu rapidamente.

Por que ela ligaria naquele horário?, perguntou-se, levando o aparelho à orelha.

– Oi…

Olá, Zayn. – Ele congela. A voz absurdamente rouca e grossa não poderia ser de ninguém a não ser… – Se lembra de mim? O velho amigo de seu pai.

– O que você quer? – Pergunta com receio, olhando para Liam logo em seguida e apontando para o celular, pedindo silenciosamente que desse um jeito de rastrear a ligação.

Que áspero. Você sequer notou que estou com o celular da sua garota? Não quer saber o que fiz com ela?

– Você já foi mais assustador, Rosicco.

Tem razão, não é? Às vezes a idade me distrai. O que eu realmente quis dizer é que estou de volta. Eu até diria que por alguma infelicidade da minha empresa não pude vir antes, mas olha só o que o tempo me reservou. Quer dizer, quantas garotas você levou naquele restaurante? Duas?

– Está me vigiando?

Estudando, é o termo que prefiro dizer. Sophie é realmente adorável. Você tem um ótimo gosto. Inteligente e gostosa…

Do outro lado da linha, Zayn imaginava Róger sorrindo, tentando achar a provocação certa que denunciasse o quão importante para o Malik a garota poderia ser.

– Dizem que idosos são sábios, mas você deve ser um caso à parte, não é? Todo esse seu jogo é perda de tempo. Você deveria apenas voltar para aquela cidadezinha italiana e me deixar cuidar dos meus negócios. – Do outro lado da sala, o Malik pode ver Liam em seu computador, enquanto uma barra verde carrega. Não podia enxergar as letras e números, mas esperava que fosse questão de segundos até acharem o lugar onde estava.

Aquela garota é especial, preciso dizer. Nós podemos ter mentes insanas, mas alguns atos são sempre previsíveis, ou são interpretativos. Se levou Sophie no restaurante que costumava ir com sua mãe, imagino que seja algo além de ela dar uma boa foda, não é? Ou ela tem informações valiosas sobre algo, ou ela não é só outra filha ingênua que você, um garoto quebrado, vai estragar. Deve, no mínimo, gostar dela.

Zayn fica mudo. Afinal, o que poderia responder? Se tentasse levar Róger por outro caminho, então só o deixaria mais convicto de sua teoria e arriscaria ainda mais a segurança dos Blãe. Ele apenas escutou o homem continuar, imaginando um sorriso de orelha a orelha surgir em sua face.

Mas eu não posso simplesmente matá-la. Até que tenho um apreço por ela. É inteligente e determinada, sabe? Não consigo ver muito disso nos jovens de hoje. Ela pode ser útil. – Ele entrega, enfurecendo Zayn. – Mas ainda sim, preciso te ensinar a não tocar em nenhum de meus homens, quanto mais matar um deles. O que fiz com seu pai foi um ensinamento, Zayn, você deveria me agradecer por mostrar como as coisas funcionam.

O peito do mais novo subia e descia com fervor, e ele sabia que estava apertando demais o celular contra a orelha. Podia sentir os dedos doendo, prensados contra o aparelho de metal.

– Eu vou te matar, Róger, se encostar um único dedo nela. 

Ah! Aí está. Um jogo não é um jogo se você não tem algo a perder. E você vai perder ela. Eu vou garantir isso. Sempre quis ver você realmente estressado, aquele tipo de fúria que você consegue ver nos olhos, me entende? O seu pai era fraco, mas você sempre me pareceu promissor. Só precisa de um empurrãozinho.

– Desde quando você se importa com isso? Desde quando se importa com qualquer coisa que não seja você mesmo?

Eu me importo com minha família, Zayn. Só quero vê-la crescer. E você é como um sobrinho pra mim. Quer dizer, tecnicamente, você é. – Ele riu, tão naturalmente que nem pareceu o lunático que sempre foi. – Espero que não tenham se dado ao luxo de descobrir onde estou. Não precisa de muito para saber que estou na casa da adorável Sophie, não é mesmo?

Zayn arregalou os olhos. Quando encarou Liam, pode confirmar que, realmente, Róger estava lá. Aquela conversa não era uma ameaça, era um ultimato. Era apenas aquele doente se vangloriando por algo que já tinha feito.

Ele se apressou então, largando Liam em sua própria casa e indo até o carro, colocando o celular no viva-voz e partindo com velocidade em seu automóvel.

– O que você fez!?

O necessário. Oh! Tenho que desligar. Eles estão descendo e já, já vão ver minha mais nova obra-prima. Mas, por ora, quero deixar minha realização no anonimato. Até, Zamy.

Com o pé no acelerador, o mais novo percorria a longa estrada com fúria, por mais que soubesse que não poderia fazer muito. Mas precisava conferir o que Róger tinha feito e torcia para que Sophie estivesse bem.

Mesmo que soubesse que aquilo não seria possível.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Cuidem-se, evitem aglomerações e até a próxima!!


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