P.O.V ARIEL
– Pensando em nós, honey? – Matheus saiu do banheiro e falou, com um sorriso de lado.
– Só pensaria em nós se fosse pra me arrepender.
– Você não pode se arrepender de nós, é um amor tão lindo! – Ele se aproxima para me abraçar por trás.
Ele parece um bobo apaixonado! Se eu pudesse usar isso à meu favor... Espera, eu posso! Só tenho que pensar no que fazer.
– Com certeza. – Minha voz soou irônica, mas ele nem percebeu. Me abraçou e eu fiz carinho em seus braços, em um gesto fofo.
Me viro de frente pra ele, e, ainda abraçados, nos beijamos. Eu gostava de seu beijo, era encaixado com o meu, mas era a única coisa que ele ainda tinha que eu gostava.
Coloco a mão na sua nuca e intensifico o beijo. Sinto sua mão em minha bunda e sorrio, o que ele entende como um sinal verde e a aperta sem pensar duas vezes. Começo a tirar sua camiseta e em seguida, sua calça.
– Uoow! – Ele exclama. – Que apressadinha você! – Falar entre o beijo era um tipo de habilidade dele.
– Não tem aquela frase que diz que um casal pode resolver tudo na cama? Então. – Sorrio e ele sorri de volta, um sorriso safado que eu amaria se fosse há algum tempo atrás.
O loiro tira minha camiseta e distribui beijos pela região do meu pescoço e peitos. O puxei até a cama e ele ficou por cima de mim. Estávamos apenas de roupa íntima, até que ele começa a tirar a cueca.
– Ei, calma. – Seguro sua mão e ele me olha, confuso. – Pega a camisinha, né. – Rio e ele assente e se levanta.
– E onde tem?
– Eu deixei umas na sala pra você. Com uma surpresinha também. – Sorrio maliciosa. Ele era idiota demais e com certeza ia cair nisso e achar que era algo erótico, mesmo sem eu ter tido tempo de ir na sala colocar algo, se quisesse.
– Então eu já volto. – Ele sorri animado e vai até a sala.
Agora você precisa ser rápida, Ariel. O que eu posso fazer? Eu poderia pegar o meu celular, mas onde ele tá? Não tenho tempo de ficar procurando. Alguma coisa pra bater nele...? Sim! Mas o quê?
– Onde tá? Eu não tô achando! – Ele grita da sala, tentando não soar ansioso e nervoso.
– Procura melhor, meu amoor! – Falei meio cantado, como quem está amando e ansiosa com a situação.
Ah, lembrei! Tem um pedaço da prateleira do guarda-roupa que tá caindo, posso usar como uma arma, eu acho.
– Eu vou estar no banheiro quando você voltar aqui. – Falei e ele falou um "okay", seguido de uma bufada por não estar achando o que queria.
Corri e consegui terminar de quebrar a prateleira sem fazer muito barulho. Espero que isso sirva e que ele não tenha ouvido.
– Deixa pra lá, amor. Tem outras coisas aqui no banheiro, vem logo. – Gritei e ouvi seus passos se aproximando, tão rápido quanto o meu coração batia.
Me escondi atrás da porta e esperei ele surgir. Logo já enxerguei seu cabelo loiro, e ele andou direto pro banheiro da suíte, deixando suas costas totalmente vulneráveis pra mim. Sem pensar duas vezes, tomei distância e acertei gloriosamente em sua nuca. Um segundo depois ele já estava no chão, desacordado por conta da pancada. Yay!
Vesti minha roupa novamente e corri pra achar meu celular. Até ele acordar eu tinha um pouco mais de tempo.
Uns minutos procurando e nada. Acho que ele escondeu os dois celulares dali. E agora? Não conseguia achar a chave reserva e nem a dele (que abria meu apartamento) também.
– Ariel? – Ouço meu nome em uma voz baixíssima vindo da porta. Oh meu Deus, era Lucas?!
– Lucas? Me ajuda! Chama a polícia, faz alguma coisa, por favor!
Ouço o barulho da chave e sorrio. Eu deixei-a cair de propósito e Lucas a pegou. Pensei que ele não ia pegar a dica ou entender. No final, ele não é tão lerdinho assim!
A porta se abre e vejo mais uns homens com Lucas. Eram policiais!
Abraço o moreno sem pensar duas vezes, e acabo deixando algumas lágrimas escorrerem. Sua mão me envolve forte contra ele, enquanto a outra faz carinho no meu cabelo de um jeito cuidadoso. Não acreditava que tudo aquilo ia acabar.
Ouço uma voz atrás de mim, mas não ligo. Agora estava segura.
– Ariel? – Matheus murmura com a voz embargada por ter acabado de "acordar". Me viro e vejo os policiais indo ao seu encontro e o ordenando a os acompanhá-los.
– Ariel, a senhorita poderia nos acompanhar e fazer seu depoimento na delegacia?
– Sim, com certeza! – Sorrio e vou até o quarto pra pegar minha bolsa. Atrás de uma pilha de roupas, acho meu celular. Como eu não procurei ali, em lugar tão óbvio e ruim? Pff.
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