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História Im Back! - Inconsciente!


Escrita por: RaquelfFerreira

Capítulo 18 - Inconsciente!


A dor era desnorteante!

Era isso mesmo – eu estava desnorteada. Não compreendia. Não conseguia captar o sentido do que estava a acontecer.

O meu corpo tentou rejeitar a dor e eu fui consumida, uma e outra vez, por uma escuridão que eliminava segundos ou até mesmo minutos de agonia, tornando ainda mais difícil lidar com a realidade.

A não realidade era negra e não doía muito.

A realidade era vermelha e fazia-me sentir que me serravam ao meio, que era atropelada por um carro, esmurrada por um jogador de boxe, derrubada por touros e submersa em ácido. Tudo ao mesmo tempo.

A realidade fazia-me sentir o corpo a tremer e a abanar, quando era impossível devido às dores.

A realidade era saber que existia algo muito mais importante que tudo isto e não me lembrar do quê.

Três perguntas rondavam a minha cabeça. O que aconteceu comigo? Porque estava em agonia? Quem sou eu?

Vários nomes passaram por mim.

Hermione, Ronald, Alexia, Hugo, Albus, Rachel, Luke, Dominique, Lily, James, Rose, …

Rose…

Rose! Isso!

Esse era o meu nome. Rose Weasley!

Filha de Hermione e Ronald Weasley, irmã de Hugo. Melhor amiga de Lexi e Albus.

Luke e Rachel eram meus amigos. Domi, James e Lily eram meus primos.

Eu lembrava-me disso, mas e o resto?

A minha vida passou por mim como flashes.

A primeira vez que fiz magia, aos 4 anos. O pai riu-se, mesmo estando a quatro metros do chão, a mãe fez um escândalo.

A mãe a embirrar para tirarmos uma foto de família e Hugo a chorar porque não queria.

Aos 6 anos, quando vi Scar a primeira vez. A pequena coruja piava alegre nas minhas mãos.

Quando a mãe ralhou comigo por rasgar o vestido que supostamente era para o aniversário do pai.

O dia em que recebi a carta de Hogwarts e como fiquei contente. Pulei na cama dos meus pais, acordando Ron.

O dia do embarque e o nervosismo da mãe. O medo de Albus sobre as casas.

A excitação de Albus quando ocorreu a seleção. Ele para Slytherin, eu para Griffindor.

Scar morta nas minhas mãos e eu não sei porquê.

As horas a chorar com Albus, ou Murta, ou sozinha.

A conversa com Mcgonagall e como ela tentou convencer-me a mudar de ideias.

A ida para França e os meus novos amigos.

Lexi e as nossas brincadeiras e segredos.

O tigre e o labrador.

As discussões com as veelas.

O pedido de Albus, Hugo, Lily e Dominique para que eu voltasse a estudar com eles.

A segunda seleção. Slytherin. Como eu fiquei confusa com a minha nova casa.

As brincadeiras com os Zabine, Lexi e Albus.

Albus e Rachel.

Luke e Alexia.

A notícia.

O pai morto e a sensação de vazio que eu senti.

Draco e as nossas conversas, ele impedia-me de me isolar. Ele ajudava-me!

A carta de Parker e o concelho de Murta para que contasse a Albus.

A floresta proibida.

Crucio.

O anjo.

Depois parou.

Havia falhas nas minhas memórias.

Porque fui para França? Quem matou Scar? Quem matou o pai? O que Parker queria comigo? Quem era o anjo?

E pior que tudo, o que me fez fugir? O que me magoou tanto ao ponto de eu desistir?

Pensar ajudava a distrair-me das dores.

Primeira pergunta: porque fui para França?! Resposta: para fugir.

Segunda pergunta: fugir do quê? Resposta: pensar mais tarde.

Quem matou Scar e Ron? Quem?

Jéssica Parker. Aquela loira oxigenada. Ela iria pagar pelo que fez.

E foi isso que eu tentei fazer na floresta. Tentar vingar-me.

Obvio que algo correu mal, caso contrário eu estaria aqui.

Mas aqui, onde?!

Eu tinha duas teorias. Ou na enfermaria ou morta! Eu pensava que morrer não devia ser tão doloroso, pelo que rezei para que estivesse na enfermaria.

Por fim, a ultima pergunta: Quem raio era o anjo?

Ok, eu lembro-me de estar sobre o efeito da maldição Crucius. Mas anjos?!

Isso já era demais, até para mim! Ou então, a minha saúde mental tinha ido aos ares!

Suspirei mentalmente, já que não me conseguia mexer.

Eu estava fechada dentro da minha mente. Não sentia o mundo exterior. Só sentia dor física, e agora, psicológica.

Estava tão escuro! Eu continuava a resistir á escuridão, embora que quase como um ato reflexo. Não tentava empurrá-la para cima, apenas resistir o suficiente para conseguir pensar para além da dor.

Eu precisava pensar em algo. Algo que me mantivesse ocupada, distraída da dor.

Flashback

Entrei na floresta proibida o mais silenciosamente que consegui. Caminhei até encontrar uma pequena clareira, olhei á minha volta e vi.

Um vulto. Quando me aproximei da clareira, ela tirou o capuz e eu pude ver a assassina do meu pai. Jéssica Parker encontrava-se a menos de 5 metros de mim.

- Pequena Griffindor! – Cumprimentou com um sorriso cínico nos lábios, característico dela.

- Parker!

- Eu realmente pensei que não viesses – admitiu com a voz gélida. – Eu soube que deixaste a coragem para trás.

- Eu não deixaria escapar esta oportunidade – afirmei.

- Sabes, eu não te acho digna de pertencer à Casa de Salazar Slytherin – disse arrogante. – Tu és a sabe-tudo irritante. És uma sangue de lama, como a tua mãe. Não pertences à casa dos puro-sangue!

- Deixa a minha mãe fora disto! – Gritei.

Parker riu. Um riso gélido que me arrepiou.

- Seria uma pena se ela também te fosse tirada, certo? – Provocou. – Ou talvez o pequeno Hugo?

- Deixa a minha família em paz – ordenei com raiva. – Já causaste mortes suficientes!

- Oh, não querida, falta a tua – ela afirmou. – Agora, pensei que fosses mais inteligente. Porque vieste ter comigo?

- Quero saber o porquê – admiti. – Porque mataste o meu pai? Porque mataste a Scar?

Jéssica inclinou a cabeça para trás e gargalhou.

- Miúda tola – o tom de voz que usou gelou-me. – Tu ainda não percebeste?! – Eu fiquei confusa. – Sempre foste tu! Eras tu a que lhe chamava mais a atenção! Eras tu que o impressionavas mais! Era contigo que ele se importava!

- Ele?! Ele quem?

- E pior, é que tu nunca reparaste, pois não? – Ela perguntou retoricamente. Ou pelo menos acho que era uma pergunta retorica, uma vez que ela não me deu tempo de responder. – Tu és tão centrada em ti mesma que nunca reparaste no que estava á tua volta. – Ela estava irritada. – E eu odiei-te por isso! Odiei-te por seres tu que ele queria, uma sangue de lama nojenta!

- ELE QUEM? – Gritei já com raiva. O que é que ela queria dizer com aquilo?

- Ahh…esquece – ela apontou a varinha. – Sectumsempra!

- Protego! – Gritei em simultâneo. – Expelliarmus!

Ela desviou-se do meu feitiço. Continuamos a lançar feitiços uma á outra e a desviarmo-nos dos mesmos, durante algum tempo, até que as coisas correram mal.

- Petrificus Totalus – gritei.

- Crucio – gritou ela, também.

Os dois feitiços chocaram. O dela venceu.

A dor atingiu-me como milhões de facas e eu gritei.

Os meus joelhos não aguentaram e eu cai no chão.

Depois tudo passou tão depressa e tão devagar. Parecia que se tinham passado anos de infindáveis dores, mas ao mesmo tempo parecia que nem um segundo se tinha passado.

O anjo apareceu e Jéssica parou de me magoar. Eles conversavam e eu não conseguia ouvir o que diziam.

- NÃO! – O anjo gritou e a dor voltou.

Tudo começou a ficar escuro. O meu corpo ardia e a última coisa que vi foi anjo cair no chão ensanguentado. Ele olhou para mim e encontrou os meus olhos.

Cinza no azul. E a escuridão tomou conta de tudo.

Flashback off

Cinza no azul!

Eu sabia que isso me era familiar, mas eu não me lembrava do quê!

Três coisas aconteceram ao mesmo tempo.

A dor diminuiu. Eu passei a ter noção do mundo exterior. E a escuridão passou.

Abri os olhos, sendo cegada pela imensa luz. Voltei a fechar, e depois a abrir, tentando acostumar-me.

Levantei um pouco a cabeça e vi uma pessoa semideitada na cadeira ao lado da minha cama.

Ele dormia.

Quando me tentei sentar a maca rangeu e ele acordou.

Primeiro, olhou a sua volta confuso. Depois, olhou diretamente para mim como se não conseguisse acreditar.

Cinza no azul! O meu anjo!

- Rose? – Ele procurou confirmar. – Estás mesmo acordada?

Sem esperar a sua resposta, ele levantou-se da cadeira e abraçou-me.

Algo naquele abraço era terrivelmente familiar e ao mesmo tempo constrangedor. Certo e errado, em simultâneo.

- Como te sentes? Estas bem? Devo chamar a Madame Pomfrey? – O anjo perguntava aceleradamente, sem parar para respirar.

Olhei para ele confuso. Passados alguns segundos, ele retribuiu-me o mesmo olhar.

- Estás bem? – Perguntou cauteloso.

- Sim – disse com a voz rouca e áspera. Parecia que já não era usada há muito tempo. Afinal, quanto tempo estive desacordada?  – Mas quem és tu?


Notas Finais


Eu diverti-me imenso em ser ameaçada por vocês, sério! Ri ás gargalhadas no quarto ontem á noite... eu gostei mesmo de vos ver sofrer! O que posso dizer? Sou parente dos Riddle só pode!!!

Mas, como também devo ter sangue Evans, eu sou boazinha, então fiquem lá com a Rose ^^


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