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História I'm gonna be a bad boy. (Imagine Jeon Jungkook) - A solidão de companhia.


Escrita por: melynbb

Notas do Autor


Talvez eu poste o próximo hoje ou amanhã, tô me sentindo inspirada para escrever esses dias.

Capítulo 6 - A solidão de companhia.


Fanfic / Fanfiction I'm gonna be a bad boy. (Imagine Jeon Jungkook) - A solidão de companhia.

 

 

Dia seguinte, quarta-feira.

 

07:00 da manhã, na escola.

 

 

P.O.V s/n.

 

 

 

Hoje pela manhã eu procurei evitar meu pai de novo. Não queria fazer a simpática com ele depois da nossa conversa sobre o Bryan (acho que é esse o nome dele), e também tem a conversa que vou ter com ele sobre o Jungkook hoje. E eu tenho a leve sensação de que ele não vai aceitar muito bem, não sem antes fazer um escandalo.

 

Antes de sair de casa eu o ouvi me chamar, mas dei a desculpa de que tinha algo importante para fazer e sai praticamente correndo de casa. Fui o caminho inteiro pensando na reação que o meu pai teria, tenho medo dele me botar de castigo quando chegar em casa, o que é bem possível que aconteça. Mas não vou pensar muito nisso.

 

Assim que chego na entrada da escola vejo Jungkook sentado de baixo de uma árvore como o bom lobo solitário que ele é, pra falar a verdade, ele é tão bruto com as pessoas que elas devem ter medo de se aproximar dele (eu sou a única doida que tem coragem de falar com ele), mas no momento tem várias pessoas olhando em sua direção enquanto fofocam. Nem preciso dizer o motivo, né? É óbvio que estão falando sobre os braços musculosos e tatuados do Jeon.

 

 

-Sinto vontade de socar a cara desses linguarudos de merda. Nunca viram tatuagens na vida? Ficam olhando como se meu braço tivesse uma gangrena. --reclamou, como de costume, o moreno assim que me aproximei-

 

-Bem, é que todos sabem o quão rígido meu pai pode ser em relação a códigos de vestimenta. --sento de frente para o garoto, esse que possuía uma sorriso brincalhão em seus lábios-- Qual o motivo da graça?

 

-O jeito que você fala, parecendo que está em uma reunião de empresa. Apesar de ser fofinho, não precisa ser tão formal assim. Não comigo. --bufo meio corada ao o ouvir dizer que meu jeito é "fofinho", boto uma mecha de cabelo atrás da orelha desviando o olhar-

 

-Eu estou usando a educação que meu pai me deu, tá? Tenho que aproveitar, é uma das poucas coisas que presta que ele me deu.. --digo baixo meio amargurada-

 

-Pensei que sua convivência com seu pai fosse boa. --a expressão de Jungkook era neutra, mas seu tom de voz mostrava curiosidade no assunto-

 

-É, na medida do possível. Meu pai é extremamente rigoroso e completamente ausente, nunca tive carinho dos meus pais..

 

-E sua mãe?

 

-Morreu durante o parto. --suspiro-- E você? Como é sua relação com seus pais?

 

-Meus pais são divorciados. Minha mãe é chata pra caralho e meu pai é um babaca. --diz indiferente-

 

-Já vi que você é xodó da família. --digo irônica, ele apenas da de ombros-

 

-Teu pai chegou. --constata olhando o citado caminhar para dentro da escola-- Vamos logo com isso pra eu não ter que te aturar por mais tempo.

 

-Eu provavelmente vou ficar de castigo, apenas para te ajudar e é assim que me agradece?! --olho incrédula e com um pouco de raiva para o garoto-

 

-Pra começo de conversa, você se ofereceu pra falar com o velhote, não te obriguei a nada. E além disso, eu tentei me agradecer com um beijo ontem, mas você fez doce. Lembra?

 

-Eu não vou te beijar..

 

-Ah, qual é garota. Por que você tem que ser tão chata? Sexo sem compromisso não mata ninguém. --revirou os olhos enquanto eu o olhava perplexa-

 

-Foi você mesmo quem acabou de dizer que quer se livrar de mim o quanto antes, e agora ta falando de sexo sem compromisso? Você tem transtorno bipolar?

 

-Talvez, não sei direito. Mas esse seu jeitinho de marrenta e mandona me irrita, me irrita de um jeito que me faz querer calar sua boca com a minha. --ele se aproxima de mim como um animal predador, porém eu me afasto-

 

-Não vamos arranjar mais motivos de falatório além de suas tatuagens, pelo menos não por hoje. --me levanto, ouvindo um bufar frustrado de Jeon-

 

-Saiba que garotas difíceis me deixam com mais vontade.

 

 

Disse se levantando também. Sai andando em sua frente como se o que ele falou não tivesse sido dirigido a mim, ele apenas riu baixinho com seu ar malandro. Andamos apressados até a sala do meu pai, com alguns olhares curiosos das pessoas em nossa volta, alguns até diziam coisas do tipo "a polícia do corredor pegou o marginal". Tais murmúrios que Jungkook fazia questão de calar com seu olhar extremamente frio e arrogante. Bati na porta assim que chegamos em frente a sala, ouvindo um "entre" logo em seguida.

 

 

-Senhor, precisamos conversar. --digo séria assim que adentro a sala com Jungkook ao meu lado-

 

-Eu não acredito no que vejo. Não falei para você dar um jeito nesses rabiscos na sua pele Jeon? --meu pai profere tais palavras olhando as tatuagens de Jungkook com desprezo-

 

-É exatamente sobre isso que vim falar. Não pode obrigar o Jeon a usar casaco todos os dias, principalmente se o senhor aceitou ele na escola mesmo sabendo das tatuagens. --comecei com meu discurso-

 

-Você sabe mais do que ninguém que não é permitido tatuagens, pircings, cabelo colorido ou qualquer outra coisa aqui na escola. Ele tem que cobri-las!

 

-Ta, mas quando ele veio se matricular o senhor ficou ciente das tattos, e mesmo assim deixou com que ele ficasse. Ontem eu o encontrei jogado no chão do corredor passando mal de tanto calor, com um casaco no corpo mesmo estando quase quarenta graus, apenas para esconder os braços. O que o senhor faria se ele tivesse desmaiado de desidratação?

 

-Você é advogada por acaso? Não tem que se meter em nada! --meu pai altera a voz me dando um leve susto, me encolhi um pouco-

 

-Tá gritando com ela por que?! Quem tá com tatuagem sou eu, então se resolva comigo. Eu vou vir pra escola sem casaco SIM, e se você quiser gritar eu posso chamar meus pais com o advogado deles pra você gritar à vontade. Era só isso que eu queria falar mesmo, tenha um bom dia.

 

 

E então Jungkook me pegou pela mão me puxando para fora daquela sala. Eu estava petrificada, paralisada e aprovada, em minha cabeça só se passava nas mil possibilidades que meu pai poderia arranjar para me castigar sobre o que aconteceu. Não esperava que Jungkook fosse bater de frente com ele apenas para me defender. Não sei se rio ou se choro.

 

 

-Ei! Acorda pra vida garota! Tô falando contigo. --Jungkook estalou os dedos na frente do meu rosto-

 

-O-oi?

 

-Você tá bem? Parece pálida.

 

-Eu estou oficialmente de castigo. --suspiro-- Mas obrigada por tentar me defender.

 

-O que? Vai ficar de castigo só porque eu não deixei ele gritar com você? E eu achando minha mãe chata..

 

-Não, ta tudo bem. Eu já ia ficar de castigo de qualquer forma..

 

-Valeu por ficar do meu lado mesmo sabendo que seu pai ia ficar puto. --botou as mãos nos bolsos da calça, sua expressão era a típica de indiferença-

 

-Considere minha forma de agradecimento por ter me ajudado com o loirinho naquele dia.

 

-Fala sério, o que tu tava fazendo com aquele imbecil? Se eu não tivesse chegado ele teria te abusado, certeza disso. --revirou os olhos em desgosto-

 

-Meu pai. --cruzo os braços irritada-- Meu pai é doido para que eu namore aquele empecilho, só que isso não vai acontecer. E esse é um outro motivo pelo qual vou ficar de castigo. --suspiro-

 

-Teu pai é um pé no caso. Mas agora eu vou indo nessa, não quero que as pessoas achem que agora eu tô distribuindo gentilezas por aí, vai acabar com a minha reputação. --deu dois passos para trás passando a mão em seus cabelos-

 

-Ah claro, sua reputação de bad boy? --digo irônica recebendo um sorriso maroto dele-

 

-Óbvio, uma reputação de garoto encrenca é tudo na vida. Te vejo na hora da saída, tô afim de te ver apavorada pelo retrovisor da moto de novo. --piscou para mim e saiu desfilando com sua pose de machão e suas mãos no bolso da calça. Reviro os olhos rindo levemente logo seguindo caminho oposto do dele-

 

 

 

(...)

 

 

 

Depois de toda aquela confusão a aulas começaram, Jungkook era o principal motivo de falatório na sala, principalmente das meninas. Todas falando o quão bonito ele era e o quão sexy as tatuagens ficavam nele, não vou julgar pois penso o mesmo. Mas eu tinha uma vantagem que nenhuma delas tem, eu sou a única pessoa mais próxima de uma amizade que ele tem na escola, e algo me diz que ele não vai fazer esforço para mudar isso. O temperamento de Jungkook é extremamente difícil, absoluta certeza que ele não teria paciência em formar amizade com as pessoas da sala (sendo sincera, nem sei como ele ainda não tentou me matar).

 

Sem falar do meu pai. Passei o tempo inteiro dentro de salas de aula ou na biblioteca só para evita-lo, consequentemente não vi Cindy, nem Jungkook ou qualquer outro colega que eu tenho. Mas ao final das aulas não teve jeito. Meu pai estava me esperando no final do corredor para irmos embora juntos, e eu não pude fazer nada além de ir com ele. O trajeto foi silencioso, dava para sentir a tensão no ar. Meu pai tinha uma expressão de pura raiva, coisa que me dava certa apreensão e medo. Assim que atentarmos a casa ele começou suas ameaças:

 

 

-É isso que você quer para você?! É desse jeito que você quer escolher seu futuro sozinha? Se misturando com gente da laia daquele moleque?! Eu NÃO quero você perto daquele garoto, tá me ouvindo s/n?! --ele gritava enquanto apertava meu braço e me arrastava em direção ao meu quarto-

 

-P-pai, tá me machucando! --tento me soltar, mas isso só faz com que ele me aperte mais. Por um momento me lembro de Bryan me agarrando a força e de Jungkook me defendendo, e então desejo que o moreno esteja aqui para me defender novamente-

 

-Cale-se! Está merecendo apanhar, sorte sua que eu não te bato! --abriu a porta do quarto e me jogou lá dentro, me fazendo quase perder o equilíbrio-- Me de o seu celular, está de castigo!

 

-Não pode fazer isso! Só estava defendendo os direitos que ele tinha, você está abusando de sua autoridade de pai! --grito em desespero-

 

-Mandei se calar! Abusando de minha autoridade ou não eu sou seu pai, sei o que é melhor para você. Aquele garoto é um marginal e não merece defesa! Anda, me da seu celular agora! --entrego meu celular para ele a contra gosto-- Está de castigo sem celular, sem Cindy, sem festas, sem televisão, sem internet, sem computador, sem nada! Vai ficar ai no quarto até segunda ordem! --arregalei os olhos quando o vi pegar a chave do quarto e trancar o cômodo por fora, me deixando presa ali-

 

-Não! Pai, PAI! ME SOLTA DAQUI! NÃO PODE FAZER ISSO!! --grito batendo na porta enquanto choro, mas não obtive respostas-

 

 

Deslizo até o chão aos prantos, não suporto quando ele me tranca aqui. Nunca contei para ninguém, mas acabei ficando meio claustrofóbica por conta desse tipo de castigo que meu pai me da. Ele costuma me deixar presa aqui durante semanas, me deixando sair apenas para me levar até a escola. Ele me leva até a escola e me trás de volta para casa, eu almoço e ele me tranca novamente no quarto.

 

 

 

Não sei em que momento eu dormir, só sei que apaguei no chão do quarto toda encolida. E mais uma vez estou aqui, presa. Com apenas a solidão de companhia. 

 

 

 

 


Notas Finais


Pesado! O que acharam? Foi meio triste mas talvez o próximo seja diferente. Ou não ksksks


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