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História I'm NOT a mother! - Amizades eternas, precisam de cuidados


Escrita por: marrie0209

Notas do Autor


Voltamos, depois de uma semana? Sim mas voltamos.


Eu sinceramente não sei se esse capítulo vai agradar, mas ele é importante no desenvolvimento de personagem e também pro núcleo da clínica. Vamos aprender mais sobre BaekTae?


Boa leitura.💮

Capítulo 6 - Amizades eternas, precisam de cuidados


Fanfic / Fanfiction I'm NOT a mother! - Amizades eternas, precisam de cuidados


Eu te empurrei na esperança de te pegar
Lamento dizer essa palavra uhm
Duas crianças muito jovens e burras
Taemin – 2 KIDS





 Amizade é algo estranho, uma ligação que muitos dizem que pode ser escolhida, mas eu discordo. Como eu posso comparar minha decisão entre vestir uma camisa branca ou preta, com manter uma relação de anos com alguém? Algo completamente natural e orgânico, que para durar tanto tempo precisa de confiança e sinceridade. Amizade não é como decidir ou necessitar algo. É um acontecimento que pode ser mais comum para algumas pessoas, e extremamente rara a outras.


 Eu sempre fui relativamente sociável, mesmo preferindo ficar em casa, nunca tive problemas para puxar assunto com as pessoas. Nunca fui solitário, e sim uma criança "normal" e "educada" — seja lá o que isso quer dizer. Eu realmente sempre gostei de conhecer pessoas, e achava legal conversar com as pessoas era fácil pra mim. Andar pelos corredores e sorrir, acenar e cumprimentar pessoas que eu nunca havia conversado antes. Era comum, não que eu nunca tenha sido julgado por isso, digamos que a maior parte da população coreana não acha isso 100% respeitoso e legal. Mas a maioria dos idosos que eu cumprimentava nas bancas de revista, sempre me elogiaram e sorriam de volta. Em suma essa ideia de solidão ser normal, é algo que só apetece verdadeiramente adultos viciados em trabalho e adolescentes melancólicos.

 Quando você fica velho, você começa sofrer esse preconceito da sociedade sobre perder sua utilidade, e não pagar mais impostos ao governo. Mas a maior libertação humana, é sem dúvida envelhecer e não se importar com as opiniões alheias. Simplesmente fazer o que quer, e se expressar como bem entende. É claro que com isso a solidão vem de brinde, um presente de Tróia que você construiu por toda vida. E por isso os idosos se importam tanto com a vida dos filhos, netos e jovens ao seu redor. Por isso os meus "bom dias" eram respondidos, algo como um sentimento de ainda existir e ser reconhecido como um humano normal nesse mundo.

 Todo esse pensamento de que somos únicos, e que todas as pessoas são irritantes e horríveis, que nós nutrimos durante nossa juventude. E depois migra para achar que você está bem com os três amigos do colégio, e que as contas são mais importantes do que as férias e sair para conhecer pessoas. Tudo isso é cobrado na nossa velhice, quando os jovens nos acham antiquados e inúteis.


  E quando você tem tempo para ouvir as razões dos ignorantes, para conversar com os irritantes e não tem contas para pagar? O que você faz quando seu tempo livre, são as 24 horas do dia e os sete dias da semana? Os três amigos do colégio ainda vão estar com você? 


 Eu comecei a refletir sobre isso há muito tempo, desde o ensino médio quando eu percebi que passava metade do meu tempo livre, julgando o comportamento e as ideias das pessoas, sem nunca realmente conversar com elas. Um dia eu não vou ter ninguém, naquela época nem pensar em um filho eu pensava. Então mesmo assim eu decidi ser sociável, alguém disposto a ouvir e discutir pacificamente. Desde então eu ganhei muitos amigos, conheci pessoas interessantes e aumentei meu círculo social. E é exatamente, o que estou fazendo agora.



 Sentados em uma das mesas do refeitório, eu Baekhyun, Junmyeon e Kun; tentamos descobrir mais, sobre a vida uns dos outros. Não que eu e Baekhyun tenhamos muito para descobrir sobre nós, mas os outros dois são uma grande surpresa. Os morenos a primeira vista me pareceram similares, os dois possuem esse ar de "husband material", que os dramas vendem. No entanto, enquanto Junmyeon é bem falante e expressivo. Kun é bem mais tímido, no começo pensei estar relacionado a ele ser chinês, talvez não tivesse muita confiança em falar um idioma que não é o sua primeira língua. No entanto, o maior provavelmente era melhor que eu falando coreano, ele simplesmente não era tão aberto para estranhos. Inclusive Kun era a pessoa que havia se mudado, ele contou que também não esperava, mas quando chegou a senhorita Jang simplesmente só lhe avisou por cima, e ele nem ao menos foi levado até a sala da mesma.



— Por que? Não que eu tenha gostado da experiência, mas é meio injusto que nós tenhamos toda essa consulta e você só foi avisado sobre algo de última hora. – disse bebericando o chá amargo, que as enfermeiras haviam recomendado.


— Bem... eles não ficam tão felizes, de terem que receber não pagantes. É mais por conta do acordo com o governo, que ajuda financeiramente e com alguns patrocinadores que apoiam a instituição, mas no começo eles perderam alguns clientes. E também.. bem.. – o chinês dizia tudo pausadamente, como se pensasse em cada palavra e até mesmo em como elas soariam. 


— O que? O que eles ganham com isso? – dessa vez era Baekhyun que perguntava, claramente curioso sem intensão de esconder a fofoqueira interna.


— Bem.. eu não sei se eles ganham diretamente, ou indiretamente, tipo indicações e tals. Mas, geralmente boa parte das pessoas que estão aqui pelo governo, não tem como criar as crianças, e também são jovens que não se casaram ou terminaram a faculdade. Esses ômegas, podem ter sido assediados ou engravidado acidentalmente. Mas no geral eles não tem preparamento, e por isso o governo paga a instituição, para dar um lar temporário e preparar esses ômegas. No entanto, as vezes isso não é suficiente, e alguns casais ricos decidem "adotar" essas crianças que os pais não tem como criar. Hoje em dia é muito comum que ômegas sejam inférteis ou que Alphas se casem com Betas e outros Alphas, o que diminui a chance dessas pessoas terem filhos, então adotar crianças que tem pais fragilizados pelas condições sociais é mais rápido do que entrar na fila de adoção. – explicou o moreno, que claramente não se sentia confortável com o assunto. 


— Eu não sabia que as pessoas faziam esse tipo de coisa. Isso não é contra lei? – questionou Junmyeon.


— Isso eu não sei. Tecnicamente essas coisas não devem ser facilitadas, porque os pais adotivos tem que provar que são aptos para criar uma criança. Mas como pra gente rica isso não importa, de resto tá dentro da lei. Os ômegas não são ameaçados e passam a guarda de boa, geralmente o processo acontece antes da terceira semana, porque na quarta já é obrigatório que a criança seja registrada. E se ela ainda não for, é muito mais fácil para os pais adotivos.– disse bebericando seu chá, mas ao contrário de mim não fez careta.


— Isso foi bem creepy, acho que não vou conseguir olhar pra esse lugar com os mesmos olhos. – Baekhyun disse recebendo um aceno de Junmyeon.


— Sinceramente eu já não olhava com bons olhos, só estou aqui porque é menos incômodo do que obrigar minha mãe e minha vó a cuidarem de mim. – disse sincero. Não aguentava o conceito daquele lugar, e andar pelos corredores só aumentava minha antipatia.


— Bem, pra mim esse lugar ainda é ótimo. Pelo menos eu não vou aumentar meus gastos por esse mês, e logo vou voltar a trabalhar. – o Qian disse sorrindo, mas claramente não estava feliz com sua situação.


— Você trabalha com o que? – perguntei.


— Atualmente eu sou cozinheiro em um restaurante até que famoso, mas eu estudava para ser diplomata. – e mais um sorriso amargo para a conta.


— Que legal, eu espero um dia comer no seu restaurante. – Junmyeon sorri, transformando seus olhos em riscos – Eu era professor do primário, mas depois que casei não trabalho mais.


— Eu sou ceo de uma rede de hotéis, e ainda estou decidindo entre me aposentar ou não. – Baekhyun comentou tomando um gole de água em seguida.


— Se aposentar? Como assim? Você passou quase dez anos trabalhando pra Deligth crescer, como você pode pensar em abandonar tudo? 


— Eu sei Tae, mas existe uma diferença entre ser ceo sendo pai, e não ser pai. O Chanyeol também trabalha, e eu não quero deixar o Meonjeo sozinho..


— Espera, você apelidou seu filho de Meonjeo? (*Primeiro) – o interrompi.


— Sim, ele é meu primeiro filho. – dá de ombros.


— Nossa Baekhyun, você não tem vergonha de escolher um apelido tão bobo? – questiono observando os outros dois rirem.


— Não. Esse nem vai ser o nome dele, só apelidei porque meus pais e os pais do Chanyeol, ficaram brigando pelo nome. "Tem que ser Chanseol, em homenagem ao bisavô dele!" "Não! Tem que ser Soobin em homenagem ao tataravô dele!" – disse imitando a voz dos mais velhos.


— Não sabia que vocês iam deixar eles escolherem, pensei que você fosse contra. – comentei bebendo o chá amargo novamente, eles não tem açúcar aqui não?


— Eu não vou, mas se eles acreditam nisso o que eu posso fazer? – sorriu debochado.


— Ok, mas você vai deixar a Deligth pra quem? Seus irmãos não estão cuidando de outras coisas? – questiono novamente.


— Ou eu vou vender, ou eu vou obrigar o Chanyeol a cuidar até o Meonjeo ter idade suficiente para ir pra escola. 


— Chanyeol tá trabalhando com o que mesmo? 


— Ele tá cuidando de uma empresa de marketing do meu pai. Sabe como é, o velho emocionou na hora de ter um conglomerado, e sobrou para os filhos e genro gerenciarem. O Mingi tá cuidando sozinho de três empresas de comida, e a Jinjoo tá cuidando das de roupas. Eu escolhi os de turismo, mas com o Meonjeo não vou poder trabalhar por pelo menos uns 6 meses, o que tá menos ocupado é o Chanyeol. – dizia enquanto os olhos de Kun se arregalavam.


— Quantos anos o seu pai tem, Baekhyun? – o chinês perguntou fazendo Baekhyun rir – Sério, como alguém consegue ter tantas empresas em uma vida só?


— Na verdade, as empresas de comida já eram da família. Mas quando meu pai assumiu a economia tava indo de vento em popa, então os números aumentaram rápido e logo ele começou a abrir novas empresas. Antes quem cuidava delas, eram o irmão caçula do meu pai e meus tios maternos, mas agora eles já estão aposentados. – explicou simplista.


— Ok, mas quando você ia me contar que estava grávido? – voltei ao assunto de mais cedo, e Baekhyun me encarou com um ar divertido.


— Quando você me contasse quem é o pai do SeonMul! Ou você acha que eu esqueci? "Ai hyung, não quero falar disso agora. Mas você vai ser o primeiro a saber!" Corta para 7 meses depois, e você ainda não falou! — claramente Baekhyun tem boa memória, mas em contra partida é péssimo me imitando.


— Dois pesos, duas medidas Baekhyun. Uma coisa é contar sobre estar grávido, outra é contar algo que ninguém sabe e eu nem sei como falar. – retruco.


— Dois pesos o caralho! Eu namorei com você por quase dois anos, e ainda te aguento há mais de 6. E você não me conta nem quem foi o desgraçado que te engravidou? Que tipo de consideração você tem por mim? – disse irritado se apoiando na mesa.


— Dois pesos sim! Eu sei de tudo isso, mas não é como se eu soubesse como contar, e algo que me sufoca e eu não sei como sair, que diferença te contar faria? – me levanto encarando os olhos do Byun.


— Não sei, se ia fazer diferença. Mas eu estaria do seu lado, como estive pelos últimos 8 anos! Quando você vai entender que o mundo não é sobre você ajudar as pessoas, e sim que as vezes você também precisa de ajuda! Essa é a mesma discussão de 6 anos atrás, você não consegue confiar nas pessoas quando faz alguma merda! 


— Eu não consigo! Como você disse, é a mesma briga de 6 anos atrás, e você ainda não entende o meu lado caramba! Quando VOCÊ vai entender que o mundo não é sobre eu não querer ser ajudado, e sim sobre eu não conseguir ser ajudado?


— Porra Taeyong! É só dizer quem é, por acaso você acha que eu vou te abandonar por você ter um filho! – o Byun disse ainda mais irritado, batendo na mesa novamente.



 E eu não respondi, só consegui encarar ainda amis irritado o Byun. Baekhyun sabia como essas coisas são difíceis, e mesmo assim presume que tudo é simples.




— Ok pessoal, mas agora vamo parando. As pessoas já tão até olhando. – Junmyeon disse me puxando pra baixo devagar, enquanto Kun fazia o mesmo com Baekhyun.



  Olhei ao redor, e vi pelo menos umas cinco pessoas nos encarando, os olhos julgadores eram efetivos e logo nós dois estávamos me silêncio. Kun e Junmyeon se sentiam desconfortáveis, mesmo que já tivéssemos explicado nosso antigo relacionamento, e a situação atual. Era compreensivo o estado dos dois, afinal não é algo recorrente nossas brigas muito menos na frente de desconhecidos, sinceramente não esperava essa reação do Byun.



— Mais calmos? – Junmyeon questionou e nós acenamos em concordância – Não sei qual é o problema de vocês, mas sinceramente não acho que discutir sobre algo que ambos não estão verdadeiramente dispostos a fazer, seja contar ou simplesmente esquecer. Não vai levar isso a lugar nenhum, os dois precisam conversar sobre isso, de forma responsável. Além disso Baekhyun não tem nada haver com isso, se o Taeyong quiser contar ele vai e pode não ser para você. – reprendeu o mais novo.



 Não dissemos nada, não sabia o que argumentar e sinceramente, eu não tinha nada para dizer. Nossa amizade era importante, e eu sabia que Baekhyun não se abalaria com a notícia, mas era tudo tão difícil para mim. Sinceramente as vezes me sinto uma personagem de livro adolescente, que acha que o mundo a odeia e não consegue pensar normalmente. Eu não gosto de ser assim, mas eu realmente não consigo falar sobre. Talvez porque eu não quero enfrentar Jaehyun, não sei qual pode ser sua reação, e a ideia dele saber sobre por outra pessoa me causa pânico.


  Mesmo sabendo que Baekhyun é meu amigo, e que não escolhemos essa amizade ela se tornou necessária. Assim como não consigo imaginar minha vida sem um Doyoung me atormentando, não consigo me imaginar sem o Byun debochando e tirando sarro das minhas atitudes infantis. Sei que ele jamais faria algo de mau, mas também não sei se ele conseguiria guardar esse segredo sem surtar. Baekhyun também nunca foi muito amigo de Jaehyun, talvez por saber do meu precipício pelo Jung, ou por Jaehyun nunca ter me afastado de verdade e nem me dado uma chance — baseado nas informações que ele tem.— 


 Baekhyun ao contrário de Chanyeol e Doyoung, não gosta de Jaehyun, por motivos mais profundos do que birra ou rivalidade esportiva. Ele não gosta de Jaehyun, porque eu gostava de Jaehyun.



 Nós nunca falamos sobre o nosso término, talvez porque duas semanas depois estivéssemos agindo como se nada houvesse ocorrido. Mas terminamos porque há seis anos atrás, eu ainda gostava de Jaehyun. Eu realmente amei e amo Baekhyun, pensei em me casar mesmo enfrentando o senhor Byun. Mas por algum motivo meu coração idiota também gostava de Jaehyun, e era e é, difícil admitir que esse músculo ridículo não conseguiu esquecer um garoto bonito. 


 Eu não sei dizer quando ou porque, eu comecei a gostar de Jaehyun. Foi em algum momento do começo da minha adolescência, e com certeza Jung Jaehyun nunca foi alguém que eu descreveria como feio, mas ele também nunca foi próximo. Talvez o fato de eu não ter a melhor das auto-estimas naquela época, fez com que esse crush impossível existisse. Desde que eu descobri sobre minha condição, comecei a pensar que eu não seria desejado como ômega para nenhum alpha, um pensamento bem idiota e preconceituoso, mas infelizmente ainda real. Eu passei toda minha adolescência sem nem ao menos tentar, namorar. Então um crush impossível, era um grande escape para essa minha falar de auto-estima; não é que eu não queria namorar, era que quem eu queria não gostava de mim

  Meu processo de descoberta sexual também foi bem atrasado, a minha primeira vez foi na faculdade e meu primeiro beijo foi Doyoung quem roubou e ainda disse: "Tô cansado de você reclamando disso! Não sou pago pra te aturar não Taeyong." E eu fiquei lá parado, sem saber se vomitava ou beijava ele. Não me julguem eu tinha 15 anos.



 Desde nosso término, eu e Baekhyun evitando ao máximo nos intrometer nesses assuntos, afinal ainda lembramos da briga que acabou com nosso relacionamento. Então nunca me intrometi no casamento de Baekhyun — a não ser quando ele me pedia — e nem Baekhyun sobre Jaehyun, ou qualquer outro caso. E assim mantivemos nossa amizade pelos últimos seis anos, sem nunca cobrar explicações. E como o esperado, quando alguém cobrou voltamos para o mesmo ponto de seis anos atrás…


Confiança



 Eu não me considero alguém inseguro, não mais. No entanto eu ainda tenho problemas sobre confissões, acho um pouco absurdo manter todas as minhas informações com alguém que pode me trair. E isso meus pequenos gafanhotos, se chama: Paranóia.


 Eu realmente tenho um leve caso de paranóia, meu psicólogo já me avisou. Eu não preciso de remédios nem nada, é quase saudável no meu nível. Simplesmente tenho dificuldade de confiar coisas vergonhosas e possivelmente perigosas a longo prazo. Nunca me fez mal, eu simplesmente não falo muito sobre coisas que me envergonham. No entanto algumas coisas como meu crush em Jaehyun, podem parecer uma pequena traição quando eu escondo de você. Eu não fiz nada, mas também nunca falei sobre o Jung para Baekhyun o que nos trouxe até aqui, um Baekhyun casado com outra pessoa, e que tem esse argumento sobre minha confiança, para sempre jogar na minha cara. 

 Se meu crush em Jaehyun era vergonhoso, porque ele era meu primo de consideração e não gostava de mim. Jaehyun ser pai de SeonMul, é algo que eu não consigo controlar nem um pouco, o que ele vai fazer com essa informação? Eu não tenho a menor ideia. Ele pode ignorar, conversar sobre ou querer a guarda de SeonMul. Essa pequena informação, pode acabar com minha vida de tantas formas que chega a ser injusto. 


 E eu realmente não consigo diminuir minha paranóia. Em outros casos, eu simplesmente iria contar para Doyoung ou minha mãe o que me deixa envergonhado, e eles iam fazer piada ou dizer que não faz sentido ter vergonha, e eu pararia de me martirizar. Mas como eu contaria isso? E se meus pais finalmente chutarem o balde, e me mandarem pastar? Se Doyoung achar que eu sou um imbecil, que não consegui mudar em 16 anos, e esquecer um crush idiota? A verdade é que eu sou paranóico, mesmo que na maioria das vezes não seja grave ainda sim me atinge de certa forma. Todos estamos a mercê de trastornos mentais, mas como eles vão se apresentar é algo completamente desconhecido e fora dos nossos conhecimentos e previsões. Felizmente minha paranóia não é grave, minha desconfiança não chega ao ponto de eu não conseguir me relacionar, e eu nunca pensei estar sendo perseguido. É mais sobre as fic's da minha cabeça mesmo.


 Mas isso novamente, não é muito bem visto em um relacionamento. Hoje eu me acho atraente, e consigo me ver em um relacionamento só não por agora. Mas por muitos anos não foi bem assim, e Baekhyun me conheceu nesse período. Uma vez eu li em algum lugar, já não me lembro mais, que "O amigo que conhecemos no fundo do poço, raramente nos abandona." Eu realmente consigo ver isso, eu não estava realmente no fundo do poço, mas eu também não estava nem ao menos na altura do mar, quem dirá sobre as nuvens. 

 E Baekhyun foi uma grande ajuda, Doyoung estava focado na família dele naquela época, e eu não tinha muitos amigos para ligar. Meu outro melhor amigo tinha acabado de voltar para o Japão, Nakamoto Yuta era intercambista e jogou no nosso time de futebol, também foi um caso meu e uma grande amizade. Yuta é outro que se casou recentemente, eu fui convidado mas não consegui ir até Osaka para o casamento, ainda mantemos contato.


 Quando percebi o quão próximo Baekhyun estava da minha vida, já era tarde e eu já estava apaixonado. E difícil traçar uma linha entre amar um amigo e começar a amar esse amigo de forma romântica. E por isso eu acredito que não temos o menor controle sobre nossas amizades, mesmo depois de 20 anos não sei o que Doyoung tinha de diferente das outras crianças do jardim de infância. E também não sei o que Baekhyun achou em mim, que fez com que ele não fingisse que eu nunca existe, depois do nosso término. Não sei o porquê de eu começar a assistir os jogos chatos de futebol, mesmo sabendo que eu gostava de basquete depois que Yuta começou a se aproximar. E eu nunca vou saber o porquê de ir às festas da empresa, só para ver Jung Jaehyun vestindo um terno bem longe de mim.


 Talvez eu também nunca descubra tudo isso, e muito menos o porque de eu, Baekhyun, Junmyeon e Kun estarmos sentados nessa mesa contando nossa vida uns para os outros. Eu não sei o que faz meu coração bater, e também não sei o que faz ele doer ou se aquecer. Talvez sejam os sorrisos sinceros, ou a confiança alheia. Mas eu não me importo mais com isso. Mesmo se eu morrer sem saber o porquê eles estarem ao meu lado, eu viverei cada minuto ao lado deles.









— O pai do SeonMul é o Jaehyun.












Notas Finais


Confiança, o que acham disso?

Espero que tenham gostado, e também que estejam dando stream em Alcohol Free e Don't figth the feeling. Semana que vem tem comeback do ONEWE e estou feliz.


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