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História I'm Ômega! - Choro


Escrita por: Luka_001

Notas do Autor


Oi, lindas! Como estão? Ansiosas, acho eu rsrs. Bem, não vamos enrolar muito, aqui têm mais um capítulo, espero que gostem.

Boa leitura, e não se esqueçam, todo e qualquer crédito á Mary Liberts.

Capítulo 12 - Choro


 

Três da manhã. Era a hora que o meu celular marcava.

Desde o momento em que a amiga da Ayumi entrou em Heat exactamente à minha frente, eu me sentia ainda mais estranho.

Talvez fosse só psicológico, eu podia estar assim por ter tantas pessoas entrando no cio ao meu redor e eu não poder fazer absolutamente nada. Ou talvez, eu só estivesse atordoado por causa daquele maldito cheiro que estava empregnado em todos os lugares.

Senti meu estômago se contrair por um segundo, e coloquei a mão sobre ele, resmungando algo involuntariamente.

Odiava isso, definitivamente. Não sei se conseguiria suportar um Heat, caso eu fosse Ômega.

O Rut dura apenas 36 horas e eu já fico completamente exausto, imagine sete dias dessa tortura.

Heat e Rut não são exactamente a mesma coisa. No Rut, nós só sentimos muito, muito, muito tesão, o incómodo de estar excitado toda hora e as fisgadas no abdômen, esse último raramente acontece, mas eu sou um felizardo. Já no Heat, bem… Vocês já sabem o que acontece.

Sentia minha boca seca pela segunda vez naquela madrugada, e sabia que eu precisava ir até lá em baixo para beber algo. Foi um erro ter tomado tudo que eu trouxera mais cedo.

Eu não queria ir. Não queria cruzar com uma Haruno completamente confusa e esquisita perambulando por lá, como na noite anterior.

Na verdade, eu ainda não fazia ideia do que tinha acontecido. Eu sabia que eu só tinha me aproximado tanto daquela idiota, por causa desse maldito Rut fora de época. Eu jamais chegaria perto dela.

Mas isso também não explica o porquê de ela não ter recuado.

Não conseguia lembrar de muita coisa daquele momento e eu realmente achei que fosse melhor assim.

Por fim, eu resolvi ir. Não seria possível que a mesma coisa acontecesse dois dias seguidos.

Desci as escadas, forçando os olhos através da escuridão para me guiar. Senti uma corrente de ar frio vindo da cozinha, e pelo pouco que eu pude enxergar, havia luz lá.

Conforme eu fui me aproximando, comecei a escutar alguns barulhos.

Eu não consegui identificar de primeira, mas depois de algum tempo eu soube do que se tratava.

Havia alguém chorando.

Parei próximo a porta e me encostei na parede fria. Fora a luz que vinha da janela aberta, a cozinha estava um breu total.

O choro estava vindo de longe, mas ainda dava para ser ouvido.

Era um choro silencioso, ou era para ser pelo menos, já que a pessoa não parava de soluçar intensamente.

Eu entrei na cozinha devagar, silenciosamente, tentando achar quem estava lá.

Liguei as luzes e me assustei quando Sakura se levantou da cadeira rapidamente, derrubando-a e quase caindo junto.

Ela virou as costas para mim e limpou o rosto rapidamente na camisa vermelha, se abaixando, trémula, para apanhar a cadeira. Quando ela se virou outra vez, pude ver seu rosto tão vermelho que ela pareceu sufocada.

– D-desculpe. Precisa de algo, s-senhor Uchiha? – Ela tremeu, sem conseguir me fitar, respirando profundamente.

Eu não respondi, apenas fiquei a observando fixamente.

Que merda estava havendo com ela?

Ela arquejou e pareceu ficar ainda mais pálida que o normal, dando um passo para trás e batendo as costas na mesa. Por um segundo achei que ela fosse cair, mas ela apenas se sentou, fechando os olhos com força e respirando profundamente.

O seu rosto cansado e as olheiras ainda mais fundas que antes, denunciavam que ela ainda não tinha dormido até aquela hora.

O vento frio circulou mais uma vez pelo lugar, e Sakura suspirou, passando as mãos pelos braços e se encolhendo levemente.

Balancei a cabeça para os lados e andei até a geladeira, pegando um copo de água e bebendo rapidamente.

Sakura parecia distraída quando eu voltei a olha-la. Ela fitava o nada à sua frente com uma expressão preocupada, as sobrancelhas franzidas dando um ar triste aos seus olhos.

Uma lágrima pesada desceu pelo seu rosto, e ela olhou para mim assustada, percebendo que eu ainda estava lá. Secou-a rapidamente, abaixando a cabeça, e puxando o ar profundamente mais uma vez.

– O que estava fazendo aqui a essa hora? – Eu perguntei, terminando de engolir toda a água.

Ela olhou para mim pelo canto dos olhos , como se estivesse com medo ou algo assim, e abriu a boca como se não soubesse o que falar.

Por fim, ela apenas soluçou, prendendo a respiração logo depois e virando o rosto pro outro lado.

Engoliu em seco, e quando sua respiração saiu totalmente trémula, ela escondeu o rosto com os braços, os apoiando sobre a mesa.

Suspirei, revirando os olhos o máximo que eu consegui. Coloquei água no copo mais uma vez e dei alguns passos até a mesa, colocando-o na frente dela.

Ela podia estar tendo uma crise nervosa, ou algo assim, e se o meu pai soubesse que eu a vi, ele ficaria bravo por não ter ajudado. Ele a protegia como se fosse da família mesmo.

Sentei na sua frente, cruzando os braços e esperando que ela falasse alguma coisa.

– Por quê você estava chorando? – Eu mesmo me surpreendi quando a frase saiu da minha boca.

Não era uma coisa que me interessava realmente.

Ela fitou o copo entre as pequenas mãos e duas lágrimas grossas escorreram pelo lado esquerdo do seu rosto, fazendo-a voltar a secá-lo rapidamente com a manga da camisa.

Ela negou com a cabeça, engolindo em seco mais uma vez, parecendo ligeiramente nervosa.

Virou o copo de água de uma vez só, quase se engasgando com isso, mas se recompondo e se levantando logo em seguida.

Ela cambaleou na direcção do corredor e eu apenas fiquei lá esperando ela cair no meio do caminho, o que, de facto, aconteceu.

Eu levantei, por causa do maldito instinto Alfa e andei até próximo a ela, mas não a toquei, apenas esperei pacientimente que ela se erguesse sozinha.

Quando ela conseguiu, andou até o quarto vagarosamente, encostando a porta ao passar por ela.

Eu cai na real depois disso. Já era muito, muito tarde, e eu teria aulas em pouquíssimas horas.

Voltei para o meu quarto, fechando a janela da cozinha e desligando as luzes antes de subir as escadas. E, ao chegar lá, me joguei novamente na minha cama.

Sakura estava estranha. Ela não costumava aparentar tão fraca, apesar de que sempre soube que ela era.

Escutei alguns barulhos vindo de baixo do meu quarto, mas tentei ignorar. Do jeito que ela estava não ia demorar muito para apagar também.

 

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Sakura se levantou quando o despertador tocou pela segunda vez. Isso queria dizer que ela estava muito, muito atrasada.

Mesmo que ainda estivesse com todas aquelas dores dos arranhões na sua pele, ela sabia que não seria motivo para uma “folga”.

Ela se levantou, correu até ao banheiro e tomou o banho mais rápido de sua vida, voltou no quarto, vestiu o uniforme o mais rápido que pôde e voltou ao banheiro apenas para escovar os dentes, saiu do quarto rapidamente, enquanto prendia o cabelo.

Ficar acordada até tarde não tinha sido uma boa ideia. Ela parecia muito pior que antes, se é que era possível.

Ela se martirizou por não ter conseguido controlar a crise de choro, e ter chorado na frente de Sasuke, mas simplesmente não conseguiu. Sentiu-se muito, muito mal depois do episódio com a amiga de Ayumi. Ela ficou pensando muito na possibilidade de ser Ômega, e de ser a próxima a passar por isso, e aquilo a assustou tremendamente. Tanto que, não conseguiu se aguentar, foi até a cozinha e sentou-se, chorando baixinho, ou pelo menos acreditou, pois Sasuke apareceu de repente, a fazendo sentir-se mais fraca do que era.

Mas, ao contrário do que ela achou que o Uchiha faria, ele não falou nada maldoso ou algo do tipo, ainda meio que a ajudou, ou tentou ajudar, isso a surpreendeu, mas ficou extremamente agradecida por isso.

Quando ela chegou à cozinha, se assustou, pois todos já estavam na mesa, que milagrosamente também já estava posta.

Ela olhou ao redor, procurando pelo Uzumaki. Ele provavelmente tinha feito aquilo.

Ela ouviu alguém pigarrear na mesa e olhou para lá novamente, encontrando todos os Uchiha a observando.

– Como estás, Sakura? – Fugaku perguntou, tomando um gole do chá.

– Estou bem, senhor Uchiha. – Ela respondeu, estranhando sua voz sair tão baixa. O homem apenas deu um sorriso, assentindo.

Ela ia na direcção da porta do quintal quando sentiu uma mão fria em seu antebraço a impedindo de continuar andando.

Ela se virou, dando de cara com Ayumi a puxando para a mesa e forçando-a a sentar ao seu lado.

Ela tentou negar dizendo que não estava com fome, apesar de ser uma mentira tão idiota, mas ela não cedeu e ela precisou aceitar.

Quando algum dos Uchiha a perguntava algo, ela só conseguia responder “sim” ou “não” com a cabeça, já que estava totalmente desconfortável e desconcertada pelo olhar de raiva que Sasuke estava lhe lançando. Fugaku já havia reclamado, mas ele apenas continuou até que todos terminassem de comer e Sakura saísse da mesa.

– Você não precisa ir para a escola, Sakura, então porquê o uniforme? – Mikoto perguntou, quando ela levava toda a louça suja até a pia.

– Hm… Eu sei que eu não devia ir… – Ela começou, baixando o tom de voz para que só ela ouvisse. – Mas não posso faltar sendo que as provas estão tão próximas. Seria muito difícil pegar todo o conteúdo atrasado.

– Tudo bem. Mas tenha cuidado, okay? Não quero que você se machuque. – Ela deu um pequeno sorriso, falando no mesmo tom.

Sakura assentiu, desviando o olhar, começando a se sentir nervosa pelo medo de acontecer algo outra vez.

Depois de colocar todos os pratos na lavadoura, ela se dirigiu ao quarto, para terminar de se arrumar.

Naruto apareceu, lhe dando um casto beijo na testa e um “qualquer coisa, me ligue” antes dela sair.

Ela já tinha passado pelas portas do fundo, quando Fugaku a chamou, fazendo voltar e ir até lá.

– Sasuke, a Sakura vai com você hoje, entendido? – Mikoto disse guiando a menor até o Alfa, que a fitou totalmente incrédula e assustada.

Sasuke também parecia ligeiramente indignado. Primeiro, ele nem sequer queria estar indo naquele dia, sentia que o Rut chegaria antes que o normal, e não se sentia tão confortável com isso, e segundo, ele ainda tinha que levar aquela bastarda com ele novamente. Ele era algum tipo de táxi, por acaso?

E, além disso, Ayumi não podia leva-la? Ela ia no mesmo caminho, então, por quê ele?

Fugaku o encarou até ele revirar os olhos, e se dirigir à garagem com a pirralha atrás de si.

Ele suspirou profundamente antes da Haruno entrar no carro. Passar todo aquele tempo com ela estava sendo realmente insuportável.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo. Comentem o que acharam, (já disse o quanto amo vossos comentários?)rsrs favoritem se estiverem gostando.

Próximo capítulo, amanhã. Até lá, tentem não morrer, tá bom? kkkk Bjs ^_~


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