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História I'm Ômega! - Ômega


Escrita por: Luka_001

Notas do Autor


Oiiii, lindas. Fim de semana foi bom? Espero que sim. Ainda não tive tempo para responder os comentários do cap passado, mas irei ^^/

Eu acho que vocês estiveram ansiosas por este capítulo, e digo-vos já que é só o começo!! Os caps a seguir são os tão aguardados, apartir daqui as coisa vão aquecer de verdade!... hehehe, vcs já saberão do que estou falando \^^/

Enfim, todo crédito a bela Mary Liberts - dona da história -, e Boa Leitura!

Capítulo 24 - Ômega


 

– Sakura? – Ela se virou para a porta, vendo Mikoto colocar a cabeça para dentro do quarto. – Está pronta?

Ela assentiu, assistindo ela entrar e andar até sua frente. Ela levantou seu rosto, percebendo o quanto ela estava ansiosa, os olhos assustados e o pulso disparado.

Era realmente cedo. Faltava pouco para 5:00 A.M. Ayumi e Sasuke sequer haviam acordado.

– Você não comeu nada, certo? – Mikoto perguntou, enquanto desciam as escadas. Sakura assentiu. – Ótimo. O exame é mais preciso em jejum.

Ela ligou o carro e Sakura sentou timidamente ao seu lado, colocando a mochila no colo e passando o cinto pelo seu corpo.

As ruas estavam vazias. Apenas alguns carros passavam de vez em quando.

Mikoto ligou o aquecedor, mas Sakura não precisaria daquilo já que tudo que sentia era calor.

Elas chegaram na clínica depois de quase meia hora.

Sakura estava nervosa. Suas mãos suavam e ela não conseguia controlar seus batimentos.

Ela não gostava de agulhas, isso somado ao medo do resultado daquilo era demais.

– Aqui não é mais caro? – Ela murmurou, observando o quão grande era aquele lugar. E o quão rico era também.

– Sim, mas aqui você não vai precisar da assinatura do seu pai. – Ela disse, pressionando os lábios um contra o outro.

Sakura suspirou, assentindo. Kizashi nunca concordaria em deixa-la fazer aquele teste. Todas as vezes que ela pediu para fazer, ele apenas respondia algo como “Para quê? Você é Beta. Isso só é perda de dinheiro.”

Mikoto estacionou e saiu do carro, pegando a bolsa. Sakura abriu a porta, com as mãos tremendo ligeiramente, seguindo-a em silêncio.

Sakura se sentou num dos bancos de espera enquanto Mikoto falava com a recepcionista, perguntando sobre o teste.

A mulher voltou os olhos castanhos para Sakura por um segundo, a examinando de cima a baixo, aparentemente julgando-a pela sua aparência.

A pequena se encolheu, olhando na outra direcção, sentindo-se desconfortável.

Ela viu Mikoto entregar o dinheiro à ela e a expressão dela mudar rapidamente, se levantando e chamando outra mulher.

Mikoto andou até Sakura, que olhava para os pés, desconcertada.

– Me sigam, por favor… – A moça disse, com um sorriso falso no rosto, olhando de Mikoto para Sakura.

A mais velha pegou em sua mão e a fez se levantar. Com um sorriso ameno, para tentar encorajá-la.

Elas a seguiram até uma sala lateral, cujo as paredes eram totalmente brancas e geladas, fazendo a menor repensar novamente se deveria continuar com aquilo.

Ela a levou até uma pequena sala que tinha apenas uma poltrona e um pequeno armário ao lado, fazendo-a se sentar e saindo rapidamente.

Ela estremeceu, colocando as mãos sobre o colo, mordendo o lábio inferior. Seu coração batia forte contra as suas costelas, como se a qualquer momento pudesse quebrar uma delas.

Um Beta alto entrou na sala, carregando uma pequena bandeja com as seringas e o material do procedimento. Seus cabelos eram castanhos e seus olhos eram incrivelmente negros, o que fazia ela lembrar, e muito, o Alfa idiota que ela era obrigada a conviver.

Seu estômago começou a ficar embrulhado ao pensar nele, piorando gradativamente.

O homem pediu a Sakura que esticasse o braço e assim ela fez, encostando seu cotovelo sobre o braço da poltrona.

Ele amarrou uma liga realmente apertada logo acima do seu músculo, fazendo ela torcer levemente o rosto. O homem cutucou a dobra do seu braço com a ponta dos dedos e passou um algodão frio naquele local.

Sakura virou o rosto quando ele pegou a agulha, levando até a sua pele. Ela sentiu a leve pontada, suspirando discretamente. Notou o homem encher três pequenos frascos com o seu sangue, puxando a agulha de volta e pressionando o pequeno furinho na sua pele com o algodão.

 

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Sasuke realmente estranhou Sakura não ter aparecido para a primeira aula. Nos primeiros vinte minutos ele esperou. Olhava a todo momento para a porta, imaginando ela chamando o professor e se desculpando pelo atraso, como sempre fazia quando aquilo acontecia.

Mas ela não apareceu.

Quando ele saiu da sala, se dirigindo até o seu armário, Hinata passou ao seu lado.

Sasuke a fitou por um instante, e até pensou em chama-la, mas ela parecia realmente ocupada, escrevendo algo num caderno, andando rapidamente. E Sakura não estava com ela.

Naquele dia, as duas primeiras aulas e a quarta eles estudavam juntos. E nessa última teriam a tão temida prova de matemática.

Sakura não a perderia. Ele podia ter certeza disso.

Sasuke assistiu a segunda aula totalmente inquieto, olhando para o corredor a cada dois minutos, atento a cada barulhinho vindo de lá.

Talvez ela tivesse ido para casa. Mas Sasuke sabia que não. Ele podia senti-la.

O professor chamou sua atenção uma ou duas vezes, já que ele não se concentrou um minuto sequer na aula.

Gaara não falava com ele. Talvez por Sasuke ter o ignorado totalmente desde a noite anterior ou talvez pelo fato de Sasuke sequer ter olhado para sua cara quando chegaram, o que só deixou o ruivo com mais raiva.

Ele queria entender o porquê daquilo, mas nenhum dos dois falariam qualquer coisa para evitar brigas. Era sempre daquele jeito, apesar de não durar muito tempo.

Um pouco antes do sinal tocar, o professor perguntou algo para ele, e ele levantou a cabeça, tentando raciocinar. Não havia escutado nenhuma palavra sequer da aula toda, apenas esperando ansiosamente para sair dali.

Ele se endireitou na cadeira, pigarreando e franzindo a testa, desconcertado. Todos os outros alunos olharam para ele, rindo baixo, esperando alguma coisa.

Ele olhou para a lousa, mas não havia nada.

– Hm… Desculpa. – Ele murmurou, fechando os olhos.

O professor comprimiu os lábios e assentiu, como se estivesse meio decepcionado.

O sinal tocou e Sasuke pegou suas coisas rapidamente, jogando a mochila nas costas e saindo antes de todos os outros.

Ele olhou pelo corredor gradativamente lotando de alunos. Ele ficou na ponta dos pés, para tentar encontrar a rosada em algum lugar, certo de que não seria problema tendo em conta a cor peculiar de seus cabelos. Andou o mais rápido que conseguiu até o armário dela, olhando ao redor.

Ele não sabia porquê diabos estava fazendo aquilo. Ele não queria nada com Sakura. Apenas sentia que devia vê-la. Desesperadamente.

Sentiu uma mão pesada no seu ombro e se virou, meio ofegante.

– Você está horrível, Uchiha, o que aconteceu? – Ele deu um passo para trás, fitando o seu treinador.

Balançou a cabeça para os lados, meio confuso, segurando os livros contra o peito.

– Eu… Eu estou bem. – Sussurrou, assentindo.

– Ótimo, porque você precisa estar no ginásio em um minuto. – Ele falou, dando um tapinha no seu ombro.

Sasuke franziu o rosto com força. Ele havia esquecido completamente dos treinos.

– Eu não posso… – Ele olhou para o mais velho, quase em pânico.

Pela quantidade de horas que ele havia dormido durante a noite, por estar tão próximo do rut e pela intensidade dos treinos, ele desabaria depois de poucos minutos.

– Você já perdeu muitas aulas essa última semana, Uchiha. – Ele disse, elevando o tom. – Você vai acabar ficando fora do time.-

– Não, por favor… – Ele olhou, suplicante. – Eu preciso…

– Então, esteja lá em 15 segundos, Sasuke. – Ele disse, dando-lhe as costas e o deixando completamente paralisado.

Ele ofegou, tentando “acordar”. Correu até o seu armário e deixou seu material lá, enfiando o uniforme do time apressadamente na mochila.

Respirou fundo, continuando a correr o mais rápido que suas pernas conseguiam na direcção do ginásio. Haviam poucas pessoas no corredor naquele momento, o que facilitaria sua chegada até lá. Ele desviou dos outros atrasados, grunhindo para seus pulmões quase explodindo por falta de ar.

Na última esquina do caminho, ele esbarrou tão fortemente em alguém que os dois foram parar no chão, sua cabeça batendo em algo de metal que ele não conseguiu decifrar, quase exactamente como a Haruno no dia anterior.

Ele tentou se levantar e ver quem havia caído, e paralisou novamente ao ver o cabelo rosa.

Sentiu as mãos tremerem, com a vista meio embaçada por causa da pancada. Tentou chamar pela garota, apenas esganiçando, assistindo ela se aproximar. Ele piscou os olhos com força, para tentar foca-los. Quando enfim conseguiu, viu que não era Sakura.

Ele franziu as sobrancelhas, e se ergueu, com um grunhido baixinho. Cambaleou pelo corredor e se encostou na porta do ginásio, sem forças para abri-la. Uma garota saiu de lá e ele entrou antes que a porta fechasse, tentando se endireitar.

Ele se dirigiu ao banheiro, engolindo em seco o “está atrasado” do seu treinador.

Trocou de roupa rapidamente, jogando um pouco de água no rosto para amenizar sua tontura e voltou para a quadra.

Quando eles começaram, Sasuke começou a sentir uma forte ânsia de vômito e sentiu-se ligeiramente fraco, errando várias e várias vezes as jogadas, sem conseguir se concentrar.

O professor reclamou e ele pegou a bola, tentando de alguma forma se equilibrar e acertar a cesta. Mas ela passou longe.

– Porra, Sasuke, você está bem? – Um dos seus colegas perguntou pondo a mão no seu ombro, percebendo o quanto ele estava pálido.

Seu estômago se contraiu e ele pôs a mão sobre a boca, tossindo fortemente e correndo para o banheiro.

Ele cambaleou até uma das pias, se inclinando sobre ela e soltando um grito abafado, quando nada aconteceu. Ele se olhou no espelho e esmurrou fortemente a bancada, gritando novamente e puxando os próprios cabelos.

O treinador entrou lá, o observando, de braços cruzados.

– Que droga está acontecendo com você, Sasuke? – Ele perguntou, com um tom de voz baixo, fechando a porta para que os outros não fossem até lá.

Ele grunhiu outra vez, olhando para cima com as mãos na cintura, seu peito subindo e descendo, ofegante.

– Que merda foi essa? – Ele se aproximou, puxando sem delicadeza a sua cabeça e indicando o pequeno inchaço avermelhado na sua testa.

Sasuke demorou para responder.

– Eu me machuquei. – Ele sussurrou.

O professor suspirou e assentiu, com escárnio.

– Claro que sim. – Ele disse, como se fosse óbvio. – Vá à enfermaria, e peça para ligarem pros seus pa…

– Não, não, não, por favor… Eu… Eu estou bem. – Ele assentiu freneticamente, tentando convencê-lo.

– Está bem? – O professor semicerrou os olhos, cruzando os braços novamente. Sasuke assentiu, mordendo o lábio. – Então vá agora lá fora e acerte aquela porcaria de cesta! – Ele apontou para a porta, aumentando o tom.

O Uchiha engoliu em seco e assentiu, respirando fundo e saindo.

 

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Ele estava exausto.

Detestava as pessoas olhando para a marca, agora arroxeada, na sua cabeça. Ninguém com coragem o suficiente para perguntar o que aconteceu.

Ele apenas comprou o seu café, exactamente como todos os dias, ignorando totalmente o fato de que a mesa com os seus amigos estava totalmente cheia, e ninguém parecia querer lhe ceder o lugar. Então simplesmente foi sentar sozinho.

Observou atentamente quando Hinata apareceu, procurando alguma mesa vazia. Ela passou ao seu lado, desconsiderando as cinco cadeiras vazia na mesa dele e passando reto.

Sasuke a puxou pelo pulso, bruscamente, fazendo ela o olhar assustada.

– Cadê a Sakura? – Perguntou, pausadamente, com o maxilar trincado.

– O… o quê? O que você quer com a Sakura, Sasuke? – Ela perguntou, se livrando rapidamente dos seus dedos.

– Só me diga onde ela está.

Hinata o olhou ainda assustada, vendo suas pupilas dilatadas e seus músculos tensionados, como se ele fosse ataca-la.

– Eu não sei onde ela está. Não a vi hoje. – Balançou a cabeça, se afastando de costas lentamente, com medo.

Sasuke se sentou novamente, mostrando o dedo do meio para os outros alunos nas mesas vizinhas, a ponto de explodir.

Ele desistiu de comer, abandonando a bandeja intocada sobre a mesa e saindo do refeitório.

 

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Sakura estava perdendo a prova de matemática. Era a única coisa que Sasuke conseguia pensar, olhando para a prova em branco à sua frente.

Ele até tentou fazer os cálculos, mas era impossível. Só conseguia ouvir sua própria voz na sua mente gritando “Sakura, Sakura, Sakura, Sakura…” e ele se sentia enlouquecendo.

Não havia conseguido escrever nem mesmo seu nome, com os pensamentos a mil.

Ele estava nervoso.

Sabia responder aquelas questões. Eram iguais as que Sakura lhe ensinara, mas ele simplesmente não conseguia.

Ele se sentiu enjoado outra vez, seu estômago dando voltas completas na sua barriga.

Inspirou o ar profundamente, fechando os olhos.

Precisava muito se concentrar.

A porta da sala estava aberta, e ele, mais uma vez, não tirava os olhos de lá.

Havia passado um pouco mais da metade da aula quando ele viu alguém passar correndo no corredor.

Ele realmente não achou que fosse quem estava procurando, porque era um pouco mais alta que ela. Porém ficou inquieto.

Sentiu seu abdómen se contrair e arregalou os olhos por um segundo.

– Hm… Eu… posso ir ao banheiro? – Ele perguntou, em voz baixa, quando o professor passou ao seu lado.

– Se você entregar sua prova, tudo bem. – Ele disse, assentindo.

Sasuke concordou com a cabeça. Olhando aflito para a folha.

Por fim, ele marcou as questões aleatoriamente, torcendo para que pelo menos metade delas estivessem certas.

Ele entregou-a ao professor, saindo da sala, esfregando o rosto com as mãos.

Andou até ao banheiro, lentamente, abrindo a porta, e parando na frente do espelho.

Ele se olhou por alguns segundos, com atenção.

Seu rosto ainda estava pálido, e ele parecia cansado.

Ele sabia que no segundo que chegasse em casa estaria em rut. Podia prever isso.

Ele sentiu a ânsia novamente e entrou numa das cabines, fechando a porta e se encostando nela, respirando fundo.

Sasuke sabia que não ia passar mal, mas ele estava realmente se sentindo nauseado.

Ele ouviu alguém entrar no banheiro ao lado, o feminino, e bater com força a porta. Saiu da cabine, com passos calculados e leves. Ele saiu do banheiro masculino e parou frente da porta do feminino. Abriu um pouco a porta, e espiou pela brechinha, sem conseguir ver ninguém.

Um gemido alto e sôfrego ecoou por todo o lugar e ele franziu a testa, se sentindo ainda mais zonzo por um instante.

Um cheiro forte surgiu no ar, fazendo suas pupilas dilatarem e seu coração acelerar drasticamente.

Abriu a porta e entrou no banheiro, olhando ao redor, ouviu alguém grunhir de dor.

Sakura estava lá, debruçada sobre a pia com o rosto intensamente vermelho e as mãos na barriga, quase em lágrimas.

Sasuke tentou entender, mas aquele cheiro nublava totalmente seus pensamentos, sem conseguir o deixar pensar.

Sakura olhou para ele pelo espelho e deu um passo para trás, quase tombando se o Alfa não tivesse corrido até lá, a segurando antes que ela fosse de encontro ao chão.

Sasuke ficou totalmente chocado ao notar que Sakura Haruno, a Beta, era na verdade Ômega.

E estava no cio.

 


Notas Finais


Enfim, agora, DEPOIS DE ANOS, Sasuke apercebeu-se da verdade. O que vocês acham que vai acontecer agora? Deixem toda opinião que tiverem, favoritem se estiverem gostando, nos vemos na quarta-feira. Até lá, tentem não surtar muito. ^_~


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