P.O.V SEJUN
Meu corpo todo doia, cada mínima celular pedia socorro.
Eu havia passado a tarde inteira em uma reunião internacional, mais de 7 horas sentado na frente de uma tela, e mesmo depois de finalizar, ainda precisava corrigir alguns documentos.
- Você não vai embora não? - Yeosang pergunta abrindo a porta da sala.
Ele era o meu secretário, mas quando estávamos a sós, éramos apenas amigos.
- Preciso terminar essa papelada, pode ir embora, daqui a pouco eu vou, meu carro está aqui mesmo - Digo e o loiro assente saindo da sala.
Depois de meio hora o interfone toca, tirando minha concentração.
- Sim? - Atendo o telefone na base do ódio, eu só queria terminar logo.
- Senhor, tem um homem aqui dizendo querer falar com você - Tento lembrar de alguma coisa marcada para hoje, mas nada vem em minha mente.
- Pede para voltar na segunda, estou ocupado - Antes de desligar, a voz da mulher interrompe meu gesto.
- Ele tem o cartão azul vip, e está dizendo que é urgente - Os cartões azuis são dados apenas para os fornecedores mais importantes da empresa, talvez algo tenha acontecido?
- Tudo bem, mande entrar - Desligo o telefone coçando as têmporas, já era quase oito da noite, o que seria tão urgente.
Duas batidas são dadas na porta, abrindo em seguida, revelando a recepcionista bem vestida, e atrás dela estava uma figura que eu demorei alguns segundos para reconhecer.
- Chan? O que faz aqui? - Pergunto confuso, enquanto o homem entra na sala.
- Saudade de você, você nunca mais me mandou mensagem - Suas vestes eram simples, apenas um moletom marrom e uma calma preta, totalmente diferente do habitual.
- Eu tenho certeza que você não veio apenas me ver, o que tu quer? - O homem sorri amarelo.
- Woah, você me conhece tão bem, eu preciso de um terno para ir em um casamento, mas não quero comprar pra nunca mais usar, muito menos alugar.
Reviro os olhos respirando fundo antes de falar.
- Se você pegar alguma coisa a mais, eu corto sua cabeça, cuidado quando abrir a porta, eu deixei a monalisa solta antes de sair - Jogo a chave reserva do meu apartamento e o loiro pega no ar, sorrindo largo.
O telefone toca novamente, seria possível eu ter paz para terminar de trabalhar?
- Senhor, tem outro homem aqui com o cartão azul, mas ele está um pouco bêbado - Ela ri ao terminar a frase.
- Manda subir.
Olho para Chan e aponto para a porta, o mesmo entende e manda um beijo no ar, a porta se abre e a imagem de Subin aparece, todo meu corpo ficou paralisado.
Ele usava roupas pretas, o que deixava ele extremamente atraente.
- Sejunnie! Você disse que eu poderia vir, então eu vim! - Ele entregou cambaleando.
- Caraca, ele tá chapado demais - Chan diz e eu lanço um olhar bravo, ele sai da sala automaticamente.
Subin me olha como se quisesse algo.
- Eu preciso terminar isso primeiro, depois eu te levo embora, tudo bem? - Ele assente olhando toda a sala.
Eu tento terminar os papéis, mas a cada dez segundos o moreno dizia algo, tirando minha concentração.
- Eu estou entediado Sejun! - Ele diz se aproximando na minha cadeira.
- Se você me deixar trabalhar, eu termino mais rápido, sabia? - Digo e ele suspira.
- Deixa eu jogar no seu computador? - Ele pergunta animado.
- Não Subin, eu tenho coisas importantes aqui, e se você apagar algo sem querer?
Ele faz um biquinho me empurrando levemente.
- Por favor! Deixa, por favor! Eu juro que não vou apagar nada.
- Se eu deixar, você vai ficar em silêncio? - Ele assente várias vezes seguidas.
Me levanto e deixo ele sentar em minha cadeira, pego o pequeno monte em cima da mesa e me sento no pequeno sofá que eu tinha dentro da sala.
Alguns minutos se passaram, Subin as vezes soltava alguns resmungos jogando, mas pedia desculpa logo em seguida.
- Estou com fome - Subin diz girando a cadeira em minha direção.
- Pegue meu celular e peça algo, e não enche o saco.
Ele pega o aparelho que estava em cima da mesa.
- Qual é a senha? - Ele diz baixo.
- 040696 - Escuto o celular desbloquear.
- Vai querer alguma coisa, Sejunnie? - Eu nego e ele fica em silêncio por um tempo.
Eu estava quase terminando os documentos, quando ouço três batidas na porta, antes de dizer algo, a porta se abre revelando Yeosang, usava uma roupa casual, mas em sua mão estava duas pastas vermelhas.
- Desculpe aparecer do nada, eu esqueci de corrigir os dois portfólios, então trouxe agora - Ele diz me entregando as pastas.
- Tudo bem.
Ele olha para a mesinha de centro, que estava cheia de papéis e olha para minha mesa, onde Subin estava com a cabeça deitada em seus braços.
- Em todos esses anos que eu trabalho aqui, é a primeira vez que eu vejo alguém sentado em sua cadeira além de você, se o Hanse visse isso, ficaria com ciúmes.
- Aproveita que está aqui e me ajude com esses documentos aqui, preciso passar tudo para a filial ainda hoje.
O homem senta em minha frente e começa a corrigir o que eu pedi, Subin as vezes soltava uma risada enquanto dormia, fazendo Yeosang rir também.
A porta é escutada novamente, em um pulo Subin levanta a cabeça.
- É minha comida? - Yeosang se levanta para abir a porta, ao fazer isso, um ruivo entra com algumas sacolas na mão.
- Lee Sejun, certo? - O ruivo retira a máscara, revelando um rosto bem harmonizado.
- Hongjoong! Aqui! É minha comida! - Subin falou alto, chamando atenção de todos.
- Subin? O que está fazendo aqui? - Ele olha para mim confuso.
- Ele já chegou aqui bêbado.
Digo e o ruivo suspira.
- Me desculpe, ele raramente bebe, então fica bêbado facilmente - Ele coloca a comida próximo aos papéis na mesa, ao ver a cena, Subin corre e se senta ao meu lado, me espremendo no pequeno sofá.
- Eu queria muito comer a comida do Hyung! - Ele diz pegando o pote.
- Se eu soubesse que era você, teria trazido os bolinhos de bacalhau que você gosta.
Subin então cruza as pernas, fazendo ficar ainda mais apertado.
- Levanta, está me atrapalhando - Ele diz bravo.
Eu me levanto deixando o espaço para ele, voltando para a minha mesa, Yeosang segurava o riso olhando a cena.
- Vamos terminar isso logo.
Uma hora depois estava tudo finalizado, Yeosang se despediu indo até seu carro.
- Você poderia levar ele até o restaurante? Meu carro está lá, eu posso levá-lo para casa em segurança.
O ruivo diz e aí assinto, segurando Subin pela cintura, ele apenas ficou em silêncio até chegar no carro.
Coloquei ele no lado do passageiro e passei o cinto de segurança.
Quando entrei em meu lugar, Subin vira o corpo em minha direção.
- Obrigado - Ele sorri fechando os olhos.
- Pelo o que?
- Eu saí para beber com meu irmão e o namorado dele, mas eles estavam tão felizes juntos que eu me senti como um intruso, então disse que iria embora, mas acabei lembrando que seu trabalho era por perto, então pensei que seria uma boa ideia te ver, e realmente foi.
Ele girava o anel em seu dedo indicador enquanto falava, era fofo.
- Entendo.
Dito isso, eu ligo o carro e dirijo até o restaurante, ao chegar no local, Subin apenas olhava pela janela, como se sua atenção não estivesse ali.
- Desculpe por não avisar que iria, mas eu não tenho seu número.
Ele diz ainda sem olhar em meus olhos, parecia envergonhado.
- Você pode vir sempre que quiser, não precisa avisar, será sempre bem vindo.
Eu digo isso e ele vira em minha direção, sorrindo abertamente.
- Sério mesmo? Você não vai mandar eu embora e nunca mais voltar? - Suas palavras me fizeram rir.
- Sim, é claro que não irei te explusar - Ele retira o cinto e pula em minha direção, deixando um selinho rápido em meus lábios, sorrindo depois.
- Tudo bem então, te vejo outro dia! - Ele sai do carro saltitante, entrando no restaurante sem olhar para trás.
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