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História Imagine fan - Arma jovem


Escrita por: imagineMids

Notas do Autor


Tais Dragões, tal Leoa!
Se os Dragons ameaçam, a fan aprende com eles, não é?
"Sou apenas uma arma jovem."
Thunder

Capítulo 19 - Arma jovem


 

               -- Caramba!  --  exclamo quando nós três ainda estamos no banheiro, com todas as roupas de Bryana jogadas no chão, Erick para em pé como uma estátua e Kenan, sentado no chão, trêmulo, depois que nós o convencemos a trancar a porta e sentar-se para a conversa.  --  Acho que iremos encontrar a família Andrade inteira aqui.

               -- Pelo jeito!  --  Erick concorda.

               -- ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI?  --  Kenan se revolta, se apoiando nos cotovelos que treme como se estivessem morrendo de frio.  --  PORQUE ATÉ ONDE EU SEI, LIA HAVIA MORRIDO NUMA DROGA DE ACIDENTE, POR CULPA DA VADIA DA ANELISE.

               -- Kenan...  --  começo, sentando-me no chão ao lado dele e tocando o seu ombro.  --  Você precisa se acalmar. Eu vou te contar tudo o que aconteceu, mas você precisa me prometer, jurar que não vai contar pra ninguém.

               --Nem pra Edu?

               -- Muito menos pra Edu. Ele vai saber uma hora, mas não agora, ta bem?

               -- Eu... Eu não sei. Só quero saber se isso é uma miragem ou se é realmente real!

               Sorrio, pois ele diz tudo de um jeito tão inocente, fofo e desesperado! Na verdade, parando pra pensar, Kenan sempre foi assim. Sempre um doce com todos e revoltado às vezes. Daquele tipo de pessoa que dá dó de magoar a suposta inocência dele. Toda vez que sorri, deixa suas covinhas muito amostra nos cantinhos do lábio. É definitivamente o amor de muitas garotas e o sonho de qualquer uma,  pois além de ser doce, ainda é sincero, divertido, acolhedor e forte, agüentando diversos tipos de situações. Seu único problema, é que se bebe, fica alterado com muita facilidade, assim como eu. Mas eu, tento fazer o possível pra não beber, o que não aconteceu no dia com Bryan, quando Platzman me levou pro carro e Sermon me ajudou a ficar bem; Já Kenan, nunca tenta se controlar. Ele sabe de seu problema e não liga. Tirando isso, é perfeito!

               -- Você tem que jurar. Você jura?  --  reforço a pergunta.

               -- Ta, eu juro não contar pra ninguém! Você é mesmo a Lia?

               -- Sim, eu sou.

               -- Mas, então você não foi morta. O que houve?

               Só de pensar que esse garoto já foi apaixonado por mim, me deixa tão feliz. Ele é incrível! Mas, Edu, é o garoto que amo! Ele pode não ser tão gentil, nem tão fofo quanto o irmão, mas o cuidado que tem comigo é suficiente!

               Explico tudo o que aconteceu, detalhe por detalhe, assim como terei de fazer futuramente com várias pessoas. Ele escuta tudo atentamente, me olhando com aqueles olhos castanhos lindos, iguais aos do irmão.

               -- Então, foi aquela nojenta quem fez isso com você? Como eu odeio ela ainda mais! Ela pode mexer comigo, mas com meu irmão e com você, nunca. Eu preciso me vingar dela! Mas me diga, por que Edu não pode saber?

               -- Ele vai saber, só preciso dar um tempo. Contar agora iria atingi-lo muito forte, assim como fez com você! Eu vou fazer com que todos saibam, pois quero pegá-la na frente te todos. Mas me diga você, o que faz aqui?

               -- Eu cuido da computação da multimídia.

               -- Entendi.  --  Erick se manifesta.  --  Nós trancamos a porta por dentro, pra ninguém entrar. E você conseguiu destrancar porque tem a chave, já que trabalha aqui.

               -- Sim. Eu sou o único que vem aqui. Quando vocês pretendem contar pro meu irmão, pois eu não vou agüentar esse segredo por muito tempo.

               -- Não se preocupe, Kenan!  --  digo docemente.  --  Eu vou fazendo ele ir descobrindo aos poucos que ainda respiro, pra quando ele realmente souber, não ficar tão chocado. Meu plano era fazer isso com todos, mas você acabou descobrindo antes.

               -- Tudo bem, eu não vou contar. Mas te garanto, não sou muito bom em esconder minhas reações! Me perdoa se eu fizer algo que entregue vocês.

               -- Não se preocupe com nada! Nós iremos cuidar disso!

               -- Ah, lia, falando em cuidar, você sabe que é uma irmãzinha mais nova pra mim e, eu vou cuidar de você o máximo que eu puder, então, será que você poderia cuidar de mim também?

               -- Cuidar de ti?  --  sorrio, vendo o sorriso sardento dele.

               -- Sim! Não me deixa beber muito não. Não quero dar vexame. Você cuida disso, por favor?

               -- Claro que sim, Kenan! Eu vou cuidar de você!

***

Imagine Dragons:

***        -- VOCËS TEM ALGUMA DÚVIDA AINDA?  --  Dan grita.  – NÃO TEM MAIS PROVAS QUE POSSAM DIZER E LHES MOSTRAR O QUE ESTÁ ESTAMPADO EM NOSSA CARA!

               -- Realmente.  --  Platzman concorda.  --  É realmente impossível alguém ter feito isso, se não ela.

               -- Poxa!  --  Ben diz, nervoso.  --  Primeiro a Fanfic, depois o desenho, os emails, os poemas, as músicas, as camisetas e agora isso? Não dá mais pra negar.

               -- É.  --  Sermon olha para o computador.  --  Tudo está muito claro pra mim. A não ser que...

               -- A NÃO SER QUE O QUË?  --  Dan ainda está alterado.

               -- Não sei... Pode ser Edu, mas ele está sendo voluntário na competição. Mas, nós vimos o seu corpo, estava morta.

               __ Mas, vocês lembra o que dizia na fanfic.  --  Platzman orienta.  --  Eles usaram o seu corpo para enganar a todos, depois Marcos mentiu pra Anelise e colocou a Leoa na competição. Não sei não, mas acho que tudo escrito lá, não fica apenas na ficção.

               -- Pois é.  --  Sermon concorda.  --  E se ela está fazendo isso de propósito? E se ela está tentando nos avisar que está viva e precisa de ajuda?

               -- E se...  --  Ben complementa.  --  E se ela está com medo de dizer pra todos quem é, pois não quer que Anelise venha atrás de nós?

               -- Hum.  --  Dan finalmente se acalma.  --  Não dá pra ficar assim. Aquela garota brincou demais com nossa Leoa, conosco e com a família Andrade. Isso não vai ficar assim.

               -- De uma coisa eu tenho certeza:  --  Platzman começa.  --  Liana não está morta e ela quer que saibamos disso.

               -- Eu estou com uma ideia muito louca na cabeça.  --  Dan diz.

               -- O que tem em mente?  --  Ben se anima.

               -- Olha lá, hem!  --  Sermon olha desconfiado.  --  Não quero ser preso como o Ben.

               -- Peguem máscaras, armas e passagens.

               -- Vamos fazer uma visita na competição?  --  Ben está ainda animado.

               -- Não. Ainda não podemos, a competição está em quatro meses. Não é hora.

               -- Então, pra quê passagens? Vamos fazer o que a Lia...

               __ Dan,  --  Sermon interrompe, com medo da resposta do amigo.  --  Você não está pensando em...

               -- Sim, estou, sim. Vamos dar uma passadinha no país onde se encontra nossa querida e amada, Anelise. Ah, como eu estou com saudades daquele lugar!

***

***

       “Eu amei vocês como jamais amei ninguém!

“Vocês deram tudo de si pra me ajudar e eu sou extremamente grata por tudo!”

“Oi, por favor, não contem pra ninguém desse email! Sou apenas uma fan que vos ama demais!”

***

“Nessa competição há uma garota louca pelo Platz, fico pensando no que ela sentiria quando soubesse que ele é tão legal e acolhedor!

***

“Ben, se você soubesse quantos fans tem um baixo igualzinho ao seu em homenagem a ti!”

***

“Eu preciso vencer essa competição, pra poder ver vocês outra vez e poder lhes contar tudo o que anda acontecendo comigo. E posso lhes garantir, não é pouca coisa.

“Eu sei que vocês não devem estar lendo esses imails, pois estão ocupados, mas aqui vai uma confissão: Aquilo é real, fui eu quem escrevi. Ela fez tudo aquilo comigo e acreditem, eu quero me vingar. Ela diz que traí o destino, mas isso me lembra apenas uma brincadeira infantil.”

“Tive um sonho com vocês e nele, todos usavam máscaras pretas e estavam disfarçados de bandidos, com armas na mão e prontos pra me proteger!

Seria uma boa ideia pra um filme. Imaginem, quatro ídolos lutando pela simples fan! Ah, que sonho!”

***

“Eu estou passando em todas as provas, graças!”

***”Hoje me lembrei de uma coisa: Uma psicopata que conhecemos ganhou sua preciosa casa aos dezenove anos. Tudo de valor que ela tem, está la. Fiquei pensando, como ela se sentiria se a perdesse, como eu perdi vocês? Só eu sei o quanto dói não poder abraçá-los. Mas espero que um dia ela possa me entender.

***

“Por favor, assistam esse clipe que fiz com muito carinho!”

***

Liana:

***-- A prova de vocês agora vai exigir criatividade, concentração e esforço. Existem muitas músicas de Imagine Dragons que são ótimas e não possuem um clipe, não é mesmo?

               Sempre pensei assim. Sou apaixonada por tantas músicas e sempre pensam que elas deveriam ser promovidas, ganhar clipes e tocarem nas rádios. Mas não tem e apenas os fans conhecem as pérolas.

               -- Muitos pensam até que é um desperdício  de hit, aquela que não toca nas rádios.  --  mais uma vez, ele descreve meu pensamento.  --  A missão de vocês é criar um clipe para essas músicas. Vocês estão em dez duplas agora, o que significa que tiveram potencial pra continuar lutando. Por tanto, serão dez músicas, entre tantas sem clipe. Se estão se perguntando como irão gravar e produzir, usem o curso que receberam pra produzir e animação para gravar. Já perceberam que os bonecos de animação são muito mais semelhantes as pessoas reais, do que qualquer desenho animado que já viram. Histórias, mensagens e outras coisas, qualquer coisa pode ser colocada no clipe, com tanto que não saiam do estilo da banda. Sairá da competição o grupo que tiver a pontuação mais baixa. Os pontos dependerão de criatividade, potencial da história, produção, naturalidade e dedicação. Vocês tem um dia para terminar e impressionar seus ídolos, então, mãos a obra.

               -- Aí eu dou valor!  --  Erick exclama.  --  Essa prova vai ser ainda melhor que aquela de fazer os outros passarem vergonha no palco.

Erick se refere a prova da superação. Todo ídolo já foi mal falado, criticado, excluído e tal. Mas naquela prova nós tivemos que primeiro se apresentar para um milhão de pessoas, feitas por efeitos especiais. Enquanto estávamos em cima do palco, havia um enorme telão que ia do chão ao teto em nossa frente, simulando milhões de pessoas. O telão gravava de um lado para o outro, como se quisesse nos mostrar quanta gente tinha por todo canto, deixando-nos ainda mais nervosos e tensos.

               O ditador de regras fazia pressão em nossa mente, dizendo que se errássemos algo, iríamos passar vergonha frente a todas aquelas pessoas ansiosas! E era tudo tão Real! O público robótico cantava junto conosco, como se fossem programados para captarem a música no segundo em que ela começasse, aplaudiam, gritavam, ovacionavam e reagiam a tudo. Se errássemos ou mostrássemos qualquer rastro de nervosismo, perdíamos pontos. Depois, vinha a segunda parte da prova, que era agüentar as vaias e xingamentos do público, por qualquer coisinha idiota.

               Dava pra sentir a emoção naquele palco e lágrimas até se preparavam pra sair, mas é claro que Erick e eu não nos entregamos, pois tudo depende de nosso esforço.

               Mas, criar um clipe? Isso sim, vai ser demais!

               -- Que música você quer usar, Erick?

               -- Rise Up. Eu a acho incrível demais!

               -- Então ta! Vamos com ela então. Mas, o que vamos fazer?

               -- Eu não sei, acho que devíamos fazer algo relacionado a fases da vida.

               -- Como, você diz?
               -- Sabe, eu reflito que a música fala sobre quando a gente estava numa fase difícil e passa pra uma boa, depois ta na difícil de novo.

               -- Nossa, meu jeito de interpretar é muito diferente do seu. Mas, ta, vamos contar a história de alguém que sempre está  mudando de situações e continua bem em todas elas.

               Levamos um tempão para produzir nosso clipe, mas conseguimos terminar antes do toque de recolher. Na nossa opinião, ficou ótimo pois fizemos um garoto que vive tendo recaídas em sua vida, mas sempre supera todas. Esse garoto seria o Sermon e os Dragons seria sua força e luz para continuar caminhando.

               Deito-me na cama ao entrar no quarto e perceber que Jeni já está em um sono profundo. Ela também está indo muito bem nas provas. Julis  é um ótimo parceiro e muito amigo de Erick.

               Quando estou deitada, um pensamento passa pela minha cabeça. Já faz um tempo que mando emails, poemas, camisetas que teci e várias coisas para os Imagines, para dar-lhes várias dicas de que estou viva, para que quando descobrirem oficialmente, não ficarem tão assustados. Por isso, por que não?

               Pego o celular e mando mensagem para Erick.

“Preciso ir pra sala de multimídia, já.”

Erick: “Não dá, eles vão nos pegar.”

“Eu peço ajuda pro Kenan. Por favor, Erick, preciso da sua ajuda.!”

Erick: “E se formos pegos?”

“Por favooooor!”

Erick: “Sai então pela janela e eu saio pela minha. Me encontra no jardim.”

“Obrigada, te adoro”

***

***-- Vocês são loucos!  --  Kenan exclama.  --  Se forem pegos, estão fora.

-- Isso tudo é ideia dela.  --  Erick garante.  --  Eu só vim ajudar.

               -- Não vai dar nada errado se vocês ficarem de guarda.  --  digo.  --  Por favor, nunca mais terei essa chance!

               -- Okay.  --  Kenan diz, nervoso.  --  vai logo e, sem fazer barulho.  --  ele me entrega a chave da multimídia.  --  E lembrem-se: eu não tenho nada haver com isso. Você sabe ligar aqueles computadores?
               -- Sei, sim. Obrigada, Kenan!

               Destranco a porta da sala de multimídia e entro, trancando-a novamente. Com uma lanterna e as luzes apagadas, sento-me numa cadeira, ligo um dos computadores, pego o fone de ouvido e trato de achar o aplicativo de produção de clipes animados e começo a produzir.

               Uso Every Night como música tema e levo duas horas e meia para terminar o clipe que conta a história de uma garota que perdeu o pai e todas as noites, antes de dormir ela espera por ele, ouvindo Imagine Dragons e sentindo como se a voz de Dan, fosse seu pai lhe dizendo que voltaria pra casa. Contei tudo de um jeito que os Dragons não tivessem como duvidar que fui eu quem produziu. Mando então para o email deles, com a certeza de que essa seria a ultima  vez que mandaria essas provas.

               Estou com muito sono, então, desligo os computadores, tiro o cabelo de Bryana, pois está bem desconfortável e me deito um pouco na mesa.

               Por burrice, acabo dormindo e só acordo com uma enorme batida na mesa. Ergo meu olhar e meu coração para ao ver o ditador de regras ali, com uma lanterna, me olhando furioso.

               -- A senhorita pode me explicar o que está acontecendo aqui?

               Fico em silêncio, pois minha fala não sai. É agora, vou ser expulsa da competição.

               -- Sabe que está violando uma lei extrema dessa competição, não sabe?

               Continuo imóvel e calada.

               -- Vou providenciar agora mesmo a sua expulsão.

               -- LIA, LIA, ONDE VOCË ESTÁ?  --  ouço a voz de Kenan gritando. Erick também grita, mas me chamando de Bryana.  --

  VOCË ESTÁ AQUI?

               Os dois então entram na sala e Erick vem em minha direção.

               -- Ah!  --  Kenan diz, como se estivesse aliviado.  --  Que bom que está bem!

               -- O que está acontecendo aqui?  --  diz o ditador.

               -- Bem...  --  Erick começa.  --  A Bryana ficou tempo demais em frente ao computador, tanto que até sonhou com eles. Ela as vezes tem um problema de sonambulismo e saiu do quarto, me ligou e disse que iria mexer com os computadores. E o senhor sabe que quando uma pessoa é sonâmbula, não podemos acordá-la, ou ela tem um troço e fica paralisada. Então avisei Kenan pra deixar a porta da multimídia aberta, para podermos pegá-la quando ela viesse pra cá e acordá-la calmamente para levá-la pra cama. Desculpe não termos lhe chamado, mas não dava tempo, pois a perdemos e só agora a encontramos. Hum.  --  Eric olha pra mim.  --  Ela parece estar acordada e paralisada, o senhor não a acordou, acordou?

               O homem engole em ceco, parecendo sentir-se culpado.

               -_ Ninguém havia me avisado desse problema de Bryana.  --  ele diz.

               __ O senhor pode até ligar para os pais dela e perguntar se quiser. Ela não contou porque não leva o problema muito a sério, já que ele raramente acontece. Mas, em fim, perdão pelo alvoroço.

               -- Está bem. Levem-na para o quarto. Vou acender as luzes para melhorar o...

               -- NÃO!  --  Kenan e Erick gritam, ao lembrarem de que não estou vestida como Bryana por completo.

               -- Não é preciso.  --  Erick se ofega.  --  Deixe a luz assim, como ela está!

               -- Não vejo porquê.  --  o homem retruca.  --  Eu nem sei porque que eu não acendi a luz quando entrei na sala!

               -- Graças a Deus!  --  Kenan diz, logo se lembrando que sua expressão causaria curiosidade para o homem. Deu Pra notar que esse foi seu pensamento, pois logo retoma a palavra.  --  Graças porque ela não deve ver luzes nesse momento. Vai ficar muito assustada.

               -- Sim!  --  Erick concorda.  --  Só essa lanterna que o senhor está segurando já a deixou no modo em que está, imagina com luzes!

               -- Tapem os olhos dela então e eu acenderei as luzes.  --  ele se levanta então e se dirige ao interruptor que fica no fundo da sala, me fazendo não entender o porque desse local.

               O desespero corre por minhas veias e antes que ele acenda e me veja como Lia, preciso dar um jeito de me esconder, e bem rápido. A única coisa que vem em minha mente, torno real alguns segundos depois de pensar.

               Deixo um grito abafado sair de minha garganta, como se eu me assustasse, levanto-me e corro em direção a porta como louca, deixando a sala e indo o mais rápido que consigo para meu quarto.

               Ganho um tempo para me despistar dos meninos, pois ao sair da sala, fechei a porta e eles demorarão um pouco para me encontrarem agora.

               Acho que eles não estão me seguindo, pois a sala está muito silenciosa, sem passos, sem nada.

Droga! O cabelo. O cabelo de Bryana ficou naquela sala, debaixo da mesa. Espero que ele não veja.

               Continuo andando, um pouco mais lenta, para ver se no escuro, consigo saber onde fica meu quarto. Eis que ouço um barulho que me assusta e faz minha mente congelar. Qualquer um reconheceria o som de um fleche de um celular ou câmera e quando viro-me para ver, é realmente a luz de um fleche de alguém que aponta um celular em minha direção.

               -- Viu?  --  ouço uma voz feminina dizer entre risos.  --  Eu te disse que era ela!

               -- Isso é incrível!  --  uma voz masculina dessa vez comenta.

               Meu Deus! Eles tiraram fotos minhas como Lia! Eles sabem que sou eu! Quantos deles estão aí? Por uns instantes, fico paralisada, pensando no que fazer. Meu primeiro instinto é sair correndo para que os fleches parem, mas se eu o fizer, eles terão provas de que sou eu! Se fico, posso tentar convencê-los a não contarem pra ninguém. Mas, como?
               -- E aí, Liana?  --  a garota diz.  --  Que prazer em te ver!

               -- É realmente uma honra!  --  o garoto concorda e os dois riem.

               Percebo então que seu tom de voz não é nada amigável e nem as risadas más, então com um gesto rápido e preciso que nem eu sabia que podia fazer, estico meu braço e tomo o celular em minhas mãos, tacando-o no chão e pisando com força, antes de me abaixar para pegá-lo, destruído.

               -- QUAL É O SEU PROBLEMA?  --  o garoto grita.

               -- Cala a boca, idiota!  --  a garota diz e ouço um som de um tapa.  --  Quer que sobre pra gente?

               -- Mas ela quebrou o meu celular novo!

               -- Ela paga outro, afinal, conhece os Imagines e nem devia estar na competição!

               Quanta arrogância pra uma garota só! Não agüento, ao ouvir, começo a falar baixo:

               -- Não vou pagar nada pra ninguém! Porque não vão cuidar de suas vidas, ao invés de ficar atazanando os outros?

               -- A gente desconfiava que era você!  --  a garota continua a dizer.  --  Sabíamos que você estava na competição. Eu vi no chão um colar igualzinho ao seu e pensei: Liana Felicite está sim, por aqui! É você, não é, Bryana? Eu tenho certeza que você coloca aquele cabelo azul, só pra fingir.

               Meu colar? Engraçado, eu não trouxe nem um colar pra competição.

               -- Agora, pensa o quão errado é você estar aqui!  --  o garoto toma a palavra.  --  No meio de tantos fans que realmente precisam estar aqui, que querem estar aqui! Você é muito hipócrita, sabia disso, Liana?

               -- Bem...  --  começo.  --  Ninguém saberá que sou eu! Vocês não tem provas contra mim, afinal...  --  Tiro a capa do celular, sentindo onde fica o cartão de memória sem eles verem e quebrando-o no meio.  --  Esse gigante e precioso celular, não existe e jamais existirá novamente. E, eu estou super perto do meu dormitório, já o dos garotos, é do outro lado e vocês vão demorar demais pra chegarem em seus quartos se forem pegos pelo ditador que está perambulando por aí, procurando por Edu. Agora, Imagina o que acontecerá com vocês, se descobrem que estão Pra fora, depois do toque de recolher!

               -- Hum.  --  o garoto retruca.  --  Imagina se sabem que você é Liana Felicite!

               -- Ah, eles não vão! Sabem, uma vez eu tive um curso para ensinar crianças segas a se locomoverem pelas ruas e, sabem o que eu aprendi? Aprendi que tudo se trata da audição. Por isso, eu treinei demais a minha e com certeza, vou saber quem são vocês pela voz, quando eu os ouvir falando na competição. E quando descobrir, vou atrás de vocês! Se vocês pensarem em abrir a boca, vou pegá-los e acabar com suas vidas, como acabei com a de meu irmão! Eu vou seguir cada paço que derem, saberei o que comem, o que falam, quando piscam, tudo! Se falarem, saberei que são vocês, se não falarem, perceberei que estão se escondendo e se ficarem na média, saberei que estão disfarçando. Vocês mexeram com a pessoa errada e jamais escaparão!

               -- Você não pode fazer nada contra nós!  --  a garota diz e consigo sentir uma pontada de medo em sua voz.

               __ Ah, não? Se eu tocar nessa parede, o alarme dispara e eu sei me esconder muito bem. Se virem vocês, estão fora da competição. É isso o que querem? Acho que não. Pois então, sumam da minha frente e jamais apareçam de novo, estão entendendo? Ah é, sabem o que mais eu aprendi no curso? A saber onde cada um está agora.

               Dou um salto então e consigo agarrar  a garota que tenta se mexer, mas é imobilizada por minhas pernas enquanto consigo tirar seu celular do bolso.

               -- Isso aqui fica comigo.  --  digo depois que não encontro mais nada nela, nem ao menos as câmeras pequeninas e me afasto deles.  --  E lembrem-se: Se pensarem ao menos em contar pra alguém, estão mortos.

               Dizendo isso, saio com os dois celulares em meu bolso e vou andando até encontrar minha porta, que sei qual é pois quando  ainda havia luz, contei as portas para se caso precisasse andar no escuro. Entro no quarto e me deito na cama, pensando que durante essa faze da minha vida, já fui ameaçada e humilhada demais e ninguém, não vou deixar que ninguém, chegue perto de pensar em me ameaçar de novo.

               Ta na hora de essa leoa parar de ser boazinha. Eu preciso ganhar essa competição e se agüentei Anelise minha vida toda, uma dupla de idiotas não vai fazer diferença.

               De hoje em diante, não vou deixar barato pra ninguém. Ninguém mais passa por cima de Liana Felicite!

***

Imagine Dragons:

***-- Tem mesmo que ser hoje?  --  Ben pergunta, cansado de andar.

               -- Você quer justiça?  --  Platzman pergunta e Ben assente, suspirando.  --  Então para de reclamar e continua andando.

               -- É tão louco isso que estamos fazendo!  --  Ben comenta.

               -- É diferente.  --  Platzman complementa.  --  Não estamos acostumados com essas coisas. Não somos assim, não somos do mal.

               -- É estranho.  --  Sermon entra.  --  Eu me sinto mal, mas ao mesmo tempo, bem, por satisfazer os desejos de Lia.

               -- É perigoso.  --  Dan completa.  --  É nossa primeira vez como vingativos e, estou nervoso também, mas, não podemos deixar isso do jeito que está. É por amor. Nós amamos aqueles dois e eu estou disposto a assustar aquela garota, para que mais nada aconteça com nossa leoa. E vocês, estão comigo?
Todos afirmam animados, porém ansiosos e um tanto amedrontados. Mas precisavam de segurança; muita segurança e disposição.

               -- Estão todas bem carregadas, NÉ?  --  Sermon pergunta, erguendo a mão esquerda, mostrando sua pistola.  --  Vocês tem certeza disso?

               -- Quer testar?  --  Dan aponta a metralhadora da mão direita para a cabeça de Sermon.

               -- claro, manda bala! Só afasta esse negócio de mim!

               Dan posiciona a arma, ainda apontada para Sermon, puxa o gatilho, provocando um susto enorme no amigo, pois Platzman atira para cima, no mesmo instante.

               -- VOCËS QUEREM ME MATAR DO CORAÇÃO?  --  Sermon grita tremendo enquanto os outros três riem.  --  SEUS IDIOTAS! QUE ÓDIO!

               -- Ah meu Deus!  --  Dan abaixa a arma ainda rindo.  --  Relaxa e vamos. Cuidado com essas coisas, travem todas. Não é pra nós nos machucarmos.

               -- Relaxa, Sermon.  --  Platzman ri.  --  Ben carregou bem as oito antes de virmos.

               -- Ótimo! Não quero passar vergonha e atirar sem bala nem uma.

               Os quatro vestidos por roupas pretas e máscaras cobrindo o rosto inteiro, andam rapidamente em direção a casa que esperam ver há tempos.

               -- Ele disse que o já está tudo pronto e que já se posicionou atrás da casa.  --  Sermon afirma.  --  É só dar o sinal que ele vem.

               -- Perfeito!  --  Ben comenta.  --  A eficácia é de tudo o que precisamos agora.

        -- E não esqueçam:  --  Platzman adverte.  --  Lia nos contou que tudo o que tem valor para ela, está naquela casa.

 Ou         -- O seja:  --  Dan continua assim que chegam em frente a casa.  --  Vamos destruir tudo, sem dó!

       Todos levantam as armas e com uma em cada mão, tornam a atirar e quebrar janelas, furar paredes, causando o maior barulho, trazendo latidos de cachorros, pessoas para fora das casas e a maior confusão.

       -- VÃO PRA DENTRO!  --  Platzman grita.  --  VÃO PRA DENTRO AGORA E NADA VAI CONTECER COM VOCËS!

       Platzman falava em inglês e quase ninguém entendeu, mas um rapaz traduziu e todos os que haviam saído das casas que rodeavam a esquina, pois a casa baleada ficava sozinha na quadra, voltaram correndo para as suas.

       A garota sai de dentro de casa, assustada e sonolenta. Ao ver os quatro bandidos, seu coração amedrontado teme mais, por não saber quem são e ver as grandes armas em sua mão.

       -- Olha só!  --  Dan diz.  --  Vejam só quem apareceu por aqui!

       -- A pessoa que fez mal pra nossa Lia!  --  Ben complementa, sarcástico.  --  Seria tão legal se...  --  ele aponta uma das armas para Anelise.  --  Se a gente  pudesse matá-la, não seria? Ah é, a gente pode!

       Anelise dá um grito quando Ben atira e acerta a parede propositalmente.

       -- Segura a onda, Ben.  --  Sermon também é sarcástico.  --  Ainda não vamos matá-la, não é?

       -- Não!  --  Platzman sorri.  --  Diga, garota: Tem alguém com você em casa?  --  Anelise não responde, então ele direciona a arma para ela.  --  RESPONDE AGORA, TEM ALGUÉM NESSA CASA?

       -- NÃO!  --  ela grita apavorada.

       -- Animal de estimação, nada?

       -- Não, só eu estou aqui.

       -- Então trate de vir pra cá.  --  a garota vai andando lentamente.  --  Anda, anda , anda, rápido. Isso! Agora para! Fique de frente pra nós! Agora!

       -- Muito bem!  --  Dan se aproxima da garota, colocando o grande cano da arma na testa apavorada dela e sussurrando.  --  Você sabe quem nós somos, não sabe, Anelise? Responda.  --  a garota assente com medo.  --  E você sabe também o que fez conosco! Me diga, quanta gente você matou, por conta de uma brincadeira infantil? Você tem noção, do quanto você nos fez sofrer?

       -- Você queimou os instrumentos que tanto amávamos!  --  Sermon complementa.  --  Você feriu nosso amigo, deixou-o preocupado por ter sido roubado, botou fogo em nosso palco, nos derrubou e machucou na frente de todo mundo e tudo isso, pra quê, hem?

       -- Por culpa de uma brincadeira que você brincava com ela quando criança!  --  Ben ainda é sarcástico.  --  Você é doente, Anelise e precisa se tratar.

       __ mas nada disso, se compara com a perda de Lia!  --  Platzman comenta.  --  O que você fez com ela, nãos e faz com ninguém! É!  --  ele sorri.  --  Nós sabemos o que fez, nós sabemos que ela não estava morta naquele velório e sabemos principalmente, que você a enterrou viva! Então, fique sabendo, que nós não te mataremos, pois você antes de morrer, precisa sofrer e perder as coisas que mais importam pra ti, como você nos fez perder a garota, a amiga, a irmã mais especial que tínhamos!

       -- Estamos de olho em você!  --  Sermon cantarola.  --  E se nos denunciar, mostramos pra todos, as provas que temos contra você. Principalmente, as gravações!

       -- Coitadinha!  --  Ben finge ter dó.  --  Acho que ela não vai querer que mostremos as gravações de dela enterrando nossa Lia, não é?  --  ele agora passa a falar firme, pondo a arma no peito da menina.  --  Então fique longe de nós, ta entendendo? Você está sendo vigiada, a qualquer momento! Qualquer passo, qualquer respiração.

       -- Bem.  --  Platzman se afasta.  --  Acho que já falamos demais. Vamos dar uma leve amostra do que podemos fazer com ela.

       -- Boa!  --  Sermon também se afasta.  --  Vamos lá então. Está pronta pra perder sua preciosa casa?  --  ele então pega o celular e manda rapidamente uma mensagem e alguns segundos depois, uma grande bola de demolição surge por de trás da casa, com Pietro comandando tudo.

       Anelise vê sua casa sendo destruída pouco a pouco, sem poder ao menos gritar, com quatro armas grudadas em sua cabeça. Depois que Pietro termina, atiram para todos os lados que possam haver câmeras, acertam Anelise com o cano de uma das armas, fazendo ela cair ao chão e correm para o carro, levando todo o armamento pesado.

       Ao entrarem no carro sem placa, ficam felizes ao pensar que finalmente depois de tanto tempo, fizeram algo para pelo menos começar a vingar a tragédia de Lia.

       -- Pietro já abandonou o lugar.  --  Sermon diz.

       -- Ótimo!  --  diz Dan.  --  Agora, só falta uma coisa por enquanto: Descobrir quem é a Lia, naquela competição.


Notas Finais


Rise Up:
Uma canção já indicada por mim quando comentei sobre o Evolve, Rise Up é a quinta e uma das melhores faixas.
Lógico que tem a batida incrível, melodia grudenta, clima maravilhoso de se ouvir em qualquer momento e os gritos de Dan no refrão, são as coisas mais perfeitas da música toda, além da letra que pode ser interpretada de vários modos.
É minha música preferida do Evolve e jamais deixará de ser. Parabéns Imagine Dragons, se um dia vocês lerem esta história, espero que vejam minhas loucas declarações!


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