História Imagine Hot J-Hope (BTS) - My Hope Is Your Hope - Season Two - I miss you so much, darling

Encarei a porta com certa raiva. Esse garoto só pode estar perseguindo S/N. Aliás, que tipo de relação ele tem com os pais de Jisoo? Eu juro que se não fosse por S/N ter me segurado, eu teria voado nesse babaca.

- JaeBum! – a sra. Kim correu para os braços do garoto, que só encarava a mim e a S/N, que por sinal o encarava de volta, chocada talvez?

Digamos que sim. Ele estava diferente e parecia não dormir a uns dois dias.

- S/N? – ele diz após fazer uma reverência para o sr. Kim. – Que surpresa mais agradável ver você. Como anda a vida?

S/N riu. ELA RIU! Ela riu de algo que nem teve graça, mas o quê?

- Vocês se viram não faz nem dois dias. Poupe-me, JaeBum. – digo revirando os olhos. Ele me olha e ri irônico.

Queria socar a mão na cara dele.

- A pergunta foi direcionada à S/N, não a você. – ele responde afiado. Caralho! Que moleque ousado!

- JaeBum, Hoseok é mais velho, querido. – a sra. Kim disse e o garoto revirou os olhos. Acabei sorrindo vitorioso.

- Oi JB. Você parece mal. – S/N finalmente fala. Sua voz está bem baixa e rouca, deve ser por causa do choro.

- Touché, morena.

Morena? O caralho! Ele está flertando com a minha namorada na maior cara dura?

- Morena? Dá licença, moleque. – digo irritado.

S/N segurou meu braço e me olhou de cabeça baixa. Ela não estava com cabeça para ouvir brigas. A pequena se sentou no sofá junto à mãe de Jisoo e as duas se abraçaram.

- Fiquei sabendo. Lamento pelo que houve. Eu gostava muito de JiYong. – o babaca diz.

- Você o conhecia? – pergunto e o moleque concorda, mas sem me olhar.

- Bom, eu só queria passar e ver como vocês estavam depois disso. Lamento, mais uma vez. Vou ir pra casa, já está um pouco tarde. – ele diz.

Isso, vá embora! Até que você serve pra alguma coisa.

- Fique mais, Jam. – a sra. Kim insiste.

Não, não fique.

- Eu não posso, sra. Kim! Meus pais estão indo para Taiwan hoje, preciso cuidar da minha noona. – ele ri.

- Não deveria ser o contrário? – o sr. Kim ri baixinho, mas sem graça.

O garoto dá de ombros e faz uma reverência.

- Meus pêsames, tenham uma boa noite. S/N. – ele sorri de lado pra ela e então manda um beijo.

Puta merda. Eu juro que estou me segurando pra não voar no pescoço desse filho de uma...

- Eu te levo até a porta! – a sra. Kim diz educadamente. Se quiser eu o levo para o inferno, viu?

Me sento ao lado de S/N e ela suspira. Está cansada, posso ver no seu semblante.

- Ei amor, quer ir embora? – pergunto.

Ela me encara e concorda.

- Preciso fazer uma coisa antes. – ela diz baixinho. Então se levanta e pergunta algo pra sra. Kim, subindo as escadas em seguida. Tentei ir atrás, mas ela me parou ali mesmo.

- Por favor, eu preciso fazer isso sozinha. – ela limpa os olhos.

- Mas baby, você...

- Hobi, por favor. – ela suplica segurando minha mão.

- Tudo bem, mas qualquer coisa grita meu nome, tá? – digo e ela concorda. Dou um beijo em sua testa e volto à sala.

- Ela sente muita falta da Jisoo. – digo baixo.

- Todos nós sentimos. Chichu era... Adorável de tantas formas. – o sr. Kim diz.

- Ela diz que a amiga dela, a Jennie, é meio que a Jisoo. Olha que eu até acreditaria se não fosse pela idade. Mas é sério, Jennie e Jisoo são muito parecidas. Elas têm muito em comum. – digo e a sra. Kim acaba chorando.

Droga.

Muda de assunto seu merda.

- Que relação vocês tem com o JaeBum?

- Os pais dele são nossos maiores parceiros de vendas. A maior parte dos nossos negócios bem sucedidos foram feitos com a ajuda dos pais dele. São ótimos empreendedores. – o sr. Kim diz.

Apenas concordo.

Não queria mais falar sobre aquele idiota. Estava mais preocupado com a minha garota.

                                 ● S/N ON ●

Perder JiYong foi um choque. Ele era a única coisa que eu tinha ganhado de Jisoo que não fosse uma peça de roupa, ou um enfeite, um sapato, um livro. Ele era um pedacinho da Jichu que ainda estava vivo e agora... Ele se foi também.

Me sinto um lixo por não ter cuidado direito do meu animal. Ele passou a maior parte do tempo com os Kim, e mesmo que eu tenha vindo visitar eles durante o tempo que fiquei aqui, isso não me torna dona dele.

Eu queria tanto voltar no tempo e impedir que tudo aquilo acontecesse com a minha garota, com a minha irmã de outra mãe, com a minha amiga. Acho que perder Chichu foi uma das piores coisas que já aconteceram comigo, e toda vez que eu me lembro disso uma tremenda vontade de chorar toma conta de mim.

Entrar em seu quarto exigiu uma força enorme. Não física, mas espiritual, emocional.

Eu abri a porta devagar e acendi as luzes. O quarto estava da mesma forma, a sra. Kim me disse que não havia mudado nada, nada havia sido tirado do lugar, ele permaneceu da mesma forma que Jisoo deixou. Estar ali era muito difícil pra mim, havia muitas fotos nossas em quadros espalhados pelo quarto, no nosso mural, havia bilhetes, fotos, polaroids e algumas anotações. Observei cada detalhe, as lágrimas logo querendo descer. Era difícil ver uma das fotos sem me esquecer das datas. Uma delas, foi quando nos falamos pela primeira vez. Uma garota que não lembro o nome quis tirar uma foto da “representante da turma com a novata brasileira”. Então a gente começou a conversar e ela foi tão gentil comigo que pensei que era só algo passageiro. Mas no outro dia, ela me procurou de novo. E assim, a amizade foi surgindo.

Ah Jichu, como eu sinto sua falta.

                          ● Flashback On ●

 - S/N! Vem aqui! – ela faz bico. – Me ajuda!

Olhei pra Jisoo e revirei os olhos. Ela havia inventado de cozinhar e agora não sabia o que estava fazendo.

- Chichu! Meu Deus! – digo quando me aproximo. A panela estava derrubando toda a massa e Jisoo? Estava longe pra não se queimar.

- S/N! Me ajuda! – ela grita.

Acabei rindo. Fui até lá e ajudei a mesma com tudo.

No final, acabamos comendo pipoca de microondas. Mas rimos tanto dela, que não se preocupava em tirar sarro de si mesma.

- Sabe o Mark? – ela perguntou enquanto pegava o celular.

- Ah, sei. O bonitinho do curso de medicina?

- Esse mesmo. Meu Deus, que garoto! Ele me chamou pra sair já faz uns três dias. Saja, eu não sei se eu aceito.

- Ah, Chichu! Que droga, você sempre quis sair com ele que eu sei. E você precisa se distrair um pouco. Por que não aceita? – digo enquanto me deito no colo da mesma.

- Ah, eu não sei. Eu estava de olho naquele outro garoto da engenharia, o Baekhyun.

Meu Deus.

- Eu felizmente estou de olho no meu diploma. – digo e ela ri.

- Você deveria arrumar alguém sabia? Eu tenho certeza que daqui umas duas semanas aparece alguém pra você.

- Passo longe. – digo e rimos mais um pouco.

Acho que Jisoo era um tipo de profeta. Uma semana depois Hoseok se mudou para o bairro onde ela morava. E passando mais uma semana, eu o conheci.

                          ● Flashback Off ●

Eu estava sem forças até pra andar no quarto. Meus olhos doíam de tanto chorar, minha visão se embaçava a cada minuto, eu estava me sentindo fraca. Ver tudo aquilo me deixou tão exausta, tão impotente. Eu me senti uma inútil, eu sentia muita falta de Jisoo, como sentia. Eu nunca pensei que poderia ter uma amiga de verdade, mas quando eu a conheci tive certeza que era ela. Era ela. Sim, era.

Me sentei no chão e juntei minhas pernas em frente ao meu corpo, abraçando as duas com tal força e chorei. Botei tudo pra fora.

- Ah, Jichu... Como eu sinto sua falta. Por que você se foi? Por que você me deixou aqui? Eu precisei de você. Mas... Eu sei que você está num lugar melhor. A nossa história nunca vai acabar, tá? Eu te amo, minha saja.

Senti mãos em meu ombro e por um momento levei um susto. Era Hobi, e o mesmo me olhou tão triste.

- Vamos pra casa, vamos? – ele sorri de forma melancólica. Concordei.

Me levantei e dei uma última olhada no quarto. Me despeço dos Kim e respiro um pouco mais aliviada ao entrar no carro.

Não sei, talvez eu esteja mesmo louca, mas eu poderia jurar que vi Jisoo na janela do quarto assim que olhei para lá de relance. E ela sorriu pra mim.

                                   {...}

Finalmente me senti mais disposta. Eu estava começando a melhorar, ainda bem, já que tenho uma entrevista de emprego daqui dois dias. Eu preciso ficar boa.

Hobi me ajudou muito nesses últimos dias, esteve comigo em cada momento, mesmo tendo que sair de casa quase o dia todo por causa do bendito álbum que eles vão lançar. Isso é tão lindo.

Eu realmente espero que eles consigam se reerguer.

O apartamento é grande e eu confesso que me sinto um pouco sozinha nele. Às vezes eu me pego pensando em como seria se tivessem mini hobizinhos correndo pra lá e pra cá. Jay iria adorar, sem dúvida.

Aliás, ele me disse que tem uma grande surpresa pra mim, mas vai fazer apenas no meu aniversário, que por sinal é perto do dele. Eu estou muito ansiosa, juro.

É incrível como Hoseok consegue me deixar ansiosa e apaixonada ao mesmo tempo.

As coisas estão melhorando tanto... Espero que nada apareça pra atrapalhar.

- Jagi-ya! – um beijo no meu ombro me faz acordar para a vida.

- Oi, amor. – me viro e selo seus lábios.

- Vamos jantar fora hoje! O que acha? – ele sorri.

- Por mim tudo ótimo! – digo e ele me beija.

- Vou tomar um banho e então nós se arrumamos. É rápido! – ele corre e tira a roupa ao mesmo tempo.

O celular de Hobi vibra. É uma ligação. Atendo, mas não falo nada.

- Alô? ... Bom, o senhor acabou de sair daqui e ela está completamente doida, sr. Jung. Ela não quer ficar longe de você, precisamos resolver isso logo! Aliás, o senhor não pagou esse mês ainda. O atraso irá aumentar 5% do valor normal.