● S/N On ●
Mal podia esperar a hora que Jennie chegasse do trabalho, estava ansiosa e queria contar logo a novidade. Eu sei que não era lá aquela novidade, mas eu estava ansiosa.
Para passar o tempo, fui dar uma espiada no quarto do JB. Ele geralmente limpava o próprio quarto, quando eu dizia que ia limpar ele protestava e batia o pé com a famosa frase "eu mesmo limpo, não se preocupe".
Dessa vez não, JaeBum.
Entro no seu quarto. É um pouco bagunçado, mas é um lugar legal. Ele mudou tudo conforme o seu gosto, haviam bastante fotos dele e de sua família, outras comigo e com Jennie.
Me permiti olhar um pouquinho mais suas coisas.
Seu guarda-roupa era organizado e separado por cores, já que abri um lado onde só haviam roupas pretas. Abri uma das gavetas e era a de cuecas. Soltei um gritinho e fechei rapidamente.
Havia algumas roupas em cima da cama, eram as que eu havia lavado, e como JB não tinha tempo, resolvi dobrar.
Uma das peças - que eu não havia lavado - tinha um cheiro muito bom. Era um perfume um pouco parecido com o que Hoseok usava.
Acho que deve ser por isso que não consegui tirar a camiseta do nariz. Inalei o cheiro e guardei na memória.
- Já disse que eu mesmo arrumo meu quarto. - a voz de JB me dá um susto. Me viro e ele está de braços cruzados na porta.
- M-me desculpe... Eu... - me levanto. - Eu só estava dobrando as roupas.
Por que eu estava tão nervosa?
- Obrigada, baby. - ele sorri e se aproxima de mim. Eu estava paralisada. - Sabe... Eu gosto de ajuda. Mas no meu quarto, digo e repito: tudo aqui eu arrumo. Entendido? - Ergo a sobrancelha.
- De nada. - mordo o lábio.
- Pare de morder o lábio. Me dá vontade de morder também, e eu não posso fazer isso.
Chocada.
Foi o que fiquei.
Soltei o lábio e fui até a porta. JB me olhava e sorria enquanto apontava para as roupas.
- Obrigada mais uma vez.
Sorrio.
Jennie chega para a minha salvação.
- Ya! Chingu! Cheguei! - ela diz e sorri. - Fiquei sabendo da novidade. Meus parabéns! - ela me abraça.
- Que novidade?
Como assim?
- Ué, você conseguiu emprego, não conseguiu? Ou o JB mentiu?
Não.acredito.que.ele.estragou.minha.surpresa.
- Ah... - coço a nuca. - É verdade.
Minha preparação e ansiedade da tarde inteira foram em vão.
- Que ótimo! Agora podemos finalmente renovar o apartamento! - ela dá pulinhos. - Vou tomar um banho, então nós três vamos sair e comemorar! - ela diz e então sai toda alegre.
Ah, Im Jaebum. Eu te mato.
Entro no quarto toda raivosa - eu acho - e preparada para falar umas poucas e boas. Mas a visão das costas de JB me fazem esquecer palavra por palavra do que eu ia dizer.
Foca, S/N. Foca.
- JB! - digo e ele leva um susto. - Você é um mala! Era para eu contar! Por que você fez isso? - dou tapas em seu ombro.
- Eu sabia que você ia dar chliique. - ele ri. - Desculpa!
- Seu.corta.barato! - ele continua rindo. - E não dá risada não, veado!
Opa. Não devia ter chamado ele assim.
- Do que você me chamou? - sua expressão fica mais do que séria.
- Eu... Não disse nada. - digo já me afastando.
S/N e sua bendita boca.
Tento correr até a porta, mas ele é mais rápido.
- Na-na-ni-na-não, mocinha. - ele sorri de lado e tranca a porta. - Vamos conversar agora.
- Ja-JaeBum... Me deixa sair! - digo desesperada.
Muita pressão, muita pressão.
Quando me dou conta, estamos praticamente colados. Corpo a corpo.
- Por que sua respiração está ofegante, baby? - ele diz no meu ouvido. Aí que merda.
- Eu estou assustada. - minto e ele ri.
- Assustada? Você está com medo de um "veado"? - ele me encara. Não aguentei seu olhar nem por cinco segundos.
- Você leva tudo ao pé da letra assim? - tento me soltar.
- Geralmente. - ele me empurra até a cama.
- JB, pare. - digo ofegante. Já podia o sentir enquanto seu corpo se esbarrava ao meu.
Seus lábios atacaram os meus, me pegando de surpresa. Confesso que tentei me soltar. Apenas nos cinco primeiros segundos.
O beijo dele era magnífico. Sem palavras. Era apenas... Maravilhoso.
- Finalmente fiz isso. - ele sorri e se prensa mais em mim, me fazendo sentir sua ereção. - Veados fazem isso? - ele sorri.
- Gays também ficam de pau duro. - digo corajosa.
Ele estreitou os olhos e se aproximou mais de mim.
- Você está brincando com fogo, querida. - ele morde meu pescoço. - Já estou me segurando a algum tempo, não quero ter que me libertar. Você não gostaria do meu lado sombrio.
Ave Maria cheia da graça. Tremi na base.
- Falar é tão fácil. E fazer? - pergunto enquanto ergo meu quadril em direção ao seu corpo.
Não queria nada, não agora. Minha intenção era apenas provocar.
- S/N, você está dificultando. Isso aqui dói, sabia? - ele se levanta e mostra sua moletom, completamente marcada.
- Não pedi para você me atacar. Se vira. - aproveito a deixa e vou até a porta. Tento abrir, mas está trancada. E a chave? Não está lá.
- Está procurando isso? - me viro e vejo a pequena chave na mão de JB.
Que demônio, meu pai.
- Me dá a chave. Agora! - bato o pé.
- Se quiser vai ter que pegar... - ele diz antes de colocar a chave dentro da calça. Lá. Puta merda.
Cadê o JB tímido? Eu o quero de volta!
- Pois eu não vou pegar. Vou ficar aqui. - me sento na cama.
- Ah, S/N! - ele diz fazendo bico. - Queria tanto que você tentasse pegar...
- Querer não é poder. - digo olhando para frente. - Jennie!!! Socorro!
- Para de gritar! Vão achar que eu estou estuprando você!
- Quase! - digo e ele ri.
- Nunca faria isso contigo. - ele se senta ao meu lado. - Realmente não vai pegar?
- Não. - digo ainda séria.
- Poxa, S/N... - ele diz manhoso e então pega minha mão, colocando-a rapidamente dentro da sua calça.
- Jae...
- Sh! - ele fecha os olhos. - Apenas pegue a chave.
Ele guia minha mão por toda a sua extensão até chegar onde a chave está. Eu aperto seu membro e ele geme baixo, me olhando tão sério. Aqueles olhos escuros podem enganar qualquer uma.
Pego a chave e abro a porta, correndo até a cozinha.
Eu precisava de ar.
Muito ar.
- S/N? – era Jennie. Me virei e ela estava totalmente linda. – Você ainda não se arrumou? Temos que sair e aproveitar! Vamos beber!
Beber? Jennie? Alô?
- Vamos logo! Veste um vestidinho e pronto!
- Sair? Vamos sair? – JB aparece e pega uma maçã, enquanto morde a mesma e me olha de maneira sensual.
Jennie estreita os olhos enquanto olha para nós dois.
- Dou dez minutos para vocês dois se arrumarem. Andem!
Reviro os olhos e vou até o quarto.
É S/N. Os mais quietinhos são os piores.
* Yoongi On *
Quando Hoseok apareceu na sala com um roxo no rosto, eu soube no mesmo instante que era coisa do Jimin. E quando Jimin apareceu com um corte no lábio, eu tive certeza.
Tentei falar com J-Hope, mas o mesmo me empurrou e subiu direto para o quarto. Ele estava diferente num ponto anormal, não parecia nem um pouco se quer com o Jung Hoseok que eu havia conhecido.
S/N realmente mexeu com ele.
E eu tenho absoluta certeza que ele também mexeu com ela.
Ele ia ao psicólogo cerca de quatro vezes por semana. Os outros ainda não sabiam sobre isso, e resolvemos manter isso em segredo.
Mas para ser bem sincero, não estava adiantando nada. Ele estava piorando, e eu me senti um lixo por não conseguir o ajudar.
Deitado na cama, pensei e repensei o que poderia fazer para ajudar Hoseok.
A ideia de comprar uma passagem para ele era tentadora, mas era caro, e não estávamos muito bem na questão financeira, já que perdemos muitos shows.
Eu odiava S/N e gostava dela ao mesmo tempo.
Será que se eu conseguisse comprar uma passagem iria dar tudo certo?
Não queria ver Hoseok sofrer. Não mais.
* S/N ON *
Zonza. Eu estava zonza.
- S/N tá quase... caindo! – ouço Jennie falar.
- Ah, tá! – digo meio molenga.
- Eu disse que não podíamos beber muito! – JB diz sério.
Não estávamos bêbados a ponto de cair, mas um pouco alcoolizados. Um pouquinho demais.
- Eu vou dormir... Onde é o quarto? – Jennie se poia nas paredes. É muito engraçado. Acompanho ela até o quarto e a deito na cama. – Boa noite, Lucas.
Lucas? Quem é Lucas?
Dou risada e vou até a cozinha, beber um pouco de água.
Levo um susto quando mãos envolvem a minha cintura.
- Oh, S/N... Vamos resolver nosso pequeno probleminha?
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