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História Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Qualquer um faria o mesmo...


Escrita por: Vaahlerinha

Notas do Autor


Hello People... ><
Cheguei com mais um capítulo para vocês!
YEEEY!!! \o/
Muito obrigado pelos favoritos, agradeço de <3...
hahaha
Espero que gostem, boa leitura... ^~^

Capítulo 10 - Qualquer um faria o mesmo...


Fanfic / Fanfiction Long Fic Jungkook - Paper Hearts - Qualquer um faria o mesmo...

Valéria escutava uma voz distante.... Não sabia identificar de quem era. Não queria abrir os olhos. Não queria! Todo seu corpo doía até mesmo o esforço para abrir os olhos lhe causava desconforto.

- Ela já não devia ter acordado?

- Sim, não deve demorar para isso acontecer.

Não entendia absolutamente nada do que aquelas vozes diziam. Tentou abrir os olhos vagamente, borrões fora de foco foram se formando diante dos seus olhos.

- Veja, ela está acordando!

Abriu os olhos rapidamente ao ouvir a voz. Começava a distinguir onde estava, era tudo branco, impecavelmente limpo e silencioso. Claramente um hospital.

- Valéria? – A voz chamou, o “L” sendo pronunciado de maneira arrastada.

Depois de piscar alguns segundos para definir claramente as imagens, virou para o lado e conseguiu focalizar na pessoa que havia falado. Era uma mulher coreana, aparentava ter pela casa dos quarente e poucos anos. Os traços de seu rosto eram familiares de alguma forma que Valéria não sabia identificar. Abriu a boca para pronunciar algumas palavras, mas sua voz praticamente não saía. Sentia a garganta seca.

- O que houve? – Conseguiu pronunciar com a voz rouca.

- Querida, por favor, acalme-se. – A mesma mulher falou, seu inglês vindo com um sotaque familiar.

- Quem é você? E por que eu estou em um hospital? – Valéria encarava confusa, os cateteres ligados ao soro em seu braço.

- Querida, você não se lembra? - Uma segunda voz feminina falou.

Valéria teve um leve sobressalto. Não havia notado a segunda mulher no quarto. Esta parecia ter a mesma idade da primeira. E as duas a observavam de maneira gentil.

- Quem são vocês? – Valéria já estava se desesperando, a confusão pesando em seu amago, deixando-a tonta.

- Valéria fique calma, por favor! Vou te esclarecer o que houve. Eu me chamo MinSuu e esta é minha amiga SooMin. – A primeira delas disse. – Algumas horas atrás, minha filha soltou a mão da babá quando nos viu e atravessou uma avenida correndo para tentar chegar até nós duas.

Flashes de imagens trovejaram na cabeça de Valéria. Uma garotinha de azul correndo. Duas mulheres a encarando apavoradas. Valéria correndo. A buzina de um carro. E o som dos freios antes do impacto doloroso e tudo sumir em meio a uma névoa negra.

- Ah, merda! – Valéria exclamou em português, levando a mão a boca. E foi nesse instante que percebeu os arranhões que cobriam suas mãos. – Ela está bem? – As duas mulheres a encararam sem entender. – A menininha? Ela está bem?

MinSuu abriu um sorriso enorme para Valéria, os olhos ficando úmidos ao olhar para a moça na cama com carinho.

- Sim, ela está, graças a você! – falou ela, a voz falhando um décimo. – Eu serei eternamente grata a você por isso.

- Qualquer um faria o mesmo... – Valéria disse sorrindo levemente sem graça.

- Não! Não teria não! – Quem disse dessa vez foi SooMin. – Você se jogou na frente de um carro para salvar uma pessoa. O que você fez além de muito corajoso, foi muito maluco. Você empurrou a Eunjin, mas foi atingida no lugar dela, e nós lamentamos que tenha se ferido por isso.

A mesma disse com toda sinceridade. Valéria arregalou os olhos, dando-se conta do quão grave podia ser a situação e se remexeu inquieta. A primeira coisa que sentiu, ou melhor, não sentiu, foi sua perna esquerda. Estava prestes a se desesperar e começar a chorar quando a porta se abriu, e um médico, ocidental, passou por ela carregando uma prancheta.

- Minha perna doutor! Eu não sinto! Não consigo mexer! – Ela cuspiu as palavras em cima do médico.

- Senhorita Oliveira, por favor, acalme-se. – falou ele, muito calmo e em português, surpreendendo Valéria. - Você não consegue mexê-la porque ela foi engessada do joelho para baixo, ela ainda deve estar dormente e por isso não a sente. Logo ela estará normal.

Esclareceu ele. Valéria suspirou aliviada assim que as palavras do médico penetraram em sua mente. Quebrada e dormente, apenas.

- Muito bem Valéria. – O médico a encarou, ele estava agora checando os papéis na prancheta. – Os resultados dos seus exames saíram e não há nada de errado com você, além dos arranhões e da perna quebrada. O carro já estava quase parando quando lhe atingiu e por sorte nada mais grave aconteceu.

Ele dizia em inglês agora, em consideração as duas senhoras que haviam na sala.

- Ele estava freando para não atingir Eunjin, mas não deu tempo. – MinSuu disse. E o doutor concordou com a cabeça. – Por sorte, nada de pior aconteceu.

- E quando poderei tirar o gesso? - Valéria perguntou sorrindo levemente aliviada.

- Esse é o único problema. – O médico disse, e o sorriso de Valéria sumiu.

- Como assim? – Quem perguntou dessa vez foi SooMin.

- Bem. Você quebrou a perna em três lugares diferentes... – Valéria prendeu a respiração para evitar que o grito exasperado saísse. – E isso significa que terá que ficar com o gesso por cerca de três meses.

- Três meses?! – Dessa vez ela não conseguiu segurar o grito na garganta. – Não pode ser! Isso não está acontecendo!

Valéria negava com a cabeça. O médico sorriu compreensivo.

- Três meses passam rápido. – Ele tocou o ombro dela levemente. – Vou deixa-las para que possam conversar.

- Espere, doutor! – Valéria exclamou, porém o mesmo já estava fechando a porta. – Três meses? O que eu vou fazer agora? Como vou entrar no alojamento? Como vou falar isso pra minha mãe? Ela vai surtar!

Valéria fazia para si mesma uma pergunta atrás da outra, balançando a cabeça constantemente. Escondeu o rosto entre as mãos.

- Valéria, vai dar tudo certo. Quer que chamemos alguém? – MinSuu começou a falar, mas foi interrompida por Valéria.

- Espera aí! Como sabem o meu nome? – Ela encarou as duas.

- Você derrubou sua bolsa quando foi ajudar Eunjin. Nós a pegamos para você. – MinSuu apontou para um canto do quarto onde havia uma mesinha sobre a qual, Valéria reconheceu sua bolsa, e um saco transparente no qual reconheceu suas roupas dobradas, pois naquele momento vestia aquele horrível jaleco de hospital. – Infelizmente, tivemos que abrir sua bolsa para procurar seus documentos para interná-la aqui. Nós vimos que era estrangeira e pegamos seu passaporte, mas deixamos tudo como estava, mas infelizmente seu celular quebrou na queda. Nós pedimos desculpas por isso. – MinSuu franziu os lábios, parecendo descontente consigo mesma.

- Tudo bem, eu entendo.

Valéria torceu os lábios, fez um gesto que indicava que não precisavam pedir desculpas. Alguém vendo a foto horrenda em seu passaporte e a perda de um celular era o menor de seus problemas atuais. Valéria sentiu um nó formando-se lentamente em sua garganta e seus olhos ficando úmidos. Os últimos eventos chegando sobre ela todos de uma vez. Todo o medo de não chegar a tempo até a menina, a adrenalina daquele momento, o susto de acordar em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas ao seu redor, ter quebrado a perna, não saber o que fazer, além da perda do celular que resultava em mais um gasto que ela não poderia bancar.

Lágrimas silenciosas desceram pelo rosto dela e MinSuu a abraçou carinhosamente, de forma maternal enquanto sussurrava que tudo ia ficar bem. Valéria sentiu falta de sua mãe naquele momento.

Aos poucos acalmou-se, respirou fundo dizendo a si mesma que chorar não iria resolver e que ela daria um jeito, como sempre fez. Estava prestes a agradecer pelo abraço reconfortante de MinSuu quando a porta foi aberta com pouca, ou nenhuma delicadeza e seis figuras masculinas entraram como um raio por ela.

- Omma! – Duas vozes gritaram em uníssono. Um deles indo em direção a MinSuu e o outro em direção a SooMin.

Os outros revezaram sua atenção entre os amigos e a garota na cama. Os olhos deles tão confusos quanto os de Valéria.

- Mãe, como a senhora me manda uma mensagem dessas? O endereço do hospital, o número de um quarto e a palavra urgente embaixo? – O de cabelos vermelhos soluçou nos braços de MinSuu. - Eu pensei que alguma coisa grave tinha acontecido.

A voz dele saia embargada. O que está acontecendo? O que eles fazem aqui? Valéria se perguntava com os olhos arregalado, encarando cada um dos rostos numa crescente descrença.

- Vocês quase nos mataram do coração. - A voz rouca do moreno que abraçava SooMin soou pelo quarto.

- Nós quase enlouquecemos. O trânsito não andava e nós estávamos do outro lado da cidade.

- Por isso demoramos tanto para chegar.

- Vocês não atendiam os celulares...

- Nós ficamos desesperados!

Os outros quatro garotos iam falando, completando as frases um do outro. Todos encarando Valéria, tentando entender o que fazia ali e por que eles mesmos estavam ali.

- Hey! – Valéria gritou atraído os olhares para si, incluindo os dos garotos que estavam abraçados as suas respectivas mães e que só então notaram que a garota estava ali, os olhos se arregalando ao reconhece-la, principalmente os do moreno abraçado a SooMin. – O que vocês estão fazendo aqui?

Valéria apontou para cada um dos meninos, sentindo em meio à confusão uma alegria quase infantil por vê-los novamente.


Notas Finais


Pois é, pessoas, é isso...
E aí? Quem são esses boys misteriosos? Quem será, hein?
Hahahaha
Espero que tenham gostado... Até o próximo... >.<


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