A viagem de volta ao apartamento foi descontraída, afinal estávamos todos cansados da coletiva e agora finalmente eu entendi o quão cansativo aquilo podia ser. Sentados na sala do apartamento e jogados nos sofás de qualquer maneira enquanto esperávamos a pizza que havíamos pedido chegar.
Jungkook ao meu lado sorria levemente enquanto se mantinha numa conversa distraída com Hoseok. Um de seus braços estava ao redor de meu ombro e ele fazia pequenos círculos na pele exposta do meu braço, acariciando com delicadeza sem nem pperceber que o fazia. Era eestranhamente natural, porém nem mesmo aquele toque cálido era capaz de me tirar da cabeça o inevitável confronto com a retaliação das Armys aparecia no horizonte, próximo e tenebroso.
Era iminente, mas para não chatear ainda mais os meninos com minhas próprias preocupações eu mantive meus medos em segredo tentando garantir que nossos primeiros dias juntos fossem mais despreocupados.
Eu precisava evitar que eles se sentissem culpados e faria tudo o que podia para causar uma boa impressão nas Armys. Mas ao mesmo tempo sabia que o meu orgulho não permitiria que eu adotasse uma atitude submissa em relação a elas, não importava o quanto puderem desaprovar meu relacionamento.
Mesmo assim é impossível não me sentir no mínimo amargurada com o evidente o desprezo que algumas Armys sentiam por mim. Desprezo que expressavam abertamente em suas postagens na internet e isso tudo sem ao menos me conhecer. E talvez fosse essa amargura que me tornara mais impulsiva que o normal durante a coletiva, refleti, e isso não podia acontecer.
Com determinação renovada e disposta a enfrentar tudo de uma vez, saquei o celular disposta a acabar de uma vez com angústia e então abri a galeria de aplicativos do aparelho à procura de um bem específico.
O Twitter.
- O que você vai fazer, noona? - Taehyung perguntou ao me ver procurar furiosamente o aplicativo no aparelho e isso desviou a atenção de Jungkook para mim.
- Desde a hora que botei os pés aqui na Coréia estou me martirizando sobre o que as Armys podem estar falando ou não de mim, então chega! - desse firmemente. - Vou entrar no Twitter e ver de uma vez o que está acontecendo.
- Não, você não vai! - Jungkook disse seriamente ao meu lado.
- E por que não? - perguntei amargurada.
- Você sabe o porquê... - O tom de voz dele não deixava espaço para discutir.
E é claro que eu sabia. Por mais determinada que eu estivesse a encarar aquilo de uma vez Jungkook, assim como eu, sabia que eu me sentiria atingida pelos comentários negativos que estariam ali. Ele fixou seus olhos em mim, acariciou meu rosto suavemente, tentou sorrir e depois disse:
- É melhor assim, pelo menos por enquanto.
E eu sabia que ele podia estar certo, por esse motivo um desconfortável cessar-fogo, ao menos da minha parte, se estabeleceu entre nós.
- Está bem. - Concordei.
- Uma decisão inteligente. - Jin falou lentamente e de súbito me surpreendendo. Ele tinha um sorriso triste na face. - Eu sei que você nunca ligou para o que as pessoas falam de você, mas é como já dissemos antes Vaah, algumas delas podem ser bem cruéis...
O reflexo agourento nos olhos dele, e no de todos os outros meninos, diga-se de passagem, me fez lembrar das situações semelhantes de antes e havia ali um aviso e um pedido, que por hora eu atenderia, mas aquilo não me sairia da cabeça tão cedo.
Por um milésimo de segundo Jungkook abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa, porém nesse instante a campainha tocou, anunciando que as pizzas que haviam pedido chegaram e ele mudou de ideia.
Jimin prontamente se levantou e foi até a porta buscá-las. Nós comemos em silêncio. E depois da refeição, um a um os meninos foram se retirando para seus quartos afim de ir dormir, restando apenas Jungkook e eu na sala.
- Devemos ir também? - Jungkook perguntou passando seu braço ao meu redor.
- Pode ir na frente. - Respondi. - Preciso ligar pra minha mãe.
Apontei para o telefone esquecido momentaneamente sob a mesa de centro.
- É isso mesmo que vai fazer? - Perguntou desconfiado.
- É claro, o que mais eu faria seu bobo?
- Seria teimosa como sempre e entraria no Twitter. - acusou. - Pode ligar, eu te espero.
Dei de ombros num primeiro sinal de irritação.
- Se você insiste.
- Insisto.
- Eu irei demorar. - Disse após pegar o aparelho e me sentar novamente.
- Está tudo bem, eu te espero.
Torci os lábios em sinal de insatisfação.
- Você está sendo ridículo, sabia?
- Estou apenas sendo cuidadoso com você amor... - ele me lançou um sorriso cauteloso e apertou meu nariz levemente. - Não quero que se magoe.
Jungkook me olhava nos olhos e eu vi toda a preocupação, a culpa e orgulho pelo que haviamos feito hoje presentes em seu olhar.
Aquele simples gesto da parte dele, me fez esquecer todo o resto e nada mais importava. Não quando nos olhávamos daquela forma.
Me levantei e me sentei sobre o mesmo com uma perna em cada lado do quadril dele e o beijei. Logo pude sentir uma mão grande e quente subindo e descendo por minhas costas e se alojar em mminhas nadegas as apalpando. Interrompi o beijo e começei a mordiscar e dar beijos leves no pescoço de Jungkook arrancando suspiros pesados do mesmo que segurou meu quadril e fez uma pressão gostosa sobre sua ereção, o que fez com que eu não conseguisse conter um leve gemido. Mas isso foi o máximo para que Jungkook invertesse as posições deitando-se no sofá sobre a mim.
Jungkook olhou-me com desejo e me beijou com volúpia, depois se encaixou entre minhas pernas roçando sua excitação a minha e fazendo leves pressões ao mesmo tempo que parava o beijo e começava beijar e mordiscar meu pescoço.
- Jungkook, eu... – minha respiração era falha e entrecortada.
- Diga noona, diga o que quer... – ele disse rouco afundando seu rosto na curva do meu pescoço.
- Eu quero v-você! – Disse enlaçandp minhas pernas a sua cintura enquanto sentia o prazer me invadindo.
- Seu desejo é uma ordem meu amor .
Dito isso Jungkook me pegou no colo e me levou para seu quarto onde me depositou na cama com delicadeza e em seguida me beijou , um beijo carinhoso, mas ao mesmo tempo selvagem . Então começou a baixar o zíper lateral do vestido que eu usava, e antes que minha mente nublada pelo desejo pudesse registrar estávamos nus sob a cama.
O som de um celular tocando assustou nós dois.
- Não é o meu. - Disse ele apontando em direção da onde vinha o som em algum lugar na cama perto de nós.
- Se for a Milena - disse com um gemido frustrado enquanto ia até o aparelho - vou estrangulá-la.
- Alô? - Tenho certeza que meu rosto exibia algum sinal de exasperação.
- Oi mãe. Eu sei que disse que ia te ligar, mas eu estive ocupada e também, pode ser o meio do dia aí, mas aqui já é o meio da noite. - Lancei para Jungkook um olhar que pedia desculpas pela interrupção, ele deu de ombros tentando aparentar indiferença, mas falhou. - eu sei e... O quê? Não é nada disso! Escuta, posso te telefonar amanhã? Já estava indo pra cama...
De alguma forma minha mãe descobrira que tive que dar uma entrevista e agora queria saber o que havia acontecido. Exalei um suspiro de total frustração e me sentei na cama de costas para Jungkook. Ele, por sua vez apenas ficou lá sentado, também frustrado, estava com im problema um pouco mais ao sul e se Valéria não desligasse logo, teria que cuidar ele mesmo do assunto.
- Não diga isso mãe. - Continuei em tom cansado. - Escute, estou cansada demais pra conversar agora, realmente preciso ir pra cama.
"Boa ideia!", pensou Jungkook, cada vez mais frustrado.
- Não mãe eu já te disse que não é nada disso onde fazer uma entrevista para oficializar o nosso relacionamento não foi nada alarmante não precisa se preocupar.
Enquanto via Valéria responder as intermináveis perguntas da mãe sobre a coletiva Jungkook decidiu que não podia esperar pelo fim da conversa tirou ele próprio suas roupas e depois se ajoelhou atrás dela e tirou-lhe os cabelos nos ombros nus.
Eu consegui disfarçar o arquejo que me subiu aos lábios, ao mesmo tempo que minhas costas enrijeceram. Virei a cabeça para trás para olhar para ele, mas Jungkook não olhava para mim, estava ocupado beijando meu ombro. Os lábios roçando sedutoramente em minha pele me arrepiando.
- Valéria você está aí? - perguntou minha mãe quando não lhe respondi de imediato.
- Sim mãe, tô aqui. - Minha resposta foi meio brusca.
- E o que você vestiu nessa coletiva?
Sério? Eu tinha mesmo que responder a essas perguntas idiotas agora?
- Não vesti nada de especial mãe, só um vestido.
- Você não fez isso! Não num pronunciamento formal. Posso não entender nada desse mundo, mas sei como eles valorizam a aparência.
Eu já tiveram bastante daquela conversa e de Jungkook fazendo o que fazia. Agora ele mordiscava a pele do meu pescoco, enquanto se divertia as mminhas custas. Ele sabia que eu estava conversando com a minha mãe. O que ele tinha na cabeça?
Beijar meu ombro e pescoço já tinha sido ruim o bastante, mas agora suas mãos estavam indo lenta e deliberadamente encontrar o caminho para meus seios. Quando seus dedos começaram a apertar meus mamilos, eu quase deixei o telefone cair.
- Não se preocupe com isso, foi a figurinista dos meninos quem escolheu. - praticamente engasguei, enquanto apertava mais o telefone.
Meu Deus! Tentei me concentrar na conversa que estava tendo, mas era difícil de se concentrar quando sua cabeça estava girando, seus mamilos queimando e seu baixo ventre pedindo por atenção.
- Entendi. E a matrícula para faculdade? Terminou?
- Sim. - Quase gritei quando Jungkook me deitou de costas na cama. Meus olhos se arregalaram pelo susto quando percebi o que ele pretendia fazer, mas ele ostentava em seus labios um sorriso malicioso.
Segurei o telefone com as duas mãos, mordendo o lábio inferior para me impedir de emitir alguns sons constrangedores e que revelariam a minha mãe que estava acontecendo naquele quarto.
- Ah que bom que conseguiu então... - dizia minha mãe - e não teve nenhum problema na admissão?
Quase deixei escapar que havia acontecido alguma coisa com relação a minha matrícula e que alguém havia pagado tudo.
Mas isso seria o começo de mais uma enorme lista de perguntas e agora estava desesperada para desligar o telefone.
- Mãe eu eu realmente preciso desligar. Amanhã eu telefono e teremos uma boa e longa conversa. Ok?
- Promete?
- Prometo. Tchau.
- Tchau filha. Agora comporte-se aí e se não conseguir se comportar, seja cuidadosa.
Fiz uma careta enquanto desligava o celular. Minha mãe sempre usava essas palavras quando estava longe de mim, mas nunca antes elas tinham sido tão adequadas.
A questão é que eu não me comportaria aquela noite e nem seria particularmente cuidadosa, mas nesse exato momento não ligava a mínima pra isso.
Jungkook estava se posicionando entre minha pernas.
"Sim, assim mesmo", pensei incoerente enquanto o telefone caiu de minha mão e eu era envolvida numa névoa de prazer e Jungkook me penetrava lentamente.
- Não pare. - soltei um murmúrio para Jungkook em meio a um gemido sôfrego. Era mais um apelo do que uma ordem.
Ele não parou.
[...] Quebra de Tempo [...]
Por algum tempo, não percebi que Jungkook adormecera. Meu cérebro estava entorpecido pelo que acabara de acontecer. Fora uma experiência de tirar o fôlego, com Jungkook sempre era. Ele estava claramente cansado, mas eu não, estava mais acordada do que nunca.
Bem lenta e cuidadosamente, eu o deixei, deixei a cama, vesti um roupão, deixei o quarto e fui para a cozinha, em busca de um copo d'água.
Fui até a geladeira, e peguei uma garrafinha que havia ali, a bebendo devagar enquanto caminhava até a janela da sala, afim de observar a noite que corria.
Mistérios, intrigas, emoção, romance, aventura... Minha vida estava se tornando um filme ou coisa assim?
Isso não saía de minha cabeça.
Nunca tive uma semana tão complicada antes e ela nem havia terminado ainda.
Tudo o que eu estive tentando evitar desde que Jungkook me proibiubde acessar o Twitter, tudo que escondi sob a superfície, veio à tona agora que estou sozinha. Enquanto estive com Jungkook e com os meninos, estava sendo distraída de tudo o que estava sentindo e tudo estava bem. Mas já não é esse o caso. Agora que estou sem suas distrações, os temores e a curiosidade voltaram e minhas emoções explodiram como uma bomba nuclear.
Balancei a cabeça, derrotada. Não adiantava tentar se amedrontar. O bom senso de seguir a proibição de Jungkook não superava o poder da minha curiosidade. Eu queria enfrentar aquilo de uma vez, não aguentava adiar. Se fosse pra sofrer e me irritar, que fosse logo.
Hora de enfrentar aquilo. Controlando a respiração e a ansiedade, me virei para o corredor e rumei até o quarto. Não com a intenção de voltar para Jungkook, mas para pegar o notebook aberto sob a escrivaninha.
O que fiz o mais rápido e silenciosamente que consegui, tudo que eu não precisava era que Jungkook acordasse para me impedir.
Sai, encostando levemente a porta e caminhei para a sala novamente, porém quando cheguei ao cômodo, afastei-me em direção a saída do apartamento. Sai do apartamento e subi as escadas até o telhado, sentei em um sofá que havia em um canto e que tinha uma mesinha em frente. Coloquei o notebook ali e o liguei, olhando o horizonte escuro, eenquanto aguardava a página carregar.
O choque inicial foi grande, pra começar eu estava com mais de DOIS MILHÕES de seguidores e o número crescia. Haviam dezenas de hashtags me citando e aos meninos e milhares de comentários, em sua maioria negativos.
Deixei que toda a dor e ressentimento se apoderassem de mim, e sofri, não mais em silêncio. Minha mente já perturbada ia lendo os comentários e twitts muda de choque.
"Aposto que se ele tivesse assumido o relacionamento com uma idol qualquer não haveria toda essa comoção e essas centenas de comentários, mas olha só o nosso preconceito... Só porque ela é uma estrangeira desconhecida e fora dos nossos padrões ridículos não à aceitam. Viva a hipocrisia."
Havia é claro comentários positivos e apoiando nosso relacionamento, principalmente os brasileiros.
"Eu super shippo os dois! Amém que meu shippe se assumiu! #ValKookieFighthing"
"Não entendo porque tá todo mundo tão chocado. Todo mundo sabe que a maioria dos idols namoram. Não importa se é homem ou mulher, a única coisa que eles evitam é que as pessoas descubram, justamente para que não haja toda essa comoção. Pelo amor de Deus, vão lavar uma louça ou dar banho no seu cachorro. Eu adoro descobrir que os idols namoram! Até porque eles são humanos também, tem que namorar mesmo. Por mais que eles amem sua profissão e precisem se dedicar a isso, eles também tem que curtir a juventude deles... Eles não podem perder uma grande parte da vida deles tentando agradar os outros e não agradar a si mesmo. Beijos de luz, vão dar views em KARD"
"Meu OTP! Obrigado Deus!!!"
"Fala sério, que tempestade em copo d'água Coréia. Isso é normal e se ele tá namorando graças a Deus ele está, é menos um que está na seca, quer dizer, menos dois. Deixa o Maknae namorar! Tem que beijar mesmo por que isso é bom demais. Jungkook nunca faltou com as atividades e responsabilidades do grupo. Por favor né! Não misturem trabalho com vida pessoal."
"ValKookie está de volta, felicidades ao casal!"
Como eu sentia falta de quando minha preocupação era por conta de descobrirem minha identidade. Ah, eu nem fazia ideia do quanto minha vida ficaria complicada... Creio que se eu soubesse, nunca teria criado uma conta naquele site.
Essa @Vaahlerinha é apenas uma vadia qualquer. É tão sem sal que logo Jungkook cansa dela."
"Ela só está usando Jungkook e se aproveitando do Bangtan."
"Gente essa brasileira é só mais uma no meio das aproveitadoras que existem lá."
"Jungkook é bom demais pra essa garota ridícula!"
"Tinha que ser brasileira só tem puta naquele país. A única coisa que eles fazem bem é jogar futebol"
"Essa bruxa deve ter feito algum feitiço para ficar com ele"
"Aposto que essa vadia tá adorando toda essa atenção."
"Essa moça será ruim pra imagem do BTS, não venham discordar de mim."
"Até para o Brasil eles foram atrás dela. Se ela foi embora, não devia ter ficado lá pra sempre? não acredito que ela voltou!"
"Eu vou matar essa vadia que está se aproveitando dos meus meninos."
"Volte para seu país de merda e morra em alguma favela sua puta"
As lágrimas corriam livremente. Eu me sentia mal por estar chorando por pessoas como aquelas. Por xcomentários como aqueles, mas não conseguia parar de pensar nas maldades que diziam de mim, em tudo de ruim... Quando eu pensava nisso, era só a maldade que eu via. A covardia.
Aquele era um momento em que eu estava extravasando meus sentimentos, coisa que eu não fazia na frente dos outros. Sabia que era importante ter aquele momento, isolada de tudo e todos, remoendo as dores e perdas que não me dei deixariam seguir em frente e em paz no meu relacionamento com Jungkook. Para poder seguir com plenamente meu namoro, eu tinha a consciência de que eu precisava passar por aquilo.
Meu mundo não se resumia só ao Jungkook, mas por ele eu deixara muita coisa pra trás. Várias lembranças me ocorreram. A primeira foi referente abminha mãe. Lembrei-me do jeito como ela sempre sabia o que se passava comigo, como se eu fosse um livro aberto. Lembrei-me do meu pai brincando comigo, quando eu era mais nova. Dos amigos, de tudo que ficou no Brasil. Abracei meu proprio corpo e tornei ao chorar com as lembranças que tudo me trazia.
Mas por ele valeria a pena, disso eu tinha certeza. Eu passarei por uma fase extremamente difícil, mas eu sabia que um dia teria fim. Os comentários cessariam, e a aceitação viria, não de todos, mas iria chegar. Eu precisava ter muita paciência até lá... mas, sem dúvidas, num dado momento, tudo teria um fim.
No momento em que cheguei a esse pensamento, foi o momento que parei de chorar e palavras que minha mãe costuma me dizer vieram aos meus pensamentos.
"Você é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina!"
Ela tinha razão. E isso me animou. Um dia a aaceitação viria sim, mas eu também não ficaria apenas esperando. Eu não sou assim.
Encarei a tela mais uma vez, e com as palavras da minha mãe em mente passei a escrever uma publicação. Aquela seria minha resposta a tudo que foi dito ao meu respeito, agora eu faria o meu depoimento.
[...]
Quando parei pra analisar as palavras que havia escrito, me peguei pensando que eram palavras corajosas, mas eu não me sentia nem um pouco corajosa naquele momento, percebi enquanto olhava as palavras piscando na tela diante.
Dei uma conferida rápida no texto que havia escrito, antes que a coragem desaparecesse e respirando fundo, apertei em publicar.
Eu refleti muitas vezes se deveria ou não estar fazendo isso, e ainda não tenho certeza se devo, mas já que muito está sendo falado sobre mim, sinto que preciso lhes dizer isso...
Eu, Valéria, falhei muitas vezes como filha, mulher e amiga. Nem sempre digo as coisas certas. Não sou a mulher mais bonita do mundo, sei disso, mas eu sou eu. Adoro comer... Tenho celulite, sim. Tenho cicatrizes porque tenho uma história e elas fazem parte disso. Algumas pessoas me amam, outras gostam de mim, outras me odeiam, mas nem por isso irei me preocupar.
Já fiz coisas boas, já fiz coisas erradas. Saio sem maquiagem e às vezes não me arrumo. Sei ser mimada, mas também sou compreensiva... Não gosto de falar sobre os meus sentimentos, mas o meu coração está repleto deles... Me apego rápido, mas não demonstro... Tento ser forte a todo momento, mas sou tão fraca, tão frágil... E sou sensível, ciumenta e preocupada e tenho muito medo de perder!!! Sou segura de mim, mas também vacilo... Além de mulher, sou humana... E quando amo, faço tudo de coração, mesmo sabendo que erro... E erro muito!!!
Demorei muito para aprender o que é amor próprio, hoje sou mais forte e me amando mais não me abalo facilmente. Estou feliz, em paz, por mais que tenham algumas virgulas aos meios da vida, o ponto final sou eu quem dou, por isso não pretendo ser alguém que não sou. Eu sou quem sou e tenho muito orgulho de mim... As vezes me acho madura o suficiente, mas em outras vejo que ainda tenho muito o que crescer...
Sei o quanto vocês amam Jungkook, mas se tem uma coisa da qual eu Valéria Oliveira tenho certeza é do quanto eu também o amo.
Sou apaixonada por cada detalhe dele. Seu sorriso, sua voz, sua risada, seus olhos, suas mãos e até mesmo seu jeito de andar. Amo as brincadeiras dele, amo a maneira como ele me tira do sério. Amo suas muitas qualidades e até mesmo seus poucos defeitos, aceito todos eles. Aceito os erros dele com a desculpa de que todos somos humanos e que todos erramos. Amo o jeito apaixonado que ele me olha, amo o jeito que me toca. Amo o jeito extrovertido, sempre vendo graça na maioria das coisas, mesmo isso me irritando de vez em quando. Jungkook faz eu me sentir melhor e quero ele do meu lado pelo resto da minha vida."
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