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História Imagine Kim Yugyeom (GOT7) - Desire - One man, too many feelings


Escrita por: pacifyhoseok

Notas do Autor


Olá!

Espero que gostem do capítulo!

Relevem qualquer erro, por favor! Eu sempre reviso, mas alguns errinhos podem passar batido. <3

Capítulo 29 - One man, too many feelings


Fanfic / Fanfiction Imagine Kim Yugyeom (GOT7) - Desire - One man, too many feelings

[...]

 

Diferente dos demais dias, levantei animada. Dia dezessete de novembro de 2021. Era o aniversário de Yugyeom. E não, eu não sei porque estava tão animada com aquilo. Miya levantou junto comigo e parecia radiante com a minha felicidade. Ela sabia que os dias não eram fáceis para mim. Ela notava, tanto pelo meu comportamento mais silencioso, como pela forma com que eu fazia tudo dentro de casa.

Assim que cheguei na SM, vi Wang na frente da empresa. Foi estranhamente gostosa a forma que aquilo que me encheu ainda mais de alegria. Saber que ele estaria ali. Mesmo depois de meses, ele continua com algum efeito sobre mim. Por quê?

Por que mesmo estando com outra pessoa o meu corpo reage da mesma forma quando o assunto é Yugyeom?

Isso é terrivelmente ruim.

Desci do carro e me aproximei de Wang, o reverenciando.

- Olá srta. Lottie, como vai?

- Estou bem Wang e você?

- Bem, obrigada pela pergunta. – Ele sorriu.

Concordei e apenas entrei. Não vou perguntar dele. Não mesmo.

Assim que eu estava prestes a fechar a porta do elevador, alguém impediu para entrar junto.

Meu coração palpitou mais forte.

Ele entrou e não falou comigo. Ficou ao meu lado em silêncio enquanto me observava pelo espelho do pequeno cubículo. Continuei olhando para a frente, a tensão crescendo ainda mais ali dentro.

- Está belíssima hoje. – Ele falou e eu me recusei a responder. Funguei e assim que a porta abriu, me retirei.

Eu não era obrigada a passar por este tipo de situação.

Segui até a minha sala e assim que fechei a porta, respirei fundo e contei até dez.

Hoje era aniversário dele. Afinal, eu não deveria ser tão rude.

Sim, você deveria. Afinal, ele te ignorou esse tempo todo.

Comecei a trabalhar. Hoje teríamos reunião novamente com o Yixing, afinal, as alianças entre a SM e a LAY só vem aumentando desde os últimos meses. A LAY se expandiu para além das fronteiras asiáticas e orientais, além da Europa, se expandiu para a América do Norte. Yixing estava orgulhoso, afinal, estava fazendo dinheiro.

Após algum tempo, a secretária me chamou. Peguei minhas coisas para anotações e fui até a sala de reunião. Estavam todos lá, sem exceções. Me sentei e logo Yixing se levantou, pronto para o seu pronunciamento.

- Olá pessoal, bom dia. Peço desculpas pela reunião de última hora. Não precisam se preocupar, afinal, não vou puxar a orelha de nenhum de vocês. – Ele falou e todos rimos, afinal, quando se tratava disso, Yixing era realmente bem rígido. – Hoje estamos aqui reunidos para celebrar o aniversário deste ilustre homem. – Ele apontou para Yugyeom, que ficou um pouco envergonhado. – Antes que estranhem a situação, afinal eu não sou chefe de vocês e muito menos dono da SM, gostaria de compartilhar algo que trará mudanças para ambas as empresas.

Todos se olharam e eu me perguntei o que seria.

- Yugyeom, poderia se levantar, por favor? – Yixing pediu e logo ele ficou ao seu lado.

- Hoje é seu aniversário. Eu poderia lhe dar esta informação sem tê-lo chamado aqui, mas preferi compartilhar isso com toda a equipe qual trabalhamos dia após dia em conjunto. A todos aqui presentes, gostaria de informar que Kim Yugyeom é o mais novo CEO da LAY.

Yugyeom o olhou assustado. Surpreso, digamos. A expressão em seu olhar me fez sorrir. Ele também sorriu após isso, o que fez Yixing rir.

Ele já tinha um cargo alto, mas não CEO. Acredito que isso seja um grande passo para ele.

- Yugyeom será responsável pelas unidades da Europa e América, enquanto eu me concentrarei no continentes asiático e oriental. Nesta nova etapa da sua vida, espero que continue dando o seu melhor e que continue contando comigo e me ajudando nos demais assuntos da vida. Parabéns. – Ele abraçou Yugyeom e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas.

Apesar de tudo, ele merecia tanto! Ele sempre se dedicou muito, tempo, sono, alimentação, tudo isso para trabalhar.

- Eu realmente estou sem palavras para descrever o que estou sentindo neste momento. – Ele parecia impassível, exatamente como o capitão Holt de Brooklyn 99. Mas para quem realmente o conhecia, cada movimentação muscular em seu rosto expressava o que ele estava sentindo. – Muito obrigada por tudo e por todos que estão aqui presentes, vocês nos ajudam dia após dia a crescer muito e todos nós vamos crescer ainda mais juntos. Fico demasiadamente feliz por você confiar em mim o suficiente a ponto de me dar esta missão, sr. Zhang. – Ele falou e Yixing sorriu.

- Você merece. Agora vamos falar o que muda em relação a isso.

Yixing começou a falar dos pormenores do que mudaria com o novo CEO no poder. Nada demais, afinal os procedimentos eram os mesmos só que para clientes diferentes, visto que sempre atendíamos os clientes dos continentes asiáticos e orientais.

Ao final da reunião, todos parabenizaram Yugyeom. Eu saí da sala antes, o que me permitiu pegar minha bolsa e sair para o almoço. Ao sair do prédio, ouvi Sehun me chamar.

- Lottie!

Olhei para trás e ele, além de Yixing, Yugyeom e Namjoon estavam vindo.

- Vamos almoçar no Executive, vem com a gente.

Eu não queria negar isso ao meu chefe. Era ruim.

- Vou sim.

Fomos divididos em dois carros. Eu e Sehun no carro dele e Yugyeom, Yixing e Namjoon com Wang.

- Vocês pararam de aparecer juntos. Formavam um belo casal. – Namjoon disse para mim e Yugyeom.

Continuei a comer, ignorando o comentário. Yugyeom fez o mesmo. Mas acho que o fato de eu não dizer nada sobre o incomodou.

- Estou na França, tudo fica muito complicado.

Bufei e continuei a comer. A mesa virou assunto de negócios e logo todos estávamos envoltos neste tema.

Ao sairmos, Yugyeom me chamou para conversar. Mas eu estava sem paciência. Já havia pedido para Chanyeol me buscar, pois iria trabalhar de home office naquela tarde.

- É sobre negócios? Se não, não tenho tempo. – Falei e ele sorriu.

- Usando a minha frase contra mim mesmo.

- E então Yugyeom, é sobre o quê? Espero não ter de repetir, estou com pressa.

- Só queria saber se está bem.

- Agora você quer saber se eu estou bem? – Falei abismada e em seguida respirei fundo. – Eu estou ótima.

Ele respirou fundo e deu um sorriso.

- De verdade?

Antes que eu pudesse responder, Chanyeol chegou. Ele desceu do carro todo sorridente e me deu um selinho em frente à Yugyeom.

- Olá, ma petit. Vamos?

Olhei para Yugyeom que o encarava confuso, mas logo ele deu um sorriso para mim.

- Até mais Lottie. Um abraço? – Ele me pediu, mas eu o reverenciei.

- Feliz aniversário, Yugyeom.

Entrei no carro e Chanyeol fechou a porta, reverenciando Yugyeom, que fez o mesmo antes de entrar no restaurante novamente. Assim que Yeol entrou no carro, ele me encarou confuso.

- O que houve? Parece incomodada.

- Falar de negócios me deixa assim. – Murmurei e ele riu.

- Compreensível. Quer ir para a cafeteria da minha mãe ou só ir para sua casa mesmo?

- Acho que quero ir para a minha casa. – Falei e ele concordou.

- Quer que eu fique com você? Eu trouxe meu notebook, posso trabalhar da sua casa.

- Claro.

Ele sorriu e pegou em minha mão antes de beijá-la.

Quando chegamos em casa, me troquei e nós dois ficamos deitados em minha cama, ambos trabalhando em seus computadores, hora ou outra falando sobre assuntos aleatórios e fazendo um ao outro dar risada.

Chanyeol adorava tirar fotografias nossas em momentos fofos ou em qualquer momento que para ele, devesse ser memorizado. Então, ele tirou uma foto nossa rindo de uma piada boba que fez, o que me fez rir ainda mais.

Naquele momento, meu celular tocou. Era ele.

Como eu sabia?

Pelo conteúdo da mensagem.

Número desconhecido

Está feliz pelo menos?

[17/11 às 3:54 PM]

Sim, estou.

[Arquivo de mídia].

[17/11 às 4:00 PM]

 

Número desconhecido

Isso é bom.

Espero que ele te faça feliz em todos os aspectos.

[17/11 às 4:02 PM]

 

Ele faz.

Há coisas que nem mesmo a maior quantia de dinheiro no mundo compra.

Passar bem, Yugyeom.

[17/11 às 4:00 PM]

 

 

{...}

 

 

- Nossa, como o ano passou voando, não é? – Minha mãe disse e eu concordei.

- Quando menos esperávamos, já era novembro e agora já é Natal. Estou abismado. – Joshua comentou e eu acabei rindo.

- Ainda bem, não aguentava mais a faculdade.

- Você ainda tem provas, não é querida?

- Sim. Mas eu já domino sobre o assunto, então estou bem tranquila.

Eu estava ansiosa. Minha formatura era já no início de fevereiro e meus exames finais eram em janeiro. Eu iria me formar! Finalmente.

Ficamos conversando e bebendo por algum tempo, abrimos os presentes e aproveitamos o momento em família que estávamos tendo. Joshua havia se tornado um pai para mim nos últimos meses, me ajudando em tudo o que eu precisava e me tratando como se fosse sua própria filha. Mais tarde, Jinri apareceu a convite da minha mãe, trazendo um presente fofo para cada um de nós. Ela era adorável, muito educada e persuasiva, minha mãe havia a ajudado demais. Chanyeol, mais tarde também apareceu, mas para me levar até a sua casa, passar um breve momento com seus pais.

Felizmente, os pais de Chanyeol eram extremamente dóceis e me trataram tão bem que fiquei desconfiada de tanta bondade. Mas vendo como o filho deles era, tive uma noção de que ele havia vindo de uma família realmente muito boa.

Quando menos esperamos, já eram 31 de dezembro. Eu, minha mãe, Joshua e Chanyeol seguimos até um parque, onde havia muitas pessoas aguardando pela virada do ano. Foi contagiante ver todo mundo feliz esperando 2021 acabar.

Seguramos as mãos uns dos outros e aguardamos os fogos começarem. Todo mundo estava animado e eu sorri como nunca. Era uma das poucas vezes em que eu estava sorrindo naquele ano desde a partida dele.

 

 

[...]

 

 

 Janeiro passou tão rápido quanto o vento. Fui relativamente bem em minhas provas e isso me deixou feliz. Minha formatura estava chegando e eu estava tão animada, Joohyun mal via a hora de se formar, as meninas estavam muito ansiosas.

Então, enfim, aquele momento chegou.

Passei o dia no salão de beleza me arrumando para a festa. Eu estava deslumbrante, com um vestido preto sem alças que cobria minhas pernas, mas com uma abertura na lateral, um sapato de salto na mesma cor, cabelos presos em um coque extremamente belo e com uma maquiagem indescritível. Eu estava linda.

E é incrível ver como a minha felicidade dos últimos meses refletia diretamente na minha autoestima. Eu já não me sentia mais aquela Lottie boba, insegura e triste de antes. Tudo havia mudado. Eu era uma mulher confiante, bela e acima de tudo, feliz.

- Meu Deus, você está tão linda. – Ele disse completamente hipnotizado. – Eu me sinto um homem qualquer ao seu lado.

Acabei rindo. Como ele era fofo, céus!

- Você é Park Chanyeol, um homem incrível, inteligente e tudo o que há de bom. – Falei e ele ficou todo vermelho e rindo como um bobo.

Eu e Chanyeol não namorávamos, mas estávamos bem próximos disso. Às vezes penso que é ruim migrar de um relacionamento para outro, já que eu estava com Jeon e depois fiquei com Yugy, e agora estou com Chanyeol. Mas ele não me pressiona para nada, a nossa relação simplesmente flui de forma natural, pois combinamos bastante.

Minha mãe e Joshua já estavam no local da festa e assim que ela me viu, ficou muito emocionada.

“Minha pequena vai se formar, meu Deus!”

O discurso de Eunbi me tocou profundamente. Ela soube expressar coisas que provavelmente todos ali sentiam.

Foi exatamente assim:

“Bem-vindos formandos. Hoje encerramos mais um ciclo em nossas vidas. Cada um de vocês sabe as próprias guerras e lutas travadas consigo mesmos para poderem chegar até aqui. Cada um sabe as dores, os problemas, as lágrimas derramadas em meio à tantos problemas pessoais, no trabalho, em relacionamentos, cada sorriso que fortaleceu a jornada, cada abraço que te deram forças para continuar seguindo em frente. Quero que cada um saiba, mesmo que não seja de grande importância para você, que eu me orgulho da pessoa que você é e se transformou nos últimos meses. Sei como foi complicado, cada coisa que te machucou e mesmo assim você estava aqui, sorrindo para todos, dando o seu melhor nos estudos e provando que você é merecedor de tudo isso aqui. Você é incrível e valioso/valiosa para o mundo. Temos a imensa sorte de tê-lo aqui conosco. Obrigada por fazer parte dessa jornada. Você amadureceu tanto e merece cada mérito que está recebendo.”

Ela também agradeceu aos professores etc., mas essa parte, essa parte me tocou. Fico tão feliz de saber que evoluí tanto nos últimos tempos, como cada momento me mudou de alguma forma.

Pegamos nosso diploma e todo mundo se juntou para uma foto. Joohyun estava deslumbrante, tão linda!

Enquanto posávamos para uma última foto sobre o palco, olhei para a plateia e então eu o vi.

Parado perto da porta, sorrindo como se soubesse que eu iria o olhar.

Meu coração palpitou rápido, mas eu não deixei me levar.

Voltei minha atenção para os meus colegas e sorrimos para aquela foto.

A hora do buffet havia chegado e eu me sentei à mesa junto a minha família. Chanyeol se juntou a nós, me dizendo a todo momento o quão linda eu estava.

Eu não esperava ver ele novamente, na verdade nem queria. Mas por alguns momentos, me peguei o buscando em meio a todos. Mas ele havia sumido. Por que você faz isso, Yugyeom?

- Afinal, o que vocês são? – Minha mãe questionou e Chanyeol me olhou envergonhado.

- Para mim, namorados. Mas Lottie não me deixa a pedir em namoro.

O olhei e ri.

- Eu nunca te proibi. – Dei de ombros e ele ergueu a sobrancelha.

- Sua bolsa caiu! – Ele apontou atrás de mim. Olhei para lá rapidamente e assim que vi que não havia nada, me virei para ele pronta para falar “HAHA”. Mas nessa hora, vi que havia uma caixinha de alianças sobre a mesa. – E então, quer namorar comigo?

O olhei surpresa. Como isso foi fofo! Assim como ele mesmo disse, nós já éramos namorados, praticamente, o pedido só não havia acontecido. Eu concordei e ele ficou todo sorridente, minha mãe também, ainda mais quando colocamos as alianças.

- Já volto. – Falei e me retirei até o banheiro. Chequei minha maquiagem, arrumei meu cabelo e voltei para o salão.

- Lottie.

Eu ouvi a sua voz. E a reconheci. Mesmo com o som alto, a forma como meu nome soava ao sair de sua boca era diferente. Mas eu não quis parar. Até ele me chamar novamente.

Me virei e lá estava ele.

Yugyeom.

Eu o olhei e por mais incrível que pareça, meu coração acelerou e voltou ao normal no mesmo instante. Ele já não tinha mais tanto efeito sobre mim como antes.

Eu acho.

- Yugyeom, você por aqui.

Ele sorriu.

- Não perderia a sua formatura. Mesmo que de longe, queria te ver.

Cruzei os braços.

- Por quê?

- Quando me formei você estava lá. Nada mais justo do que eu comparecer por aqui. – Ele falou e deu de ombros.

O encarei. O que ele queria, afinal?

- Fico feliz em saber que tenha seguido em frente como eu disse.

- Fiz isso porque eu quis, não porque me pediu.

Ele riu.

- Entendo. De qualquer modo, fico feliz. Foi até, de certa forma, fofa a maneira como ele te pediu em namoro.

- Está me espiando?

Ele riu novamente.

- Não Lottie, eu apenas estava sentado em minha mesa aproveitando o buffet e acabei por ver o momento especial. – Ele apontou para sua mesa. – Ele parece ser um cara legal.

- Ele é incrível. – Falei olhando para Yeol.

- Eu sei, o conheço. - Um momento de silêncio. - Já sabe que rumo tomar para a sua pós-graduação?

- Não sei.

Ele me encarou por alguns segundos antes de dizer baixinho.

- Eu preciso ir. Se cuide. Parabéns por tudo. – Ele me reverenciou antes de pegar seu paletó e sair.

Respirei fundo e voltei até a minha mesa.

Por que ele faz isso?

Aparece, me desestabiliza e depois some como se nada tivesse acontecido?

 

 

[...]

 

 

- Vou sentir sua falta, amiga. – Falei e Joohyun me encarou tristonha.

- Vou te ligar sempre que puder enquanto eu estiver nas praias californianas. – Ela disse se gabando e eu acabei rindo.

Joohyun havia conseguido um trabalho em uma multinacional norte-americana e estava muito feliz por isso. Assim como eu estava por ela. Ela me deu um último abraço antes de entrar no avião. Os pais dela a olharam com tristeza, mas com orgulho.

Era triste ver um pedacinho de mim partindo, mas minha amiga merece tudo de bom e melhor sempre.

Eu tenho uma viagem daqui 2 dias. Vou para o Japão realizar uma negociação junto à Sehun. Estou feliz por isso. Meu desempenho vem melhorando tanto na empresa que estou me impressionando comigo mesma. Estou tendo um desenvolvimento pessoal incrível, digamos.

Assim que cheguei à minha sala, minha estagiária me acompanhou. Seu nome era Yeji e ela era fofa e dedicada. Até hoje fico assustada quando me lembro que tenho uma assistente. Até porque algum tempo atrás a assistente era eu. E hoje em dia, sou desenvolvedora de negócios junto ao Sehun, num cargo PL. Notou quanta evolução?

- Lottie, hoje você tem reunião de novo com o mr. Yousaf.

Droga. Esse cara é um pé no saco. Ele não me dá tempo de resolver nada!

- Certo, obrigada. Você consegue montar a planilha com os valores totais para mim?

- Claro! Num instante.

Minha rotina havia virado basicamente isso.

Reuniões, apresentações, explanações sobre a empresa e nosso produto, viagens (para lugares próximos) junto à Sehun, vendas e mais vendas. Mas agora que terminei minha faculdade, parece que tudo está mais calmo. Consigo lidar com as situações de forma mais desempenhada e ativa.

Fico feliz que Chanyeol também está se desempenhando bem em seu novo trabalho. Ele é incrível. Cada momento com ele me faz muito bem. Ele conseguiu um trabalho em uma empresa desenvolvedora de jogos, o que ele mais ama!

É muito fofo vê-lo falando de seu trabalho todo feliz.

- Lottie, preciso conversar com você daqui a pouco. – Sehun disse ao entrar em minha sala e em seguida sair.

Apenas dei de ombros e continuei minhas atividades.

O que será que ele queria?

Droga. Yousaf está me ligando.

- Olá, senhorita Lottie.

- Olá, como vai?

- Estou bem. Conseguiu algo em relação ao que te pedi?

- Nada de novo, infelizmente. Não podemos abaixar ainda mais o valor, sr. Yousaf. Já estamos aplicando desconto nesta venda. Os computadores estão com as configurações mais atualizadas possíveis e com os valores 30% mais baixos que qualquer loja do mercado. Infelizmente não posso aplicar um desconto sobre desconto, este valor já está sendo mais que o máximo permitido. O que posso fazer é reduzir uma quantidade pequena de aparelhos.

- Não, tudo bem. Pode prosseguir desta forma.

- Certo. Vou lhe enviar os documentos para assinatura.

- Fico no aguardo.

E desligou.

Como assim ele não insistiu?

Estranho.

Os clientes são bem persuasivos. Mas eu sou mais. Você precisa ser firme no que diz e não dar o pé para trás para as coisas que eles falam. Como uma desenvolvedora de negócios, digo, é complicado. Dependendo da situação ou do cliente, você pode aplicar um desconto aqui e ali. O problema é quando eles querem mais do que simplesmente um desconto sobre desconto e ainda que você desenvolva softwares melhores para as máquinas deles.

Ainda bem que o que era para ser uma reunião foi apenas essa ligação de poucos minutos. Eu estou bem cansada hoje.

Realmente não compreendo como ele consegue lidar com tudo isso tão bem...

Mas bem...

É ele.

 

 

[...]

 

 

Fiquei dois minutos atônita. Como assim?

- Três meses? Não é muito tempo? – Questionei.

- Talvez precise que fique mais. Tudo vai depender da forma como lidar com os clientes. – Sehun falou e eu concordei. – Se não puder, tudo bem.

- Não, não há nada que me impeça. Só fiquei assustada com o tempo que irei ficar por lá.

- Acredite, já fiquei mais em outros países. Mas passa rápido, você vai se adequar.

Concordei.

Iria ficar por três meses na China. Isso me pegou de surpresa, é uma missão importante para a minha carreira. Preciso me virar e ir.

Posso pedir ajuda à Yixing, já que ele mora lá. Além disso, nosso histórico de amizade vai muito além dos negócios.

- Claro que posso ajudar. Conheço um local onde o aluguel é um valor justo em relação ao apartamento. Posso falar com o dono se quiser.

- Vai me ajudar e muito!

- Certo, certo. Vou ver e já te digo como ficou.

- Obrigada, Yixing!

­- De nada, meu bem.

­Eu digo que ele é um amorzinho.

Longe dos negócios.

 

 

 

- Três meses? – Yeol perguntou confuso.

- Pois é. Eu também fiquei um pouco abismada quando ele falou. Mas vou ir.

- Isso, vai. É um passo importante para você. Sabe quando vai ir?

- No início de abril. Só de imaginar eu fico ansiosa.

­- E casa? Como vai ser? Já procurou locais para morar?

- Um amigo me ajudou. Já consegui.

- Isso é importante. Bem, eu espero que tenha uma oportunidade melhor ainda. Você merece muito.

- Obrigada, meu amor.

Às vezes fico pensando em mandar uma mensagem dizendo as coisas legais que andam acontecendo comigo. Mas eu penso, se ele quisesse saber de mim, me mandaria pelo menos mensagens perguntando como estou, como vão as coisas. Além disso, ele é amigo de Yixing. Ele deve ter contado ao Yugyeom.

Eu não gosto de assumir que às vezes, por mais que eu tente ser durona, esquecê-lo não é fácil. Sim, tudo bem, ele realmente não me causa o mesmo efeito de antes, mas sabe aquela sensação de a pessoa estar sempre presente ali, espiritualmente junto a você? No seu coração? Te visitando intimamente durante alguns momentos da noite?

Era isso que eu sentia constantemente.

E eu não me importava, afinal, sempre que pensava em Yugyeom, um sorriso aparecia em meu rosto e eu me sentia feliz.

Será que ele sentia o mesmo?

Além disso, Tzuyu voltou para a Coréia. Como eu sei disso? Todos sabem. Ela é famosa e qualquer peido dela fede no país inteiro. Eu não me preocupo mais quanto a isso, mas ainda sinto que em qualquer momento, ela pode querer jogar toda a merda no ventilador só para ver a bagunça sendo feita.

É a cara dela.

Afinal, por que estou pensando nisso?

 

 

[...]

 

 

- Este é o seu apartamento. Conforme me disse, serão somente 3 meses, né? – O chinês me encarou.

- Sim.

- Os 3 meses já foram pagos. Caso precise de algo, é só me ligar. Estarei disponível todos os dias das 6h às 4PM.

- Certo, obrigada.

Ele saiu. O apartamento era pequeno, conforme Yixing havia me dito. Ele me perguntou se eu queria um lugar grande, mas eu acabei por escolher um local pequeno, me sinto mais confortável, além disso, é melhor para cuidar.

E sim, você entendeu certo. Os 3 meses de aluguel foram pagos pelo próprio Yixing. Bati o pé várias vezes dizendo que não havia a necessidade, mas ele não me deu opções. Apenas pagou.

Me organizei e apreciei a vista da janela. O prédio era realmente muito alto e eu morava no 17º andar. A China era um país onde a pressa, assim como no Japão, era absurda. Mas eu me adaptei rapidamente. Em menos de uma semana, havia decorado pontos que pudessem me ajudar na minha localização. Eu odiava andar na rua, todos eram extremamente luxuosos, estilosos, chiques. Eu apenas tentava ser a minha melhor versão.

Eu tinha muito, muito trabalho pela frente. No primeiro mês, consegui dois novos clientes grandes para a SM. Sehun quase enfartou quando eu disse que a BIGHIT queria fazer negócios com a gente e principalmente quando eu disse que haviam aceitado a proposta.

Eu estava crescendo. Me desenvolvendo. Sendo a Lottie que eu deveria ter sido desde o início, mas que devido ao brilho de outras pessoas, não pude enxergar o meu próprio e então eu ficava lá, às escondidas.

Agora estou mais radiante do que nunca.

E ninguém irá me parar.

 

 

[...]

 

 

Era quase 4 da manhã quando meu celular começou a tocar. Acordei assustada, mas corri pegar meu celular. Poderia ser a minha mãe ou Joshua com algum problema, ou ainda Chanyeol.

Mas não poderia ser.

Eu e Chanyeol acabamos terminando nosso relacionamento, de forma amigável, claro.

Continuávamos amigos, mas o trabalho dele estava consumindo grande parte de seu tempo, então achamos a melhor maneira de lidarmos com isso.

Ele tinha um espaço enorme em meu coração, ele era incrível, mas às vezes é melhor finalizarmos aquilo que não se pode continuar, ainda mais se há o risco de machucar alguém querido.

Voltando à ligação, o número era desconhecido.

O receio foi maior. Preferi não atender.

Mas o meu celular começou a tocar e a tocar. Aquilo me assustou ainda mais. Então eu resolvi atender.

- A-alô? – Falei, ainda atônita e assustada. Uma respiração ofegante pôde ser ouvida do outro lado. Mas ninguém falou nada.

Então, a ligação caiu.

Meu coração estava acelerado.

Miya, que eu havia levado comigo, acompanhou meu desespero quando eu me sentei ao chão e a abracei forte. Aquilo me deu medo. E ela sabia disso, se mexia toda ansiosa me mostrando que estava entendendo a situação.

Quem era?

O que queria?

Por que me ligou a essa hora?

Voltei a me deitar assustada. Naquela noite, eu não consegui dormir mais depois dessa maldita ligação.

 

 

[...]

 

 

- Acredito que seja só isso, Lottie. Mas está tudo certo, vou enviar ao Seonghwa para ele dar continuidade no processo. – Yixing disse após tomar um gole de seu chá.

- Certo, sr. Zhang.

- Lottie, terminando os negócios, preciso te perguntar algo.

- Diga.

- Você recebeu uma ligação por estes dias?

Meu corpo gelou. Como ele sabe? Será que foi ele?

Preferi esconder a verdade.

- Não, por quê?

- Eu recebi. E sabe o mais estranho? A pessoa não falou nada. Eu fiquei 2 minutos esperando alguém me dizer algo e nada. E desde o dia dessa ligação, Yugyeom sumiu. Apesar de que ele está de férias, acho justo. Mas ainda assim eu fiquei muito preocupado. Me passou pela cabeça que poderia ser ele, mas... Não faz sentido, sabe?

Concordei.

- Você sabe onde ele está?

- Não faço a mínima ideia. Você sabe, o Yugyeom é reservado. Ninguém sabe nada dele. Mas ele deve estar aproveitando, então esquece sobre isso.

Concordei e nós ficamos em silêncio por alguns segundos.

- Sabe, se quiser sair qualquer dia beber algo, se distrair, eu estou à disposição. – Ele falou e eu fiquei corada.

- Eu posso ir sim.

- Então combinado, quando pudermos, sairemos beber um pouquinho! – Ele falou e sorriu.

Yixing era extremamente fofo com suas covinhas e seu sorriso tão belo.

Saímos do escritório e segui direto para a minha casa almoçar.

No local onde eu morava havia muitos comércios, mas eu gostava de fazer a minha própria refeição. Naquela tarde, eu trabalharia de casa, como a maior parte dos dias da semana.

Eu sinto que cada vez mais meu desempenho é notado e Sehun gosta do meu trabalho. Tzuyu nunca mais me procurou, embora eu tenha esbarrado com ela umas duas vezes em uns eventos que fui com a empresa.

Infelizmente a maldita tinha poder.

Algo não saía da minha cabeça.

O que o Yixing havia dito.

Eu passei o restinho da noite pensando naquilo.

Será que realmente foi Yugyeom?

Ou tudo era apenas uma coincidência?

Mas não fazia sentido.

Ou fazia?

Fiquei preocupada a ponto de querer ligar para ele.

Mas eu sabia que seu telefone nem iria tocar.

Afinal ele deve ter trocado de número ou ainda, desligado seu celular para um descanso.

Já era de madrugada quando meu telefone tocou novamente.

Atendi em menos de um segundo.

A mesma coisa de ontem.

- Yugyeom? Se for você, fale comigo, por favor! – Falei, mas a ligação caiu.

Aquilo estava me deixando angustiada.

Eu estava realmente achando que quem estava por trás daquelas ligações era ele.

Meu telefone tocou novamente e eu atendi mais uma vez.

Dessa vez, foi possível ouvir um suspiro pesado do outro lado.

- Pode abrir a porta para mim?

Meu coração foi à mil em menos de um segundo.

Era ele.

Levantei o mais rápido que pude e abri a porta. Lá estava ele.

Kim Yugyeom.

Extremamente sério, em seu terno preto, cabelos arrumados. Ele exalava um perfume incrível, seus olhos com um brilho assustador.

Respirei fundo e o encarei sem medo.

- Yugyeom?

Ele não parava de me encarar, os olhos com aquele brilho que estava chegando a me assustar.

- Posso entrar?

Olhei para trás. Meu apartamento não estava bagunçado (a não ser pelas coisas de Miya espalhadas pela casa) então apenas cedi espaço e ele entrou.

Era um absurdo.

Ver ele tão próximo de mim me trazia sensações diversas, todas misturadas, uma bagunça.

É inadmissível eu sentir esse tipo de coisa quando o vejo. E todo o trabalho que eu tenho para esquecê-lo? Meu coração esquece tão rápido assim?

Yugyeom ficou em pé atrás de mim, me esperando fechar a porta.

Quando eu me virei para ele, ele estava tão próximo que pude sentir sua respiração ofegante chegando até mim. Ele estava como eu. Nervoso.

O que quebrou a nossa troca de olhares foi Miya, que ao ver Yugyeom, veio correndo até ele e o cheirou, reconhecendo-o. Ela ficou tão feliz em vê-lo, uma felicidade genuína, de um animal extremamente puro e amoroso.

Eu não nego que eu também estava extremamente feliz em ver que ele estava vivo, bem, aparentemente nada havia mudado.

- Sente-se. Quer algo? – Falei e ele se sentou em seguida, negando o que ofereci.

Me sentei no sofá ao seu lado e Yugyeom respirou fundo antes de me olhar. Esses olhares que ele me dava me afetavam demais. Isso me dava tanto ódio, eu tentava resistir e parecia que nada funcionava. Meu corpo cedia facilmente sem mim mesma perceber.

- O que te trouxe aqui? – Perguntei e ele sorriu discretamente.

- Você.

Engoli em seco. Que droga! Eu não quero ceder. Não irei.

- Como assim “eu”?

- Simplesmente senti sua falta e quis te visitar, como um amigo.

Diante daquilo, eu não tinha mais o que falar.

- Como está? Aparentemente tudo está dando certo. Suas crises melhoraram?

- Como sabe das crises? – Questionei em choque.

Ninguém além da minha mãe sabia das minhas crises.

Nem mesmo Joo sabia.

- Tenho cuidado de você de longe. Minha preocupação com você é infinita. Desde que eu fui embora, eu tenho tomado alguns caminhos para sempre saber se está bem.

- Me espionando, no caso?

- Não, não assim. Mas eu tenho meus contatos. Apenas para saber se estava bem. Quando eu tinha certeza disso, eu me sentia bem também. Quando eu ficava sabendo que você estava feliz, o meu dia melhorava em 100%. Acredite, o seu humor sempre me afetou. Acho que quando você descobriu que viria para cá, eu lembro que fiquei sabendo que passou o dia todo sorrindo. Meu humor seguiu o teu e adivinhe só, fechei um grande acordo por isso. Você me ajudou mesmo que de longe e que não soubesse disso. Fico sempre muito animado em saber que seguiu em frente de forma tão adulta e madura. Estou sempre me impressionando com você, meu bem.

Ouvir aquilo fez eu me sentir especial.

Droga, ele sabia usar as palavras.

Ou você que é manipulável demais?

- Entendo. Parabéns. Pelo acordo fechado. – Falei e ele sorriu.

- Obrigada. E agora, vai tirar a armadura que está usando para bloquear todos os seus sentimentos e reações ou ainda não mereço a minha pequena Lottie de volta?

- Aquela Lottie já era. – Falei e ele concordou. – Eu amadureci demais, assim como você mesmo falou. Não há possibilidades de aquela Lottie voltar.

Ele sorriu novamente.

Tantos sorrisos. Que ódio!

Mas... Por todos os deuses deste vasto e imenso universo! O sorriso deste homem é o mais lindo que existe.

- Você já está agindo como ela. Só não percebeu. Teimosa, rebelde, tentando segurar suas emoções.

- Yugyeom, pare. – Falei e ele ergueu a sobrancelha.

- Lottie, por favor, só aja comigo naturalmente. Seja você mesma.

- E eu estou sendo! Só não sou mais aquela garota de antes, Yugyeom.

Ele se aproximou. Meu coração acelerou.

- Então por que eu ainda causo isso em você? Você fica assim, ofegante, nervosa, toda marrenta. Segurando qualquer emoção, por quê? – Ele me encarou e eu tentei desviar o olhar, mas não consegui.

- Eu... Não sei. – Murmurei e ele segurou minha mão.

Seu toque causou arrepios em todo o meu corpo, meu coração tão acelerado que parecia que iria falhar a qualquer momento.

Yugyeom se aproximou ainda mais. Mas eu me afastei.

- Por favor, não. Não se aproxime mais. – Falei e ele concordou, sorrindo.

- Certo.

Ficamos em silêncio por alguns instantes. Eu podia ouvir as batidas do meu coração conforme eu respirava fundo tentando me acalmar, repetindo para mim mesma para manter a concentração.

- Eu não sei o que te dizer. – Falei e ele balançou a cabeça, negando.

- Não precisa me dizer nada. Estou aqui apenas para te ver. Se quiser ficar me olhando, olhando para o nada, tudo bem. Só quero olhar para você. Sentir sua presença. Mesmo que um pouquinho distante. – Ele mostrou a distância que nos separava entre o sofá.

Miya começou a trazer todos os seus brinquedos para Yugyeom, que sem hesitar, começou a pegá-los e falar com ela.

Eu apenas o admirei. Ele permanecia o mesmo Yugyeom de sempre, tão lindo, estiloso, calmo. Eu já disse isso muitas vezes, mas Yugyeom costumava sorrir apenas perto de quem o fazia se sentir confortável, e naquele momento, Miya o fez sorrir muitas vezes.

Ela sempre foi bem calma, mas quando via ele, ela virava uma criancinha. Fazia de tudo para chamar a atenção dele, para que ele brincasse com ela.

Quem não, né?

- Quer comer algo? – Perguntei e ele ponderou.

- O que tem aí?

- Fiz um bolo de laranja mais cedo. Quer experimentar?

Ele me olhou bastante surpreso.

- Mas é claro, mademoiselle.

Sorri e fui até a cozinha, preparando para ele um café da tarde.

Simples, mas se ele gostasse já seria de bom grado.

Peguei tudo o que havia de comer e que pudesse ser servido para uma visita e deixei em cima da mesa, de forma organizada.

O chamei e ele veio. Yugyeom se sentou, comeu, falou bastante sobre sua vida na França, mesmo que eu não falasse nada. Apenas concordava, deixando-o falar.

Ele estava feliz. Estava de férias e voltando para a Coréia. Eu voltaria para lá em um mês também.

- Acho que já tomei demais o seu tempo. Vou embora agora. – Ele se levantou, indo até a pia e lavando tudo o que sujou.

Tentei impedi-lo, mas bem, é Yugyeom.

- Foi bom te ver. – Ele falou enquanto pegava seu blazer sobre o sofá. O segui até a porta e ao abri-la, ele se virou para mim e me encarou. – O tempo cai sobre você como o vinho. Sempre melhorando com o passar do tempo. Você está ainda mais linda.

Acabei corando com isso. Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me reverenciou antes de sair.

Aquele toque.

Aquele toque.

Yugyeom entrou no elevador e em questão de segundos eu me vi correndo até ele, mas a porta do elevador já havia se fechado. Corri pela escada de emergência, mas nunca que eu iria conseguir alcançá-lo.

Cheguei exausta no saguão do prédio, mas como eu mesma disse, já era tarde. Ele havia ido embora.

Subi rapidamente. Peguei meu celular e liguei em seu número. No mesmo instante, ele me atendeu.

- Por favor, volte. – Sussurrei, sentindo meu coração acelerar.

- Abra a porta.

Corri até ela. Quando eu a abri, ele estava ali, segurando o celular em sua mão.

Eu o abracei como se ele fosse a coisa mais importante do mundo.

E ele era.

Naquele momento.

Ele me abraçou com a mesma intensidade. Eu sentia meu corpo todo arder em diversos sentimentos, cada batida do meu coração parecia estar completamente conectada com as batidas do coração dele.

Yugyeom me levou para dentro e sorriu para mim enquanto me encarava, tocando suavemente meu rosto. Eu não pude me conter.

Não mais.

Eu o beijei.

Por Deus, quanto eu senti falta desse beijo!

Os lábios dele pareciam ainda mais gostosos depois de tanto tempo. Nossas línguas se encontravam de uma forma única, suas mãos passeavam pelo meu corpo enquanto ele me puxava ainda mais contra si.

Não foram necessárias muitas palavras.

Yugyeom me levou até o meu quarto, onde nós nos enrolamos entre beijos e toques, a sensação do amor começando a fluir novamente de uma forma elétrica em mim enquanto ele percorria todo o meu corpo com suas mãos e com a sua boca.

Eu sentia vontade de chorar, mas não chorar de tristeza, sim de uma alegria repentina, uma sensação de felicidade absurda tomando conta de mim enquanto nós dois nos tocávamos e nos beijávamos com tanta ternura e ao mesmo tempo fervor.

Eu me questionava a todo segundo como eu consegui mascarar meus sentimentos por Yugyeom por tanto tempo. Eu estava enganada o tempo todo, achando que todos eles haviam sumido, quando na verdade, meu coração ainda pertencia a ele.

- Está vendo Lottie? – Ele perguntou e eu o olhei. – Ainda sou inteiramente seu. E sempre serei. Independente se você não me quiser. Eu a amo, apenas você. Eu a quero de novo. Estou pronto para assumir todos os riscos por você. Todos. – Ele segurou minha mão e eu pensei comigo mesma.

E eu?

Estava pronta para assumir todos os riscos por ele?


Notas Finais


Peço gentilmente que comentem (até mesmo você leitor/leitora ghost), pois isso me motiva a escrever cada vez mais. Estou precisando de motivações, se puderem me ajudar, ficarei muito feliz <3

Beijinhos!


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