História Imagine Lee Taeyong - Refugees - (NCT) - Capítulo XXVIII - Discussões e brigas.

— Faz nós esquecemos do nosso verdadeiro lar, do nosso caráter e da nossa verdadeira cultura — Taeyong prosseguiu — E essa sala opera esse pó azul. Olha — apontou para dois botões cada um tendo o sinal de mais e de menos — É para aumentar e diminuir. E os outros botões concerteza, funcionam para deixar a droga em cada canto desse shopping, assim como o botão vermelho.

— Taeyong você é um gênio — O elogiei chocada — Você juntou corretamente as peças do quebra cabeça. E como deduziu e chegou nessa conclusão tão rápido ?

— No passado... Eu conheci um traficante de drogas... — Esbugalhei os olhos. Taeyong já usou drogas ? — Não eu nunca usei nada ilícito ! — Deu risada — Eu observava essa pessoa. E sempre foi essa intenção dessa pessoa. Fazer com que as pessoas se esquecessem quem são. Além de lucrar com as vendas das drogas.

— Nossa... Porém por que eles querem que esquecemos praticamente tudo ?

— Não sei ainda, mas tem um motivo S/n.

— Também por não inalarmos esse fragmento azul, temos lembranças nítidas das nossas antigas vidas certo ?

— Sim. Somos sóbrios.

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Após, nós descobrirmos a verdade por trás do cheiro tóxico — o que de certo forma me surpreendeu —, eu ainda tinha duas dúvidas : Por que eles querem tanto que os jovens esqueçam quem são ? Talvez para facilitar a manipulação e controle deles sobre os jovens ? Todavia, eu sinto que tinha algo a mais nisso. E a segunda dúvida : Por que eu não me lembro direito dos anos que estive nesse lugar ? A droga teria afetado essa parte da minha memória, mesmo eu indo tão pouco ao shopping e usando os algodões nas narinas ? 

Resolvi perguntar a Taeyong mais tarde. Provavelmente ele saberia a resposta. Nós havíamos saído agora a pouco da sala e estávamos caminhando de mãos dadas. E Taeyong parecia meio tenso e ansioso pela sua expressão facial, sem contar que sua mão suava e tremia sobre a minha mão. Eu estava começando a me preocupar e tomei uma atitude de perguntar.

— Taeyong, você está be... — Fui interferirá por Maria que surgiu com Angelina, Felix, Lisa e Bambam. O que eles estavam fazendo ali ?

— Ei, o que estão fazendo nesse andar ? E sozinhos ? — Maria perguntou séria.

— E por que estão de mão dadas ? Não me digam que estão namorando... — Angelina fez uma cara de nojo — Eca ! Você está traindo o Rune.

Agora me pergunto : o que há com elas ? E por que estavam tão intrometidas ? Maria, não era assim não. Suspirei sem paciência, antes de responder uma desculpa plausível.

— Taeyong acabou tendo uma crise de ansiedade a caminho do shopping e eu notei e resolvi ajudá-lo. E preferimos ficar nesse andar, pois é silencioso e sem jovens o suficiente para Taeyong se acalmar. Estive de mãos dadas com ele para passar segurança e conforto a ele, não é Taeyong ?

— Sim. S/n foi de grande ajuda.

— E como podemos acreditar nessa mentira ? — Maria questionou azeda. Tinha algo errado com ela... Antes de entrarmos no elevador, Maria estava super tranquila.

— Olhem — Mostrei a mão tremida e suada do Lee — Ele não esteve bem. E Angelina, eu não tenho nenhum compromisso com Rune para estar traindo ele, como você pensa. E Taeyong e eu, somos bons amigos. — Amigos com bons benefícios isso sim, pensei e mentalmente ri — E o que fazem aqui ?

— Viemos chamar vocês para ir no karaokê. O pessoal todo já está. — Felix respondeu.

— Okay, nós vamos. — Aceitei. Era uma boa oportunidade de observar melhor como o pó azul reagia e deixava os jovens.

Seguimos o caminho até a sala de karaokê e não larguei e desgrudei da mão de Taeyong em nenhum momento. Também não pude deixar de notar o quanto Maria ficava encarando nossas mãos de modo desconfiada. Ela certamente não engulira minha resposta.

Chegamos e entramos na sala de karaokê e já estava todo mundo do pessoal. E acontecia alí uma verdadeira bagunça. Muitos risos, gritos de animação e uma cantoria sem fim. Taeyong e eu ficamos sentados no fundo observando ao redor. O coreano acabou adormecendo no meu ombro, mas não me importei com isso e continuei a observar.

Minha conclusão final foi : Na sala que operava a droga, havia um botão mais potente que gerava uma quantidade de pó maior, pois o cheiro daquela sala era mais forte que o comum. E os funcionários daquele karaokê colocavam o pó azul nas bebidas dali porque quanto mais o pessoal ingeria mais animados ficavam.

Os únicos que estavam sóbrios, era eu e Taeyong. E também — estranhei isso — Johnny, Mark, Lucas, Vernon e Yuta que não bebiam nada.

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O sinal do almoço finalmente tocou. Agradeci aos céus, pois sinceramente não consigo mais prestar atenção nas aulas dês do momento que descobri que o professor era um robô. Taeyong e eu se levantamos e saímos da sala. Jae não nos acompanhou e nem mesmo conversou hoje conosco, como ele sempre faz. Na realidade, nem olhar na nossa cara ele olhou. Claramente Jae está estranho.

— Taeyong você viu como Jae estava agindo hoje ? — Perguntei, enquanto andávamos no corredor.

— Vi sim.... Talvez ele esteja tendo um dia não muito bom.

— É... — Concordei, mas eu continuava o achando estranho.

Chegamos no refeitório e adentramos. Iríamos seguir o caminha da fila para se servimos, mas algo incomum aconteceu. Maria com uma expressão furiosa no rosto, veio em nossa direção e sem se explicar simplesmente puxou nós dois até a mesa e nos empurrou para sentarmos. Me senti ainda mais confusa do que eu já estava ao notar que todos na mesa observavam nós com faces sérias e rígidas. O que havia acontecido ? Já iria perguntar.

— Você não vai fazer nenhuma pergunta — Maria disse num tom furioso que eu nunca tinha ouvido. Sempre que nós duas brigávamos ou discutiamos, Maria nunca usava um tom furioso. Ela tinha maturidade o suficiente para não o usar. Mas agora... Ela não parecia tão natura. — E me responde apenas a verdade, tudo o quê eu perguntar. Vocês dois estão namorando não estão ? Aquela desculpa de ontem era falsa não é ?

— E por que vocês parecem odiar esse paraíso ? Esse lugar é um lar ! E por que questionam tudo ? — Jae chegou a mesa, perguntando sério.

Espera.... Aquela interrogatório foi planejado, por isso a estranheza de Jae mais cedo. Mas por que eles querem saber da nossa vida amorosa e se odiamos esse lugar ? Tinha algo por trás daquelas perguntas.

— Como vocês podem odiar esse lugar ? Ele é tudo para mim ! — Alex, exclamou choroso.

— Oi ? Quem afirmou e disse que odiamos esse lugar e namoramos ? — Perguntei, por fim.

— Recebemos ontem, um bilhete anônimo no shopping. Ele diz que vocês não são o que aparentam ser. Que vocês odeiam esse lugar, que mentem sobre não namorar e que as sumidas de vocês é para se beijarem e falar mal desse lugar.  E que nós deveríamos tomar cuidado com você. — Bambam murmurou. 

— Está na cara que eles odeiam esse paraíso e estão namorando ! Bando de mentirosos. — Angelina falou.

— E como vocês podem acreditar nesse bilhete desconhecido, sem antes ouvir nossas palavras ? E aviso : É esse lugar que não aparente ser o quê é. 

— Saiam agora dessa mesa ! — Maria gritou furiosa — Vocês não são mais nossos amigos ! Amigos não mentem e nem odeiam esse paraíso !

— Okay, mas vocês futuramente vão se arrepender por não ter ouvido nós — Respondi calma — Vamos, Taeyong.

E saímos dali.

Acabei suspirando cansada daquela discussão. Eles podiam ter seus defeitos, mas nunca foram assim. Eles me lembraram um pouco os populares. Como Taeyong disse, o maldito pó azul fazia esquecer do nosso verdadeiro caráter e também mudá-lo.

Percebi que os jovens do grupo dos góticos acenavam para nós. Eles estavam nos convidando para sentarmos juntos. Olhei para Taeyong com um olhar de dúvida. Será que era uma boa ideia se juntarmos a eles, depois de sermos recentemente expulsos ?

Taeyong assentiu e fomos.

— É, pelo visto vocês foram de verdade expulsos agora.

Continua.....