História Imagine Park Jimin - Meu Primeiro Amor - Ressaca

Acordei com a Mina tocando em meu ombro.

- Amiga – Sacudiu novamente meu ombro – Ra Eun, acorda cara eu não tenho muito tempo.

- Fala praga – Disse com a voz muito rouca, minha garganta arranhava por causa da ressaca.

- Tinha me esquecido o quanto você é um amor de manhã cedo. – Falou com riso na voz.

- Você me acordou por algum motivo relevante ou só mesmo pra me encher meu  saco – Falei sem paciência minha cabeça doía tanto que até mesmo abrir os olhos era difícil pra mim.

- Em minha defesa tenho um motivo – Falou ela de bom humor – Como te falei antes eu estou indo viajar a trabalho e só volto no fim de semana.

- Ok!

- Pelo visto a sua ressaca ta tensa.

- Nem me fala amiga, parece que eu comi um pedaço de lixa de tanto que minha boca ta seca, e to com uma dor de cabeça que ta me matando.

- Gostaria de poder ficar pra cuidar de você, mas não posso mesmo – Falou em tom preocupado.

- Não se preocupe, eu já passei por coisa pior, pôde ir trabalhar tranquila daqui a pouco eu to novinha em folha.

- Beleza Minibyte, não se esquece de se hidratar com frequência, tem comida na geladeira, e remédios na terceira gaveta do armário da cozinha. Dei apenas um grunhido em resposta a ela, eu só queria dormir mais um pouco.

Ouvi ao longe a porta bater, tentei dormir novamente mas meu estomago não parava de embrulhar eu tinha certeza que em pouco tempo tudo o que eu comera ontem iria voltar. Ugh!!

Então pro meu azar a campainha começou a tocar, não poderia ser a Mina ela tinha a chave, então quem quer que fosse deveria ir embora depois de algum tempo, eu e que não iria atender aquela merda de porta.

Pra minha total infelicidade a pessoa não desistia já tinha tocado mais de cinco vezes a campainha. – Puta que pariu! – Exclamei enquanto me levantava, e ia me arrastando pelo corredor em direção a porta da frente.

Sem um pingo de paciência, pois o demônio que estava chamando não parava de tocar a merda da campainha, escancarei a porta com força – Que foi merda! – Xinguei assim que a porta abriu.

- Bom dia! – Disse Jimin entrando no apartamento sem ser convidado, trazendo consigo uma panela nas mãos.

- Bom dia? Não sei pra quem – Minha voz carregada de raiva – Se você veio porque gostou da campainha pode levar , porque o próximo que tocar aquela merda vai levar um soco bem no meio da cara.

- A Mina tinha razão você esta num mau humor épico – Riu enquanto colocava a panela sobre a mesa de centro.

- Continua rindo Chim, ria enquanto pode. – Falei caindo sobre o sofá da sala fechando os olhos.

- Você ainda esta com a roupa de ontem! – Observou ele.

- Uhum! Eu nem faço idéia de como fui parar no meu quarto que dirá ter forças o suficiente pra tomar um banho.

- Sua ressaca ta tão ruim assim? – Ele pareceu preocupado.

- A pior possível.. Na America nos costumávamos beber cerveja, quando jogávamos e o Soju é bem mais forte. – Esclareci.

- Nós? Nos quem? – Perguntou Jimin.

- Meus amigos e eu.

- Amigos, tipo homens? – Questionou tentando parecer contido.

- Amigos do tipo homens e mulheres – Respondi.

- E você já ficou tão bêbada como estava ontem com esses tais amigos? – Agora a raiva já evidente na voz.

- Algumas vezes, não que eu me lembre de muita coisa, mas pelo que eu soube todas as vezes foram épicas.

- Ra Eun você não tem um pingo de juízo nessa sua cabeça oca sair bêbedo com estranhos você não sabe o risco que você correu..

- Tem algum motivo real pra você esta aqui? – Perguntei o interrompendo – Porque eu to com uma puta dor de cabeça e sem um pingo de vontade de ficar ouvindo sermões... Mas, esclarecendo não que seja da sua conta eu só bebia com meus amigos mais próximos então ‘mamãe’ pode ficar despreocupada que eu não corri risco nenhum – Disse da forma mais sarcástica que a minha boca seca permitia.

- Eu trouxe sopa de ressaca pra você – Falou sem graça  apontando a panela em cima da mesinha – O Jin fez para os meninos e pensei em te trazer um pouco, já que eu encontrei a Mina mas cedo e ela me falou que você estava passando mal por conta da bebida.

- Obrigada Chim, pode deixar ai que mais tarde eu vou comer, eu só... – Minha boca começou a salivar e eu sabia que era o jantar de ontem que estava voltando. Me levantei em um pulo e corri em direção ao banheiro, sentei no chão próxima ao vaso e coloquei tudo pra fora. Senti meus cabelos serem suspendidos, vomitei até os espasmos no meu estomago pararem Jimin durante todo o tempo segurou meu cabelo e me deu tapinhas nas costas.

Me levantei, fui ate a pia e lavei a boca – Chim, pode ir assim que estiver me sentindo melhor vou comer um pouco – O assegurei – Agora eu vou tomar um banho, mais tarde falo com você – Eu não podia nem se quer o encarar de tanta vergonha que eu sentia, se depois de hoje ele não quisesse nem mesmo olhar na minha cara eu ia entender perfeitamente – Só bate a porta quando você sair – Segurei a porta do banheiro aberta pra ele, olhando a todo tempo pro chão, ele saiu sem dizer uma palavra se quer.

Eu então fechei a porta e então entrei no chuveiro deixei a água cair pelo meu corpo durante um tempo sem nem ao menos fazer o menor movimento, quem sabe ela levaria a vergonha que eu estava sentindo, depois de algum tempo me ensaboei e limpei todo o meu corpo lavando inclusive meus cabelos.

Sai do banho me enrolei na toalha que estava no banheiro e encarei o meu reflexo no espelho, eu parecia um urso panda a maquiagem que eu cuidadosamente tinha feito ontem escorreu pelo meu rosto, e pensar que eu gastei a maior nota ontem para ficar perfeita pra reencontrar o Jimin tinha ido abrir a porta hoje com essa cara. Jesus, para o mundo que eu quero descer.

Peguei a água micelar da Mina e retirei toda a maquiagem que ainda estava no meu rosto, tirei o excesso de água dos meus cabelos e fui em direção a cozinha para tomar um pouco d’água. Passei pela sala e travei.

- Porque você ainda esta aqui? – Falei surpreendida pela figura do Jimin que estava sentado na sala da minha casa.

- Eu...eu.. só.. vou.. embora depois de ver você comer – Ele gaguejava, enquanto seus olhos subiam e desciam sem a menor vergonha pelo meu corpo. Só então dei por mim, eu ainda estava enrolada na minha toalha que não cobria nem a metade da minha coxa.