História Imagine Park Jimin: Seleção - Capítulo 1

Já tinha dado o toque de recolher, e eu ainda estava na rua, só que eu tinha que me encontrar com o Tae, Kim Taehyung, meu namorado desde a infância. Sabe aquele tipo de homem, que toda mulher quer, mas poucas podem ter, então, sempre tão atencioso, brincalhão e esforçado, além de ser lindo, cabelo castanho, alto, de poste forte.

Como já tinha dado o toque de recolher e não podíamos ficar na rua, nós tínhamos nosso lugar secreto, uma casinha em cima da árvore, que quando pequenos, nos cabia. Subi na  árvore por uma escadinha e lá estava ele:

-- Olá meu amor.- disse ele....há essa voz rouca que sempre me causa arrepios dos pés a cabeça. - Chegou cedo hoje.

-- Cedo? Já são 22:00, já era pra eu estar em casa. - falei um pouco brincalhona.

-- É, mas você preferiu estar comigo- pior que ele estava certo- Olha o que eu trouxe pra gente!

Ele abriu uma bolsa e tirou de dentro dela, duas vasilhas e uma garrafinha que parecia ter dentro de si suco de uva, apesar de eu estar morrendo de fome não gosto que ele traga comida para mim, ele se mata de trabalhar, e quase não consegue comida pra se mesmo,  não gosto que ele se sinta obrigado a me alimentar.

Sua aparência estava tão ruim quanto sua roupa, ele estava com cara de cansado, uma blusa velha, e uma calça rasgada, o que explica isso é a divisão de castas que depois da guerra, o rei Kwon colocou no nosso país. 

-- Leve isso pra casa, você com certeza precisa disso mais que eu - falei já colocando as comidas dentro da bolsa novamente.

-- Não Sun hee, eu comprei pra gente, é pra nós comermos juntos, sei que está com fome, coma, por mim.- ele olhou diretamente em meus olhos, é, me dói o coração saber que nem comer corretamente nós temos o direito.

-- Tae, sei que você só quer meu bem, mas olhe pra você, você está precisando muito mais que eu, aproveite e leve pra sua mãe.- ficamos nos olhando por um curto tempo, e logo ele tira do bolso da sua calça, 30.000 wons. 

-- Não é muito, mas foi tudo que consegui hoje, leve, não vou aceitar um não como resposta.- o jeito foi eu aceitar, do jeito que ele é, não me deixaria sair dali sem ele ter me dado algo.

-- Por favor Tae, não faça mais isso comigo, eu te amo, e não precisa me dar nada pra provar seu amor por mim, só de olhar nos seus olhos dá pra ver o quanto me ama.

-- Não prometo nada. - disse ele com um tom um pouco mais sério do que o necessário.

Ficamos conversando um bom tempo, e já era quase meia noite, precisava voltar correndo pra casa.

-- Tae, já é tarde, preciso voltar pra casa, cuidado, eu te amo.- dei um beijo demorado nele, e ele me abraçou com força.- Amanhã mesmo lugar, mesmo horário.

Desci as escadas e fui correndo, até chegar na esquina da minha casa, mas parei pra observar uma coisa, os 8, especificamente os de casta 8, são os mais pobres de todas as castas, por não terem onde morar, e sempre estão sem dinheiro, alguns se tornam rebeldes.

Esse negócio de casta vem desde de muito tempo atrás, quando o nosso país ainda era republicano, depois da guerra o país entrou numa crise, e não conseguiu se recuperar, o jeito foi colocar a monarquia novamente para ver se resolvia o problema, então os reis decidiram que dividir o país em castas seria o melhor para todos.

 • Casta 1= apenas os da realeza.

• Casta 2= famosos, e pessoas próximas da realeza.

  • Casta 3= pessoas ricas.

  • Casta 4 e 5= burgueses.

  • Casta 6= instrumentistas e pintores.

  • Casta 7 e 8= ajudantes, catadores ou rebeldes.

  Eu nunca gostei dessa divisão, até porque ela proíbe de uma pessoa de uma casta de casar com uma de outra, por exemplo eu e o Tae, não posso me casar com ele, porque ele é um 7 e eu sou uma 6, mas apenas diante a lei, por ele eu quebraria todas as leis apenas pra ficar com ele, se eu definitivamente querer casar com ele, nós nos tornamos 8.

Balancei um pouco a cabeça pra me afastar de meus pensamentos, e corri um pouco mais, até chegar em casa, todos estavam dormindo, então fui direto para o meu quarto, não era grande, mas digamos que o suficiente pra um guarda-roupa, uma cama e um criado mudo. Deitei e adormeci.