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História Imagine Ray- Your Multicolored Eyes - It was Conny


Escrita por: _mmia

Notas do Autor


Volteiiiii. :)🤍
Gente esse capítulo tava ficando maior do que eu queria e eu acabei dividindo ele em dois. Então quanto tempo o próximo capítulo vai demorar pra sair, só depende de vocês.

Comentem, eu amo os feedbacks de vocês e eu tô muito feliz com a quantidade de gente que favoritou essa fic. É a minha primeira e eu realmente não esperava por isso em tão pouco tempo. Vocês são demais. 💞💞💞

Eu espero que vocês gostem e desde já me desculpem por qualquer erro. Boa leitura 🤍

Capítulo 4 - It was Conny


Fanfic / Fanfiction Imagine Ray- Your Multicolored Eyes - It was Conny

Merda, onde eu estava com a cabeça? Eu não consigo parar de pensar que daqui à alguns minutos a Conny vai morrer. E além de tudo, Norman e Emma vão descobrir tudo.

As coisas estão prestes a saírem do controle e eu acho que não gosto disso, nem um pouco.

Desde que eu descobri a verdade sobre a Casa eu tenho evitado me apegar às outras crianças, por motivos óbvios. Eu não sou idiota de me apegar emocionalmente a pessoas que eu sei que tem data de validade. Com exceção é claro de Ray, Norman e Emma. 

Somos amigos desde... bom, sempre! 

Eu sempre fui uma criança relativamente tímida em comparação as outras, eles três eram os únicos que me passavam confiança, de certa forma. Bom, tinha o Peter, mas eu não quero pensar nisso.

Eu não podia simplesmente me afastar dos meus únicos amigos, embora eu quisesse, por medo. Tanto que eu acabei contando tudo ao Ray quando eu descobri. 

De alguma forma eu nunca consegui esconder nada dele e mesmo que eu quisesse, eu acabava deixando as coisas escaparem da minha boca. 

É claro que eu achei muito estranho que ele parecia já saber de tudo, mas eu não me importei, até certo momento. A única coisa que eu conseguia pensar era em todos que já tinham ido e todos que ainda iriam. Mas a minha maior surpresa, foi quando eu percebi que eu não estava com medo de morrer, eu não senti medo de morrer. Foi quase como se eu não ligasse.

Hoje Ray me disse que eu costumava ter um brilho nos olhos. Isso também não saí da minha cabeça. Eu não sei o que ele quis dizer com isso, quer dizer... eu sei, mas não faz sentido.

A única coisa que eu tenho feito e esperar a minha morte.
Arhh isso tudo tá me matando! Eu não sei se grito, choro, me tranco num quarto escuro ou simplesmente...

- Mia!?- Exclama Emma preocupada, correndo em minha direção.- Você está bem?- Diz se ajoelhando até mim.- Eii respira.- Continua iniciando um carinho na minha cabeça.- Por que está chorando?

- Cho... chorando?- Questiono olhando para a ruiva a minha frente.

Merda, eu estou chorando. 

- Faz quanto tempo que isso acontece?- Pergunta.- Você está no meio do corredor chorando.- Prossegue pousando sua mão em meu ombro.- Você quer conversar? Não precisa me dizer se não quiser mas...

- Eu tô bem.- Respondo me levantando rapidamente e enxugando as lágrimas.- É sério.

- Mia...

- Nós devíamos ir, pra despedida da Conny.- Digo interrompendo, torcendo para que ela não insista.

- Tudo bem, mas eu me importo com você. Somos amigas não somos? Se você precisar eu estou aqui por você.- Diz a garota com um sorriso acolhedor.

- É claro. Obrigada Emma.

A ruiva me surpreende com um abraço apertado que me deixa sem reação. Eu geralmente não deixo ninguém me ver em momentos tão vulneráveis, é constrangedor. Mas de alguma forma isso foi bom.

- Vamos! Já estamos atrasadas.- Pronúncia animada.

Emma segura minha mão com força e corre em direção a porta da frente, me arrastando consigo. 

Nós desviamos das outras crianças habilmente, nos infiltrando para observar Conny e Mama que acabavam de chegar.

- Eu sou lenta, e nunca fui tão inteligente como o resto de vocês são, mas vou continuar tentando o meu melhor.- Diz Conny.- E eu tenho a ajuda do Bunny, então vou ficar bem.

- Conny...- Pronúncia Don, com uma voz chorosa.

Derrepente os olhos da pequena garotinha loira se enchem de água e lágrimas começam a rolar pelas suas bochechas.

- Eu não quero mais ir embora. Quero ficar aqui!- Exclama a garota em meio aos braços da Mama, ainda derramando suas lágrimas.

- Conny!- Repete Don em meio aos soluços. 

Noto então que a ruiva a minha direita também começa a chorar. 

Eu odeio essas malditas despedidas, eu acho isso tão mórbido. Nós nos despedimos dos nossos irmãos antes deles serem levados pela Mama pacificamente em direção a morte. Isso é errado, em tantos níveis. Saber disso, só torna tudo ainda pior, nos transforma em pessoas tão ruins quanto ela.

- Mia.- Diz Ray, chamando minha atenção.- Já terminou aqui?

- Já. Tá limpo.- Respondo séria.

- Só falta o refeitório. Você vêm?

Sem responder, começo a caminhar em direção ao refeitório ouvindo o moreno me seguir. 

- Bunny? Mas Conny foi embora.- Escuto Gilda dizer, antes de entrar no refeitório.

- O que faremos?- Questiona Emma.

- Ainda dá tempo.- Responde Ray.- As luzes do portão ainda estão acesas e Mama ainda não voltou, então acho que Conny ainda não foi embora.

- Depressa, Emma. Vamos.- Diz Norman, chamando a garota para ir até o portão com ele.

- Certo.

Eu não estou com medo, mas é algo parecido com isso. Simplesmente não tem mais volta, eles estão indo. E eu não tenho idéia do que pode acontecer.

- Você acha que vai dar certo?- Pergunto ao emo, que agora observa Emma e Norman correrem em direção ao portão.

- É o Norman e a Emma. Tem que dar certo.- Responde visivelmente preocupado.

- Você mesmo disse... É o único jeito.

- O que aconteceu com você? Algumas horas atrás você estava gritando comigo.- Diz o moreno com um sorriso malicioso que só ele sabe fazer.

- Cala a boca, Ray. Temos que terminar de limpar, a Gilda tá lá sozinha.

- Eu não ligo de deixar ela lá sozinha, e você?- Pronúncia, mantendo o mesmo sorriso estampado em seu rosto.

- Normalmente não. Mas eu não estou muito afim de ficar aqui com você hoje.- Respondo com um sorriso cínico nos lábios.

- É uma pena, Miazinha.- Pronúncia o moreno se aproximando de mim, perigosamente.- Uma pena.- Repete, só que dessa vez, cochichando na minha orelha.

Eu odeio quando ele me deixa sem reação alguma, como agora. Eu odeio. Ele simplesmente não pode arrumar novas técnicas para me provocar? 

É ainda mais irritante que isso ainda funcione comigo.


Emma e Norman correm em direção ao portão o mais rápido possível. Não podem deixar que Conny vá embora sem seu Bunny. É seu brinquedo favorito. No entanto, ao se depararem com a saída, os dois hesitam por um instante.

- "Fiquem longe do portão."- Disse Emma, se lembrando do que Mama sempre dizia .

- Eu sei.- Pronúncia Norman, antes de abrir com sorriso traiçoeiro e confiante.- Talvez tenhamos problemas depois.

As duas crianças, após se desfacerem das grades que impossibilitavam a passagem, se apoiam na entrada vacilantes, tentanto inutilmente chamar pela amiga. Sem resultados.

Norman então toma a iniciativa e caminha para dentro do lugar que geralmente fica atrás do portão, olhando ao redor e analisando o que à em sua volta, relativamente duvidoso. 

O lugar parece uma espécie de túnel. Tem portas enormes, com uns três metros de altura, dos dois lados como num corredor. Há um caminhão logo a frente e um barulho irritante de goteira ecoa pelo local.

Emma que estava logo atrás, agora caminha ao lado de Norman abraçando o pequeno Bunny e tentando ignorar seu hesitamento.

- Será esse o caminhão que vai levar Conny para sua nova casa?- Questiona Emma.- Pensando bem, nunca vi um veículo antes.

Norman curioso se direciona até a porta do caminhão, analisando-o. Seria estranho esse ser o veículo que vai levar Conny, parece ser um caminhão de carga e Norman sabe disso.

Enquanto Norman sobe na porta do veículo para examina-lo, Emma olha ao redor perdida até notar a goteira responsável pelo único barulho do ambiente. 

Vinha de um dos canos, no teto do túnel.

- Não tem ninguém aqui.- Diz Norman após descer do caminhão.

- Talvez ela o encontre se deixarmos aqui atrás.- Sugere a garota ruiva, apontando para a parte de trás do veículo. 

- Sim, talvez.- Responde o platinado, concordando com a idéia.

Emma caminha em direção a traseira do caminhão, mas o que ela vê é chocante. Sem reação, a garota derruba o coelhinho de pelúcia no chão, em choque. Aquilo não poderia ser verdade.

Norman logo estranha a atitude da amiga. A ruiva dava passos para trás, assustada, os olhos arregalados revelam que algo não está certo.

- Norman...- Balbucia a garota.

O garoto hesita por um momento antes de caminhar até Emma, com passos decididos. Ele sabe que tem algo de errado, algo de estranho cesse lugar, mas definitivamente não esperava por isso.

O que ele vê é Conny dentro do caminhão, sem vida. Com os olhos arregalados e uma flor vermelha, florescendo em seu peito. 

- Tem alguém aí?- Questiona uma voz desconhecida, vindo de dentro de uma das portas à esquerda das duas crianças.

Pânico invade os dois amigos, que deixam a surpresa escapar de suas gargantas. Com certeza não deviam estar ali. 

- Você ouviu uma voz agora?- Pergunta a mesma voz.
Rapidamente Norman corre para detrás do caminhão, arrastando Emma, que habilmente apanha Bunny.

- Deve ser sua imaginação.- Responde a outra voz, com quem a primeira deve estar falando.

A ruiva e o platinado escutam alguns barulhos que não conseguem decifrar, ou simplesmente estam assustados demais para prestar total atenção, então se arrastam para de baixo do caminhão, se escondendo.

- Se fosse um gato perdido eu o teria pego para comer.- Declara a segunda voz.

- Você come essas coisas nojentas?- Questiona a primeira, com repulsa.

Emma e Norman abaixam suas cabeças com o intuito de ver quem está falando, mas levam outro susto. Não são humanos. São dois monstros enormes e musculosos com, com certeza, mais de três metros de altura. Suas cabeças tem um formato estranho e seus olhos são posicionados na vertical, a pele deles possui um tom cinzento e suas mãos é pés enormes possuem unhas afiadas. Como... demônios.

Um deles levanta Conny, abrindo sua boca e espondo seus dentes afiados e sua língua assustadoramente grande.

- Parecem tão deliciosos. A carne humana é a melhor.- Diz, se babando.

- Não...- Pronúncia Norman, assustado.

Então o outro demônio aparece novamente, carregando uma espécie de aquário cilíndrico, cheio de um líquido azul florescente.

- Droga! Não posso nem ficar com o dedinho?- Protesta o monstro, assim que Conny cai dentro do recipiente.

- Não brinque, seu idiota! Essa mercadoria é valiosa.- Repreende o outro, dono da primeira voz que escutaram.- Não é coisa que nós podemos comer. A carne humana produzida nessa fazenda e de altíssima qualidade. É para os ricos.

- Cadê a Mama?- Questiona Emma, assustada. 

- Shh!- Responde o garoto, com o dedo indicador nos lábios. 

- Gupna já acabou?- Pergunta um terceiro demônio, ao se aproximar dos outros dois. 

Ele veste uma espécie de capa preta, que cobre todo seu corpo, diferente dos dois que parecem usar uma espécie de macacão. Além disso ele não parece ser musculoso como os outros.

- Quase, senhor.

- Outra criança de seis anos...- Diz o terceiro, segurando uma pilha de folhas em uma das mãos.- Temos mandado mercadorias medíocres ultimamente. Mas parece que em breve teremos algo de qualidade. Certo, Isabella?

- Sim.- Responde a Mama.

Norman e Emma entram em choque. Isso quer dizer que sua adorável Mama, sabe de tudo. 

- Prepare os quatro com notas máximas para serem despedaçados.- Ordena o demônio.

- Sim, senhor. Entendido.

- Espere, eu estou sentindo um cheiro.- Declara, caminhando em direção ao caminhão, desconfiado.

Ele para ao lado do veículo por alguns segundos, como se estivesse analisando o cheiro do ambiente. Sim, vinha vinha ali de baixo, ele tinha certeza. Mas quando ele se abaixa para conferir, já é tarde. Emma e Norman já correm em direção a Casa, deixando o coelhinho para trás. Até que a ruiva desaba no chão, exausta.

- Você está bem?- Pergunta o garoto de olhos azuis.

Emma vê sua respiração ficar cada vez mais curta, então lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.

- Esse lugar... é uma fazenda? Somos todos... comida?- Pergunta atordoada.- Não, não pode ser. Todos encontram lares adotivos. E a Mama... Ela é o tipo de mãe normal, não é?- Continua.- Nós confundimos, certo? Aquela não era a Conny.

Norman que até então mantinha as mãos nos joelhos, tentando respirar devido ao cansaço, se levanta, sentindo uma lágrima fujona rolar pelo seu rosto.

- Era a Conny.- Diz o garoto.

Tais palavras foram o suficiente para fazerem a ruiva desabar de vez nos braços do albino. Soltando em seguida um grito de despero que pode ser ouvido por Ray e Mia, que aguardavam nervosos a chegada dos amigos.


Notas Finais


Gente eu quero colocar a Mia num potinho e proteger ela de todo mal. Ray por favor, faz alguma coisa cara.

R.I.P Conny.

Eu achei importante narrar essa parte em que o Norman e a Emma descobrem tudo porque é muito importante para a história, então eu espero que vocês tenham gostado dessa dinâmica.
Eu geralmente opto por não fazer troca de pov, exemplo: pov mia, pov ray, pov autora, etc. Por causa da minha escrita. Eu realmente não sou acostumada a escrever dessa forma e eu fico muito confusa. Um dos motivos de eu estar postando hoje e não ter postado sexta é esse: eu demorei pra escrever.
Como vocês também devem notar, eu não gosto de deixar nenhuma parte de fora, é um defeitinho meu kkkkk. Mas eu espero melhorar com o tempo.

Obrigada por ler. 💞💞💞💞💞


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