História Imagine Shu... - Imagine: Shu vs Seu Ex

Como ela pôde? E por que…? Os olhos frios dela enquanto terminava com ele ainda o atormentavam todas as noites. Ele estava pronto para ir ao próximo passo da relação; pediria sua mão no dia da formatura daqui a dois anos. Mas a distância entre eles pareceu crescer... De repente, as amiguinhas dela começaram a cochichar baixinho nos ouvidos dela. Ela começou a ficar mais tempo a sós com as meninas. Colocando coisas na cabeça de sua Eva -, ele havia alertado para que ela não se misture com essas pessoas sem “princípios familiares”, pois elas falam besteira; fazem besteira...

            Hiro começou a segui-la sem que ela ou suas estúpidas colegas o notassem; elas começavam a ir para a área da turma do terceiro ano todos os dias durante os intervalos.

            Ele assiste quando uma das amigas dela, empurrada pelas demais, se aproxima de um loiro alto que acabara de sair da sala; ela estende para ele uma bela caixa, bem bonita e embrulhada com uma fita vermelha no topo. Mas ele pareceu ignora-la completamente... Tudo ficaria bem se acabasse ali e o loiro simplesmente seguisse seu caminho; mas Hiro notou quando ele olhou Eva -, sua namorada, e deu um sorriso de canto.

            Eva, sua Eva... Corou e abaixou a cabeça. Foi aí que Hiro imaginou que o seu “por que” tornou-se “por QUEM”; Por quem Eva estaria se afastando dele... O afastamento, iniciado por ela, começou a pesar muito na relação; e antes que Hiro pudesse reagir à queda, ela o olhava fundo nos seus olhos e disse aquelas palavras: “Eu não quero mais estar com você”; “Acho melhor nós nos separarmos”.

            Ele a viu por um ângulo que jamais conhecera dela até aquele dia -, suas costas; voltadas para ele enquanto suas pernas a carregaram para longe dele e para os braços de outro alguém. Mas... Quem? Não... Ela não faria isso...!

            Mas fez.

            Hiro testemunha sua Eva entrar na sala de música da escola -, apenas a área mais isolada de todo o campus escolar e conhecida por ser habitada por apenas uma pessoa -, Shu Sakamaki. O mesmo loiro que pareceu ter possuído sua Eva e corrompeu-a com aquele sorriso naquele fatídico dia.

            Entre a fresta da porta, Hiro assiste em horror enquanto sua Eva senta no colo do maldito loiro ao mesmo tempo em que ela começa a mexer seus quadris provocantemente. Ele fica completamente rubro -, jamais vira sua Eva dessa forma! O que aquele demônio fez com a sua pura amada?!

            Shu põe suas mãos em áreas que as mãos de Hiro jamais conheceram; mais que tocar, ele assiste quando a mão de Shu levanta a saia de Eva, e deposita um barulhento, mas não tão forte tapa sobre a sua bunda para, então, apalpa-la e apertar seu músculo possessivamente. Eva inclina mais ainda seu corpo contra Shu e sorrir, dando leves risinhos enquanto o loiro prepara mais um ataque contra seu corpo. Ela faz barulhos típicos dessas... ‘Mulheres da vida’! Não! Essa não pode ser sua Eva!

            O barulho da mão dele indo de encontro aos quadris dançantes de Eva ecoava pela sala e a imagem era aterrorizante! Como pôde Eva?! Por ele! Olha no que ele está te transformando! Você é da igreja onde meu pai é pastor! Iríamos nos casar puros, seríamos só um do outro!

            De repente, sua Eva dá um gritinho e começa a rir baixinho, seus movimentos com os quadris jamais cessou, a mão esquerda de Shu desapareceu entre eles; mas seu braço estava mexendo vigorosamente, enquanto que Eva jogava sua cabeça para trás e fazia esses sons tentadores e provocantes.

            Shu olha seu pescoço; ele lambe seus próprios lábios... Hiro só pode estar tendo um pesadelo! Ele testemunha quando Shu abre sua boca, revelando enormes e grossos caninos que mais pareciam pertencer à boca de um lobo -, não de um ser humano. E ele finca suas presas no colo de Eva, bem na base de seu pescoço. Ela grita.

“Ah, Shu!”

            Sangue. Hiro assiste horrorizado enquanto o avantajado pomo-de-adão do Shu começa a mover-se para cima, e para baixo; um movimento comum quando você está bebendo longos goles de água e matando uma temerosa sede. Mas ali, o que o moreno testemunhou com seus olhos castanhos fora Shu bebendo o sangue de Eva; como um demônio, um animal... Um vampiro.

            Shu começa a profanar o corpo de Eva com seus caninos; até o ponto que ela tornou-se um corpo dormente e com eventuais tremeliques. Ele sorrir.

“Ora, ora... Quase te drenei,” O sangue dela está no rosto dele, no pescoço dele e até mesmo tingindo o MP3 azul de vermelho -, totalmente sujo de sangue da Eva... Hiro não pode acreditar no que ele estava vendo. Ele precisa de respostas... Mas antes que ele possa fazer qualquer coisa, suas pernas congelam e seu coração para, seu suor é frio e a ponta dos dedos de suas mãos parecem não ter mais sangue correndo para lá. Sua cabeça incapaz de processar qualquer reação se não ficar ali apavorado... Enquanto dois enormes olhos safira o olham diretamente, sem nunca piscar e sem um pingo de remorso... Shu o olha direto em seus olhos pela pequena fresta da porta; e com um enorme sorriso como só o Coringa -, ele finca suas presas na pele de Eva, machucando-a; ela geme. Agarra-o e pede por mais, mais, mais...

            Os olhos de Hiro testemunham sua Eva ser possuída pelo diabo com aparência de Anjo com seus cabelos ondulados loiros e olhos azuis como o céu. Sua aparência santa manchada pela sua natureza de demônio.

            Mas mesmo Lúcifer já foi um anjo, não é?

.

.

.

.

.

“Hiro, me solta!” Eva tenta desvencilhar-se do agarro de seu ex-namorado enquanto este parecia estar completamente louco! Gritando coisas ‘sem nexo’, parecia um louco; um dissimulado, “Hiro, você está me assustando!”.

“O QUE ELE TE FEZ?!” Ele grita a plenos pulmões no meio do pátio da escola, “ELE É O DEMÔNIO, EVA!”.

“Hiro, para!”

            Os estudantes começam a se aglomerar e assistem perplexos enquanto Hiro -, apenas o garoto mais calmo da escola parecia ter perdido completamente o seu senso, e segurava os pulsos da menina até que sua mão ficasse roxa pela falta de sangue.

“Eu vi o que ele te fez!”

            Os olhos dela se arregalaram. O que ele viu? Quem fazendo O que? Ah, não... Não me diga que...

“Isso vem acontecendo há um mês já!”

“Do que você está falando!”

“De você indo às escondidas para a sala de música,”.

“Eu não tenho mais nada com você, lembra?!”

“Eu vi o que ele te fez, não só isso -, como possuo provas!”

            Ele puxa de sua calça pequenas fotos polaroides; nelas, o rosto de Shu era o foco, e seus caninos e rosto banhados em sangue enquanto ele se deliciava do corpo de Eva; alimentando-se e saciando a sua sede.

“É isso o que ele é não é!”

“Hiro, não!”

“Você sabe a natureza dele!”

            Alguns estudantes começam a se aproximar para tentar afastar o garoto de Eva, mas ele apenas segurou-a com mais força.

“Por que você está permitindo que ele te faça isso?!”

“Você é um descontrolado, Hiro e está assustando a todos!” Eva puxa sua mão tentando livrar-se dele, “Me deixa, seu bastardo!”.

“Um VAMPIRO, Eva!”

            Eva congela. Todos em volta o olham como se uma segunda cabeça houvesse crescido nos ombros de Hiro -, ele está louco? Bêbado? Vampiros...?

“O que—?!”

“Shu Sakamaki é um vampiro, não é, e você é a comida dele, eu vi tudo!”

            Algumas pessoas se entreolham mais surpresas; outras parecem segurar risadas; as expressões variam de ceticismo a surpresa e espanto. Cada um parecia ter uma opinião sobre o assunto...

“O que você está fazendo?”

            Mas parece que o acusado de ser um vampiro chegara, e ele não parecia nada satisfeito com o que ele vira.

            A voz monótona de Shu quebra a baderna no pátio escolar; mesmo sempre calmo e reservado, sua voz caiu como um trovão e quebrou a tensão do pátio; fazendo todos os olhos voltarem para si...

            Algumas garotas até deram sorrisinhos e risadinhas; algumas pareciam ainda mais interessadas do que o normal no “suposto vampiro” se Hiro é para ser acreditado e que Vampiros, de fato, existem.

“Ignora, as loucuras do pai dele finalmente alcançaram ele,” Um dos rapazes do segundo ano diz apontando para Hiro, “Gritando sobre Vampiros e demônios,”.

“Solta ela, Yamamoto,” Shu ordena. Por enquanto, calmo.

“Não vou. Sakamaki, eu estou salvando ela de você!”

            Os estudantes começam a abrir caminho, uma passagem reta e livre entre Shu e Hiro se forma -, Shu presencia o garoto segurando Eva, não importa quanto ela tentasse se livrar dele para correr para o lado do Shu -, ele não permitiria. Ela dava chutes e se debatia com força. Tudo em vão.

“O que... Para toda a namorada que te dá um pé na bunda você vai acusar o atual dela de ser um demônio?” Shu boceja audivelmente, “Que hobby estranho.”.

“Não é hobby, e eu preferiria estar enganado também, mas eu sei toda a verdade -, e você sabe que eu estou certo, também!”

“Hm,”

“Você me viu lá!”

“E se for,”.

“Shu...!” Os olhos de Eva se arregalam. Todos em volta, até os mais céticos, começam a olhar Shu com um olhar diferente; o loiro começa a se aproximar, um passo de cada vez. Seus olhos brilham de forma estranha como se algo de dentro dele estivesse para explodir -, como se fosse de sua vontade que todos se inteirassem de seu segredo... Assim, ele poderia matar a todos que fiquem entre Eva e ele; tal como ele prometeu-a uma vez quando ele foi dormir com ela na casa dela. Alegando que ele não a quer envolvida com seus irmãos, pois ele os mataria, também.

“E se eu for um Vampiro, Hiro, em que isso vai te ajudar?” Shu sorrir de forma sombria e balança a cabeça para os lados levemente, “Não, deixe-me refrasear a pergunta e lhe dá uma nova perspectiva da situação que você se encontra.”.

            À medida que o loiro começa a caminha até o centro do campo, Hiro consegue ver a morte atrás de Shu em seu manto negro se aproximando como sua sombra; a capa escolar do Vampiro, que ele sempre deixa apenas jogada por seus ombros, lembrava o jovem de como ele imaginou que seria a última imagem que as vítimas do lendário Conde Drácula teriam antes de seu iminente fim.

“Você me expõe, não tenho mais nada para esconder; poderei simplesmente mostrar a minha verdadeira natureza e nada mais vai impedir-me de te matar ou a qualquer outro que fique em meu caminho,” Shu para bem em frente à Hiro, sua muito superior estatura diminuía o moreno ainda mais perante a nobre presença de Shu. Eva sente as mãos que a agarram tremer e desvencilhar o agarro gradualmente, “Eu te pergunto de novo; E se eu for um Vampiro, Hiro, em que isso vai te ajudar se você me expor...?”

            Hiro deixa Eva, e ela corre para os braços de Shu; este a agarra protetoramente, mas sem nunca deixar de encarar o seu rival; esmagando-o com seu olhar, quebrando sua vontade de lutar por sua vida.

“Pense bem nisso; se eu for mesmo um vampiro, não é ótimo que tudo o que eu queira é paz, sossego e apenas o sangue dela?” Ele segura o rosto de Eva e a faz encarar o seu Ex-namorado que agora se encolhia como um inútil perante os pés de Shu, fazendo-a assistir o jovem desvencilhar-se bem debaixo de seus próprios pés e tremer como um cachorro molhado, com frio e abandonado, “Você estaria disposto a estragar a segurança e o sossego de todos apenas para ‘provar’ um ponto que não traria benefício algum para você ou os outros?” Ele sorrir, “A única pessoa que se beneficiaria nessa hipótese, seria eu, não acha?”.

“Gn—!” Os olhos castanhos do moreno se arregalam. Ele não havia pensado que, expondo Shu, ele colocaria a todos em perigo... Quão denso ele estava realmente sendo?! Shu estaria certo?!

“Os ‘aonde, quando, como e o que’ eu faço com a minha namorada não dizem respeito a mais ninguém; aceite que o que ‘Ela’ faz, também já não são assuntos seus,”.

            Ele está certo. Espera... O que Hiro está fazendo? Ele não tem direito algum de estar aqui dando seu parecer para Eva sobre o seu relacionamento com Shu! O que ele estava pensando todo esse tempo? O desespero de perdê-la prejudicou seu julgamento, só isso, né?

            Manipulador. Rei das serpentes e de todo o mal... Hiro se curva perante a personificação do diabo pedindo perdão.

Mas assistir Hiro desse jeito fez Eva sentir algo de estranho em seu coração; a forma que Shu a fazia assistir aquela performance patética do garoto; como Shu, rapidamente tomou as rédeas da situação sem nunca perder sua classe -, contando meias verdades; a sua posição superior enquanto ele caminhava em direção a eles para resgata-la... Ela se vira e o abraça fortemente; como ela ama esse homem! Ela o quer aqui e agora. Eva descansa seu rosto contra o peitoral exposto de Shu; ele jamais abotoaria sua blusa completamente, e sempre havia um pouco de seu corpo exposto devido a sua natureza desleixada.

“Sinto muito, Sakamaki-san, eu perdi a razão e te acusei de coisas terríveis,”. Hiro diz curvando-se, “Você não é nada do que eu falei e eu só—!”.

“Belas fotos,” Shu diz olhando as fotos em mãos de Hiro, fotos estas expondo a verdade sobre o loiro. Rapidamente o garoto começa a rasga-las; ele captou a mensagem em um piscar de olhos.

“Eu sinto muito, eu sinto muito!”

            Shu toma a mão de Eva e caminha para fora do pátio juntamente com ela; eles abandonam a área em meio ao caótico silêncio que ficou após tais eventos.

            Todos olham o moreno que estava ao chão. Olhos julgadores de desgosto. Alguns até com pena do quão miserável aquele bastardo é... Os alunos começaram a dispersar-se seguindo seus caminhos; não tardou e um professor apareceu no campo e começou a por ordem no lugar para que todos voltem às suas respectivas atividades dizendo que o ‘Show’ acabou.

.

.

.

            Subaru assistira tudo do terraço da escola. Então é esse o segredo de seu irmão e para onde ele foge todos os dias, hm? Ele tem uma namoradinha, e por ela, quase revelou o segredo da família Sakamaki.

 Subaru não se surpreenderia se todos na escola começassem a ficar mais de olho e prestar mais atenção nele e em seus irmãos após tal exposição de Hiro. Melhor que eles se espertem; algumas pessoas podem ser bem teimosas e até mesmo pensar em ‘teorias da conspiração’ sobre vampiros e a ligação com os Sakamaki.

 O albino decidiu inteirar a todos sobre serem mais discretos a partir de hoje; principalmente os trigêmeos. Mas é melhor que nenhum deles se inteire sobre a tal garota de Shu, apesar de que agora, manter o relacionamento em segredo será impossível uma vez que Shu se expôs na frente de todos como o ‘atual’ da menina... Qual seu nome mesmo? Eva?

Ele joga sua franja para o lado quando vira a cabeça com certa brutalidade; ele ouve o som de um grupo de garotas adentrando o terraço.

“Você viu que babado?!”

“Ai, nem me fale,” uma delas responde chorosa, “Estou arrasada que o Shu-kun, meu Shu-kun está namorando aquela menina!” Ela se apoia nas grades do terraço de forma dramática como uma prisioneira implorando para sair.

“Ai, mas mais que isso; o babado sobre Shu ser um vampiro!”

“Menina, então!” Ela rapidamente se recompõe, “Imagina que tudo, lindo daquele jeito!”.

“Mas isso não faria os outros Sakamaki vampiros, também?!”

“Ah, mas ai a gente lembra que o Hiro vem de uma família totalmente descompensada, né,”.

“Ah, sim... Os Yamamoto, fanáticos religiosos!” Ela ri alto.

“Tão século passado, nossa, chega a ser cômico!”

“Eu não a culpo por trocar ele pelo Shu!”

“Menina, eu trocaria o Brad Pitty em seus dias de glória pelo Shu,”.

            As meninas continuam a falar mais besteiras que não mais interessaram a Subaru que permaneceu escondido em seu canto assistindo o pátio da escola; o assunto recorrente delas agora não o interessava mais... Apenas uma coisa do que elas falaram fixou em sua mente e martelou em seu cérebro.

“Yamamoto, hm?” Subaru deixa o nome rolar pela sua língua, provando-o. Esse nome... Não é o nome de uma família de caçadores de Vampiros...?