História (reescrevendo) Imagines - BTS - Jimin (Park JiMin) - Tal pai, tal a filha.

Eu estava tentando a um pouco mais de meia hora fazer a Yeri, minha filha e do Jimin que tinha sete anos, comer o prato de macarrão que eu tinha feito, mas a garota é mais teimosa do que eu! 

— Yeri, você não vai levantar dessa mesa até que seu prato esteja limpo! — Eu olhei a desaprovando fechando o meu livro. 

— É só lavar. — Ela disse simplesmente, com a cabeça deitada na mesa e mexendo na comida com o garfo. 

— Yeri S/S Park. Coma agora sua comida! E pare de brincar com ela! — Eu disse já com minha paciência no limite. Ela bufou e quando eu abri a boca para dar uma bronca na garota, Jimin entra na cozinha. 

— PAPAI! — Yeri saiu da mesa e correu até seu pai, que a pegou no colo e a girou no ar, fazendo-a rir. 

— Eu até diria para não fazer isso, que ela pode vomitar. Mas já que ela não comeu nada… — Eu disse suspirando e tirando o prato de Yeri da mesa e indo até o lixo. 

— Por que você não comeu, amor? — Jimin perguntou para a garotinha que estava em seus braços. 

— A mamãe trava muita chata! Ela fez um prato maior do que eu! — Ele disse abrindo os braços, mostrando o “quanto o prato era grande”. Exagerada. Puxou de mim. 

— Então… Mas você tem que comer, pequena. Vamos fazer o seguinte: você come, e eu deixo você comer um pote de sorvete e dormir na nossa cama hoje. Fechado? — Eu virei bruscamente quando Yeri respondeu um “EBAA!”. 

— Yeri, eu tinha te proposto isso também! — Cruzei os braços incrédula. Ela apenas deu de ombros e desceu do colo do pai, pegando o seu prato que eu tinha deixado na pia e voltou para a mesa. A menina começou a comer que nem uma praga. Mas que merda é essa? 

Eu olhei para Park e fiz sinal com a cabeça para que saíssemos da cozinha para falarmos a sós. 

Fomos até o quarto em silêncio, assim que entrei, sentei na cama com a cabeça baixa, e meu marido fechou a porta assim que entrou. 

— O que foi amor? Você tá meio… Pra baixo. — Ele disse se sentando do meu lado e fazendo carinho no meu rosto. 

— É que… A Yeri está me tratando como se eu fosse uma estranha. Poxa, eu fico o dia inteiro com ela enquanto você está trabalhando, faço de tudo por ela, vou nos lugares que ela me pede, dou as coisas que ela deseja, e ainda sim… E ainda sim ela não gosta da própria mãe. — Assim que escutei essa frase sair de minha própria boca, comecei a chorar. Jimin me deitou na cama, deitando em seguida, me abraçando. 

— Lógico que ela te ama! Mas é que… Vocês passam muito tempo juntas, e ela acaba esquecendo de demonstrar! — Ele dizia enquanto fazia carinho no meu cabelo. 

— Mas ela sempre mostra para você o quanto te ama… Mas para mim é só… Patadas. Deus, eu estou chorando por culpa de uma criança de sete anos! — Eu o abracei mais forte tentando ter mais contato com a proteção que ele me trazia. Ficamos em silêncio por um tempo, até que meu marido se sentou de vagar, desfazendo o abraço. 

— Vai lá tomar um banho bem demorado de banheira, que eu sei que você gosta, e tenta relaxar, amor. — Ele disse sorrindo e segurando minhas mãos, me fazendo levantar da cama. Sorri fraco e fui em direção ao banheiro. 

Não sei por quanto tempo fiquei lá. Mas não era menos de quarenta minutos. Jimin estava certo, isso sempre me relaxava. Me troquei lá dentro, e quando sai do banheiro, percebi que tinha um caminho no corredor que levava a sala. O caminho era todo feito com toalhas, roupas, cobertores e lençóis vermelhos. Sorri e fui andando por cima dele até a sala. Quando cheguei no fim do caminho, vi que tudo da sala estava coberto de lençóis brancos e dourados, e uma das poltronas, com um pano de mesa vermelho. Olhei ao redor sorrindo boba, quando de repente meu marido aparece com um paletó de gala, e uma coroa de cartolina na cabeça. Eu segurei a risada quando ele fez uma reverência e pegou na minha mão, me levando até a poltrona vermelha, e pedindo para que eu sentasse. Assim que me sentei, Jimin parou na minha frente, limpou a garganta, e anunciou com uma voz com um forte e forçado sotaque coreano. 

— Eu, Sr. Park, apresento a princesa deste castelo. — Coloquei a mão na boca tentando não rir, mas quando Yeri entrou, com seu vestido de princesa que compramos na nossa viagem para Disney, com uma coroa daquelas de plástico de crianças e segurando outra coroa dourada feita de cartolina, o “Awn” foi inevitável. Yeri foi se aproximando de mim, e quando estava próxima o suficiente. Ela pegou a coroa que segurava, e colocou na minha cabeça. 

— E eu, princesa desse castelo, apresento a rainha. Que também é conhecida como a melhor mãe do mundo. E que faz o melhor chocolate quente. E que escolhe as melhores roupas para mim. E que sempre me dá as melhores festas. E que eu sempre vou amar. — Ela dizia, fazendo carinho na minha bochecha com as mãozinhas. Não resiste, e comecei a chorar. Yeri logo limpou minhas lagrimas com as mãos e disse preocupada: 

— Não, mamãe! Não chore! Eu te amo! — A garotinha me abraçou forte, e eu retribui, ainda chorando. Pude ver Jimin secando suas lagrimas com as mãos, e o chamei para o abraço. Eu sou a mulher mais feliz do mundo, com certeza.