Escrita por: EuJaNaoSei
Eu corria desesperada pelo campo era outono levantando um pouco meu vestido, os "crec" das folhas eram abafadas nos meus ouvidos pelo medo. Eu estava quase sem ar e meu coração pulsava na garganta. E ainda por cima tinha um corte na perna direita oque me fazia mancar
- Peguei você. - Diz o homem em meu ouvido esquerdo segurando meu pescoço e prensando meu corpo contra o seu cheirando meu ponto de pulso. Eu fechei os os com força pedindo a Deus ajuda.
- Você é muito linda. - Diz a voz no meu ouvido rasgando a parte de baixo do meu vestido de baile vermelho com algumas pedras na parte de cima e outras na barra. Suas mãos desceram para minha intimidade ainda coberta.
Deus por favor.
Rogo mentalmente sentindo o choro rasgar minha garganta silenciosamente junto com um amargor.
- SOLTE A GAROTA IMEDIATAMENTE! - Uma voz austera bradou com autoridade fazendo o homem me soltar e eu cair no chão ainda chorando.
Posso ouvir os pés dele baterem no chão.
Eu olho para os dois mas não passam de borrões devido as lagrimas. Mas o homem que acabara de chegar parecia um anjo.
- Me dê um motivo para não mata-lo agora mesmo. - diz sem vacilar.
- Ela é apenas uma puta. - diz o homem e apesar de seus esforços seu medo transparece.
O homem mas auto lhe dá um soco tão forte que é possível ouvir o osso de seu nariz quebrar ele só não caiu por ter sido segurado a tempo pela mão direita do homem recém-chegado, que o levantou alguns bons sentimentos do chão.
- Se eu o ver em minhas terras novamente eu não vou poupa-lo, me ouviu? - o outro apenas emitiu um som de concordância. - Olhe nos meus olhos seu infeliz. - sibilo o homem. - ME OUVIU!
- Si-sim - Gagueja.
- Suma. - Diz em um sussurro audível que não teria sido mais ameaçador se ele tivesse gritado. E aonde que o soltou o homem caiu no chão e correu o mais rápido que conseguia.
Ele se aproxima de mim e eu tremo pelo medo e abaixo minha cabeça.
O homem se ajoelha na minha frente e toca o meu queixo com um dedo áspero contrastando ainda mais a gentileza com que fez o movimento por fim me fazendo olhar para seus olhos.
- Eu não vou machucar você. - Diz com brandura e usando as mãos para secar as minhas lágrimas. Seus olhos eram iluminados pelo por do sol fazendo os olhos ficarem em um mel brilhante transmitiam sua preocupação e sinceridade. - Você está bem?
- Agora sim obrigada. - digo.
- Levantasse. - ele se levanta e estende a mão para mim. Com dificuldade levanto segurando a sua mão, mas meu corpo cambaleia fazendo com que eu agarro seu corpo para me dar mais apoio. - Por favor senhorita, eu precisa que fale a verdade.
- Meu tornozelo. - Digo com dificuldade por causa da dor que finalmente me atingiu.
- Se apóie em mim. - Diz voltando a se ajoelhar em minha frente e tocando meu tornozelo com cuidado. - Isso vai doer um pouco, aperte meu ombro quando sentir a dor. - Diz pegando uma cabaça e derramar o líquido sobre a ferida e eu aperto seu ombros com força para não gritar.
- Pronto, vamos ter que cuidar disso, se não quiser ver infeccionar. - Diz ficando em pé sem parar de me manter firme. - Vista isso. - pede gentilmente, Deus, esse homem é gigantesco como pode ser tão gentil. Ele acaba de me estender seu paletó para me cobrir. - Vou leva-la para minha casa e dar os cuidados necessários a senhorita.
- Obrigada.
- Não precisa agradecer senhorita. - ele me ergueu com os braços fortes me colocando-me sobre a sela do cavalo tomando as rédias e guiando sem montar.
Chegamos em frente a uma casa mais parecia uma mansão em tons de creme e madeira era linda. Ele abriu a porta e me segurou no estilo nupcial nos levando para dentro.
- Maria. - Chamou, uma senhora de cinqüenta e poucos anos de cabelos grisalhos curtos e ondulados, olhos pretos, suas pernas curtas correram para perto mulher era uma senhora gordinha mais ágil. - Esquente um pouco de água e arranje roupas adequadas para a senhorita, por favor e vou cuidar dela, está machucada. - Disse respeitoso.
- Sim senhor. - Ele me levou para um quarto me deitando na cama macia. Ele fez todo o procedimento no meu ferimento, não posso negar que seu rosto concentrado é bastante atraente os cabelos castanhos caindo no rosto por causa do comprimento. - Maria irá lhe ajudar Cara.
Eu olhei para ele confusa.
- Cara significa "amiga" em Irlandês. Já que ainda não me disse seu nome.
- É... - eu me impeço, não posso dizer que me chamo Isabella Souza eu não sei quem ele é ele pode está me ajudando agora mas pode ser que me mate se souber quem sou ou me entregue ao homem que massacrou toda minha família.
- Tudo bem Cara. - Ele sorriu fazendo com que as covinhas da sua bochecha aparecessem, e meu coração dar uma pirueta.
- Obrigada...
- Felipe. - Seu nome me trouxe um formigamento em meu estômago.
- Vou chamar Maria. - Diz fazendo uma reverência e saio.
A mulher me ajudou a tomar banho e me entregou um camisola longa branca de cetim.
- Venha senhorita, você precisa descansar. - Diz a senhora me levando novamente para o quarto que eu agora posso reparar as paredes claras e a cama de dossel com lençóis acompanhado a tonalidade do ambiente o lustre e as velas dava um ar amarelado e acolhedor, há uma escrivaninha lado oposto à cama com uma bandeja de comida: Pão doce, leite e um pouco de ensopado de carne com verduras. - Se precisar é só puxar a corda ao lado da cama.
- Obrigada senhora.
Ela assente e se retira.
Me sento e antes que eu possa comer três batidas foram ouvidas.
- Entre.
- Posso me juntar a você Cara? Ou prefere comer sozinha, se preferir eu posso... - Ele parecia tímido.
- Entre logo.
Ele fez e se sentou ao meu lado com sua bandeja.
Ele parece nervoso e corado agora.
- Me dê um minuto Cara. - Diz e se retira voltando com uma capa que me entregou. E finalmente me lembrei que estava só de camisola e essa é minha vez de corar.
- Oque aconteceu com você? - ele pergunta. - Quando aquele homem começou a lhe perseguir?
- Eu estava em um baile organizado pelo homem pelo qual ei ser obrigada a me casar mas era uma emboscada e... - eu respiro fundo engolindo o nó na garganta e desviando meu olhar dos dele.
Ele largou a colher e tomou a minha mão causando uma eletricidade percorrer por meu corpo e quando olhei para ele novamente posso jurar que ele também sentiu.
- Eles mataram toda a minha família e conseguir fugir mas aquele bêbado começou a me seguir. - Eu posso sentir as minhas lágrimas começarem a cair.
- Eles não vão mais machucar você, não enquanto eu estiver aqui eu, eu prometo.
Eu finalmente quebrei e ele me segurou.
- Você não pode se eles me acharem vão matar todos os que me ajudarem. Eu vou assim que conseguir andar normalmente.
- Cara, você não está sozinha e se como diz eles estão te caçando não tem para onde ir. E eu estou nisso desde que você entrou em minhas terras. - Ele diz com calma mas com firmeza.
Nossos rostos estavam se aproximando a cada palavra dita. Eu tenho a necessidade de por fim a essa distância mínima mas ele se afasta meio atordoado me deixando... Frustrada?
- Boa noite Cara.
Acordei com meu coração batendo feito um louco. Eu olho o lado da cama e como sempre nos últimos tempos ela está vazia.
Logo Manu me liga. - Manuel é meio irmão de Alex e uns dos meus melhores amigos apesar de estarmos meio afastados.
- Bom dia Bia.
- Bom.
- É que meu irmão está pra chegar de viagem e os Gutiérrez vão fazer um jantar e pediram para mim convidar você e o Alex. Hoje as 7. Nada muito formal. - Disse animado. - Desculpe Bia eu tenho que ir, beijo.
- Beijo. - Respondo.
Finalmente vou conhecer o misterioso irmão Gutiérrez. Eu nunca soube o nome dele sempre que falavam dele era como: Meu irmão ou P. - Claro da parte do Victor ou do Manuel. - Já que Alex sempre demonstrou desgosto e até raiva do rapaz sempre se referindo a ele como Intruso.
Mandei uma mensagem para Alex avisando sobre o jantar e fui tomar banho e em seguida vestindo uma uma calça jeans cinza meio azulada cintura alta e uma blusa branca por baixo da mesma junto com a jaqueta jeans um pouco mais escura que a calça.
Corto algumas frutas e como rapidamente correndo pra escovar os dentes e pegar meu material pra aula de hoje junto com as chaves do carro prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado antes de dar partida.
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- Para que tudo isso? - Pegunta quando entra no quarto e me vê. - isso é só um jantar.
- Alex queira ou não ele é seu irmão então trate de calar a boca e ir se arrumar.
- Escute... - Ele tenta me agarrar mais desvio
- Chega Alex, eu não aguento mais você, suas atitudes sua arrogância. Eu sei que você me traí. Nós vamos ir a esse jantar e vai se comportar e quando chegarmos aqui de novo vamos conversar sobre o divórcio. Já passou da hora.
Eu pego a bouça de mão e saio do quarto com os saltos tilintar e o vestido creme apertado na cintura e solto abaixo da coxa.
Ele desceu as escadas com um calça preta um blusa laranja e um jaqueta de couro preta assim como a bota cano curto.
- Vamos. - Ele anunciou.
Quando chegamos já era 6:57.
- Entrem. - Disse Victor abrindo a porta. Ele deve chegar a qualquer momento.
Nos sentamos no sofá, mas Alex foi para cozinha falar com a mãe e Victor foi chamar o Manu.
Quando deu exatamente sete horas a campainha soou e como só estava eu na sala eu abri para quase cair quando vejo Felipe... S/N Phillips - se controle Beatriz - na minha frente.
- Olá. - Ele diz e meu corpo vibra.
- Oi, en-entre. - Gaguejo.
Assim que o homem entrou Manuel correu para ele como uma criança e pulou sobre o homem de quase 2 metros que devolveu o abraço.
- Oi Manuel. - Diz com uma risada.
- Victor. - Diz o abraçando em seguida.
- Hernâni, senhora. - Cumprimenta meus sogros com um aperto de mão. - Alex. - mesma coisa. - E a moça bonita - ele toma minha mão e leva aos lábios dando um beijo suave.
- Essa é minha esposa Beatriz Urquiza. - Diz Alex ficando ao meu lado. E tive que me conter para não revirar os olhos.
- É um belo nome. - eu sorrir sem consegui disfarçar o rubor sua voz era sincera e não havia segundas intensões. - S/n.
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