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História Impasse - Capítulo 7


Escrita por: FicsDaPaulinha

Capítulo 8 - Capítulo 7


Na quarta feira apresentei meu projeto e como eu esperava ele foi aceito, com parabenizações e sem ressalvas, fazendo toda a correria da semana anterior valer a pena. Recebi todos os apertos de mãos oferecidos e me permiti relaxar e afrouxar um pouco a gravata quando fiquei sozinho na sala de reuniões. Juntei todos os papeis, meu computador e os relatórios e, ainda sorrindo com o resultado, voltei para minha sala. Coloquei tudo em cima da mesa e me sentei para terminar de arrumar as coisas em seus lugares.

Abri minha caixa de entrada depois de tudo organizado e cliquei na primeira mensagem, que era de Ginny:

Olá,

Vamos sair para jantar hoje?

Beijos, Gi.

Era metade da semana e eu estava cansado devido ao trabalho intenso para terminar tudo no prazo apertado. Para dizer a verdade, tudo o que eu queria hoje era chegar em casa e me jogar na minha cama, mas não consegui dizer não quando a respondi:

Oi, Gi.

Claro! O que tem em mente? 

Seremos só nós dois?

Beijos.

Exclui sua mensagem após respondê-la e me concentrei nas demais por dois minutos, tempo que demorou até que chegasse sua resposta:

Não, o Ron também vai.

Pensei em um barzinho, algo mais descontraído. Decidimos na hora.

Talvez o Ron se atrase, então quando sair do trabalho vá direto para casa, eu te busco lá e na volta te deixo.

Não faltava muito para o fim do expediente, então não fiz muita coisa mais. Liguei para Ginny quando estava saindo e algum tempo depois estacionei meu carro na garagem.  Percebi que só havia meu veículo ali, indicando que meus pais não estavam em casa. Antes que eu descesse do carro vi pelo retrovisor quando o veículo vermelho dela parou em frente ao portão e ela desceu vestindo um short jeans curto, regata e uma sandália sem salto, completamente diferente do meu formal traje social e gravata.

-Oi, Harry. - Cumprimentou já entrando pelo portão ainda aberto quando me abaixei e apoiei a mão em sua cintura para lhe dar um beijo no rosto. - Está bonito, parecendo gente.

-Lembra o projeto de que te falei? - Comentei ignorando sua brincadeira. - Apresentei hoje para o cliente, e ele aceitou sem ressalvas, foi um sucesso. - Contei a ela sem esconder a empolgação na voz.

-Que ótimo, parabéns! Agora sim você vai ser promovido e ficar rico? - Supôs, e eu ri.

-Espero que sim, até te compro um presentinho se isso acontecer. - Prometi enquanto abria a porta para entrarmos.

-Vou cobrar. - Afirmou me seguindo pela escada.

-Vou só tomar um banho rápido, não me demoro.

-Sem problemas. O Ron vai demorar um pouco ainda. - Contou se sentando na minha cama e abraçando meu travesseiro. - Ele ligou faz uns vinte minutos e disse que vai se atrasar um pouco e que podemos ir na frente, se quisermos, passamos o endereço e ele nos encontra lá.

-Eu prefiro, se você não se importar. Estou trabalhando até mais tarde desde a semana passada, queria voltar cedo para casa hoje. - Sugeri e ela assentiu.

Deixei minha calça, gravata e a camisa sobre a cadeira da minha escrivaninha e a deixei sozinha por alguns minutos enquanto tomava um banho rápido, apenas para refrescar um pouco. Conversamos amenidades por uns vinte minutos enquanto eu me vestia e arrumava meu cabelo dentro do possível. Estávamos descendo as escadas ainda rindo quando a porta da sala se abriu e minha mãe passou por ela carregando algumas sacolas de compras.

-Olá, Tia Lily. - Ginny se adiantou e a cumprimentou sorridente com um abraço.

-Oi, querida. Como vai? - Retribuiu seu abraço, mas fixou o olhar em meus cabelos molhados.

Eu ri e neguei com a cabeça, mas ela não pareceu se convencer.

-Muito bem, e a senhora?

-Ótima também. Oi, Harry. - Se dirigiu a mim com o olhar avaliador que questionava essa cena, e me deu um beijo carinhoso no rosto. - Vão sair?

-Sim mamãe, vamos jantar fora. - Informei.

-Só os dois?

-Não, Ron vai nos encontrar lá. - Respondi.

-Entendi. Divirtam-se. - Desejou antes que eu fechasse a porta.

Duvido que Ginny tenha percebido seu tom de voz cheio de suposições para nós, mas eu convivia diariamente com Lily Potter para saber que a estratégia de avaliação que eu havia estabelecido não estava sendo seguida só por mim, e no caso de minha mãe o alvo era eu.

Me acomodei no banco do carona e esperei ela escolher uma música antes de ligar o carro e seguir para o nosso destino. Quando chegamos Ron ainda não estava, assim nos sentamos e pedimos nossas bebidas e uma porção para beliscar enquanto o esperava. Não demorou muito para que ele aparecesse de social e com os cabelos desalinhados do dia cansativo no escritório.

-Faz tempo que chegaram? - Quis saber.

-Uns vinte ou trinta minutos, mais ou menos. Pensei que você fosse demorar mais. - Ginny o respondeu.

-Eu também, mas consegui sair antes. - Concordou antes de chamar o garçom e pedir algo para beber.

Aproveitamos e pedimos nosso jantar, que graças ao movimento fraco de meio de semana não demorou a chegar. Contei ao Ron também sobre a aceitação de meu projeto e ele me parabenizou como a irmã havia feito, ele por sua vez nos contou brevemente os detalhes de uma negociação complicada que estava desenvolvendo junto a um banco, mas o cortamos quando ele começou a entrar em detalhes muito técnicos.

-Acho que não contei a vocês. - Ginny comentou depois de um momento em silêncio. - Mas fui a uma entrevista hoje.

-Que ótimo, Gi. - Me manifestei enquanto Ron mastigava uma porção grande de seu sanduíche. - E como foi?

-Não me deram respostas ainda, mas me disseram que entrarão em contato na próxima semana.

-Boa sorte. - Ele desejou ainda com a boca cheia.

-Vai dar tudo certo. - Afirmei e ela agradeceu.

-Com licença? - O garçom pediu quando chegou ao nosso lado e interrompeu nossa conversa, para então se dirigiu a Ginny. - O rapaz de camiseta vermelha, sentado ali ao lado, pediu para te entregar isso.

Apesar de ele haver falado só com ela, nós três olhamos primeiro para a mesa indicada, onde dois homens estavam sentados, inclusive um de camiseta vermelha que sorria discretamente em direção à minha amiga, e depois para o copo com um líquido vermelho e um bilhete.

-E o que é isso? - Ela perguntou depois de avaliar quem havia enviado.

-É uma caipirinha de morango, senhorita.

-Diga a ele, por favor, que hoje estou dirigindo e por isso vou precisar recusar o drink, mas ficarei com o bilhete. Obrigada.

Ron e eu observamos enquanto ela lia o que estava escrito, para depois se virar para o remetente e sorrir abertamente, fazendo-o retribuir com mais segurança.

-E então, o que tem no bilhete? - Perguntei curioso, comendo uma batatinha.

-O telefone do Colin. - Me informou, se virando novamente para nós.

-E você vai adicioná-lo?

    -Claro, preciso agradecer a bebida.

Nós dois rimos de sua resposta e continuamos conversando como antes de ser interrompidos. Ron nos contou depois disso, em primeira mão e como se já não soubéssemos, que estava gostando muito de sair com Hermione e que talvez eles viajariam juntos por um final de semana, mas o destino ainda estava indefinido.

Dividimos nossa conta por três e a pagamos antes de nos levantar de nossa mesa. Ginny pegou sua bolsa apoiada na cadeira ao lado e antes de sair virou-se para trás e acenou uma despedida rápida para o tal Colin, e então fomos embora. Como havia vindo com ela me acomodei novamente ao seu lado e Ron nos seguiu durante todo o percurso.

Me inclinei em sua direção e dei um beijo em seu rosto quando ela parou em frente à minha casa, e já fora do carro acenei para meu amigo no carro de trás antes de abrir o portão e entrar. Quando terminei de trancá-lo os dois carros já haviam desaparecido do meu campo de visão.

Minha mãe estava na sala assistindo a uma novela qualquer quando entrei, e ela sorriu sarcástica para mim quando me abaixei e lhe dei um beijo no rosto. Não aguentei e ri também.

-Pode parar de suposições, Dona Lily.

-Não estou supondo nada, estou observando. - Argumentou, me fazendo rir mais. - Como foi o jantar.

-Foi legal, como sempre. - Respondi vagamente. - Já vou dormir, tudo bem?

-Claro. Boa noite, filho.

-Boa noite. - Me despedi e subi para o meu quarto.

Antes de me deitar organizei em seus devidos lugares as roupas que deixei espalhadas antes de sair e tirei a bermuda e a camiseta, ficando apenas de cueca. Me acomodei sob um lençol fino depois de apagar as luzes e relaxei.

Contrariando as suspeitas da minha mãe, o jantar de hoje não queria dizer nada além de que não havia, de fato, motivo algum para me preocupar com os sentimentos de Ginny em relação à mim devido a noite que compartilhamos, e a aceitação daquele bilhete comprovou isso. Assim, aliviado por ter chegado à conclusão de que estava tudo bem, dei por encerrada minha estratégia de observação mesmo sem ter observado quase nada. Depois de chegar a essa conclusão me rendi ao cansaço e tive uma noite tranquila e sem sonhos


Notas Finais


Quanto tempo será que esse alívio vai durar, hein Sr. Harry? Façam suas apostas! ahahah
Ela está muito bem vivendo a mesma vida de antes, mas parece que tem alguém muito empenhado em garantir que ta tudo bem, o que na maioria dos casos é um sinal claro de que nada está bem. Curioso...
Vamos ver o que os próximos capítulos reservar ;)
Ansiosa para saber o que acharam, então não deixem de comentar.
Beijos e até o próximo.


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