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História Impasse - Sobre Irmãos


Escrita por: DanyStan

Notas do Autor


Hey, queridos!
Tudo bem com vcs??
Primeiramente, quero muito agradecer a todos os comentários, favoritos e leitores. Muito obrigado, gente, vocês são demais <33
Então, andei percebendo que vcs andam meio confusos quanto ao primo que deveria ficar com a Becky. Como assim não conseguem decidir entre Zayn e Harry??? Se eu fosse ela escolheria os dois, mas como não dá né, que vença o melhor kkk
Também aproveito para avisá-los que a Nossa Senhora da Criatividade pairou sobre mim e uma enxurrada de capítulos está chegando gente. Então corram pra acompanhar que quando menos esperarem tem capitulo novo.
Boa leitura :)

Capítulo 12 - Sobre Irmãos


Fanfic / Fanfiction Impasse - Sobre Irmãos

Harry Styles POV’s

Quem é a sua pessoa predileta no mundo?

 

Lembro que essa questão surgiu mais de uma vez. Primeiro, quando estava no primário, como era muito pequeno só me vinha a mente o nome do ursinho de pelúcia que vivia enfiado em baixo do meu braço, o Boo. Anos mais tarde ela ressurgiu, na época em que meus pais achavam que tinha algo de errado comigo e me mandaram fazer terapia. Numa das sessões, ela me fez essa mesma pergunta e dessa vez a deixei em branco.

Estava velho demais para dar credito a um brinquedo e não vinha mais ninguém a minha mente.

Fiquei sentado por um longo tempo, batucando o lápis em minha coxa e revirando minha mente, à procura de um nome que nunca veio. Pensei em pôr o da minha mãe — sempre a adorei, mas ela nunca estava ao meu lado quando eu precisava. Nem de longe seria a minha pessoa, poderia ser o da Gem — sem chance, minha irmã prefere mil vezes o Zayn à mim, quem sabe meu primo pudesse ser esse alguém. Tal ideia não passou pela minha cabeça. Talvez devesse rabiscar o nome do meu pai e ir embora, porém seria mentira. Todos saberiam. Eu simplesmente odeio o meu pai.

Soou cruel falando assim, mas é a verdade. Somente eu o conheço de verdade e sei o que ele fez e vice-versa, ele preferia se fingir de santo e me pintar como o inconsequente da família. Sua hipocrisia me dava nojo.

Quando entreguei a folha, a reação no rosto da terapeuta era a mais preocupante que já vi. Fez algumas anotações e no dia seguinte, eu e meus pais estávamos diante dela, ouvindo o meu diagnostico:

“Sr. e Sra. Styles, eu lamento lhes informar que o seu filho Harry apresenta um comportamento característicos dos sociopatas.”

Sociopata? É sério isso? Se não me engano, a xinguei mentalmente pelos meses que se seguiram quando fui obrigado a continuar na terapia e a tomar um monte de remédios com gosto ruim. Tudo para que eu fosse curado. Meus pais em suas mentezinhas limitadas confiavam inteiramente na mulher e nunca foram atrás de uma segunda opinião, bem, na minha opinião ela estava redondamente enganada.

Não sou sociopata.

Apenas tenho um pouco de falta de empatia, o sofrimento alheio não me atinge como deveria, da mesma forma como o remorso, só isso. Não tenho uma doença, nunca tive. O meu único problema era o meu coração vazio.

Eu não amo ninguém.

Tenho um imenso carinho pela minha família e amigos, contudo “Amor” é algo que eu desconheço. Ele e eu andamos em caminhos separados.

Recentemente tenho tido a sensação de que ele enfim resolveu me notar, e atingir-me com a sua flecha do cupido. É o que eu suspeito, pois não encontro outra explicação para o que venho sentido nos últimos dias. Logo depois de a ter conhecido estranhei o fato de ainda pensar tanto nela e mais ainda por ter sentido ciúmes e depois calafrios percorrendo toda a minha espinha quando seus lábios tocaram os meus na praia, porém no momento em que a tive em meus braços, com o seu corpo rente ao meu enquanto a beijava eu soube, um sentimento desconhecido aflorava dentro de mim.

Rebecca era como um vírus que se impregnava em meu sangue e corria solto por minhas veias.

Mesmo longe, ela se fazia presente em minha mente e a coisa só piorou quando a convenci a me dar seu número durante o nosso segundo encontro, no começo da semana. Tivemos o terceiro ontem onde resolvemos fazer uma noite de cinema e ela riu por uma hora seguida quando chorei durante Diário de Uma Paixão. Seu filme predileto é Fargo, pra variar.

De Becky:

Meu sofá está encharcado com suas lágrimas. Você me deve um novo, cachinhos!

Sorri ao ler sua mensagem. Sentia uma certa empolgação toda vez que ela me chamava de “cachinhos”. Adoro que sejam carinhosos comigo, até pareço um filhotinho e aquela maluca ainda teve a coragem de me declarar sociopata. Deus.

Para Becky:

Qualquer pessoa com um pingo de coração choraria. A culpa não é minha que você é um monstro, Becky Sully.

Podia imaginar seu rosto bonito dando lugar a uma careta aborrecida. Ela conseguia ficar ainda mais linda quando se irritava.

De Becky:

Então, ter bom gosto é ser um monstro? Que seja! Sou mil vez Fargo do que aquela palhaçada melosa, sabe que esse tipo de coisa não rola no mundo real, não é? Ninguém pode ficar separado por tantos anos e continuar apaixonado.

Eu discordo.

Para Becky:

Minha cara, Becky Sully, eu acho totalmente possível. Quando o amor é verdadeiro vence as barreiras do tempo. Sua baixinha tola.

De Becky:

Oh, meu deus! Eu sabia! Você é uma garotinha presa no corpo de um homem com um péssimo gosto pra roupas. Tadinha.

PS: Sabe que eu não gosto desse nominho “Becky Sully”, parece que sou uma cantora Cowntry. Detesto.

PSS: Vai tomar no cu, Harry.

Para Becky:

Hmm... Talvez mais tarde.

De Becky:

Viadoooooooooooooo!

O plano de disfarçar foi por terra quando não consegui conter a risada ao ler sua última mensagem. Louis parou de discursar e se virou para mim, percebendo que todo o tempo em que esteve falando tinha sido ignorado com sucesso. A culpa não é minha que sou incapaz de prestar atenção em todas as coisas chatas que ele dizia.

Rebecca era tão mais divertida.

Larguei meu celular sobre a mesa e entrelacei os dedos no colo, virando a cadeira em sua direção e dando o meu melhor sorriso inocente que derreteu com seu olhar feroz.

— Estou falando há mais de uma hora e você me ignorou todo esse tempo? — inquiriu mesmo sabendo qual era a resposta, assenti lentamente, me preparando para correr caso ele pulasse no meu pescoço — Sabe que a minha vontade é te dar um soco no meio da cara.

— Sou seu chefe. — emendei rapidamente. Louis bufou e se sentou na beira da mesa, cruzando os braços.

— Infelizmente é sim. — franziu as sobrancelhas — É por isso que precisa agir como tal, você é o chefe agora, Harry. Todos podem te adorar por aqui, mas ninguém te respeita. Você é bonzinho demais com eles, semana passada o Niall estava trabalhando sem as calças e você não disse nada.

— Ele derrubou café nela, não posso culpa-lo por isso. Acontece.

— Não, Harry. Não acontece, ainda mais com um advogado, responsável por defender uma empresa de bilhões de dólares. — rebateu com uma veia saltando em sua testa. Quando queria Louis sabia ser tão imponente quanto o meu pai, são idênticos. Devo ser adotado ou nos trocaram na maternidade, sei lá — Eu não estou dizendo que é errado você querer ser legal com seus amigos, mas quando entra nesse prédio nós todos deixamos de ser amigos de infância e nos tornamos profissionais, você é o chefe e nós os funcionários, entendeu? Precisa começar a separar as coisas. Veja o Zayn...

— Ele demitiu o Niall e te escravizava. O cara era um tirano. — falei, girando mais uma vez a cadeira. Não consigo me sentir confortável aqui, esse lugar inteiro cheira a Zayn Malik e arrogância.

— Era um líder. Niall agiu mal e foi demitido e ele acreditava no meu potencial e capacidade e por isso me passava tanto trabalho, diferente de você que tem medo que eu fique cansado e manda tudo para os incompetentes do departamento de publicidade. Se continuar fazendo isso, de se preocupar mais em não magoar os seus amigos invés de cuidar do seu patrimônio estará falindo em breve.

— Wow! Acho que está exagerando.

— Não estou, Harry. Você é irresponsável. Perdeu uma reunião importante e nem ao menos telefonou, o Liam segurou os caras ao máximo e você simplesmente não apareceu. Se quiser construir um império precisa mudar de atitude.

— Não quero um império.

— Eu sei que não. Veio pra cá apenas para tirar o Zayn do caminho da presidência. — ergui os olhos para o meu melhor amigo, era assombroso o quanto ele me conhecia — Foi egoísta da sua parte.

Travei o maxilar, correndo os dedos por meu cabelo ao fitar um dos poucos objetos de Zayn que permiti que continuasse na sala. Um retrato nosso de quando éramos criança. Ele sorria, graças à mim, fiz tantos sacrifícios para que ele se tornasse o homem forte e determinado que era hoje. Pensei tanto nele e esqueci de mim.

Acho que por muito tempo Zayn foi a minha pessoa predileta no mundo, mesmo quando eu não era a sua.

— Cansei de abrir mão das coisas para deixa-lo feliz. Se ele quiser a Ross vai ter que encontrar uma forma de tirá-la de mim.

Tomlinson balançou a cabeça, discordando de meu modo de pensar. Era aí que se esgotavam os seus conhecimentos sobre mim e Harry Styles se tornava um estranho aos seus olhos.

Ouvimos uma batida leve na porta e mandei entrar:

— Com licença, Sr. Styles. — disse Amara, colocando a cabeça na fresta da porta — O Sr. Malik está aqui para vê-lo. Posso deixa-lo entrar?

Automaticamente me levantei, cravando os olhos no rosto de Louis, esperando por um sábio conselho que somente ele poderia me dar. Ele saiu de cima da mesa e ajeitou a lapela de seu blazer, sem atender ao meu pedido silencioso.

— Lou?

— Que foi? Não quer ver o Zayn? Está com medo? — provocou com um sorriso atrevido.

— Da última vez ele quase me matou, então sim, eu estou com medo.

— Tudo o que ele fez foi se defender. No lugar dele também teria te batido. Pare de frescura e o deixe entrar, aproveite e peça desculpas por ter sido um idiota. — meu amigo fez menção de sair e o agarrei pelo braço o impedindo de dar um passo sequer.

— Precisa ficar aqui e se ele estiver armado?

Ok, exagerei.

— Nem fodendo eu vou levar um tiro por você, Harry. Sendo assim minha presença não seria de grande valia, agora se me der licença eu preciso encontrar uma forma de fazer com que o Sr. Horan mantenha as calças no corpo.

Tive que soltá-lo e ele atravessou a porta, dando a ordem para Amara que deixasse Zayn entrar. Nos poucos segundos em que estive sozinho, corri os olhos pelo lugar, pensando se seria uma boa ideia me encontrar sozinho com ele. Havia tomado sua sala, seu posto almejado e meio que provocado sua exclusão da família. Com certeza Zayn não estava feliz comigo. Queria me ver morto no mínimo.

Batuquei os dedos na mesa, incapaz de me decidir por uma posição na qual transpareceria a imponência de um CEO. Preferi ficar atrás da mesa, em pé e hesitante.

Meu primo adentrou a sala com toda a determinação e elegância característica dele. Vestindo um de seus ternos caríssimos, com direto à gravata e sapatos impecáveis, cabelos negros perfeitamente alinhados assim como a barba e ao parar diante de mim assisti todo aquele lugar que eu tanto me esforçara para soar mais com Harry começar a gritar por Zayn. Aquele era o seu lugar, não o meu. Depois de medi-lo de cima a baixo, pensei no meu próprio estado, nem em sonhos tinha a imagem de um executivo.

Ao acordar transbordando de alegria pela noite passada, escolhi minha camisa com a cor mais chamativa possível: Verde-Royal, calça jeans rasgada e botas caramelo. Quase me senti aliviado por não usar um chapéu, no entanto ainda haviam alguns colares e anéis, sem falar nos meus cabelos que nunca pareciam ter tido contato com um pente recentemente, finalizando com as duas marcas arroxeados circundando os meus olhos pela noite mal dormida — as duas da manhã fui expulso da casa de Rebecca e quando cheguei em casa fiquei com insônia — Resumindo, eu parecia ter saído de uma lata de lixo e Zayn dos céus.

— Zayn. — ao menos tive a presença de espirito em meio ao meu episódio de auto piedade.

— Harry. — disse limpando a garganta — Creio que eu seja a última pessoa do mundo que você gostaria de ver, mas eu precisava vir até aqui e expressar o meu arrependimento por aquele trágico acidente.

— Não me lembro de ser um acidente, você me bateu porque quis. Mais do que o necessário na minha opinião, como se quisesse me matar.

Zayn negou veemente com a cabeça.

— Deus, não! Harry, não diga isso, sei que perdi o controle, sei disso. Agora te querer morto? Claro que não. Você é meu primo, meu irmão.

Estremeci ao ouvi-lo dizer irmão. Ele nunca disse isso antes.

Abaixei a cabeça e encarei meus dedos, eles formigavam. Por algum motivo queriam se chocar com o rosto de meu primo, deixa-lo tão mal quanto ele me deixou. Mostrar à ele que eu não sou o fraco que ele pensa que sou. Ergui uma das mãos e por um momento pensei que o faria, entretanto a levei ao meu rosto, tapando meus olhos por um momento.

Precisava ser racional.

— Não tinha o direito de falar daquela forma, eu fui pra cima de você. Tudo o que fez foi se defender, Zayn. — as palavras escaparam da minha boca, sem que eu lhes desse permissão. Uma parte de mim queria vingança, devolver na mesma moeda e a outra ânsia por viver em paz com ele.

Eu estava provando do amor pela primeira vez, não tinha espaço no meu coração para o ódio. Ele deu um passo à frente.

— Eu sinto muito, Hazz. Nunca tive a intenção de machucar você. Eu te amo.

— Eu também te amo.

Quando disse senti um aperto no peito, como um mal presságio.

— Me considera como seu irmão? — o observei transparecer surpresa até surgir um sorriso amigável em sua face.

— É claro. Sempre foi o meu irmão mais novo, Harry. Talvez seja por isso que implicamos tanto um com o outro. Sentimos inveja, ciúmes e tudo mais.

Inveja? Sim, Zayn, eu tenho muita inveja. O que eu mais queria nessa vida era ter nascido sendo você. Ah, eu daria a minha alma para poder trocar de lugar com você.

Retribuo o sorriso e dou a volta o abraçando pelos ombros e seguindo junto dele até o minibar que mandei colocarem no escritório. Zayn senta-se em uma das cadeiras em frente ao balcão enquanto nos sirvo de uma dose de whisky.

— Interessante o que fez com o lugar, passa um ar bem mais descontraído. — comentou, atentando-se especialmente ao pôster dos Rolling Stones.

— É, eu não curto aquela formalidade toda.

— Percebe-se. — Zayn se virou para mim, indicando minhas roupas. Me fingi de ofendido por um momento e logo depois comecei a rir, sendo acompanhado por meu primo que parecia de muito bom humor hoje.

— Vá a merda, Zayn. — resmunguei, entregando seu drink e dando um gole no meu.

Malik girou o copo entre os dedos, observando o liquido escuro, sem fazer menção alguma de leva-los ao lábios. Acabei me esquecendo que ele nunca bebia, o vício do pai acabou deixando certos traumas. Peguei seu copo e o esvaziei num só gole, abrindo o frigobar e tornando a encher seu copo.

— Coca? — perguntei, empurrando o corpo em sua direção. Ele balançou a cabeça sorrindo fraco e deu um gole. Repousei os cotovelos sob o balcão, abaixando a guarda pela primeira vez desde que ele chegou — Falou com meu pai?

— Anne conseguiu convencê-lo, ele não queria me ver, estava muito aborrecido comigo. Pelo menos me ouviu, não tenho muita certeza se fui perdoado. — sua voz estava falha. Zayn sempre teve uma devoção assombrosa para com o meu pai. Sua aprovação era fundamental.

— Só está se fazendo de difícil, ele nunca conseguiu ficar bravo com você por muito tempo.

— Esse é você. Se esqueceu quando fomos para Moscou e ele me deixou de castigo no quarto a viagem inteira por ter batido o carro?

— Eu quem bati o carro, levou a culpa no meu lugar.

Não foi a primeira vez que aconteceu, perdi a conta de quantas vezes Zayn foi punido pelos meus erros. Ele sempre acabava me protegendo, mesmo que não fosse sua intenção.

— Pois é, mas o Paperview de lá era ótimo, sem falar nas camareiras russas. Perdi minha virgindade naquele castigo.

Pela segunda vez consecutiva me peguei rindo com ele.

— Anne me pediu para ajudá-la a organizar o baile de amanhã. — disse, mudando de assunto, assim como seu tom de voz que se tornara mais sério e firme. O habitual.

— Que baile?

— As bodas deles, já são trinta anos, Harry. — podia dizer por sua expressão divertida que ele estava me achando um idiota por ter esquecido o aniversário de casamentos dos meus pais.

Não tinha tempo para isso. Minha mente guardava informações bem mais importantes, todas sobre mim, é claro.

— Bailes são sempre um porre. — bufei, percebendo que estava no quarto copo de whisky. Se Louis estivesse aqui me daria um chute por estar bebendo no trabalho. Por falar em trabalho — Zayn, você se manteve afastado esse tempo em que estivemos brigados, mas saiba que pode voltar a hora que quiser e caso queira a sala de volta...

Levantou a mão, me interrompendo.

— De jeito nenhum. Adorei o que fez com ela, você é o presidente, ela é sua. Posso ficar com a do Niall quando ele for demitido.

— Ele aprontou de novo? — arqueei uma sobrancelha, desconfiado.

— Trouxe a Prin pro trabalho e acho que ele estava meio bêbado, me chamou de Liam. Até ouvi Louis gritando com ele.

Merda, era só o que faltava. Meus “funcionários” dando um show na frente de Zayn. Minha incompetência sendo esfregada na sua cara. Endireitei as costas e coloquei as mãos na cintura, iria dar um jeito nesses rapazes imediatamente. Foi quando meu celular começou a vibrar, indicando uma nova mensagem.

Meu coração acelerou. Era ela.

— Que cara é essa? — virei a cabeça para o meu primo, sem entender ao que se referia, não o estava ouvindo — Essa cara de idiota? — repentinamente seu semblante serio deu lugar a um chocado — Uma garota?

— A garota. — ressaltei. Era a primeira vez que eu falava de Rebecca para alguém. Niall andava pentelho demais para se conversar, Louis agia como um velho chato e Liam, só deus sabe por onde Liam anda. Quem sabe se eu não depositar seu salário ele resolva dar o ar da graça — Ela é incrível.

— Sei.

Era  o que eu dizia de todas. Não posso deixar Zayn pensando que a Rebecca é só mais uma.

— Sério, ela é diferente das outras. É engraçada, inteligente, divertida, meio mal educada e brava, mas acho que é o que me faz gostar tanto dela. Sem falar no quanto é linda e sexy.

Ele assobiou e bateu a mão na mesa.

— O que é isso?

— É você caindo de amores por essa menina, está apaixonado? — reconheci o gesto e a pergunta, foi exatamente o que eu fiz quando Zayn correu até mim para confessar seu amor pela Linda Cahn. O amor por ela acabou no instante em que soube que dormi com ela no baile em que era o seu par.

Nunca disse uma palavra, mas eu sabia que tinha partido o seu coração.

— Não sei, talvez. Eu adoraria me apaixonar por ela. — murmurei, sentindo minhas bochechas arderem. Por que é tão difícil dizer o que eu sinto?

— Então, faça isso. Se apaixone. A ame sem restrições, com o seu coração, com toda a sua alma, até que o consuma. Não há nada melhor do que estar perdidamente apaixonado.— divagou, voltando a girar o copo entre seus dedos, o tirei de suas mãos e Zayn ergueu suas orbes escuras em minha direção.

— E você está apaixonado, Zayn? — perguntei com um meio sorriso.

Seria ótimo saber que não sou o único fisgado.

— Não sei, mas ela é a minha pessoa predileta no mundo todo. — respondeu sorrindo.

Ouvi o celular vibrar novamente e meu coração começou a bater numa velocidade impressionante só de pensar em falar com ela. Ao que me parece meu primo estava apaixonado, assim como eu. Pensei por alguns segundos, avaliando cada ponto, pela primeira vez na vida eu tinha uma pessoa predileta na vida, melhor dizendo havia um empate. Olhei de soslaio para o meu primo, que apesar de ter todos os motivos do mundo para me odiar estava aqui, rindo e bebendo comigo e a garota marrenta que toda vez que me via conseguia um hematoma novo me enviando mensagens sem parar.

Se eu tivesse a chance de ter aquela folha em minhas mãos novamente sei exatamente o que escreveria:

Quem é a sua pessoa predileta no mundo?

Zayn Malik e Rebecca Sullivan.


Notas Finais


Ownt, que lindo! Mas não se iluda, Harold. Não se iluda. Digam o que acharam, babycakes!


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