História Imperfect - Ereri - Dez.

Levi já estava cansado, ele gostava de Eren Jeaguer e isso era óbvio, ninguém mais aguentava as lamentações, e, no fundo ele também não aguentava mais, ele sempre foi bem resolvido, mas com a chegada do esmeraldino ele virou uma bagunça, mas hoje ele a resolveria.

Quando o sinal do recreio bateu, o coração de Levi deu um salto, ele já estava ansioso agora ele se sentia prestes a ter um infarto. Ele andou o corredor inteiro e quando chegou na porta na biblioteca, o lúpus passou a mão suada no casaco de estampa militar e então criou a coragem necessária e entrou.

Quando passou pelas portas do lugar, o lúpus sentiu o aroma de livros velhos, e Eren Jeaguer, ele reconheceria o aroma de Eren em qualquer lugar que fosse, deus ele estava tão viciado no garoto.

Então seguiu, onde tinha certeza que o garoto estava, com um saco de jujubas ao seu lado e um livro em sua mão, Eren lia despreocupadamente, quando ele ergueu os olhos e viu Levi, ele ofereceu ao alfa um sorriso gentil e caloroso, então Levi se aproximou se sentando em frente ao outro alfa.

— Eu queria conversar com você. — o lúpus foi direto, e o outro alfa sorriu.

— Claro, eu também queria conversar com você. — Eren parecia mais calmo essa manhã, seu aroma era leve e fresco, formando uma aura calma.

— Eu posso começar? — o lúpus perguntou.

— Claro. — o alfa o encorajou.

— Eren sinto que não estou sendo sincero com você, o que eu fiz no acampamento, e no shopping, foi errado. — o alfa deu uma pausa. — Namoro a Petra a uns dois anos, conheci ela quando comecei minha adolescência, e, na verdade, era ela quem gostava de mim, eu, até conhecer você achava que gostava dela, mas quando você apareceu, você atraiu meu interesse e do meu lobo. — o alfa suspirou.

— Meu lobo nunca se manifestou com ela, mas quando você apareceu, naquele dia da biblioteca ele resolveu se manifestar, e minhas presas saíram, gritando para te reivindicar como meu, depois disso meu desejo por você cresceu. E eu me tornei uma bagunça, e sem querer te levei para isso, você teve todo o direito de fugir de mim, no dia do acampamento e no shopping. — o Ackerman massageou a testa e suspirou encarando os olhos verdes do outro novamente.

— Por que você não terminou com ela? — o esmeraldino perguntou, curioso.

— Petra me conheceu quando estava passando por um momento difícil, ela estava em um tratamento para depressão, naquele ano ela havia tentado se suicidar, quando entrei na vida dela ela se apegou a mim, e a psicóloga dela disse que a mesma havia melhorado muito após minha entrada na vida dela, e depois disso ela se declarou para mim, e aceitei achando que gostava dela também, ela se apegou muito em mim e eu simplesmente não tive coragem para terminar o relacionamento com ela, agora que ela melhorou e não precisa mais tomar remédios. — Levi suspirou, sentido um peso deixar suas costas.

— Seu lobo se manifestou comigo, um alfa? — Eren indagou curioso.

— Eu não sei Eren, mas você despertou meu interesse, e do meu lobo. — ele suspirou novamente frustrado.

Levi continuou. 

— Vim aqui com o intuído de me esclarecer com você, quero começar as coisas devagar, pedirei um tempo para Petra e conversarei com ela, espero que você entenda Eren, que, gosto de você, e estou apaixonado por você.

Eren assentiu com leveza.

— Entendi tudo que tinha para me falar Levi, eu também criei sentimento por você nesse tempo, eu também estou apaixonado, quero ficar com você, então vamos começar devagar, Hm? — o garoto sorriu tocando a mão do alfa por cima da mesa. O coração do lúpus batia forte em seu peito, seu lobo pulava de alegria, o alfa sorriu, e puxou Eren para um abraço, colocando o nariz em cima da glândula aromática do esmeraldino fazendo o outro suspirar arrepiado.

E naquele momento o amor havia começado a florescer em meio as incertezas do futuro que os esperava.

[...]

— Oi? Amor oque está fazendo aqui? — Petra sorriu saindo na frente da casa onde morava.

— Vim, conversar com você. — o alfa mantinha o tom sério.

— Claro, não quer entrar? — sorriu se aproximando para selar o namorado, mas o mesmo desvirou o rosto.

— Não. Eu só quero conversar com você.

— Ok. Pode falar. — a ômega sentia que alguma coisa estava errada, então suspirou, cruzando os braços.

— Eu quero um tempo. — Levi falou, fazendo a ômega arregalar os olhos.

— Por quê? — disse em tom trêmulo.

— Desculpe Petra, estou passando por um momento delicado, onde estou procurando pela minha felicidade. — o alfa falou ainda em tom sério.

— Você não feliz comigo, Levi? — ela perguntou.

O alfa preferiu não responder.

— É TUDO POR CAUSA DAQUELE ALFA, AQUELE DOENTE DE MERDA. — a ômega gritou.

— Ele não tem nada a ver com isso Petra. Não o coloque no meio disso, nosso relacionamento não é mais o mesmo faz um tempo. — o Ackerman segurou um rosnado.

— CLARO QUE TEM LEVI, VOCÊ SEMPRE FOI NORMAL, FOI DEPOIS QUE AQUELE DOENTE COM GENES DE ÔMEGA APARECEU NA ESCOLA QUE VOCÊ COMEÇOU A MUDAR. — ela gritava em plenos pulmões.

— O que? — o lúpus ele sentiu um choque ser desferido em seu corpo, o paralisando.

— VOCÊ NÃO SABIA LEVI? AQUELE ALFA TEM GENES ÔMEGA, ELE É UM DOENTE DE MERDA. ELE É UM ERRO. — ela chorava e gritava para um Levi em choque.

— Você não devia andar com ele, ele é um doente. — ela riu.

Ele segurou o rosnado novamente.

— Pelo seu rosto você não deve saber de nada mesmo né? Então não tem um envolvimento com ele se não, saberia. Acredito em você Levi, eu aceito seu tempo. Eu te reconquistarei e te tornarei meu alfa. Eu sei que você não é um doente igual ao Eren, você não gosta de alfas. — ela limpou as lágrimas e deu um beijo na boca do lúpus paralisado.

— Eu te amo Levi. — ela sussurrou e saiu.

E o alfa saiu processando tudo, sabendo que não dormiria mais uma noite.