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História Implicância - Aula


Escrita por: MistyMayDawn

Notas do Autor


Voltei, do nada, com outro extra!

Boa leitura <3

Capítulo 3 - Aula


Se fosse afirmar que não havia ficado enfurecido com Shinobu, Giyuu estaria mentindo. Ficar preso na cama durante toda a noite, em seu aniversário, após um dia exaustivo de trabalho e, o pior de tudo, depois de ser provocado era cruel demais; até para ela. Mas Tomioka sabia que seu erro foi não ter desconfiado, afinal, a Kocho escondia sua natureza sádica atrás daquele sorriso simpático, ele conhecia muito bem a peça. E é por isso que Tomioka nunca mais baixaria sua guarda quando se tratasse dela.

Semanas depois do acontecimento, Giyuu ainda não tinha perdoado a garota e não voltou a falar com ela. Mesmo com as tentativas insistentes dela de entrar em contato, mandando mensagem, SMS, direct no Instagram, e-mail, ligando ou indo até sua casa. Shinobu até tinha a chave de seu apartamento, mas com receio e, principalmente, com medo daquela mulher maluca entrar e fazer sabe-se-lá-o-que, Tomioka chamou um chaveiro para trocar a fechadura. Podia-se dizer que ele estava com pouco sentido.

Entretanto, um pensamento veio em sua mente: Não podia deixar barato. Tomioka não voltaria a falar com ela como se não tivesse acontecido nada, ele ia dar o troco — de novo. Às vezes, não conseguia entender porque Shinobu era tão teimosa e não aceitava que estava errada. Aquela mulher não podia ser contrariada. Porém, agora Giyuu ia fazer com que ela entendesse muito bem. E para isso passou alguns dias arquitetando a sua vingança, que seria pior do que a primeira.

 Felizmente, os dois faziam faculdade juntos e tinham uma disciplina em comum, mesmo que não fizessem o mesmo curso. Em dias anteriores, para Giyuu era horrível ter que ficar evitando Shinobu e fugindo de suas investidas de aproximação. No entanto, agora era perfeito, parte crucial para colocar seu plano maquiavélico em prática! Kocho mal sabia o que estava a aguardando.

Giyuu entrou na sala de aula, que era circular como um auditório e em formato de arquibancada, no qual só existia uma longa mesa de madeira para cada fileira-degrau e cadeiras azuis acolchoadas. Então, diferente dos outros dias nos quais sentava o mais longe possível da garota, assim que a viu sentada e distraída com livros no cantinho da parede, sentou-se ao lado dela. Ao notar, Kocho parou o que estava fazendo para erguer o olhar surpreso e curioso para ele.

— Bom dia, Tomioka-san. — disse Shinobu com a voz tranquila. Giyuu não respondeu nada, mas só por esse ato de se aproximar dela, a viu esboçar um sorriso de canto vitorioso e sarcástico.

A aula iniciou, todos os alunos ficaram em silêncio prestando atenção. Pelo canto do olho, Tomioka a observou mordendo a tampa da caneta e assistir atentamente a explicação do professor. Após isso, Giyuu olhou para os alunos em volta que estavam igualmente ela, parecia o momento perfeito para iniciar sua vingança. Disfarçadamente e lentamente, aproximou sua mão, colocando-a no quadril dela e descendo um pouco pela coxa.

Shinobu quase deu um pulo por não estar esperando isso, e desviou o olhar da aula para seu quadril, depois olhou surpresa para ele. Giyuu não encarou de volta. Ele estava com uma mão apoiando a cabeça e fitando o quadro repleto de textos, fingindo indiferença. Kocho deu um sorrisinho para a atitude. Agora ela sabia que Tomioka não estava mais a evitando. Pensou em dizer algo, mas preferiu ficar calada, pois o professor dessa aula não tolerava conversas paralelas. Se ele percebesse chamaria quem quer que fosse para responder uma pergunta e ela, queria mais que tudo, evitar passar por isso.

Shinobu não reclamou, nem retirou a mão dele. Giyuu se sentiu confiante para continuar. A mão deslizou mais um pouco pela perna dela até parar um pouco antes do joelho, onde segurou com um pouco de força. Ficou um tempinho ali, depois, lentamente, fez o trajeto inverso, fazendo questão de passar pela saia plissada dela de forma que a levantasse levemente como se fosse um acidente. Tomioka se sentiu satisfeito quando a viu mexida com essa pequena atitude, pois ela não estava mais nem prestando mais atenção na aula.

— E essa mão boba? — Ela sussurrou, mordendo a tampa da caneta maliciosamente. — Também estava com saudades.

Giyuu a deixou falando sozinha. Ele apenas virou a página do livro, como se tivesse atento a explicação. Shinobu ia dizer mais alguma coisa, se não sentisse o olhar gélido do professor carrasco sobre si. Ela não podia fazer nada além de calar-se e ajeitar sua saia no lugar, porém Kocho não tocou na mão do homem. Por isso, ele quase esboçou um sorriso, mas precisava se manter frio.

Repetiu o ato. O toque deslizou pela perna, vez ou outra apertando e arranhando de leve com as unhas curtas. A palma escorregou para a parte interna das coxas, sentiu ela estremecer e morder os lábios. Tomioka não tinha pressa alguma, provocar e brincar com aquela que vivia o provocando era muito satisfatório. Nada como fazê-la provar do próprio veneno.

Com receio de alguém ver, Shinobu se aproximou mais dele e, envergonhada, abriu mais as pernas quando a mão ameaçou subir sua coxa devagarinho. Foi chegando mais perto, mais perto, porém não a tocou. Giyuu repetiu isso mais algumas vezes, fazendo-a ficar doida com suas ameaças. Sentiu que estava ficando cada vez mais excitada e com um friozinho gostoso na barriga conforme o tempo passava. Mas aquele não era o lugar e Shinobu tinha total noção disso. O que será que Tomioka tinha na cabeça pra fazer tal coisa? Iria colocar um ponto final naquilo. Poderiam continuar outra hora.

— Tomioka-san, melhor outra hora. — disse para ele com um sorriso nervoso.

Mas quando, após tantas ameaças, ele tocou sua calcinha e a sentiu úmida, Shinobu perdeu o rumo. Olhando pra Giyuu, ela arfou, suas bochechas ficaram mais vermelhas e suas pernas abriram timidamente mais ao sentir os dedos dele passando por toda sua extensão. Ela não conseguia evitar se irritar consigo mesma por ter cedido tão fácil. Ali não era o momento, mas não queria que ele parasse.

— Tomioka-san… — sussurrou baixinho, como um fio de voz.

— Certeza que quer que eu pare? — perguntou a fitando malicioso brevemente, depois voltou sua atenção para a frente.

Shinobu continuou o encarando. Nunca esperou isso vindo de Tomioka, pois sempre foi um garoto muito certinho e solitário.  Mas admitia que gostou desse lado novo dele que estava revelando pra ela. Por isso, se deixou levar pelo momento. Kocho fechou seus olhos para se concentrar nos dedos suaves dele, em como Giyuu a atiçava e a provocava deixando-a cada vez mais molhada. Tomioka puxou sua calcinha para o lado, tocando de leve, finalmente, sem nenhuma barreira, seu local mais íntimo. Com alguns rodeios, explorando bem do corpo dela, Tomioka a estimulou no lugar certo. Shinobu teve que suprimir um gemido, caso quisesse que ninguém suspeitasse no que estava acontecendo entre os dois.

— Senhorita Kocho. — Ouviu a voz grave que parecia distante demais. — Senhorita Kocho!

Shinobu abriu seus olhos, um tanto desnorteada. O professor olhava para ela com uma expressão irritadiça e os alunos a encaravam curiosos. O rosto da garota já estava levemente avermelhado por causa da masturbação, agora havia atingido um grau ainda maior de vermelho — se fosse possível.

— Creio que agora não seja a melhor hora para dormir. — O professor continuou falando. — Por causa disso, irá responder uma pergunta.

Kocho lançou um olhar suplicando por ajuda para Tomioka, que não parecia disposto a ajudar. Longe disso, ele continuou os estímulos como se não tivesse acontecendo nada, tocando-a com os dedos leves, mas firmes, enquanto a via tentar raciocinar e fingir um sorriso sem jeito para todos.

— P-pode perguntar. — gaguejou nervosa.

— Me diga, senhorita Kocho, pode responder quantos cromossomos existem no corpo humano e quantas e quais substâncias químicas eles são formados? — perguntou sério. — É uma pergunta simples, nível colegial.

Shinobu não conseguia raciocinar. Não sabia se gemia com a masturbação, se continha os gemidos que insistiam em aparecer cada vez que Giyuu estimulava o clitóris em movimentos circulares ou como que responderia a pergunta sem dar muita bandeira. Aliás, Tomioka parecia que havia se dedicado ainda mais agora que todos os olhares estavam voltados para ela. Era um maldito mesmo.

— O-os humanos são formados por… — Teve que dar uma pausa e morder os lábios para conter um gemido. Sentia suas pernas ficarem cada vez mais bambas e trêmulas. — Q-quarenta e seis cromossomos. — Os movimentos contínuos, se continuassem assim, com essa pressão e esse ritmo, Shinobu não ia aguentar mais.

— Você não pode gozar. — Giyuu aconselhou, prejudicando ainda mais o foco de Shinobu em responder a pergunta. — Você sabe que esse não é o lugar.

Maldito! Kocho só conseguia pensar nisso, enquanto tentava não revirar seus olhos.

— E eles são formados… — continuou ofegante. Todos começaram a olhá-la estranhamente. — P-por proteínas e ácidos nucléicos.

Apesar da demora para responder algo tão simples, o professor pareceu satisfeito. Por sorte Shinobu era bastante dedicada aos estudos. E, ainda mais dedicado ainda, Tomioka continuava masturbando-a.

— Muito bem, senhorita Kocho. Mas você deveria ir a enfermeira, não parece muito bem. — aconselhou o professor, vendo o que acreditava ser um rosto vermelho de febre e expressões de dor em Shinobu.

Ela assentiu e sorriu sem jeito com as sobrancelhas franzidas e lábios pressionados em um prazer reprimido que mais parecia de sofrimento.

— Obrigada, eu irei, professor. — agradeceu.

Finalmente, ela não era mais o foco das atenções. A expressão de Shinobu agora era de deleite, ela levou a mão a boca para conter seu gemido e esconder seu rosto, enquanto as pernas tremiam. Estava quase lá. Ela queria, mais que tudo, que ele continuasse a estimulá-la dessa forma. Estava perfeito.

No entanto, Giyuu não estava ali com intenção de satisfazê-la, apenas provocá-la. Assim que viu que Shinobu iria ter um orgasmo, parou imediatamente. De supetão, ele tirou seus dedos de lá e colocou o braço em cima da mesa, como se nada nunca tivesse acontecido desde o começo.

— Estamos quites agora. — Tomioka falou.

Shinobu o encarou em uma mistura de frustração, indignação e vontade de enforcá-lo ou estapeá-lo, ou qualquer outra forma de agressão física. Maldito Tomioka, só estava brincando com ela.

— Não me olhe assim. — Ele disse. — Quem sabe mais tarde tem mais.

Com um biquinho enorme na cara, ela se perguntava onde Giyuu havia aprendido a ser tão bom com as provocações. Mas esse pensamento logo ficou distante quando a própria percebeu que foi ela mesma quem tinha ensinado.

— Eu vou cobrar, maldito Tomioka-san.


Notas Finais


Betado por @sohyo. Muito obrigada!!


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