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História Impossible Love - Patience


Escrita por: MisiMidnight

Notas do Autor


Olá meus jovens Padawans!
Tutupom com vocês? Espero que sim, porque hoje eu tô super animada e tô perigando postar dois capítulo, um agora e outro mais a noite. O que vocês acham?
Ah e tem mais, para quem foi assistir O Último Jedi, por favor, nada de spoilers aqui, eu ainda não fui e quero ter a emoção de assistir com aquele friozinho maravilhoso na barriga. Da última vez não teve nem graça pra mim, porque eu já sabia que o Han ia morrer. Acabaram com meu clímax!
É isso aí mesmo, espero que gostem do capítulo.

Boa leitura!

Capítulo 30 - Patience


Anakin P.O.V

 

 

 

 

Eu estava estranhando demais toda aquela situação da Mira, ela havia me dito que tinha um compromisso inadiável, mas eu não estava sabendo de nenhuma missão nova designada para ela – porque ela sempre me falava sobre suas missões – pelo menos, Obi-Wan não havia me informado de nenhuma missão Jedi, então fiz o que me pareceu mais... Sensato.

Primeiro tomei meu café, depois segui para a saída do Templo, onde fiquei sentado nas escadas sem que ninguém me notasse e esperei Mira sair do Templo. E quando ela finalmente o fez, estava acompanhada de um Mestre Ancião, que se não me enganava era Tera Sinube, um grande especialista no mundo dos crimes em Coruscant. Obi-Wan sempre o procurava na biblioteca quando precisava ir atrás de algum traficante, mas... O que Mira fazia com ele?

Não aguentei minha curiosidade e os segui, tendo o cuidado de manter uma boa distância deles. Depois de um bom tempo andando até o submundo, eles pararam em uma loja de sopas e ficaram por um bom tempo em um beco conversando com uns caras estranhos, depois se afastaram de lá e seguiram seu caminho.

Após mais um tempo de caminhada entraram em uma hospedagem barata, onde demoraram meia hora ou mais e quando finalmente saíram, pensei que estariam com algum bandido, mas não, eles simplesmente foram embora daquele setor voltando para a área nobre da cidade, o que me deixou ainda mais curioso.

Eles estavam em algum tipo de perseguição?

Na área nobre, eles seguiram para os prédios residenciais e entraram em um dos mais luxuosos da cidade.

- O que você tá aprontando Mira? – cruzei meus braços ao me encostar em um poste do outro lado da rua do prédio.

Ela teria muito que me explicar...

 

 

 

 

Mira P.O.V

 

 

 

 

- Mestre, temos que nos apressar – Deus, já era quase noite e nada de encontrar meu sabre e pior, Sinube não cooperava muito com sua lentidão.

- Paciência minha jovem, sua preocupação é que se alguém for morto pelo seu sabre de luz, você será tão culpada por essa morte quanto a pessoa que empunhou o sabre – quem não teria esse medo? Seria uma vida inocente sendo tirada por um descuido meu – uma preocupação válida minha jovem e cabe a você resolver essa questão.

Quanto mais ele falava, mais ansiosa eu ficava, eu até podia ser uma Mestre Jedi, mas nunca fui preparada ou me preparei para uma situação embaraçosa como a de perder um sabre de luz, simplesmente não sabia como reagir a isso. Era desesperador, o sabre para um Jedi é como uma parte indispensável do seu corpo, você não o ter por perto é angustiante demais.

Perdida em tantos pensamentos nem ao menos percebi quando Mestre Sinube parou de andar e acabei batendo em suas costas, assim como havia feito com Anakin várias vezes quando cheguei a Coruscant pela primeira vez.

- O que? O que foi? – olho para ele sem nem piscar, esperando (ansiando) saber o que havia ocorrido.

- Acho que já chegamos ao nosso destino – aponta para a porta ao nosso lado esquerdo.

A tranca eletrônica dela estava destruída por um corte, corte esse que só pode ser feito com a lâmina de um sabre e isso me apavorava de certa maneira, porque né... Quantas pessoas tem um sabre em mão assim não sendo um Jedi?

Rapidamente me dirijo a porta, a seguro e com força e dificuldade a puxo para o lado, abrindo passagem para o apartamento e ao ver um Trandoshano estirado no chão com uma poça de sangue ao seu redor fez meu coração parar na garganta e meu próprio sangue gelar.

- Ah não... – corro o mais rápido que consigo até o corpo, me abaixo ao seu lado já sabendo que ele estava morto, porque o cheiro de podre começava a dar sinais de vida e lamento internamente, mesmo sabendo que ele deveria ser um bandido – deixa eu adivinhar, Nack Movers...

- Uma dedução acertada – começo a verificar o corpo, procurando saber onde fora atingido pelo sabre.

- É, ele tá mortinho – suspiro cansada ao ver um corte profundo na vertical exatamente no estômago.

- Eles foram embora? - me posto em pé em posição de ataque ao ouvir uma voz desconhecida, mas relaxo um pouco ao ver que era apenas uma moça de uma raça desconhecida por mim, parecendo muito assustada, já que estava encolhida em um canto.

- Quem foi embora? – Sinube questiona se aproximando dela lentamente.

- Os homens que mataram Nack – sua voz era chorosa e eu não duvidava de que logo ela começaria a chorar.

- Quem é... Você? – pergunto analisando ela de cima a baixo.

- Ione Marcy – se senta no chão, perto do corpo de Nack – eu entrei em casa e encontrei ele assim... – e começou a chorar. Acertei!

- Ione, você já chamou por socorro? – cruzo meus braços, desconfiada – Por que estava escondida?

- Eu estava com medo – abraça seus joelhos com os olhos desfocados.

Olho para Mestre Sinube que também me olhava e uma enchente de perguntas me invadiu. Era estranho ela ficar escondida enquanto seu namorado estava caído morto no chão, ainda mais quando ela o encontra assim e diz "eles" quando nem ao menos sabe quantas pessoas invadiram o apartamento. Eu tinha lá minhas dúvidas, mas ainda não diria nada, pelo menos por enquanto.

- Ela parece apavorada... – Sinube sussurra para mim – Mas eu sinto que uma outra coisa a perturba.

Então não era só comigo aquela sensação estranha de algo faltando, como se uma peça de um quebra-cabeça complexo estivesse perdida.

- Vou checar os outros quartos – digo para somente ele ouvir e caminho em silêncio até o outro cômodo.

Com muito cuidado vou avançando corredor adentro, sempre me mantendo rente a parede. Não sabia o que me esperava do outro lado e tudo ficava muito mais complicado tendo apenas um sabre – sim, eu sei que eu devia me virar com apenas um, mas eu havia sido treinada para combate com dois sabres.

Ainda mantendo meu sabre no seu devido lugar entro no quarto, que aparentemente estava completamente vazio, mas sendo uma Jedi, não podia simplesmente acreditar que estava tudo limpo. Vagarosamente me dirijo ao guarda roupas e o abro rapidamente, encontrando nada além de roupas muito bem dobradas.

Mas então sou pega de surpresa ao levar um forte soco na cara, soco esse que me fez perder o equilíbrio e acabei caindo no chão.

- Agora vai morrer! – acredito que tenha sido uma mulher a me agredir.

Não estava prestando muita atenção nela porque meu maxilar estava doendo para caramba, mas não pude deixar de arregalar os olhos ao vê-la pegar um objeto em sua cintura, algo muito semelhante a um sabre de luz.

- Como isso funciona?! – ela se desesperou ao não conseguir ligá-lo, comprovando que sim, ela estava com o meu branquelo.

Uma arma tão elegante e refinada quanto um sabre nas mãos de uma pessoa tão desengonçada e tosca como ela... Era um pecado!

- Meu sabre de luz! – exclamo me ajoelhando.

- Você é uma Jedi? – arregalou seus olhos assustada.

Minha vontade foi de dizer "lógico que sou!", mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela correu até a janela, quebrou o vidro com um dos pés e pulou do prédio. Me ponho em pé ainda sentindo dor em meu rosto e vou atrás dela, sem nem pensar duas vezes antes de pular.

Deslizo pelas marquises das varandas dos apartamentos abaixo, mantendo o equilíbrio e meu olhar focado na minha ladra, que segundos mais tarde salta do prédio para outro, continuando a correr de mim, faço o mesmo pousando de joelho na beirada do prédio.

- Se soubesse que teria de correr teria usado calças mais confortáveis – reclamo a mim mesma ao me pôr em pé e seguindo ela outra vez, mas antes que possa me concentrar por completo nela para usar a Força meu comunicador recebe uma chamada de Mestre Sinube – Mestre – digo ao pegá-lo e atende-lo – o senhor tinha razão, encontrei a invasora e ela está com meu sabre, ela é uma Saltador Jango Terelliana e é bem ágil!

- "Então o assassino é uma mulher" – ele pareceu surpreso.

Olho para a frente e a vejo saltar para o telhado de baixo com uma grande facilidade que me fez crer que aquele não era seu primeiro roubo, o que significava que eu teria um pequeno trabalho em capturá-la. Guardo meu comunicador de qualquer jeito de volta em meu bolso.

Pulo atrás dela sem me abater e percebendo que ela estava indo por um caminho cheio de obstáculos começo a pôr em prática meus treinamentos ao desviar e pular o que estivesse a minha frente.

E quando ela não pode seguir em frente, escalou a parede ao seu lado, mostrando-se ainda mais ágil, mas ela não sabia que eu era mais rápida do que ela e aproveitando que tinham duas paredes, usei uma como complemento para a outra ao escalar atrás dela.

Só não esperava que ela aprendesse a ligar o bendito sabre justamente quando eu estava terminando de escalar o prédio, sendo que ela aprendeu acabou cortando uma pequena torre de energia. Essa que cairia bem em cima de mim se eu não tivesse me impulsionado com a Força e pulado para a beirada do prédio ao lado.

Olhei para cima e a vi me olhando, esperando que eu desistisse de pegá-la, o que me fez ainda mais furiosa e renovasse minha vontade de caçá-la.

Saltei para o prédio em que ela estava e continuei a correr atrás dela com mais vontade que antes. Continuamos assim por minutos a fio, ela corria eu corria junto, ela pulava eu pulava atrás. Sinceramente estava começando a pensar que ela era retardada de continuar aquela perseguição sem sentido e comprovei essa teoria quando me vi seguindo ela a metros de distância do chão, me equilibrado no parapeito de um prédio tentando não cair para não me esborrachar no chão.

- Pelo amor de Deus, por que essa louca não desiste? – sussurrei para mim mesma enquanto tentava me manter viva naquele mínimo espaço.

Dei graças a Deus quando virei na quina do prédio e tinha mais espaço para andar sem cair, mas aquela doente não ficou ali por muito tempo, ela pulou para um telão outdoor abaixo do prédio e continuou a correr.

Fui atrás, mas ela seguiu para a ponta e usando meu sabre, desarmou a levitação dele e foi para o lado, fazendo a mesma coisa.

- MERDA! – reclamei enquanto saltava para o próximo – Eu tinha que ser descuidada... – e para outro – Eu sou uma negação como Jeid! – mas não houve um seguinte, pois escorreguei e deslizei pela tela iluminada do telão – AH! PUTA QUE PARIU DE QUATRO EM UMA BANHEIRA!

Eu cheguei a cogitar uma horrorosa morte, mas com muita sorte mesmo consegui me segurar e olha a ironia do destino, na tela estava aparecendo a cara carcomida do cretino do Palpatine, acho que ele fazia mais um de seus discursos eleitorais, mas eu não estava nem aí pra ele naquele momento, estava preocupada demais em me manter viva.

Eu tinha de arranjar um jeito de sair dali antes que perdesse aquela filha da mãe de vista, mas como?

Olhei ao meu redor, os prédios estavam longe demais para eu tentar saltar, não tinha como subir naquele telão, os automóveis passavam rente demais para eu fazer...

- É isso! – exclamo feliz.

Iria pular em um dos carros e quando ele passasse em frente ao prédio em que aquela boca costurada se encontrava eu só precisaria pular (como vinha fazendo muito naquela tarde), só precisaria esperar um que viesse na mão da esquerda do lado norte.

E foi o que eu fiz quando o carro certo passou, eu peguei uma carona com ele, o dono se assustou e olhou para trás e eu só pude respondê-lo tentando passar algum tipo de conforto.

- Assunto Jedi – tento dar de ombros – opa, meu ponto! Obrigado senhor – e pulei.

Sorte que ela não estava muito longe e segui-la não foi tão difícil, chato e cansativo eu diria, mas difícil não – já estava fazendo isso antes mesmo! Só que eu já estava ficando com preguiça e resolvi facilitar as coisas para o meu lado.

Ela estava subindo pela calha, então usei a Força para desenganchar um cano do outro, fazendo com que o cano em que ela estava ficasse pendurado no ar, entre os veículos. Não tinha como ela escapar, não tinha como eu perdê-la.

Com mais equilíbrio e cuidado do que nunca fui andando no cano, em direção a ela que estava pendurada. Achando que tudo estava terminado não me preocupei em imobilizá-la e nem notei que ela havia se posto em pé no cano, na verdade só fui me dar conta disso quando comecei a sentir o cano balançar para cima e para baixo.

- Mano... Que macumba que eu fiz? – gritei irritada ao me desequilibrar e quase cair e se eu não tivesse me segurado com as mãos teria purê de Mira no jantar – ah não, não, não, não, não, não! Droga!

Reclamei quando ela pulou para um dos automóveis, desaparecendo no meio daquela multidão de carros. Definitivamente, aquele não era meu dia de sorte!

 

 

 

 

Anakin P.O.V

 

 

 

 

Eu tentei me manter neutro, mas foi difícil quando vi Mira saltar de um prédio atrás de uma Saltador Jango Telleriano, então imaginei que aquele fosse seu compromisso, uma missão de perseguição.

Não aguentei ficar ali parado e as segui, sempre mantendo uma determinada distância para que não distraísse Mira de sua missão e até que estava indo bem, isso é... Até ela quase cair e eu quase ter um ataque cardíaco. Minha vontade era de ajudá-la, mas como explicaria depois o motivo de eu estar ali, naquela local naquele exato momento?

Deixei que ela se virasse e prometi a mim mesmo que só iria intervir se ela realmente caísse, mas ela acabou se saindo muito bem, depois ela voltou a sua perseguição e tudo parecia bem... ATÉ ELA QUASE CAIR UMA SEGUNDA VEZ!

Meu sangue gelou e tudo o que eu queria era poder ir a seu socorro, mesmo sabendo que não podia me ter ali sem levar uma bela bronca, mas o que eu podia fazer? Era mais forte do que eu!

Me doeu vê-la se esforçar para sair daquela situação e doeu mais ainda quando ela se sentou na beirada do prédio com um olhar perdido. Ela havia falhado em sua missão.

 

 

 

 

Mira P.O.V

 

 

 

 

O que eu faria? Meu sabre estava perdido de vez e eu quase presa naquela prédio. Eu não podia simplesmente voltar ao Templo sem meu sabre, ele era muito conhecido, todos sentiriam o seu sumiço e eu teria de contar a verdade nua e crua.

Eu já havia comunicado o ocorrido com Mestre Sinube e ele me disse que eu devia ser paciente, mas me diga, como se tem paciência quando seu sabre de luz que é um dos mais perigosos da Galáxia, está na mão de uma louca que nem mesmo sabe como usá-lo?

A resposta é: não tem!

Mas fazer o que? Eu não podia fazer mais nada além de esperar um resgate vergonhoso.

- Vejo que está aprendendo a ter paciência – e ali estava ele.

- Onde conseguiu isso aí? – me pus em pé, apontando para o speeder policial.

- Eu solicitei esse belo veículo a um dos droides policiais – Mestre Sinube explicou calmamente enquanto eu subia na garupa – ele foi gentilmente confiscado.

 

 

Eu podia não ser muito boa quando se tratava de direções, mas eu tinha certeza absoluta que não estávamos indo para o Templo e isso só se deu, porque eu tive tempo de checar o caminho, pois a pouca velocidade que Tera Sinube usava era... Absurda...

- Err... Assim, nada contra Mestre – iniciei meio incerta – mas acho que o senhor está indo muito devagar.

- Paciência – por que ele continuava a repetir isso? Parecia o disco da Rochelle do James Brown, riscado! – Vamos interceptá-las na estação de trem - ãh?

- Como sabe que elas estão indo pra lá? – aquilo era estranho.

- Eu comentei com você que plantei um rastreador em Ione, a garota que fugiu? – tirou um tipo de dispositivo do seu bolso, que piscava na direção da estação.

Ione havia fugido? Pera... Esse negócio tá ficando cada vez mais complicado para a minha cabeça, já cheia de muitos problemas, compreender. Tudo estava emaranhado.

- Não, o senhor não disse – suspiro cansada de todo aquele trabalho – nem me disse que Ione havia fugido.

- Oh sim, fugiu, ela está mancomunada com a nossa jovem fugitiva.

- Legal... Agora temos de prender duas ao invés de uma – rolo meus olhos comentando de forma irônica.

Se caçar uma já estava me dando um puta trabalho, duas nem se fala e o pior de tudo é que não dava para prender uma e deixar a outra escapar, pois ainda corria risco de perder meu sabre de uma vez por todas.

Mas como nada nunca está a meu favor, Mestre Sinube simplesmente continuou naquela maldita velocidade, atrapalhando não só a minha caçada como também o trânsito – é sério, já até havíamos sido xingados algumas vezes.

Dei graças a Deus quando chegamos a estação, nem ao menos esperei ele parar o speeder e já fui pulando para o chão, dei uma cambalhota para suavizar a queda e parei de joelhos, logo me pondo em pé outra vez. Olhei para todos os lados a procura daquelas vadias enquanto caminhava lentamente entre as pessoas.

Sei que posso ter sido muito mal educada não ajudando Mestre Sinube a descer do veículo, mas eu estava nervosa demais e bem... Ele era um Jedi procurando por aventura!

- Vamos por ali – ele disse ao se juntar a mim.

Eu o segui em silêncio, sempre em alerta, olhando ao meu redor para não ser pega de surpresa ou algo parecido, mas ao longe, sentia que alguém me observava. Estava tão ansiosa que o "BIP-BIP" do rastreador de Sinube estava me deixando ainda mais louca, só que não ouvi-lo me agoniou.

- O que aconteceu Mestre? – paro de andar encarando o dispositivo em sua mão que estava apagado.

- Elas descobriram – falou pesaroso.

- Então terei de fazer isso do modo tradicional – falo determinada – cerrando meus punhos – me espere aqui Mestre.

Ok. Eu já estava cansada daquela brincadeira de gato e rato, eu iria pegar meu sabre de volta nem que eu tivesse que despedaçar todos os membros daquela vadia Saltadora!

Caminhei a passos largos e rápidos desviando de algumas pessoas, ainda procurando a ladra que estava quase implorando para morrer e depois de dois minutos as encontro quase entrando em um dos vagões. E pela primeira vez no dia vi que teria algum sucesso, pois havia muitos droides policiais bem perto delas.

- PAREM AS DUAS! – gritei apontando para elas.

Os droides notando que se tratava de uma perseguição Jedi foram até elas, as prendendo, mas a Saltadora conseguiu escapar por causa do sabre de luz, que ela usou para destruir um dos droides.

Ai eu tive de correr – novamente – para alcançá-la, ela desviava dos civis ou simplesmente os empurrava tentando chegar ao trem, mas assim que ela olhou para a entrada a porta se fechou. Assustada ela olhou para trás verificando se ainda estava atrás dela e vendo que me aproximava cada vez mais e para não se render pulou em cima do trem.

Eu só queria entender o por que de toda aquela dedicação para escapar de mim com meu sabre em sua posse... Era só um sabre a final de contas.

- Vamos dar uma de Missão Impossível? – balancei a cabeça negativamente subindo no teto do trem também.

Para mim era fácil manter o equilíbrio ali em cima, eu tinha a vantagem da Força a meu favor e correr em cima de um trem em movimento não era nada em comparação a tantas outras coisas que já havia feito nessa vida.

Eu simplesmente estava cega pelo ódio, queria tanto meu sabre de volta que não hesitei em pegar meu outro sabre em minha cintura – mesmo sabendo que havia pessoas inocentes dentro do vagão que poderiam acabar machucadas por minha imprudência – e vendo que eu realmente havia me enfurecido de vez a ladra não viu outra opção a não ser quebrar o vidro de uma das janelas do trem e invadi-lo.

Eu entrei logo atrás dela, a seguindo pelo corredor enquanto pessoas gritavam e se encolhiam em seus lugares completamente assustadas. E o mais cruel de tudo foi quando ela não encontrou saída e fez uma mãe com uma criança de colo reféns dela.

No mesmo momento eu parei de correr em sua direção, ficando preocupada com a segurança daquelas pessoas inocentes. Parecia até que havia acordado para a realidade ao meu redor.

Agora eu entendia o porquê de eles dizerem que o Lado Sombrio seduzia as pessoas, quando você ficava com raiva nada era capaz de te parar e a sensação do ódio crescendo dentro de você era extremamente fascinante... Viciante. Parecia ter controle sobre mim...

- Acabou pra você – digo dando passos lentos pelo corredor, ainda empunhando meu sabre – renda-se agora e devolva o sabre de luz pra mim!

- Não me dê ordens! – rosnou irritada – Eu tenho o sabre de luz e sou tão poderosa quanto um Jedi.

Que pessoa inocente meu Deus!

Ela realmente achava que em um combate de sabres de luz ela teria qualquer chance contra a minha pessoa? Aquilo era patético, uma das melhores piadas que eu já havia ouvido em toda minha vida, tanto que não pude me controlar e acabei rindo dela.

- Tá bom – debochei – se você acha... – dou de ombros a olhando com pena.

- NÃO RIA DE MIM! – ela gritou aproximando o sabre ainda mais da pequena menina Twi'lek.

- Tudo em – volto a minha expressão inicial, por mais que eu desejasse cortar a cabeça dela, a segurança dos civis presentes era mais importante – fico no lugar delas... Você sabe quanto eu sou valiosa para os Jedi, é uma boa troca... Você... Só precisa soltar elas agora.

Ela riu. Riu como se minha proposta não servisse de nenhum adianto a ela, riu como se ouvisse a coisa mais engraçada em sua vida e depois parou bruscamente e trincou seus dentes.

- Quando estivermos sozinhas você vai querer usar algum truque Jedi pra cima de mim – a intenção inicial não era aquela, mas ela estava me dando uma boa ideia. Minha intenção era irmos para longe dos civis e cortar a cabeça dela fora, mas aquela ideia de usar algum truque nela, era ótima também – sem acordo! Essas duas ficam comigo... E você, saia do meu caminho ou eu a mato!

AH VADIA FILHA DA PUTA!

Respira Mira, respira... 1,2...3...

Olho para fora tentando cessar toda a raiva que estava se acumulando em mim durante todo o dia e percebo que já estávamos chegando na próxima estação e isso significava que eu teria pouco tempo para tirar o sabre dela e capturá-la.

- Eu tentei Deus, o Senhor sabe que eu tentei... – mordo meu lábio inferior olhando para cima antes de voltar minha atenção a ela – Acabaram os joguinhos, quem manda nessa porra sou eu!

Antes que ela pudesse ter alguma reação ergui minha mão livre – no caso a direita – e puxei o sabre para mim, usando a Força. Assustada ela recuou dois passos para trás soltando suas reféns.

- O que? – arqueio uma sobrancelha desafiadoramente, enquanto sorria maldosamente para ela – Achou realmente que podia medir forças com um Jedi, que podia me roubar e tudo ficaria bem? – comecei a caminhar lentamente até ela – Você não sabe de nada... NADA!

Eu iria matá-la ali mesmo, uma bandida como ela não podia ter a oportunidade de ser presa, era bondade demais, não... Ela tinha... Ela merecia morrer!

Eu não queria ter de fazer isso na frente daquelas pessoas, elas não precisavam ter esse trauma desnecessário, mas se não houvesse outra opção...

Por sorte ou destino eu não sei, quando eu iria lhe arrancar a cabeça a porta do vagão se abre e ela tenta correr, mas eu não iria deixar ela escapar assim, a seguro pelo pescoço com a Força e digo em voz alta.

- TODO MUNDO PRA FORA! - fecho ainda mais meu aperto.

Todos correm assustados para fora e quando o último deles se foi a joguei para o chão no meio do vagão, ela se ajoelhou com dificuldade segurando o pescoço sentindo falta de ar e isso me fez rir sadicamente, querendo ainda mais vê-la morta.

- Você cometeu o pior erro da sua vida – digo girando meus sabres em minhas mãos – o erro que te custou sua vida...

Ela esticou sua mão em minha direção, talvez querendo pedir clemência, mas eu não a daria... Ela havia me roubado.

- Isso é para seus amiguinhos bandidos aprenderem que nós Jedi não estamos de brincadeira – aproximo as laminas de seu pescoço as cruzando – não se preocupe, vai ser rápido e indolor...

Ela me olhou com desespero e eu dei fim a ele, lhe cortando a cabeça e a vendo rolar até meus pés. A olhei com nojo e sorri com escárnio lhe dando as costas.

E qual foi minha surpresa ao ver Sinube parado na porta do vagão com seu sabre – que surpreendentemente também era branco – ativado, não sabia se ele estava ali a muito tempo, mas pela sua expressão ele não tinha visto o que havia acabado de acontecer.

- Pra quem anda devagar, parece que está sempre na minha frente – desativo meus sabres os guardando em seus devidos lugares – aliás, gostei do sabre.

Estava bem mais aliviada em tê-los comigo novamente, os dois, bem seguros.

- A vantagem de se andar devagar é que se pode ver claramente o que está na frente e muito obrigado – dá uma piscadela e eu rio um pouco.

Olho para o corpo morto e fecho minha cara, dessa vez sentindo a raiva esvair de meu corpo, respiro aliviada e sigo para a saída sendo seguida por Mestre Sinube. Minha missão estava cumprida, havia recuperado meu sabre e nenhum inocente havia se ferido.

- Agora podemos voltar para casa – enrosco meu braço no dele sorrindo largamente – estou faminta!

- Oh sim, precisamos jantar – ele olha para uns droides policiais ali perto e lhes fala – acho que tem uma moça morta precisando de vocês...

- Não vai me julgar? – arqueio uma sobrancelha curiosa para ele.

Normalmente Jedi não matam sem um bom motivo e na visão de muitos, aquele poderia não ser um bom motivo para tê-la assassinado.

- Quem sou eu para julgar alguém desesperado? – me olhou calmamente – Só tome cuidado para não acabar do lado errado.

- Fique tranquilo Mestre, eu sei quem são os mocinhos na história – sorrio suavemente para ele.

- Pelo que estou vendo, a senhorita é uma adorável companhia quando não está tensa...

- Digamos que eu sou muito boa pessoa para com aqueles que gosto, e os que eu não gosto... O senhor já sabe o destino – sorrio de lado olhando pela janela do vagão vendo o corpo sem vida no chão.

E não, eu não estava nem um pouco arrependida... A sensação de poder correndo nas veias era uma das melhores para se sentir.


Notas Finais


É isso aí minha gente, a Mira está demonstrando um lado mais sombrio agora, será que foi só por causa do sabre perdido ou tem mais coisa por trás disso? Será que ela vai ter um declínio pelas Forças Sombrias? Porque pelo que vimos ela adorou matar a Cassie Cryar (me desculpem não ter colocado o nome dela na fic) e não se arrependeu.
Espero que comentem o que acharam aqui em baixo e aos fantasminhas em ação, vem fazer parte do bando, bobo, quanto mais gente melhor! Mais aconchegante fica!


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