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História Imprevisível - Três


Escrita por: CherryBonni

Capítulo 3 - Três


Fanfic / Fanfiction Imprevisível - Três

S A K U R A

 

 

ITACHI NÃO TEM ESCRÚPULOS.

Com uma roupa totalmente informal do que havia o visto na empresa, ele continua me encarando com seu sorriso vulgar na porta como se fosse habitual aparecer na casa dos seus empregados de madrugada. 

Fico o encaro perplexa, uma parte de mim querendo o expulsar da minha casa, porém pensando na educação que me foi dada.

— Boa noite, rosinha. Não vai me convidar para entrar e tomar uma xícara de chá? — Provoca.

Quem ele pensa que é para me chamar assim?

­Viro-me de costas num convite implícito para que entre e Itachi fecha a porta sem cerimônias me seguindo até o balcão. 

Enquanto ele senta em uma das banquetas, sinto seus olhos queimando minhas costas, circunstância do baby doll indecente. A culpa é minha por não ter trocado de roupa na esperança de seduzir Sasuke, mas acabei terminando com seu irmão me despindo mentalmente.

­­— Então, a que devo a honra de sua visita a essa hora? — É impossível conter o sarcasmo da minha voz.

­­— Te entregar a concorrência ultrapassada. — Responde colocando meu Iphone 5s na bancada. — Estava fincado no canto na poltrona em que você se sentou e por sorte estava na lanchonete da empresa quando um dos empregados me avisou por mensagem. Resolvi te entregar, pois poderia haver coisas importantes para serem vistas hoje.

­­— Trocando mensagens com empregados, sr. Uchiha? — Disparo com ironia e ele estampa um sorriso sexy no rosto ao responder.

­­— Só o necessário. 

­­— Interessante. — Me apoio no balcão e entrego a xícara de cappuccino. — Onde conseguiu meu endereço?

— Não sei se você leu o contrato, mas tenho uma cópia dele também, e lá está bem evidentemente seu endereço. — Fala mais irritadiço que o normal e bebe o cappuccino em breves goles não se importando com o estado fumegante.

Inconscientemente me pego sendo atraída por sua boca e a forma como ela toca a borda cerâmica da xícara. Por mais difícil que seja admitir, não posso negar que Itachi poderia fazer parte dos meus sonhos sujos. 

­­— Toma cuidado, dessa vez a Mabui encontrou mas da próxima alguém pode tirar seus contatos de você. 

­­— Pensei que fosse o Sasuke quando o porteiro interfonou. — Ignoro totalmente sua advertência.

­­— Não o vejo há algum tempo, parece que me ignorar é mais tentador que um bate-papo entre irmãos. E porque o meu irmão viria aqui?

­­— E porque te ignorar é tentador? Não me diga que você é tão ruim a ponto de afastá-lo. — Rebato tentando conter a arrogância própria das palavras.

­­— Eu disse mais cedo que não sou bonzinho. — Diz levantando-se da banqueta e se aproxima de mim. ­­— Sou muito perfeccionista e quando não consigo o que quero, costumo ser bem invasivo. Se não for do meu jeito, não vai ser de nenhum outro.

Itachi subitamente me encurrala na bancada deixando seu corpo a centímetros do meu. A fragrância almíscar amadeirada do perfume contribui para deixar um rastro de sensações no meu corpo a medida que sua respiração pesada entra em contato com meu pescoço. 

Sua mão absurdamente quente desliza pela minha cintura a apertando, fazendo com que todo meu corpo estremeça mesmo que me eu esforce para controlar, e a outra mão aperta meu maxilar até levantá-lo para que nossos olhares se encontrem. 

A euforia além do normal é incômoda, assim como as expectativas que surgiram com seu toque, seu olhar, sua pegada forte. Coisas aleatórias surgem na minha cabeça enxergando através de seu olhar abrasador o explícito desejo, e por saber que um homem como ele cobiça meu corpo um alvoroço se manifesta no meu estômago. 

Ainda que assustador, não consigo conter meus desejos o tendo tão próximo e disposto a está comigo. Nós somos adultos e não precisamos nos preocupar no momento com o que virá depois do que quer que aconteça essa noite.

Decidida a ir adiante e me render as suas provocações, toco seus lábios com meu indicador e contorno o desenho perfeito lentamente venerando a macies. Seus olhos se fecham com a carícia e entrando no clima Itachi morde a ponta do meu dedo. Uma mordida erótica que me faz arrepiar dos pés à cabeça. 

Aproximo lentamente meu rosto do seu, seus olhos cada vez mais perto dos meus, e Itachi deixa um selinho demorado em meus lábios, como se pedisse minha permissão para aprofundar o que tenho desejado desde seu primeiro toque.

Sem delicadeza ou calma, sinto seus lábios nos meus seguido de uma mordida, e então Itachi me beija como se o mundo a nossa volta estivesse em seu estágio final. A impressão que um magnetismo nos conecta me mantendo dentro do seu campo de exploração. 

Suas mãos seguram firmemente minhas nádegas e com cautela me coloca sentada sobre o balcão frio, nos aproximando a ponto se sentirmos o prazer intensificando-se com os movimentos lentos da sua virilha. 

Minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo acariciando seu couro cuidadosamente. Num movimento rápido Itachi me puxa com força encaixando de vez seu quadril entre minhas pernas e gemo ao sentir seu membro duro contra minha intimidade.

— Meu quarto... — sussurro entre nossos beijos. — Segunda porta a direita. 

Minhas pernas abraçam sua cintura com força e Itachi me sustenta pela bunda, me levando até o quarto sem tirar seus lábios dos meus um só segundo. 

A única fraca iluminação do quarto é a luz azul fosca do abajur que fica ao lado na minha cama. Itachi sorri aprovando o espaço e me coloca na cama cuidadosamente beijando as partes expostas do meu corpo. 

Nossas oscilações corporais descompassadas são um passe livre para que nossa avidez sexual nos consuma. O ar dos meus pulmões parecem está se esvaindo no momento que o sinto morder meus lábios por cima da calcinha.

Seu olhar é quase um apelo para que me mantenha atenta aos seus movimentos. Ele quer que eu preste atenção em cada acontecimento dessa noite.

­— Tem certeza que quer fazer isso? — Me pergunta subindo beijos pelo meu corpo e segura meu rosto com as duas mãos para cravar seus olhos penetrantes sobre mim.

­— Vamos logo.

Mesmo não tendo certeza absoluta dos meus atos e de como vamos lidar com nossa tensão sexual após essa noite, meu desejo latente para tê-lo adstringe uma resposta negativa. 

A tempos não me sentia tão desejada por um homem como Itachi fez questão de mostrar interesse. Pode ser que me arrependa ou não mais tarde, mas não consigo pedir que pare.

É fodido demais para pararmos agora.  

­— Não quero machucar você.

O encaro e sorrio, acariciando seu rosto da mesma maneira que faz comigo.

­— Não pense nisso. — Digo o puxando pela nuca até ter seus lábios de volta nos meus.

Espantosamente afoito, em poucos segundos Itachi me deixa nua a sua mercê. A intensidade dos seus toques queimam minha pele como chamas que jamais irão se extinguir.

— De quatro. 

Obedeço a ordem me sentindo uma garota de programa e isso me excita. 

Enquanto acaricia minha bunda, Itachi espalha beijos por toda minha coluna, dando pequenas mordidas junto aos beijos imprevistos. Consigo sentir minha umidade crescer a cada segundo com sua mão me estimulando, até que sinto um tapa estupidamente forte na minha bunda. 

Não é possível conter o gemido sentindo seus tapas e estímulos simultaneamente. A sensação de ardência se mistura ao prazer quando seus dedos finalmente me penetraram.

Há muitas coisas para pensar durante o sexo, mas penso no quão incrível me sinto diante desse homem, como se eu fosse a mulher mais sexy que já esteve lhe proporcionando prazer, e tudo por Itachi querer e fazer com que eu me sinta dessa forma.

Sua mão percorre toda minha coluna até a nuca, emaranhando meu cabelo num aperto forte e o puxando com domínio expert, desinibindo qualquer vergonha que me restava para me fazer gemer entre murmúrios a cada investida impiedosa dos seus dedos.

— Não quero gozar assim. — Resmungo entredentes.

— Quietinha. 

Sua voz rouca misturada a respiração pesada se alastra como fogo dentro de mim. Sem dar espaço para mais provocações, sinto seus dedos saírem de mim e seu pênis me penetrando lentamente, me preenchendo e me causando sensações de extremo prazer. 

Escondo o rosto no colchão agarrando a colcha e mordo o lábio involuntariamente enquanto ele acelera seus movimentos, afundando todo seu membro dentro de mim. É impossível conter meu corpo em seu estágio de combustão quando suas investidas fortes aumentam o ritmo.

O sinto pulsar dentro de mim e todo meu corpo se enrijece a medida que Itachi começa a intercalar suas investidas. Nossos corpos em frenesi se encaixando perfeitamente, até que meu corpo se deleita em espasmos e ao chamar pelo seu nome num gemido suprimido atinjo o clímax. 

Ele retira o membro de dentro de mim no mesmo instante que me sinto o apertando e alcança o orgasmo gemendo baixinho se despejando no assoalho. 

Me deito de bruços na cama saciada e exausta com a sensação sublime e ao meu lado Itachi se joga fadigando como se tivesse acabado de correr uma maratona. 

Um sorriso bobo surge em seus lábios quando me pega o encarando com certa admiração. Ele se mexe até está em uma posição confortável e me puxa para um abraço, me aninhando em seu peito e deixando um beijo na minha testa logo em seguida.

— O que você acabou de fazer comigo? — Pergunta com seu rosto afundado no meu cabelo.

— Só faça perguntas que eu possa responder. — Brinco. 

— Hum, tudo bem. Posso dormir com você essa noite?

A pergunta me pega desprevenida, mas saber que não quer fugir de mim após um sexo incrível me incita a aceita-lo na minha cama hoje. “Apenas essa noite”, penso e concordo com a cabeça.

— Obrigado, rosinha. — Diz aconchegando meu corpo no seu.

 

*

 

Um feixe de luz invade o quarto através da pequena abertura do blackout

Ainda nua aconchegada nos braços fortes de Itachi o observo tentando não me mexer e acordá-lo. Seu rosto sereno está menos tenso que ontem quando o encontrei pela tarde na empresa e sinto um pingo de orgulho ao imaginar que tirei toda essa tensão.

Não ter aulas as terças me ajuda a não ficar com a consciência pesada, pois provavelmente não conseguiria sair da cama pela exaustão, e faltar aula por sexo é o cúmulo da minha vida acadêmica.

Os olhos escuros do homem ao meu lado se abrem num susto quando o fio de luz se aproxima do seu rosto. Itachi me encara e parece se lembrar da noite que tivemos ao sorrir maldosamente enquanto acaricia meu rosto. 

— Dormiu bem? — Pergunta.

— Como uma pedra e você? 

Ele sorri descontraído.

— Poderia saber o motivo da rosinha atrevida ter dormido como uma pedra? 

— Por certas eventualidades da minha noite passada. — Ironizo.

— Universidade nada, né? Esses jovens de hoje em dia. 

Reviro os olhos com a insinuação e saio do seu abraço para me sentar e alonga meu corpo.

— Não me conhece se pensa que eu perderia um dia de aula por uma noite meio agitadinha. — Provoco. — Só não tenho aula.

— Essa seria minha segunda opção.

Itachi sorri de algo quando levanto para procurar uma roupa pelo quarto bagunçado e confusa sinto uma sobrancelha se erguer automaticamente quando o encaro.

— As roupas estão todas pelo chão, uma bagunça. Tô me sentindo um adolescente, pura nostalgia. Impossível negar o quanto essa noite foi incrível.

— Não posso discordar. Agora vamos arrumar tudinho. — Ele encena uma reação cômica de incredulidade, mas se levanta logo em seguida. 

A visão de Itachi com a calça moletom e abdômen desnudo é a que certamente não me cansaria de admirar se por acaso ele estivesse em um catálogo de moda masculino. Lembranças da noite passada invadem meus pensamentos, mas saio do meu transe particular e volto a guardar as coisas que estão pelo chão dentro do guarda-roupa.

— Preciso da minha cafeína matinal agora mesmo.  Aproveite meu bom humor e escolha o que quer comer.  

— Um pouco café é o bastante, rosinha. Sobre comer, é só vir por cima e fazer um bom trabalho. — Responde voltando a se deitar e cruza os braços atrás da cabeça visivelmente despreocupado.

— Palhaço. — Resmungo e saio do quarto ouvindo seu sexy riso rouco.

Hinata está sentada em frente tevê silenciada lendo “O diário de Suzana para Nicolas” e ouvindo Alicia Keys. Coloco os sachês no expresso e me debruço no balcão olhando para sua estátua atenta a leitura. 

Meu corpo está mais leve que o normal, não sei se pelo sexo extraordinário com alguém depois de tanto tempo ou por Itachi ter mexido com algum sentimento ainda desconhecido por mim.

— Bom dia. Vai para a biblioteca hoje? — Pergunto chamando atenção de Hinata concentrada ao extremo para notar minha presença.

— Bom dia, acho que sim, só estou esperando o Naruto confirmar se vai também. — Seu rosto enrubesce ao falar o nome do idiota.

— Hum, Naruto né... — Alfineto a deixando mais vermelha. — Tô brincando. Quando parar desliga pra mim? Preciso ir no banheiro.

— Pode ir. 

Escovo meus dentes rápido e penteio meu cabelo bagunçado na esperança de ficarem menos rebelde possível. Minhas bochechas estão coradas essa manhã e os olhos brilhantes como a muito tempo não estiveram.

É nítido que minha noite passada foi simplesmente reconfortante para meu corpo, mas pensar em como nosso relacionamento profissional vai se desenvolver após esse equívoco me deixa apreensiva. Não quero está envolvida com meu chefe e tenho plena certeza que o acontecido de ontem não irá se repetir novamente. Pelo menos se depender da minha disponibilidade. 

Que merda fui fazer ao transar logo o irmão do cara que gosto, que calhou de ser meu chefe e está deitado na minha cama como se fosse absurdamente normal. 

Me sobressalto com um “click” de maçaneta e tento encaixar o mais rapidamente a escova no suporte. Quando abro a porta do banheiro tenho a visão de Hinata pálida parada na porta do meu quarto com alguns livros nos braços.

— Que caralho você está fazendo aqui, Itachi?

Me assusto não só com a agressividade das palavras, como com o palavrão que raramente ouço sair da sua boca ingênua demais para proferir palavras como essa. E por algum motivo me incomodo, pois a forma como Itachi a olha faz parecer que perdi parte de uma complicada história ocultada por Hinata.

 

 


Notas Finais


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* Erros gramaticais serão reparados caso sejam encontrados.


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