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História Impulsive Feelings - Chapter six


Escrita por: KimTaelly

Notas do Autor


Olá BabyReaders, eu realmente queria ter aparecido antes, mas sou muito preguiçosa para corrigir os capítulos e é muito difícil achar beta disponível.

Capítulo betado por Seatlas. Boa leitura ^.~

Capítulo 7 - Chapter six


      Jeongguk POV.

 

 Depois que Namjoon saiu, Yoongi foi atrás do mesmo nos deixando naquele clima tenso no apartamento; Jin percebeu que havia sido duro, mas não deu o braço a torcer em sua culpa na situação, para ele Namjoon estava sendo errado em ter ciúmes dele e de Hyosang.

 Já haviam se passado uns vinte minutos que Yoongi e Namjoon tinham saído, Jin se revezava entre resmungar xingamentos, mandar mensagens a Namjoon, falar com Hyosang, e achar motivos para brigar com nós três, até mesmo o bastão de Taehyung virou motivo para briga quando Jin tropeçou no mesmo, as palavras que ele usou não foram bem ofensivas e nos renderam bastante risadas.

 Mas eu que achava que o assunto do jantar ia ficar somente em Jin e Namjoon, me senti realmente idiota quando Jimin e Hoseok conseguiram roubar a atenção para eles, ou melhor, a atenção de Taehyung para eles.

 — Realmente os efeitos daquele filme eram muito forçados, nem deveria ser identificado pelo gênero ação. – ouvi Jimin comentar com Hoseok.

 Eu e Taehyung estávamos falando com Jin, tentando o convencer a ficar calmo e que Namjoon logo voltaria com o humor suficientemente bom para eles conversarem, mas, como o Jin é o Jin, ele pegou o celular e rumou para um canto afastado para ligar agora para Yoongi. 

 Enquanto nós três conversávamos, Hoseok e Jimin também estavam absortos em uma conversa animada, e assim que ele saiu, eu e Taehyung automaticamente começamos a ouvir a conversa.

 — Sim, eu gostei muito mais do filme de comédia que a gente viu depois, mas aquele carinha que cuidava da entrada da outra sala quase pegou a gente. – Hoseok respondeu rindo.

 — Nós temos que ir no cinema mais vezes, Hoseok. – Jimin afirmou e Hoseok se apressou em concordar com a cabeça.

 — Vocês foram no cinema quando? – Taehyung perguntou confuso, os dois perceberam nossa atenção na conversa deles e Hoseok olhou Taehyung surpreso, claramente não esperava a pergunta.

 — É, Hoseok, quando vocês foram ao cinema? – perguntei arqueando a sobrancelha para o moreno, afinal ele não me disse nem um dia que iria no cinema com Jimin, que eu saiba eles passaram a semana toda indo na casa de Taehyung.

 — A gente foi ontem depois que a gente saiu da sua casa Tae, nós iríamos te convidar, mas o Jimin disse que vocês não gostam de filme de ação. – Hoseok respondeu um pouco sem graça.

 — Ah sim, eu não gosto, são muitas pausas para efeito, sem diálogos, é difícil imaginar as cenas assim e eu não curto muito as narrações que tem nas cenas nos filmes adaptados, me confundo muito. Mas eu achei que vocês tinham ido para casa, já que você disse que tinha trabalho para fazer e Jimin disse que estava cansado. – Taehyung respondeu em um misto de vergonha e sarcasmo.

 O Jung o olhou culpado e eu quis muito o dar uma surra.

 — Hoseok ia no homem que fez a sua caixinha e me convidou, como ela ainda não estava pronta, resolvemos ir no cinema, mas o filme de ação era uma bosta, teve mais ação quando entramos de fininho na sala onde estava dando um filme de comédia do que nas partes que vimos do filme. – Jimin esclareceu, rindo para Hoseok na última parte.

 — Tudo bem, então. – Taehyung respondeu se calando.

 Quando finalmente olhei diretamente para ele, Tae parecia estar cabisbaixo, seus olhos miravam um ponto no chão, deixando a franja cair sobre eles. Taehyung não era bom em controlar suas expressões faciais, então percebi sua tristeza pelos seus lábios que formavam um biquinho decepcionado.

 Ao lembrar da minha conversa com Tae de mais cedo, “eu sou bem observador”, e então eu comecei a observar e juntando as peças me senti muito idiota por não ter percebido; lógico que eu sabia que Hoseok sentia algo diferente por Taehyung, mas Taehyung sentindo algo mais profundo por Hoseok?

 Logo que a surpresa passou senti vontade de dar na cara de Hoseok de novo, Tae estava com ciúmes, e convenhamos que até eu ficaria mal se saíssem da minha casa me dando desculpas, e depois descobrir que era mentira e que eles tinham ido ao shopping, ir no cinema, mesmo que o motivo tivesse sido a caixinha.

 — Jimin quase me faliu de tanta coisa que me obrigou a comprar. – Hoseok brincou, mas parou ao ver minha expressão, que não devia estar melhor que a de Taehyung, já que a única coisa que nos diferenciava era que eu estava com raiva e não ciúmes.

 — Mas você gostou de me agradar, não é mesmo, hyung? – Jimin fez graça em um tom malicioso, que me fez os fitar surpresos, e olhar para Taehyung que havia levantado a cabeça confuso.

 Mas que porra havia acontecido naquele cinema?

 — Aish, nem me lembre disso. – Hoseok comentou envergonhado, com as bochechas coradas.

 Juro que “Mas que caralho esses guris fizeram, senhor?” não era a única coisa que se passava na minha cabeça, formas dolorosas de bater na cara do Hoseok também rondavam minha mente, minha mão já estava coçando para bater nele, assim como minha língua que tremia de vontade de fazer um interrogatório bem venenoso, mas é lógico que não faria com Taehyung ao lado.

 Mas Jin, o encapetado, salvou Hoseok ao entrar completamente vermelho de raiva na sala.

 — Yoongi disse que está vindo, mas que Namjoon está chateado demais para voltar. – Jin disse amargurado, se jogando ao lado de Taehyung no sofá.

 — Mesmo que você ache que não tenha dito nada pesado, realmente magoou Namjoon, ele é alguém bem sensível sabe, hyung? Deve estar se sentindo mal. – Taehyung disse pesaroso.

— Eu não tive a intenção, eu só queria que ele parasse com o drama, eu sei que ele é sensível, mas ele mal aparenta, poxa. – Jin reclamou alto.

 — É assim desde criança, nós não somos idiotas, eu e Taehyung sabíamos direitinho quando falávamos algo que o magoava, Namjoon não gostava de devolver nossas ofensas, porque nós tínhamos pontos fracos mais visíveis que os dele, era mais fácil de nos atingir, então ele só ficava quieto. – Jimin disse nostálgico e constrangido.

 Se tem algo que eu percebi desde que começamos a conviver com os quatro, é que Namjoon, Yoongi, Jimin e Taehyung são muito próximos, desde crianças e eles tinham diversas histórias do passado que gostavam de relembrar. Sinto-me bem ouvindo essas histórias, me faz sentir como se eu tivesse passado por tudo isso com eles.

 — Ele estava exagerando, Hyosang é somente um amigo, eu esperava que Namjoon confiasse mais em mim. – Jin disse, encolhendo os ombros.

 — Namjoon confia muito em você, só não confia nele mesmo. – Tae disse, subindo sua mão da mão de Jin até o ombro do Kim mais velho.

 Notei que mesmo que aquela conversa não fosse tão particular, era como se eu e Hoseok não devêssemos estará ali, o Jung parecia pensar o mesmo que eu, pois parecia desconfortável.

 — Vou pensar nisso depois, agora eu tenho que fazer comida. Taehyung, quer me ajudar? – Jin perguntou um pouco mais calmo do que nos últimos minutos.

 Taehyung acenou com a cabeça aceitando.

 — Hoseok, vem comigo. – Me levantei abruptamente.

 — Ah, ok. – Ele respondeu, seguindo junto comigo diante do olhar dos outros até a varanda de Yoongi, que não era muito grande, mas assim como todo o apartamento era confortável.

 Quando passamos pela porta que dava acesso da varanda a sala, fechei a mesma devagar, e me virei carrancudo para Hoseok que me encarava com seu melhor olhar de confusão.

 — Por que está me olhando assim? – Ele perguntou curioso e um pouco temeroso.

 — Você é idiota, Hoseok? – perguntei, ignorando sua pergunta a mim

 — Como assim? Jeongguk, fala logo o que você quer, sabe que eu demoro para entender indireta. – Hoseok reclamou choroso e eu somente me dignei a revirar os olhos para sua chatice.

 — O que foi aquilo de “Mas você gostou de me agradar, não é, hyung?”? – perguntei com minha voz subindo uma oitava pela raiva que a situação me causava.

 Como Hoseok podia ser tão burro assim? Está bem que eu descobri que possivelmente – já que eu não havia perguntado nada ao Kim – Taehyung gostava de Hoseok, tanto quando o Jung gostava dele, mas é Hoseok que vive o observando, como ele não notou nada diferente.

 — Ciúmes, Jeongguk? – Hoseok zombou rindo, o que me fez socar seu braço.

 — Cala boca, imbecil. – O xinguei, me afastando.

 — Aí, Jeongguk, por que você está irritado com isso? Porque ciúmes de mim você não sente desde o fundamental, quando eu comecei a sair com outros amigos. – Hoseok perguntou acariciando o local do seu braço em que o soquei.

 — Você é muito burro, como diz que tem trabalho da faculdade para fazer e sai da casa de Taehyung para ir assistir filme com o Jimin? – perguntei irritado, e a confusão de Hoseok pareceu aumentar.

 — Vai dizer que é por isso? Jimin já disse, fui buscar a caixinha que não estava pronta, então como ele estava comigo surgiu a ideia de ir ver um filme, quanto drama. – Hoseok agora estava irritado também, mas não tanto quando eu.

 — Mas precisava ficar falando disso perto do menino? – perguntei nem querendo saber à resposta realmente.

 — O que tem a ver? Ele não ficou bravo por não ter voltado e o buscado, ele mesmo disse que não gosta de filme de ação. – Hoseok se sentou emburrado no banco que tinha ali.

 — Primeiro que ele não iria cobrar pela sua falta de consideração, e segundo vocês não viram filme de comédia? Era só o convidar e ver outro gênero. – Fiquei de frente para ele.

 — Jeongguk, fala logo onde você quer chegar, eu não estou entendendo porra nenhuma. – Hoseok disse raivoso.

 Fui interrompido por um rugido de frustração de Jin, que logo passou igual um furacão, indo para os corredores da casa com o celular na mão e uma expressão nada boa.

 Depois a surpresa me voltei a Hoseok.

 — Não é óbvio que ele sente algo por você? Algo a mais que amizade? –  Perguntei na esperança que ele unisse os pontos e visse como eu estou certo.

 A julgar pela cara de espanto ele havia entendido direitinho.

 — Bem… hm, ele pode até sentir algo, mas é somente atração. – Hoseok disse, ficando mais confuso a cada palavra.

 Mas que saco, essa coisa de “só atração” era uma desculpa ridícula, que seria bem mais verdadeira se trocasse o atração por paixão ou amor.

 Talvez ter falado desse assunto não tenha sido a melhor escolha, ou, pelo menos, eu não comecei da forma que era preciso, mas eu precisava saber de uma coisa antes de pularmos para outro assunto fingindo que nada havia acontecido.

 — E você, o que sente por Taehyung? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

 Hoseok ficou vermelho e começou a passar a mão nervosamente pelo cabelo, parecia estar escolhendo as palavras a dedo para formar sua resposta, mas só parecia mesmo, porque quando ele abriu a boca já me desanimei.

 — Eu não sei. – Ele respondeu sincero.

 Confuso. Já devia esperar por uma resposta assim vinda de Hoseok, porém ele não disse que não sente nada, já é meio caminho andado; sorri de lado com minha constatação.

 — Bom, você deveria começar a pensar nisso, dois confusos não chegam a lugar nenhum. – falei debochado e ri de sua cara, ao passo que ela ficava completamente vermelha.

 —  E-eu, hã…bem. E você? O que sente pelo Yoongi? Por que essa raiva toda não é normal para você. – Hoseok perguntou venenoso depois de se recuperar da vergonha.

 — Eu não sinto nada! – Exclamei irritado, mas me arrependi logo que Hoseok começou a rir, afinal o que tinha sido esse descontrole na hora de responder uma pergunta tão simples.

 —  Ok... – Ele riu alto.

 BUM. Algo me fez desistir de revidá-lo, um alto som em alguma parte da casa, olhei assustado para Hoseok, que me encarava da mesma forma.

 — O que foi isso? – Ele perguntou, neguei com a cabeça sinalizando que não fazia ideia do que havia acontecido.

 — Vamos ver. – Falei.

 Não precisou muito para que descobríssemos de onde vinha o som, já que Jin e Jimin vinham correndo juntos e foram para a mesma direção, a cozinha.

 Eu e Hoseok por estarmos mais perto, logo tivemos acesso ao cômodo, onde Taehyung estava no chão, com vários potes e bacias em cima e em volta dele.

 — TAE. – Hoseok soltou assustado e foi correndo até o Kim, fui junto com ele e segurei no braço de Taehyung.

 — O que aconteceu? – Jimin perguntou confuso.

 — Ah… eu fui pegar uma vasilha, mas… aí… as coisas desse armário caíram em cima de mim. – Ele disse com dificuldade, notei que ele segurava uma vasilha de ferro e esfregava a cabeça com as mãos.

 A testa dele sangrava um pouco, em um ferimento não fundo, mas que assustava a qualquer leigo que visse a quantidade de sangue que saia do ferimento.

 E realmente assustou.

 — Taehyung, desculpa, eu não devia ter te deixado cozinhar sozinho sem tirar as coisas do armário. Eu fiquei irritado e sabia que não ia conseguir cozinhar naquele estado... E a sua testa, está sangrando muito. – Jin exclamou culpado e preocupado.

 — Alguma coisa de aço caiu na minha cabeça. Eu acho que foi aquela vasilha um pouco maior que essa. Está muito ruim? – Ele falou levantando a que ele segurava.

 — Não precisa se preocupar, não foi fundo, por mais que tenha muito sangue, eu posso cuidar disso para você. – falei simpático, tirando alguns potes do colo dele.

 — Tudo bem, Tae, Jeongguk vai cuidar rapidinho para que cicatrize. – Hoseok falou segurando fortemente, sem necessidade alguma, a mão do menino – Ele fez curso de primeiros socorros.

 — Jin, tem algum kit de primeiros socorros? – Perguntei me virando para o homem que estava pálido.

 — Tem, vou pegar. – Ele saiu correndo, Jimin tirou os potes do chão e começou a guardar.

 Subi nas pernas de Taehyung, que não demonstrava nenhuma força de vontade para sair do chão, então decidi cuidar de seu ferimento ali mesmo.

 — Aqui. – Jin voltou logo depois me entregando uma caixinha, quase vazia, mas que continha as coisas que eu precisava.

 — Vai doer um pouquinho. – alertei enquanto começava a limpar sua testa, ele assentiu com um biquinho fofo que mostrava toda sua indignação.

 Eu tentei fazer tudo o mais rápido possível, mas logo cheguei à conclusão que Taehyung era manhoso, mesmo que quisesse se fazer de durão, já que choramingava vez ou outra e tinha lágrimas acumuladas no canto de seus olhos.

 — Deu, acabei. – Falei doce, fazendo carinho em seus cabelos, vendo as lágrimas acumuladas finalmente descerem por suas bochechas.

 — Obrigado. – Ele agradeceu fraquinho com um sorriso.

 — Não há de que. Eu adoro seu sorriso Tae, ele é singular. – Me inclinei deixando um beijo em cima de seu machucado, enquanto segurava em seus ombros.

 — O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?  – Um grito nos assustou, mas nem tive tempo de processar quando já tinha sido arrancado do colo de Taehyung.

 Caí no chão, na frente do mesmo, e ao levantar a cabeça encarei um Yoongi nem um pouco feliz e muito irritado, me olhando como se fosse avançar em mim.

 

  Yoongi POV.

 

 

 Depois do show de Namjoon e ele ter decidido ir para casa, voltei para o meu apartamento onde tinham deixado os meninos fazendo a janta.

 Só não esperava que, ao entrar, encontraria tudo vazio e acharia os meninos na cozinha com Taehyung caído no chão e o Jeongguk em cima dele com as mãos em seu rosto.

Naquele momento eu não pensei em nada, até mesmo tentei controlar o imenso ódio que se apossou de mim, mas ao pensar que aquele garoto tinha aproveitado que eu saí para machucar Taehyung me deixava louco.

 — O que está acontecendo aqui?

 O arranquei do colo de Taehyung jogando-o no chão, e quando ele fez menção de levantar, fui até o mesmo, acertando-o um soco no nariz.

 — Yoongi! – Taehyung gritou por meu nome, mas estava concentrado em Jeongguk.

 — O que você está fazendo? – Ele gritou se levando após o soco.

 — O que você está fazendo? Quem te deu o direito de machucar Taehyung, só porque me afastei, seu merda. Sabia que não podia confiar em você. – Vociferei em resposta.

 — Eu não machuquei Taehyung, porra. E se o fizesse sua presença não faria diferença. – Ele protestou irritado.

 O que me deixou ainda mais nervoso.

 — O que você veio fazer na Coreia, droga? Não aguento mais ver a sua cara, eu estou com nojo de você. – Berrei perdendo o controle.

 Como eu queria o machucar, fiquei até mesmo chocado de algo tão pequeno ter o atingido.

 Jeongguk me encarou estático e quando achei que ele pularia em meu pescoço, ele abaixou a cabeça e saiu correndo da cozinha, e logo ouvi a porta da rua fechar.

 Ignorei os olhares que os meninos me lançavam e me abaixei até Taehyung, e ele já estava com seu melhor olhar repressor mesmo que não fosse direcionado certeiramente em mim, mas, caramba... como ele só com aquilo conseguia fazer eu me sentir envergonhado de todas minhas ações.

 — Você é um parvo, grosso, irritante e arrogante. – Taehyung despejou fazendo eu me encolher.

 — Eu sei, fui um idiota. – Falei enquanto o ajudava a levantar, ele tinha um curativo adesivo na testa.

 — Que bom que sabe. As coisas que estavam na prateleira caíram em mim quando fui tentar pegar uma vasilha, minha testa estava sangrando e Jeongguk só estava me ajudando. – Ele disse calmo como fazia quando eu tinha descontroles idiotas.

 Fiquei em silêncio envergonhado e ele pegou minha mão.

 — Eu vou atrás do Jeongguk, faz tempo que ele não vem a Seul, pode se perder. – Me virei para Hoseok quando sua voz preocupada se fez presente.

Taehyung apertou minha mão e sorriu.

 — Você também pode se perder, não se preocupe,Yoongi vai atrás dele, não é? – Taehyung disse, e eu suspirei, já tinha certeza que ele faria isso.

Hoseok me olhou desconfiado e eu acenei positivamente com a cabeça.

 — Tenho que me desculpar, não se preocupe, logo o trago de volta, não vai demorar. – Falei me soltando de Taehyung, mas o outro me puxou novamente.

 — Se controle, sim? Acho que não aguentaria mais ninguém correndo desse apartamento hoje por se sentir frustrado, e juro que eu serei o próximo se você não fizer as coisas certas. – Ele garantiu.

 Concordei baixo e sai de casa, pronto para encontrar o garoto na saída do prédio, ele não seria tão inconsequente de sair por aí sem conhecer o lugar.

               

                       * Impulsive feelings *

 

 Tenho a impressão que Jeongguk é bem inconsequente mesmo, talvez por ele não estar na saída do prédio, ou talvez pelas duas horas que eu estou procurando por ele.

 Estou agarrado no meu último fio de esperança de encontrar ele sem ter que avisar Taehyung, Seokjin e Hoseok de que precisamos chamar a polícia para achar Jeongguk.

 O porteiro me garantiu que Jeongguk pegou um táxi, que seguiu a rua à direita, ao qual segue até o Rio Han, e esse é exatamente o lugar onde eu estou agora, andando ao longo do rio e rezando para não achar o corpo de Jeongguk boiando por aí.

 — Por favor, se existe alguma divindade, me ajude a achar esse menino, porque senão eu que vou acabar boiando no Han. – Pedi alto no desespero.

 Olhei para todos os lados já correndo e foi quando avistei uma figura conhecida sentada em um banco observando rio Han com uma garrafa na mão.

 — Amém senhor....pera, ele ‘tá bebendo?

 Se essa criança tiver virada em álcool eu vou deixar ela aqui.

 — Jeongguk? – perguntei me aproximando, e ele me olhou.

 Os olhos vermelhos, o rosto molhado pelas lágrimas e uma garrafa de Soju na mão.

 — O que você quer? – Ele perguntou irritado e eu suspirei me sentando ao seu lado no banco.

 — Quero pedir desculpas. – Falei simples, ele soltou uma risada sem graça e nem me olhou.

 — Já pediu, pode ir. – Falou normalmente.

 Ele não era assim, não estava me respondendo com ironia, nem sendo doce como era com seus amigos, não queria que ele ficasse magoado, nem pensei nessa possibilidade ao dizer aquilo, mas precisava fazer algo.

 — Olha, Jeongguk, eu não deveria ter dito aquilo para você, sou muito impulsivo e um pouco protetor quando se trata de Taehyung, quando o vi no chão e você por cima, achei que tinha esperado eu sair para machucá-lo.

 Não estou querendo justificar minha atitude idiota, mas é que isso acontecia na escola, eu chegava quando já tinham pegado todas as coisas dele e escondido, ou quando o tocavam, mas não falavam nada, o deixando desesperado. Só quero que saiba que eu não me sinto orgulhoso de ter dito aquilo. – Falei o mais sincero que consegui.

 Não gostava de falar dos meus sentimentos, ou dar justificativas as minhas ações, fazia com que eu me sentisse exposto.

 Ele finalmente olhou nos meus olhos, e segurou a garrafa com as duas mãos, olhando para baixo e depois para os meus olhos, como se pensasse no que dizer, talvez procurando uma forma de me mandar ir a merda.

 —  Você realmente sente nojo de mim? – Ele perguntou fungando um pouco.

 Ri de sua preocupação e tentei não rir ao responder.

 — Não, na verdade acho que o Taehyung está certo, eu me sinto muito atraído por você, talvez te encher o saco seja uma forma inconsciente de ficar perto de você. – Disse com um pouco de dificuldade quando notei que falei demais.

 Ele riu alto e eu comecei a ficar constrangido.

 — Ele falou o mesmo para mim. – Jeongguk contou, senti meu rosto esquentar.  — Mas eu acho que ele estava errado, eu não estou sentindo somente atração por você. Eu estou apaixonado.

 Aquilo foi algo com que não pude me controlar, aproximei-me de Jeongguk e colei nossos lábios em um selinho demorado, que foi aprofundado pelo mesmo, dei passagem para sua língua e nos perdemos em um beijo cheio de um sentimento até então desconhecido por mim.

 Talvez Taehyung estivesse mais uma vez malditamente certo, eu teria que cuidar daquela atração antes que ela se transformasse em uma paixão. Bom, a única certeza que tinha agora é que estava imensamente agradecido pelos meus sentimentos impulsivos que me levaram a beijar esses lábios tão doces.


Notas Finais


Espero que tenham gostado


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