Prólogo
"Ninguém sabe como é
Ser o homem mau
Ser o homem triste…
Ninguém sabe como é
Ser odiado"
A lua majestosa iluminava seus passos naquele beco escuro, o destino de outro estava traçado e sua vida chegaria ao fim. Seu caminhar era calmo e despreocupado já havia feito o mesmo ato milhares de vezes, encontraria o ser o qual deveria morrer e tocaria seu corpo dando fim ao seu sofrimento.
— Eu sinto muito — enquanto se aproximava ouviu uma voz feminina chorando baixo — Me perdoe, me perdoe — a mulher estava de costas para si e de frente à um latão de lixo.
Ela levantou suas mãos e a figura pequena e frágil apareceu, o bebê dormia tranquilamente enrolado em uma fina manta, seu respirar era leve e sereno.
— É melhor para todos — ela sussurrava — Você só teria uma vida de dor e sofrimento — colocou a pequena naquele latão e com lágrimas nos olhos se foi para sempre.
O demônio inclinou o corpo e observou aquele ser indefeso, sua vida chegaria ao fim, não era a primeira vez que fazia aquilo so precisava tocar em alguma parte de seu corpo e estaria terminado. Ele levou seus dedos finos e compridos, com suas unhas extremamente grandes, próximo ao rosto da menina e quando estava prestes a tocá-la seus olhos se abriram.
O azul dos olhos dela se misturava ao negro dos olhos dele.
A pequena gargalhou e esticou suas mãozinhas tentando pegar os seus chifres, era o primeiro ser vivo que não repugnava a sua aparência demoníaca.
Não se deve alterar a ordem das coisas tudo tem um começo e um fim e mexer com a linha da vida trás consequências.
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