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História In disguise - Leitora x Sebastian Michaelis - Kuroshitsuji - As desculpas do diabo


Escrita por: Sebby-on-ice

Notas do Autor


Lembrando que estamos quase chegando a fim, vou postar agora sempre que o capítulo estiver pronto, para acabar mais rápido, vocês não devem aguentar mais

Capítulo 36 - As desculpas do diabo


Fanfic / Fanfiction In disguise - Leitora x Sebastian Michaelis - Kuroshitsuji - As desculpas do diabo

Doía demais... Foram longos os dias... As noites piores... Mesmo assim ele não retornou. Não tive notícias, ele se isolou na casa dos pais, ligava todos os dias mas só falava com Ciel e desligava. Minhas noites foram regadas a lágrimas de tristeza. Faziam cinco dias.

– Não se preocupa, vou cuidar de você e do bebê para sempre. - Ciel sorria com seu doce sorriso.

– Pelo menos você jamais me deixará. - Sorri apoiando as mãos nas bochechas dele. Roçava meu nariz ao do pequeno.

– Papai não precisa voltar. Eu estou aqui, então por favor não fique mais triste. - Deitou o pequeno rosto em minha mão.

– Você tem razão, você e o bebê sempre estão comigo. - Beijei a testa dele. - Vou te levar na sua avó, ela está louca para te dar seus presentes de aniversário antes da festa.

– Papai vai estar lá? - Perguntou curioso.

– Acho que sim. - Me levantei o carregando nos braços. - Não vou demorar. Só vou ao salão de beleza e depois te busco.

– Porquê vai ao salão? - Me olhou confuso.

Caminhava até o carro o prendendo na cadeirinha. - Bem, seu pai sempre elogiava meu cabelo, então vou arrumar para que eu não me lembre dos elogios dele.

O pequeno deu um olhar triste.

Beijei a bochecha dele com carinho e entrei no carro.

– Como vamos chamar o bebê? - Ele tocou a bochecha pensativo.

– Eu ainda não pensei sobre, tem algum nome que goste? - Disse enquanto dirigia em direção a casa da minha sogra.

– Gosto de Jujuba. - Sorriu.

Sorri virando o volante. - Parece um bom nome.

– Sim, e McQueen. - Segurou nos tornozelos animado.

– Eu adoro McQueen. - Ri estacionando o carro.

– Pensei em algum nome com S. - Desci do carro peguei o pequeno nos braços.

– Parece difícil, eu ainda não aprendi bem essa letrinha. - Coçou a cabeça confuso.

– Desculpe querido. - Coloquei ele no chão.

Assim que batemos na porta decorada de Natal, Elizabeth abriu.

– Olá meu neto lindo. - Se inclinou beijando a bochecha do neto. - Seu avô está ai, corre lá nele.

– Vovô! - Pequeno entrava correndo e gritando a todos pulmões.

– Como vai querida? - Me perguntou com um olhar cheio de ternura.

– Levando... Agora é mais fácil suportar nossa separação, tenho Ciel comigo. Não sei como nosso filho se tornou essa criança de luz, mas ele tem sido muito calmante para mim. - Dei um singelo sorriso.

– Logo aquele idiota se manca da burrada que fez e volta correndo para casa. - Ela sorriu.

– Eu acreditei nisso nos dois primeiros dias. Agora fico ouvindo todos me aconselharem a procurar uma advogada para ter a guarda do Ciel. - Apoiei a mão na testa. - Cinco dias atrás eu estava em um casamento perfeito, agora... Sou só eu e meus dois filhos.

– Não se preocupe, foque na festa de depois de amanhã. Vou buscar Ciel amanhã para ele ir ao zoológico com Hannah e Jeremy para pode te deixar cuidar de tudo. - Beijou minha bochecha. - Tenha seu dia de beleza.

– Obrigada. - Assenti de forma positiva.

Elizabeth fechou a porta ao ver a mãe de seu neto sair. O olhar frio foi direcionado para o topo da escada onde Sebastian estava apoiado.

– Ouviu o que ela disse? - Perguntou irritada.

– Ouvi. - Apoiou a mão nos olhos. - Porque mandou meu filho ir falar com Jeremy e não comigo?

– Ciel não é idiota. Ele sabe que você não quer voltar a viver com a mãe dele. Diferente da sua esposa que espera que você volte, o pequeno já tomou a posição de proteção. Não quer te ver. - A mulher de cabelos negros adentrou a cozinha. - Se não acredita em mim venha falar com ele.

O moreno desceu as escadas e seguiu até a cozinha, o filho dele estava sentado sobre o colo de Jeremy com um largo sorriso no rosto enquanto ouvia o avô.

– Esqueceu do seu pai? - O britânico esperou por um abraço carinhoso do pequeno mas em troca recebeu um olhar frio.

– Vovó! Eu quero ir embora. - O de cabelos azulados se virou para a avó.

– Sua mãe acabou de sair daqui. Ela foi ao salão se lembra? Vamos esperar por ela. - A avó disse com carinho.

Ciel suspirou e olhou para o pai. - Oi.

O inglês sentiu o coração apertar.

– Não quer falar comigo? - Sebastian se abaixou ficando com rosto perto do filho.

– Não. Eu não quero mais ser seu filho. - Disse emburrado cruzando os braços.

– Porque? - Olhou surpreso.

– Mamãe chora todos os dias por sua causa. O neném faz ela vomitar toda hora e você não está lá para cuidar dela. - Ele desceu do colo do avô. - Você é um bobão. - Pequeno saiu andando para a sala.

O pintor parecia ter entrado em um estado de choque.

– Então é isso? - Jeremy dizia cruzando os braços.

– O que? - O moreno se erguia com tom de irritação na voz.

– Você teme tanto se tornar como eu, que fez exatamente o que eu fiz. Só que com a diferença de que eu era um idiota viciado em drogas. Você bebeu doses de álcool e deixou sua família. Ciel é exatamente como você era na época... Por isso eu te batia tanto. Menino atrevido mas por um bom propósito. - O homem sorriu olhando para o filho. - Espero que ele não cometa o erro de abandonar a esposa por medo de ser como você Sebastian. - Bateu no ombro do filho indo atrás do neto.

O britânico suspirava se sentando diante da mesa.

– Volte para a casa. - Elizabeth dizia entregando o café a ele.

– Não sei se devo. Nem como poderia fazer isso. - Segurou a caneca com cuidado.

– Sebastian, uma mãe sempre irá escolher seus filhos. Uma mãe sempre vai priorizar seus bebês. - Disse em tom repreensivo. - Eu escolhi você e seus irmãos, e eu nunca me arrependi disso. Eu aposto que ela também não está arrependida.

Ele não respondeu, simplesmente deu um longo gole no café... Não era como ele gostava, tinha doce demais e era fraco demais.

– Fale com a sua esposa. Ela está grávida. Precisa do marido junto dela. Pensa nisso. - A mulher se afastou indo até a sala.

O tempo passava, Jeremy e Elizabeth haviam aberto algumas fotos para ver, fotos do passado e desenhos da infância de Sebastian e Agni.

Ciel olhava divertido para a caixa antiga, enquanto Sebastian permanecia com olhar vago para o nada e um copo de whisky na mão. Ainda usava a grossa aliança negra com dourada.

– Sebastian pequeno era tão fofinho. - A mãe dele dizia olhando as fotografias e mostrando para Ciel.

– Parece eu! - Dizia animado apontando para o pai na infância.

– Prova que você é realmente filho dele. - Jeremy disse brincalhão.

No fundo da caixa o pequeno retirou um desenho, era um belo desenho.

– Quem é? Parece minha mamãe. - Apontou para a mulher do desenho.

– Não sei. Foi seu pai quem fez quando tinha uns 11 anos de idade. - Elizabeth olhou para o filho.

O moreno se levantou olhando o papel por cima dos ombros do filho, suas sobrancelhas se ergueram. Na infância como qualquer garoto da idade ele tinha o hábito de desenhar mulheres bonitas, principalmente as que ele desejava se casar.

– Bem, quando eu era jovem, era com uma mulher assim que eu costumava achar que me casaria. - Deu um sorriso lateral.

– Costumava? Sua esposa parece muito com a moça do desenho. - O pai do moreno o olhou.

– É, segundo Agni eu me apaixonei a primeira vista por ela. - Sorriu olhando para o desenho. - E na realidade minha esposa é mil vezes mais bonita do que essa mulher. E tem o traseiro bem mais bonito também.

Jeremy sorriu olhando para o filho. Elizabeth fez o mesmo. Era visível que ele estava louco para voltar para ela, mas o orgulho não lhe permitia.

A porta bateu, Ciel se levantou animado.

– Mamãe. - Sorriu juntando os presentes recebidos.

A mulher abriu a porta se deparando com a mãe de seu neto. Ela havia cortado um pouco o cabelo, feito pontas azuis no cabelo da cor do cabelo do filho e pintado as unhas da mesma cor.

– Menina! - Elizabeth apoiou a mão na boca. - Você está tão linda, Ciel vai adorar.

– Ele parecia incomodado de ter cabelos azuis, então optei por isso para ele se sentir mais confortável com o próprio jeitinho. - Sorri balançando os cabelos.

– Está sensacional. - Ela sorriu.

O pequeno veio correndo com os braços cheios de brinquedos parou diante da mãe ficando boquiaberto.

– O que achou? - Sorri me abaixando para o ajudar.

– Lindo, temos o cabelo igual agora. - O jovem deu o sorriso mais brilhante que o sol.

– Que bom que gostou. - Sorri pegando os brinquedos. - Mais uma vez obrigada Elizabeth.

– Sempre que precisar estarei aqui. - Ela disse sorrindo.

A despedida foi atrapalhada pelo som de um copo se quebrando, atrás da mãe estava Sebastian, havia acabado de deixa do copo de whisky cair de suas mãos ao ver a esposa com parte dos cabelos azuis.

Ergui as sobrancelhas olhando para ele. - Olá Sebastian.

Ele não respondeu só moveu a cabeça.

– Jeremy virá a festa do Ciel? - Perguntei voltando a olhar para a mulher.

– Sim, iremos juntos. - Ela sorriu.

– Que bom. Meus pais não poderão vir. Então espero pode contar com vocês dois. - Dei um gentil sorriso e direcionei meu olhar para Sebastian. - E você vai?

– Claro é meu filho. - O moreno disse movendo os ombros.

Ciel pela primeira vez no dia sorriu para o pai.

O britânico sorriu de volta.

– Tudo bem. - Me despedi e sai com Ciel nos braços em direção ao carro.

Elizabeth fechou a porta olhando para o filho. - Fecha a boca Sebastian, você está babando.

O inglês passou a mão pela nuca desviando o olhar da porta.

– Sabe... - A mãe entregou a vassoura e a pazinha para o rapaz limpar a sujeira que havia feito. - Ela é realmente uma mulher muito bonita e gentil. Não existe um traço de arrogância nela, só bondade e beleza... Imagina como ela não terá pilhas de pretendentes a novo marido.

– O quê? - O outro ergueu as sobrancelhas.

– Talvez Ciel realmente precise de um padrasto. - Disse provocativa. - Com um corpo lindo daqueles pretendentes não vão faltar.

Um pequeno filme da esposa sendo tocada por outros homens correu pela cabeça dele, e foi como uma longa tortura.

Sebastian varreu os cacos e limpou o chão, em seguida subiu para seu quarto.

O quarto infantil já que ele não havia passado a adolescência ali. O quarto ainda tinha a pintura azul clara, com pôsteres de carros, dinossauros e gatinhos. Uma pequena cama de solteiro com uma mesa de cabeceira com um livro pequeno e infantil, junto de um abajur de leões.

O belo homem de 1,86, de músculos desenvolvidos e ombros largos se deitava na cama de solteiro a ocupando toda, cruzava os braços diante do peito olhando para a parede.

Ele queria estar em casa, na casa que foi construída milimetricamente pelos gostos dele e da esposa, se sentia carente, havia sido terrivelmente acostumado com a esposa latina carinhosa que o mimava.

– Eu estava tão fodidamente bêbado, eu falei tanta merda. - Apoiou as mãos no rosto de afundando na cama.

O TOC TOC ecoou pelo pequeno quarto. - Sebastian? Podemos conversar um pouco?

Era a voz de Jeremy. - Entra. - Disse não muito satisfeito da presença do pai.

O homem entrou fechando a porta atrás de si, puxou a cadeira da mesinha e se sentou diante da cama. - Nunca fui um pai de verdade e é meio tarde para tentar agora, mas... Acredito que posso agregar algo ao momento atual.

Sebastian revirou os olhos.

– Eu sempre pensei que estaria no seu quarto te aconselhando sobre mulheres, quando você nasceu. - O mais velho sorriu olhando para as paredes.

– Está 18 anos atrasado. - Suspirou olhando para o teto.

– Sei que você passou por muita coisa. Sei que eu não colaborei em nada para sua felicidade e eu espero que entenda o que houve... - O homem suspirou apoiando a mão no peito.

– Era isso que veio fazer? Me encher com suas baboseiras? - O moreno olhou irritado para o pai.

– Não. Bem, nossa família é conhecida por ser uma família auto sabotadora. Você não tem motivos para desistir do seu casamento. E eu vi como olhou para aquela mulher, você a ama. Não se deixe sabotar. - Jeremy se ergueu colocando sua cadeira no lugar. - Você tem que quebrar a maldição da família. - Antes de ele sair pela porta ele parou retirando um pendrive do bolso. - Sua mãe mandou te entregar, são vídeos e fotos do seu casamento e Lua de mel. - Apoiou na mesa de cabeceira e se retirou.

O britânico se aproximou pegando o pendrive nas mãos, rodou entre os dedos e saiu do quarto. Caminhou até a sala, ligou a tv e na entrada USB plugou o dispositivo, se sentando no tapete.

Primeiro o compilado de fotos do casamento, os olhos castanhos avermelhados estavam atentos a isso. Ele nunca havia parado para ver as fotos e vídeos do casamento.

Depois um vídeo profissional da cerimônia, que o arrancou um sorriso, para completar havia um vídeo gravado por Undertaker em seu celular para as redes sociais.

– Meu casal! - Dizia o de cabelos platinados histérico e bêbado.

– Vai deixar a noiva surda. - A bela moça se aproximou acenando para a tela. - Está em live?

– Óbvio! - O modelo sorriu.

– Oi então gente. - Ela riu apoiando a mão na boca.

– Estão dizendo o quanto você e Sebastian estão lindíssimos, casal maravilhoso. - Disse animado lendo os comentários.

Ela sorriu radiante. - Muito obrigada.

O pintor assistia a tudo com um sorriso singelo nos lábios, acabou por adormecer alí mesmo.

Ao amanhecer o de cabelos negros foi despertado pela mãe.

– Sebastian preciso que busque Ciel na sua casa, precisamos sair cedo se quisermos aproveitar o zoológico. - Ela disse jogando algumas peças de roupas no britânico.

– Tudo bem. - Ele esfregava os olhos indo em direção ao banheiro.

Tomou um banho quente, fez toda a higienização necessária e vestiu as roupas jogadas nele pela mãe. Nada de excepcional, só uma calça jeans escura, com a camisa branca social, colocou as meias e os sapatos. Vestiu o sobretudo preto pegou as chaves do carro e saiu em direção a sua casa.

Bocejou antes de tocar a campainha. Pode ouvir uns barulhos e a porta ser aberta.

A esposa abriu usando somente um short curto, tão curto que só tampava metade do belo traseiro, uma blusa de alças finas e sem sutiã. - Já veio buscar o Ciel para o zoológico?

As bochechas do moreno automaticamente criaram um tom avermelhado, obviamente ele já havia visto a esposa dezenas de vezes sem roupa, mas de algum modo ele estava constrangido com a cena.

– Sim. - Olhou uma última vez a esposa dos pés a cabeça.

– Ele ainda não está pronto. Pode entrar e esperar? - Abri a porta dando espaço para ele entrar.

– Tudo bem. - Adentrou a casa sentindo o cheiro infantil e feminino preencher suas narinas, sorriu.

– Já volto. - Ela subiu as escadas apressada.

Sebastian aproveitou o momento a sós ali para relembrar dos detalhes de sua casa, todos os lugares só naquela sala que ele havia feito amor com a própria esposa, deslizou os dedos pelas fotografias, olhou com ternura para a imensa fotografia do casamento de ambos sobre a lareira, sentia falta de casa, dela principalmente, mas não sabia como iniciar a conversa para voltar.

Ciel desceu as escadas devidamente vestido, segurava os sapatos nas mãos e se sentava no sofá.

– Quer ajuda com isso? - Olhou atencioso para o filho.

– Não. - Respondeu esperando pela mãe. - Você também vai?

– Não, só vim te buscar. - O moreno cruzou os braços.

Voltei enrolando os cabelos em um coque, me ajoelhei diante do pequeno colocando os sapatos nele. - Usou o banheiro?

– Preciso que vá comigo. - Disse manhoso.

– Eu posso te levar. - Sebastian se prontificou.

– Quero a mamãe. - O pequeno disse sem hesitação.

– Desculpe. - Olhei triste para ele e segui Ciel até o banheiro.

O moreno se sentou esperando pacientemente pelo filho.

O de cabelos azulados já estava praticamente indo sozinho ao banheiro, mas de fato quase sempre se esquecia dos passos.

– Lembra o que a mamãe disse? - Eu disse parada na porta.

– Sim, balançar, secar, guardar e depois lavar as mãos. - Disse seguindo os passos.

– Levantar a tampa e a descarga. Olha você já esquecendo. - Apoiei as mãos na cintura.

Deu uma risada sem vergonha ao ver que havia esquecido de dois passos.

– O que eu faço com você? - Ri o olhando.

– Nada. - Ele riu puxando o banquinho em direção a pia para lavar as mãos.

Sorri. - Vou preparar sua mochila.

O jovem assentiu de forma positiva, sai em direção ao quarto do pequeno arrumando a mochila.

Ciel voltou para a sala olhando para o pai.

Ambos sentaram em sofás opostos em um silêncio ensurdecedor.

Passei correndo em direção a cozinha preparando um pequeno lanche e então voltei até a sala. - Bom, eu coloquei algumas peças de roupas, a bombinha para asma e o remédio para alergia, o dinossaurinho está aí. - Entreguei a mochilinha para o belo homem. - Ele não tomou café então algo para ele comer e você sabe... - Sussurrei próxima do britânico. - A chupeta está ai em caso de emergência, mas vamos esperar que ele não precise.

O inglês ergueu as sobrancelhas surpreso. - Ele parou com a chupeta?

– Quase, às vezes no desespero ele ainda pede por ela. - Apoiei as mãos na cintura.

– Tudo bem, você é preocupada demais. Ele ficará bem. - O pintor sorriu de lado.

– Eu sei, mas não posso evitar. - Suspirei fazendo bico.

– Tudo bem. - Sebastian apoiou a mochila em seu ombro e pegou Ciel nos braços.

– Espera. - Me aproximei dele. - Se vestiu correndo está manhã?

– Sim, estou tão acabado assim? - Perguntou com deboche.

– Não, são só alguns botões errados. - Parei diante dele, o penúltimo botão estava preso no último buraco, retirei com cuidado encaixando o botão no buraco correspondente. - Prontinho. - Bati no peito dele de leve.

– Obrigado. - Sorriu com ternura.

– Por nada. - Sorri beijando a bochecha de Ciel. - Bom dia no zoológico, mamãe te ama.

– Também te amo. - O pequeno deu um largo sorriso.

Pai e filho sairam pela porta, Sebastian prendeu o filho na cadeirinha e entrou no banco do motorista.

– Então... Quando vai voltar para casa? - Pequeno dizia apertando os tornozelos.

O moreno apertou os dedos no volante. - Acha que sua mãe me quer em casa?

O mais jovem nem piscou para responder. - Claro.

– Mas eu não sei como voltar... Eu quero voltar, só não sei como fazer isso. - O britânico suspirou com as mãos no volante.

– Só peça desculpas. Mamãe disse que desculpas vindas do coração sempre são perdoadas. - Pequeno olhava para o pai.

– Você tem razão. - Estacionou o carro.

Deixou o filho com a mãe e os itens dele, então seguiu para a galeria.

^~^

Liguei para conferir tudo o necessário para a festa de dinossauro baby como Ciel havia pedido, dei os últimos ajustes na roupa de T-Rex do pequenino.

– Coisa mais linda. - Pendurei em um cabide e acabei me lembrando de que havia feito uma roupa para Sebastian, não era uma fantasia, ou uma roupa de dinossauro, era só um look para ele usar na festa.

Peguei o cabide abrindo o zíper do tecido que revestia a roupa, uma camisa branca de gola alta, com a calça jeans escura e uma bela jaqueta de couro. Mordi meu lábio inferior olhando para a roupa. - Um pecado não o ver vestindo isso... Bem já está feito, vou levar para ele, caso ele não queira basta não usar. - Fechei o zíper outra vez.

Me abaixei apertando meus olhos. - Hormônios se acalmem, ele não é mais nosso. - Olhei para minha virilha coberta pelas roupa. - Seja boazinha e pare de querer o que não podemos ter.

Me ergui, peguei o telefone nas mãos e liguei para ele. Sem hesitação.

– Sim? - A voz dele soava irritada, temi responder, mas criei toda coragem do universo.

– Seb, sou eu. - Passei a mão por meu pescoço.

O tom dele se acalmou. - Aconteceu alguma coisa?

– Não. Eu só estava olhando a roupa do Ciel para o aniversário e acabei achando a que havia feito para você... Se você ainda quiser posso levar para você. - Falei mordendo o lábio inferior.

– Quero, eu estou na galeria... - Disse rapidamente.

– Tudo bem, já passo ai. - Desliguei o telefone, apoiei ele no queixo pensativa.

Vesti uma calça de couro com as botas, coloquei uma blusa azul sem os ombros de mangas longas e largas.

Sai de casa com o cabide nos braços soltando os cabelos do coque. - Será que fui rude em desligar? Eu não sei como agir nesta situação. - Suspirei entrando no carro e colocando o cabide no banco do passageiro.

O caminho todo pensativa. Estacionei o carro e deslizei um gloss de morango pelos lábios. Segurei o volante com as mãos, apoiando a testa nele. - Eu nunca liguei para isso, porque estou tão preocupada em estar bonita?

Suspirei e criei coragem descendo do carro, peguei o cabide entrando na galeria.

– Senhora Michaelis a quanto tempo? - Um dos funcionários disse com meigo sorriso.

Todos ali adoravam a gentil mulher.

– William, como vai sua família? - Sorri apoiando o cabide no ombro.

– Muito bem senhora, e o pequeno Ciel? - Perguntou sorridente.

– Ótimo, aquele bagunceiro. - Apoiei a mão na boca sorrindo.

– Senhora Michaelis, ouvi boatos de que estava grávida! - Uma bela moça veio correndo em minha direção.

Sorri apoiando a mão no ventre. - Estou... Quase oito semanas.

Os dois funcionários sorriram.

– Se sair tão lindo quanto Ciel a senhora terá trabalho com as namoradinhas. - O homem disse divertido.

– Contanto que não seja como o pai no gosto pelas mulheres ficaremos bem. - Ri apoiando a mão livre na cintura.

– Ai vai ser difícil. - A bela moça riu.

– Onde está Cínthia? - Olhei para os dois.

– Ih senhora, ela saiu de licença maternidade... Chegou uma megera para ficar no lugar dela. Mulher mais chatinha. - William disse sem cerimônia.

– Ela fica que nem uma galinha atrás do senhor Sebastian. - A outra afirmou.

Antes que eu pudesse dizer algo ouvi o sotaque britânico.

– O que vocês dois estão fazendo importunando minha esposa? - O moreno disse com sotaque brincalhão.

– Está vendo William, só a senhora Michaelis chegar que o patrão fica de bom humor. - A mulher disse sorrindo.

– Vão trabalhar vocês dois. - Abanou a mão para os dois que saíram entre risadas. - Venha até a minha sala.

Assenti e segui com ele até a sala dele. Entramos e ele fechou a porta atrás de si.

– Vou precisar provar? - Perguntou me olhando nos olhos.

– Não precisa. Sei suas medidas de cor. - Apoiei sobre a cadeira o cabide revestido. - Depois me diz se gostou.

– Claro. Você já vai? - Se aproximou de mim.

– Não quero te atrapalhar. - Dei um singelo sorriso. - Aliás seus funcionários não gostam da secretária nova, ela parece ser meio megera com eles.

– Ela é realmente uma mulher megera. - Moveu os ombros. - Mas logo Cínthia volta.

– Que bom. - Dei um doce sorriso e segui em direção a porta.

Sebastian agarrou meu pulso. - Espera... - As palavras fugiram dele ao encontrar o olhar vívido da esposa. Seu olhar envergonhado desceu em busca de desviar do dela.

Com o olhar baixo ele notou a delicada mão ainda com a grossa aliança negra e a acompanhando a aliança de noivado. O moreno sorriu aproximando a pequena mão de seu rosto.

– Que foi? - Perguntei curiosa.

– Nada. - Beijou minha mão com carinho.

Sorri o olhando nos olhos, girei nossas mãos vendo que ele também ainda usava a aliança.

– Precisamos conversar... Tenho muito a te dizer... Muito pelo que me desculpar. - Apoiou minha mão em seu rosto.

Dei um sorriso largo soltando o ar que prendia nos pulmões. Deslizei a mão gentilmente pela bochecha dele.

– Posso ir falar com você hoje a noite? - Beijou a palma da minha mão com o olhar ardente sobre o meu.

– Hoje não dá, Alois vai dormir lá em casa com Ciel para a festa de amanhã. - Desci a mão pelo pescoço dele.

– Tudo bem. - Me deu seu olhar triste.

– Já vou indo. - Afastei a mão do corpo dele.

– Tudo bem... Só... - O britânico segurou em meu queixo me beijando com desespero.

Imediatamente retribui passando as mãos pela nuca dele, enquanto as mãos fortes envolviam meu corpo, a direita agarrava meu traseiro enquanto a esquerda se entrelaçava nós meus fios de cabelo.

Nossas línguas buscavam uma pela outra de forma desesperada, nosso beijo foi tão intenso e demorado que nós dois tivemos que nos afastar para buscar fôlego.

– Não consegui aguentar. - Disse com as bochechas avermelhadas.

Sorri, apoiando ambas as mãos no rosto dele. - Tudo bem, eu queria isso até mais que você provavelmente. Mas isso não significa que não precisamos conversar.

– Entendo. Faremos isso mais breve possível. - Sorriu apoiando a testa contra a mim.

– Tudo bem, vou indo então. Se puder vir mais cedo amanhã para o aniversário para assim pode olhar os meninos enquanto me arrumo, eu adoraria. - Dei um doce sorriso.

– Tudo bem, irei mais cedo. - Sorriu me olhando nos olhos.

– Obrigada. - Abri a porta tentando conter meu sorriso.

– Eu te levo até o seu carro. - O inglês me seguiu pelos corredores.

– Tchau senhora! - Os funcionários acenavam e eu acenavam de volta.

Sebastian me levou até meu carro, nos despedimos e ele entrou outra vez na galeria.

– Então o senhor vai ser papai outra vez? - William dizia animado.

– Sim, quem diria. - O moreno sorriu.

– Sempre bom, criança alegra a casa. - O funcionário riu. - Senhor, sua boca está suja...

O britânico deslizou o dedo pelos lábios e sorriu, limpando. - Esposas William, difícil viver com elas, mas é impossível viver sem elas. - Apoiou as mãos nos bolsos voltando para sua sala.

^~^

Ciel e Alois estavam sentados sobre o sofá, Alois usava uma roupa de dinossaurinho azul enquanto Ciel a verde, ambos assistiam a tv apoiados um no outro.

– Não se sujem, por favor. - Disse em tom de súplica e os dois assentiram positivamente.

Ouvi a porta e respirei aliviada. - Deve ser o Sebastian.

Eu estava de roupão, abri a porta apressada, olhando o moreno na roupa que havia feito. Os músculos revestidos pela camisa fina de gola alta, a calça justa realçando as belas coxas e o maravilhoso traseiro, junto com a jaqueta de couro negra.

– Você ficou ainda mais lindo nesta roupa. Exatamente como imaginei. - Sorri apoiando as mãos na cintura.

– Tirando o fato de que se eu ficar excitado a calça com certeza rasga. - Riu apoiando uma das mãos na minha cintura e beijando meus lábios com carinho.

– Se acontecer te arrumou outra calça, 90% das suas roupas ainda estão aqui. - Sorri o olhando nos olhos. - Os meninos estão na sala.

O moreno assentiu indo em direção a sala, fechei a porta atrás dele. - Se alguém chegar você pode atender também? Por favor.

– Claro, relaxa, vai se trocar. - O inglês sorriu se sentando no sofá ao lado do filho.

– Oi tio! - O loirinho disse sorrindo para Sebastian.

– Oi Alois, como está sua mãe? - Acariciou os fios loiros do pequeno.

– Muito bem, eu também vou ter um irmãozinho. - Disse com um largo sorriso.

– Que legal! - Sorriu beijando a cabeça de Ciel. - Você me viu?

– Já se desculpou com a mamãe? - O de cabelos azulados disse olhando para o pai.

– Mais ou menos. Vou fazer isso direito depois do seu aniversário. Mas eu devo dormir aqui hoje. - O pintor estendeu o braço pelos ombros do sofá.

Ciel sorriu para o pai. - Que bom, senti sua falta.

– Eu também. - Ele sorriu tocando no nariz do pequeno.

Eu desci as escadas com cuidado, vesti um vestido vermelho que ia até as coxas, solto da cintura para baixo, de mangas longas, uma meia calça escura e botas longas que iam até o início das minhas coxas, prendi parte do cabelo enquanto o resto deixei solto, com um batom vermelho.

Os olhos de Sebastian vieram em minha direção, pude ver o largo sorriso. - Linda como sempre.

Sorri o olhando, girei devagar. - Não combinou com meu cabelo azul novo, mas a roupa já estava pronta.

– Está linda, não está meninos? - O moreno perguntou e os dois assentiram positivamente.

– Sebastian subornou vocês? - Ri me aproximando dos três.

– Não, você está realmente linda tia. - O loirinho sorriu.

– Verdade mamãe. - Sorriu o de cabelos azulados.

– Obrigada. - Sorri.

Logo os convidados começaram a chegar, os primeiros foram Agni, Irene e a pequena Lizzie.

– Quatro aninhos já! Estamos ficando velhas. - Irene dizia me abraçando.

Agni e Sebastian se cumprimentavam.

– Acredita nisso? - Ri a olhando. - Olá Lizzie. - Brinquei com a pequena de fios loiros como os da mãe.

Sebastian acenou com a cabeça para Irene e ela retribuiu.

– Olha Seb, como a Lizzie tem se tornado uma menina linda, adoraria que Ciel se casasse com ela. - Sorri cutucando a bochecha dela.

– Vai arrumar casamento arranjado agora? - O moreno disse brincalhão. - Lizzie realmente é fofinha, até duvido que ela tenha saído do meu irmão.

– Vai se ferrar. - Agni empurrou o ombro do britânico.

Mais e mais convidados foram chegando, Sebastian se estagnou no grupo com os amigos, Bard, Lao, Agni e a mais nova integrante Nina.

As criancinhas corriam por todos os lados, mas o grupinho que guiava todos era o de Ciel, Alois, Lizzie e o Finnian que era o mais velho.

Eu ficava zanzando em busca de dar atenção a todos os convidados presentes para que ninguém se sentisse excluído.

– Você não para um minuto hein? - Policial disse brincalhão.

– Festa nossas são assim. - Sorri olhando para ele. - Fico feliz que tenha vindo.

– É sempre bom ver como seguiu a vida das pessoas que salvei. - O homem sorriu.

Agni ergueu as sobrancelhas olhando para o guarda. - Quem é o bonitão com a sua esposa?

O guarda alto de corpo forte e ombros largos, cabelos negros e intensos olhos azuis acinzentados. Não usava farda agora mas ainda mantinha a posição imponente.

O moreno olhou por cima do ombro para tal homem, erguendo uma das sobrancelhas.

– Ele quem salvou ela do sequestro, se lembram? Ele falou algo sobre ela o encontrar na rua e o chamar por gratidão. - Bard dizia com copo de whisky na mão.

– Vocês ainda estão brigados? - O chinês olhou para o amigo inglês.

– Meio que não. - O pintor apoiou a taça com champanhe sem álcool no balcão do bar.

– Então acho que achou um competidor a altura. - Agni deu um sorriso maldoso.

– Esse cara é realmente bonito. - Nina disse apoiando as mãos na cintura.

– Mais do que eu? - O britânico perguntou curioso.

– Sabe que não. Impossível alguém ser tão bonito como você. Mas ele é uma segunda opção razoável. Você conhece o ditado, quem não tem cão caça com gato. - A moça moveu os ombros.

– Merda, vocês são uns filhos da puta. - O moreno seguiu em direção a esposa e ao tal policial.

Apoiou a mão no fim das minhas costas com um sorriso maldoso. - Também vim agradecer nosso herói.

O policial recuou um passo para trás ao ver o marido da moça se aproximar. - Só fiz o meu trabalho.

– Mesmo assim, você salvou a minha vida. - Sorri com doçura para ele.

– Quem sabe o que não teria acontecido se você não tivesse chegado a tempo. Ela estava grávida ainda na época. - Sebastian beijou minha testa com carinho.

Me virei olhando para ele, dei um largo sorriso. – Bom rapazes tenho que ir ver os convidados.

Os dois assentiram e me afastei para dar atenção a outros convidados.

– Melhor eu ir. - Policial disse puxando coragem.

– Não precisa ir. É normal confundir bondade com flerte. Fique, curta a festa. - O moreno bateu no ombro do homem.

Ele permaneceu em silêncio enquanto Sebastian se aproximou dos amigos.

A festa correu com certa tranquilidade, no fim nós três estávamos exaustos.

O britânico foi até o quarto do filho checar como ele estava, se deparou com o pequeno adormecido em meio aos presentes. Ele sorriu retirando os brinquedos da cama e os guardando pelo quarto, se sentou na cama retirando os sapatos dos pequenos pés.

– Papai? - Ciel disse sonolento. - Você não vai embora outra vez vai?

O inglês cobriu o pequeno, se apoiou nos cotovelos deixando seu rosto próximo do menino. - Nunca mais vou deixar vocês, pode dormir tranquilo, amanhã ainda estarei aqui para brincarmos. - Beijou a rechonchuda bochecha. - Eu te amo carinha.

O de cabelos azulados de um largo sorriso fechando os olhinhos. - Eu também te amo.

Sebastian sorriu beijando a testa do pequeno e saindo do quarto, encostou a porta a deixando com uma fresta aberta e seguiu até a sala.

– Bebê parece pesar uma tonelada as vezes. - Me sentei no sofá. - Eu ando sobre saltos desde que me conheço por gente e nunca senti tanto cansaço por isso, só quando eu fico grávida que isso acontece... E o bebê deve ter o tamanho de um caroço de abacate.

O moreno sorriu se sentando ao meu lado. - Coloque suas pernas aqui. - Bateu em suas coxas.

Apoiei as pernas sobre as coxas dele, lentamente meu amado marido deslizou o zíper abrindo uma das botas e a retirando de mim, logo em seguida fazendo o mesmo com a outra.

Respirei de alívio me deitando no sofá e esticando os braços.

– Querida... Tenho muito a dizer, tem um momento? - Passou as mãos por meus joelhos.

– Desculpe, pode dizer. - Me sentei apoiei um dos cotovelos nos ombros do sofá.

– Sobre a outra noite... Eu estava perturbado, pelas minhas inseguranças em relação ao meu pai, sobre essa gravidez tão repentina. Eu temi que fosse surtar com um segundo filho, que eu não fosse capaz de amar mais alguém fora você e Ciel, que essa criança se sentisse como eu me senti durante toda a minha infância ao lado do meu pai. - Suspirou passando a mão pela nuca. - Eu temi que eu surtasse como ele surtou quando cheguei. Juntou tudo isso com doses grandes de álcool forte e acabei me deixando levar por pensamentos ruins.

Olhei para ele com ternura.

– Usar álcool como desculpa é a coisa mais estúpida do universo, mas foi o que houve, perdi o bom senso e a linha de raciocínio quando ingeri aqueles copos de whisky naquela noite. Mas quero que saiba que acima de tudo eu amo você e Ciel, que a melhor coisa que me aconteceu foi me casar com você. Na verdade você ter roubado o meu gato naquele dia foi a melhor coisa que me aconteceu. - O moreno deu um sorriso safado em minha direção.

– Eu não roubei! - Disse formando um bico nos lábios.

– Amor, por favor, me aceite de volta na sua vida e dos nossos filhos. - Apoiou a mão em meu rosto.

– Aceito... Mas com uma condição. - Dei um sorriso maldoso.

– Que condição? - Perguntou curioso.

– Eu estive pensando que você não é do tipo romântico. - Sorri cruzando os braços. - Temos quatro anos de casados, mais dois de namoro e você nunca me deu flores.

– Flores morrem, mas filhos permanecem vivos por muito tempo e já te dei dois. - Riu brincalhão.

– Eu quero Sebastian Michaelis, que nas próximas duas semanas você seja um típico e clichê homem romântico, de flores a cozinhar de cueca com um avental, a um jantar a luz de velas. - Disse animada.

– Achei que gostava de sexo com força não coisas melosas. - Apoiou as mãos na nuca com um sorriso cínico.

– Eu gosto. Mas quero saber como é uma relação melosa. Você é muito... Selvagem no sentido amoroso. Quero melosidade. - Ri apoiando a mão na boca.

– Na cama também? - Ergueu uma das sobrancelhas.

– Não, na cama pode ficar como sempre foi. Você é bom no que faz. Bom até demais já que tô grávida de você pela terceira vez. - Sorri olhando para ele.

– Um pintor com suas obras. - Riu me olhando nos olhos.

– Touché. O céu você concluiu com sucesso vamos ver qual será a próxima a vir. - Ri apoiando o queixo em minha mão.

– Tudo bem. Eu aceito a sua condição, então você me desculpa? - Sorriu me olhando com carinho.

– Desculpo. Pode voltar para a casa para nossa cama principalmente. - Passei os braços em volta do pescoço dele.

– Mas vou precisar de mais detalhes sobre o romance que você quer. Sempre achei que você quisesse uma relação como em 50 tons de cinza. - Riu zoando com a minha cara.

– Credo uma relação abusiva daquelas? Eu gosto da parte onde ele desiste das crenças e do que ele gosta por amar ela. - Me sentei sobre as coxas dele. - E das palmadas e de todos aqueles brinquedos. Fora isso a relação daqueles dois é bem problemática.

– Olha que mulher realista. Nem parece a mesma bêbada que falou comigo que amava isso. - Sorriu apoiando as mãos em minhas coxas.

– Eu sei, mas eu tinha o quê? Uns 24 e era praticamente uma virgem, não me culpe. Falando nisso deviam escrever histórias sobre sexo bruto onde o homem não é um completo babaca. - Passei os dedos pelos cabelos negros dele.

– Faça um livro sobre nós então. - Disse brincalhão.

– Claro, vou escrever sobre suas crises de ciúmes com o Undy que é gay. Na verdade daria um livro pornô não um romance. - Gargalhei me levantando.

Ele riu apoiando a cabeça nos ombros do sofá. - Alguém com certeza vai querer ler.

– Ou talvez eu não queira dividir nosso pornô amador. - Sorri enrolando os cabelos. - Devíamos gravar uma transa nossa para esse tipo de ocasião, quando sair de casa outra vez.

– Não vai acontecer de novo. - Disse sério.

– Casais brigam o tempo todo, mas mesmo assim eu adoraria pode ver esse vídeo quando for brincar sozinha. - Subi as escadas.

Sebastian gargalhou me acompanhando com os olhos. - E se algum dia vazar?

– Se vazar vazou. Funcionou para a Kim Kardashian. - Ri.

O moreno se levantou sorrindo enquanto assentia com a cabeça.

– Lembre-se duas semanas de romantismo. - Apoiei as mãos na cintura.

– Bem esse movimento artístico e literário é realmente interessante, melhor movimento, sempre gostei, principalmente do "O homem desesperado" de Gustavo Courbet. - Disse debochado.

– Hahaha engraçadinho. Se você não cumprir o acordo... Não vai ter o que você tanto gosta. - Cruzei os braços sorrindo.

– Isso corte o sexo de um pobre homem para conseguir sua vontades. - Disse de forma dramática.

– Você só fala a linguagem do sexo. - Ri entrando no banheiro. - E o classicismo é o melhor movimento artístico.

– O que? Traído pela minha própria esposa. - Ele riu retirando o celular do bolso e digitando na barra de pesquisas "Como ser romântico"

– Não busque no Google, tem que partir de você! - Disse do banheiro.

– Como sabe que estou pesquisando? - O moreno riu.

– Te conheço o bastante para saber que faria isso. - Ri. - E o reflexo da cama pelo espelho ajudou.

O britânico soltou o celular na cama rindo. - Já parei.


Notas Finais


Antes que vocês me ataquem, casais brigam sempre, o problema do nosso casal fav é que ambos são muito orgulhosos, por isso passou tanto tempo


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