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História In My Veins - Long Day


Escrita por: saturns

Notas do Autor


Desculpem os erros

Capítulo 3 - Long Day


Fanfic / Fanfiction In My Veins - Long Day

Parei em frente à escola e lambi os lábios, esperando as crianças correrem mais uma vez. Eu me abaixei e eles me abraçaram, contanto como havia sido o dia na escola. Nós andamos calmamente para a casa de Minkyun e Minsoo me cutucou, chamando minha atenção. Olhei para a garotinha ao meu lado que me perguntou se estava tudo bem. Respondi que sim e sorri, sem realmente convencê-la. Minsoo fez uma careta mas deu de ombros, voltando a conversar com as outras crianças. Eu abri a porta da casa e, como sempre, entraram correndo. Deixei minha mochila na cadeira e procurei algo para cozinhar nos armários, encontrando rámen. Deixei a água ferver e fui para a sala, sentando-me no sofá enquanto eles assistiam televisão. Bocejei e Taeyang me olhou, franzindo a testa.

- Você está com cara de cansado.

- Eu não dormi ainda – Eu disse.

- Nada? – Minkyun arregalou os olhos. – Deita na minha cama. Pode dormir um pouco.

Eu ri e sentei no chão, olhando para eles. Todos me encaravam e eu senti uma tristeza me consumir. Minhas crianças...

- Eu quero conversar com vocês.

- Ah, eu sabia que esse dia chegaria – Um deles tampou os ouvidos com as mãozinhas e seus olhos encheram de lágrima, me fazendo ir até ele e puxá-lo para meu colo, abraçando-o. – Você vai deixar a gente?

Pegos de surpresa, os outros começaram a protestar, me fazendo prometer que não faria nada. Eu mordi o lábio inferior e suspirei. Não dava para mentir para crianças, elas sabiam de tudo. Pedi licença e andei até a cozinha, terminando de cozinhar. Escutei elas conversando na sala e reclamarem, dizendo que como elas poderiam comer depois de receber essa notícia. Eu ri baixo e balancei a cabeça. Elas poderiam me perdoar, não poderiam? Eu ainda poderia visitá-las, mas não com a mesma frequência. Não seria como se eu fosse abandoná-las. Eu precisava do dinheiro e, por mais que doesse, tinha que me afastar. E eu nem sabia se daria certo. Teria apenas um teste no dia seguinte, ele não disse que iria me contratar.

Chamei as crianças e servi para cada um, sentando-me na mesa também e as observando comer. Não sentia fome e, por mais que tivessem brigado comigo dizendo para eu comer também, não queria. Eu poderia rir do bico que estava nos rostos deles, mas eles poderiam me matar.

- Eu perdi meu emprego – Disse atraindo a atenção deles e coçando meu queixo. – E fui despejado da minha casa.

- Você pode morar aqui – Minkyun sugeriu com a boca cheia. – Meus pais não se importariam. Você pode dormir no meu quarto.

- Eu estou morando com um amigo por enquanto – Eu ri. – Mas obrigado.

- E por que você vai deixar a gente? – Ouvi Minsoo perguntar.

- Eu preciso ganhar mais do que eu ganhava. Pagar tudo o que devo, procurar um lugar novo para morar... E apareceu uma oportunidade, então preciso aproveitar.

Continuei a conversar com eles durante o resto da tarde, prometendo que sempre os visitaria. Nós ficamos deitados no chão da sala assistindo filme e eu tentava distraí-los já que a expressão triste voltava para os rostos deles. Eu não queria que eles ficassem tristes, principalmente porque disse que voltaria para vê-los. Depois que contei aonde trabalharia, eles ficaram animados e pediram para eu pedir fotos dos seus artistas favoritos. Eu ri do entusiasmo repentino deles. Quando os pais de Minkyun chegaram, sentei com eles na cozinha e expliquei toda a situação que me encontrava. Eles entenderam, mesmo sem esconder a decepção por eu ter que ir, mas entendiam que eu precisava ganhar mais e, naquele momento, eles não poderiam me oferecer isso. Nem os outros pais. Eu concordei e me despedi deles, voltando para a sala e abraçando cada um deles que carregavam a expressão de choro em seus rostos. Não queria demorar muito e sentir meu coração pesar mais, então depois de abraçá-los, saí rápido da casa. Respirei fundo ao andar pela rua, sentindo o vento gelado bater em meu corpo. Me abracei e soltei um xingo por não estar agasalhado devidamente. Deveria ter me agasalhado melhor ao sair de casa. Passei em frente à loja de conveniência e olhei, encontrando o dono no atrás do balcão lendo jornal. Eu revirei os olhos e continuem meu caminho, ouvindo alguém buzinar. Não dei atenção e continuei a andar, até porque o único que buzinaria para mim era Seokjin e, naquele momento, ele estava ocupado trabalhando. Ou me esperando em casa. Quando vi um carro parando ao meu lado, abaixei para ver quem era e acabei perdendo o equilíbrio, caindo de joelhos no chão. Resmunguei alguns sentimentos e ouvi uma gargalhada alta enquanto me levantava. Sentei-me no chão e limpei minhas mãos na calça, vendo alguém se aproximar de mim e perguntar se eu estava bem enquanto tentava segurar a risada.

Desgraçado.

Olhei para a pessoa e franzi a testa ao reconhecer o garoto da empresa. Como era o nome dele mesmo?

- Eu estou bem – Respondi e segurei sua mão que ele havia oferecido para me ajudar a levantar. – O que você está fazendo aqui?

- Passando? – Ele sorriu divertido. – Como te deixam andar na rua sozinho? Você parece o desastre em pessoa.

- Obrigado – Revirei os olhos e acenei, despedindo-me.

- Não quer uma carona?

- Eu não aceito carona de estranhos – Respondi e arrumei minha mochila.

- Eu não sou estranho – Ele fez um bico e depois gargalhou. – Espera, você não me conhece, não é?

- Eu esqueci seu nome – Revelei sentindo minhas bochechas corarem. – Esqueço das coisas rápido, desculpa.

- Não quis dizer isso – O garoto pendeu a cabeça para o lado. – Aceita minha carona?

Eu neguei com a cabeça e ele deu de ombros, despedindo-se e voltando para dentro do carro. Buzinando mais uma vez, acelerou e saiu rápido do meu campo de visão, fazendo-me morder o lábio inferior e continuar meu caminho para a casa de Seokjin. Era um pouco longe dali, então demorei para chegar e, assim que o fiz, ele não estava lá. Andei até meu quarto e joguei minha mochila no chão, tirando as roupas e andando até o banheiro. Tomei um banho rápido e me joguei na cama de toalha, sentindo meu corpo cansado relaxar. Eu realmente precisava dormir e descansar por um bom tempo. Fechei os olhos e soltei um longo suspiro, antes de cair no sono.

Quando acordei, eu estava sentado e meu pescoço doía. Levei minha mão direita até lá para massagear a área, soltando um longo suspiro pela dor. Eu estava sentado em uma cadeira e, quando percebi, me levantei rapidamente. Franzi a testa olhando o quarto escuro e percebi que havia uma enorme cama, na qual estava bagunçada como se alguém tivesse acabado de levantar. Olhei para a cadeira que eu estava sentado e percebi, na mesa, equipamentos de gravação e para produção de música. Andei lentamente até ela e os arquivos tinham nomes estranhos, mas uma em especial havia chamado minha atenção. “Para o meu amado Taehyung”, era o nome e, quando me aproximei para abrir a música, a porta foi aberta lentamente, fazendo-me assustar e tropeçar na cadeira. A luz acendeu e meu coração parou ao ver Yoongi parado na porta, olhando-me com a testa franzida como se perguntasse o que eu estava fazendo ali. Ele deu de ombros e, ignorando minha presença, andou até a cama, deitando-se e puxando a coberta para cobrir-se. Seus olhos voltaram para mim e ele deu um sorrisinho antes de bater no espaço vazio ao seu lado, chamando-me. Olhei para os lados para ter certeza de que estava falando comigo e, quando me levantei, um vulto passou por mim, andando até a cama e deitando-se ao lado de Yoongi, aproximando-se e o beijando. Senti-me corar e olhei mais uma vez a cena na minha frente, me perguntando o que realmente eu estava fazendo ali. Em passos rápidos, corri para a saída mas senti alguém virar meu corpo bruscamente, encostando minhas costas na parede. Yoongi segurava meus pulsos e seus olhos escuros observavam cada traço do meu rosto.

- Taehyung! – Ouvi alguém gritar e me assustei, abrindo os olhos e procurando o dono da voz. – Você estava tendo um pesadelo? – Encontrei Seokjin me olhando preocupado e franzi a testa, tentando entender o que ele havia falado. – Você parecia assustado.

Bocejei e passei a mão no rosto, segurando minha toalha e sentando-me na cama.

- Não era nada – Eu respondi e me levantei, expulsando-o do quarto para que pudesse me vestir.

Seokjin saiu dizendo que Jimin logo chegaria com a janta e eu ri, procurando algo para vestir na mala. Me vesti e passei a mão nos cabelos e no rosto, bocejando mais uma vez. Minha cama estava me chamando, mas quando ouvi a voz escandalosa de Jimin cumprimentando Seokjin, saí do quarto e andei até lá, vendo o garoto que agora tinha os cabelos laranjas. Assim que me viu, abriu um sorriso enorme e andou até mim, puxando-me para um abraço.

- Que saudade! – Ele disse ainda me apertando.

- Também senti sua falta – Respondi. – Que cheiro é esse?

- Pizza! – Seokjin gritou da cozinha. – Jimin trouxe.

- Você sabe como me deixar feliz – Eu ri.

- Desde sempre.

Jimin piscou um olho e puxou-me até a cozinha, pegando uma fatia de pizza com a mão e enfiando metade na boca. Seokjin o olhou com uma expressão feia já que estava pegando pratos mas, quando peguei um pedaço com as mãos também, ele suspirou e pegou guardanapo, andando com a caixa até a sala e se jogando no sofá. Jimin sentou do seu lado esquerdo e eu do seu lado direito. Enquanto comíamos, Seokjin ligou a televisão em um canal de música e deixou o controle de lado, concentrando-se na conversa.

- Você vai, não é? – Jimin perguntou, pegando-me de surpresa.

- Aonde eu vou? – Perguntei mordendo outro pedaço de pizza.

- Para meu primeiro live stage! – Jimin revirou os olhos.

- Se ele for contratado, terá que ir mesmo se não quiser – Seokjin deu de ombros.

- Contratado?

- Ele entregou currículo na empresa hoje.

- Nossa! – Jimin colocou a mão na boca, entusiasmado.

Eu ri e nós três voltamos nossa atenção para a televisão quando reconhecemos a voz de Yoongi. Era um vídeo do seu último single. A música era boa, precisava confessar. E ele também estava ótimo. Não que eu não tivesse visto o vídeo antes, mas sempre que assistia eu prestava atenção em todos os seus detalhes, já que era o máximo de contato que poderia ter: vê-lo por vídeos. Olhei para Seokjin e Jimin que mantinham-se concentrados no vídeo. Suas expressões variando de orgulho do amigo para... Mágoa? Eu estava magoado, mas também estava orgulhoso. E feliz por ele ter conseguido chegar aonde estava.

- Sinto falta de quando éramos nós quatro – Jimin disse.

- Eu também – Seokjin concordou.

Eu concordei com a cabeça e outro vídeo dele começou. Provavelmente era especial dele na televisão. Diferente do outro, era um vídeo mais divertido, como se fosse um vídeo caseiro dele se divertindo com seus amigos. Seus novos amigos. A televisão desligou de repente e eu olhei para o lado, vendo Seokjin colocar o controle ao seu lado e olhar para nós como se nada tivesse acontecido.

- Apesar de estarmos na mesma empresa, eu nunca o vejo – Jimin confessou.

- Eu o vi hoje – Seokjin revelou. – Na verdade, ele veio falar comigo. Perguntou como as coisas estavam, como estávamos, como Taehyung estava.

- E o que você respondeu? – Perguntei.

- Falei para ele te perguntar pessoalmente.

- Mas eu não quero falar com ele – Respondi me jogando no sofá.

Ouvi meu celular tocar e pedi licença, andando até o meu quarto e pegando o aparelho da minha cama. O nome de Yoongi estava no visor e eu franzi a testa, encostando a porta do quarto e sentando-me na cama. O aparelho tocava na minha mão e eu não tinha coragem de atender. Me lembrei do sonho e senti minha respiração falhar, o que me fez balançar a cabeça e colocar o aparelho no ouvido assim que o atendi. Yoongi conversava com alguém no fundo e deu uma gargalhada alta, comentando algo com a voz mole. Ele estava bêbado. Eu tinha certeza disso. Assim que percebeu que eu havia atendido, ele pediu, entre risadas, para ficarem em silêncio que ele atenderia uma ligação.

- Fiquei feliz que você me ligou depois desse tempo todo – Ele disse.

- Você quem me ligou, idiota – Revirei os olhos.

- Estou falando de ontem, ridículo – Ele soltou uma risadinha e eu sorri, lembrando-me que sempre nos xingávamos de brincadeira. – Como você está?

- Não é como se você realmente se importasse.

- Seokjin mandou eu perguntar, então estou perguntando.

O imaginei dando de ombros e eu apertei o aparelho no meu rosto, sentindo raiva. Desliguei a ligação e joguei o aparelho de lado, enfiando-me debaixo do cobertor e escondendo meu rosto no travesseiro. Como ele pode ser tão cara de pau desse jeito? O celular tocou mais uma vez e o atendi.

- Eu te odeio, para de me ligar! Me esquece exatamente como você fez esses anos, ok?

Dessa vez quem desligou o aparelho foi ele, depois de rir baixo. A porta foi aberta e olhei para Seokjin e Jimin que estavam confusos e, assim que viram minha expressão, andaram até mim, deitando na minha cama junto comigo e, daquele jeito, nós três adormecemos.

 


Notas Finais


obrigada pelos comentarios no capitulo anterior!!! são muito importantes ^~^
agora que as coisas vão começar realmente a acontecer...... e relacionamentos a desenrolar.......... e vocês entenderam


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