História In The Arms Of Colin - Colin É Um Homem Completo

Dave afrouxava o cachecol vermelho com amarelo que colocara e abriu o casaco grosso demais para o início da primavera quando a neve começa a derreter e o sol começou a ficar mais forte.

 

_Droga! - praguejou consigo mesmo.

 

_Eu disse que ia fazer calor filho. - a mãe disse acariciando o braço do filho que por incrível que pareça era mais alto que ela.

 

_Ta foi mal não ter te escutado mãe.

 

_Ei gente vamos nos divertir vamos embora amanhã...- disse o homem meio gordo de cabelos castanhos, os três pararam quando um telefone começou a tocar.

 

_É o meu! - Dave disse mexendo na mochila - Eh, Oi Colin!

 

_Dália, que tal sairmos pra sei lá um encontro?

 

_Que? - disse se distanciando dos pais que ficaram o olhando.

 

_Quer sair comigo Dália? - repetiu.

 

_Isso seria incrível querido só que...meus pais estão aqui e eu tenho que mostrar a cidade pra eles...sinto muito. - disse um pouco tristonho.

 

_Tudo bem Dália no dia que estiver livre me liga...eh tchau. - desligou antes de deixar o moreno responder.

 

_Filho eu e seu pai estávamos conversando sobre ir ver um filme vem conosco? - perguntou a mulher abraçando o braço do marido.

 

_Eu adoraria mas...recebi uma ligação importante e meio que tenho que ir...

 

_Ah filho nós só vamos voltar no natal tem certeza de que não quer ficar com seus pais?

 

_Desculpa mãe, realmente tenho que ir vejo vocês depois do filme é só me ligar OK?! - disse abraçando a mulher e fazendo sinal de tchau para o pai que o seguiu.

 

_Você vai ver o Colin? - perguntou com as mãos nos bolsos.

 

_Pai sinto muito mesmo se você conhecesse ele iria saber por que eu to correndo assim.

 

_Eu não apoio muito essa atitude mas toma cuidado.

 

_Eu vou, obrigado. - se despediu e entrou no metro.

 

Chegando a mansão Colin

 

Dave tocou a campainha e depois de alguns minutos esperando um dos capangas de Colin abriu a porta.

 

_O Colin ta em casa? - perguntou apertando a alça de sua bolsa.

 

_Ele ta no quarto, pode entrar vou te mostrar onde é.

 

_Não precisa eu já sei... Obrigado.

 

Subiu as escadas e respirou fundo antes de bater na porta.

 

_O que vocês querem cara...- parou de falar ao ver o moreno que segurava seu casaco em uma mão e sorria para o ruivo. - Dália?! Não ia ficar com seus pais?

 

_Eh mas eles foram ver um filme de romance e eu não gosto de ver meus pais se pegando sabe...

 

_Então veio aqui pra passar o tempo?

 

_Mais ou menos...- corou um pouco ao perceber o peitoral definido e tatuado do maior.

 

_Entra.

 

O ruivo não deu espaço para o menor passar apenas deixou o garoto quase se esfregar no corpo dele, com um pouco de dificuldade Dave passou sentindo o cheiro de álcool e cigarros do ruivo se misturando com um perfume meio forte do quarto do mesmo.

 

_Então o que tava fazendo?

 

_Nada de importante...apenas resolvendo uns negócios.- o ruivo disse com uma expressão séria e tristonha.

 

_Por que tão sério? - o moreno perguntou abraçando as cotas do ruivo.

 

_Nada demais...

 

Dave deixou o ruivo na varanda e foi olhar o quarto com paredes em um tom de vermelho escuro desbotado, foi ate uma mesa de escritório moderna e viu vários papéis sobre a mesa alguns com fotos, uma delas era a foto de uma mulher muito bonita com um sorriso encantador no rosto, junto da foto havia uma carta;

 

" Meu caro amigo, Colin fico feliz em te presentear com um dos mais belos lotes de toda a república dos casacos vermelhos "Afrodite", um amor e muito boa no que faz disposta a fazer todos os seus fetiches por mais estranhos que sejam se tornarem realidade, espero que aceite de bom grado nossa oferta de paz e possível união. Com prazer o líder dos casacos vermelhos - Auden Cortez!"

 

_Ofertas de paz idiotas!!! - o ruivo murmurou enquanto sentava na cadeira giratória e fazia sinal para que o moreno se sentasse em seu colo.

 

_Eles querem se unir não é algo bom? - disse se sentando no colo do ruivo e sentindo a mão dele envolvendo sua cintura.

 

 _Devia ser mas só pode haver um no comando se unificarmos a mafia que é o que eles querem.

 

_E essa garota? - mostrou a foto.

 

_Uma prostituta...o negócio deles é focado na prostituição o meu no cultivo e venda de drogas.

 

_Pensei que fosse tudo a mesma coisa...

 

_Ate eu sei o quão horrível é contrabandear pessoas Dália, minha mãe era uma, eu jurei a ela que um dia estaria no lugar desses cafetões e não deixaria as garotas sofrerem mais, logico que tudo ficou mais fácil quando o dono dessa máfia me adotou, eu disse a ele que tomaria o comando de tudo e faria do mundo um lugar melhor mas conforme o tempo passava eu percebia o quão lunática minha ideia era ficou ainda pior quando matei meus pais adotivos e os filhos deles...minha mente estava meio que "eu já to fodido porque não deixar tudo mais fodidamente esquisito?"

 

_Então você nunca quis ser assim?

 

_Isso não importa Dalia, não acho certo você abandonar sua família pra ficar com um cara como eu...devia ficar com os pais que ainda te- foi cortado pelos lábios famintos do menor que por si só aprofundou o beijo ainda sentado no colo do mais velho, Colin sem dificuldade se levantou segurando o pequeno que entrelaçou suas pernas envolta da cintura do ruivo, o levou ate a cama ainda sendo beijado pelos lábios sedentos do moreno pararam só para recuperar o fôlego e tirar as camadas de roupas que os impedia de se ver por completo.

 

_Tem certeza Dave? - o ruivo perguntou um pouco preocupado.

 

_É melhor continuar antes que eu mude de ideia! - disse puxando o ruivo de volta para o beijo se excitando ainda mais ao ouvir seu nome soar nos lábios do ruivo.

 

O céu começou a escurecer e as pequenas gotas de chuva começaram a se tornar grandes gotas de chuva enquanto que fugindo do temporal que viera de repente os pais de Dave avistaram Tina conversando com uma mulher bem vestida.

 

  Tina conversava com Betty em frente a delegacia ambas esperavam por Tom que estava se despedindo dos policiais de plantão fazendo uma piadinha sobre não chegarem tarde em casa, as duas se encolheram de baixo de seus guarda chuvas e andaram comentando sobre o que poderia estar por vir e sobre todas as confusões.

 

_Tem certeza disso? - Tina disse um pouco na defensiva.

 

_Total, ele vai acabar se desesperando por causa do Dave e sabe que ele é capaz de qualquer coisa certo? -a mais velha disse.

 

_Colin ja teve ataques de pânico, crises de abstinência ele chegou a ser internado mas não ficou por muito tempo ja que ele fugia sempre, o pessoal da clinica acabou desistindo dele claro que com um pouco de dinheiro. - Tom disse se encolhendo em seu casaco de chuva.

 

_Não acho que o Dave vai abandonar o Colin, é a segunda vez que os dois estão juntos e a segunda sempre pode ser melhor que a primeira.

 

A morena de cabelos meio grisalhos escutou a conversa e ficou com uma expressão brava no rosto.

 

_Sierra eles podem estar falando de qualquer um! -retrucou.

 

_Eu não sou burra Adam ele ja teve um namorado e agora ta tendo outro eu não quero saber com quantos caras meu filho ja dormiu por que ele simplesmente não é mais meu filho.- disse se alterando.

 

_Se acalma você não pode fazer isso. -tentou acalmar a esposa.

 

_Não me diga o que fazer Adam vai me dizer que você sabia disso também?

 

O homem encarou os pés em silêncio.

 

_Eu mereço, vamos pra casa eu não volto pra esse lugar nunca mais.

 

...

 

Colin não teve dificuldade alguma em segurar o corpo do pequeno que cavalgava em seu colo sorridente. Os gemidos do moreno poderiam ser ouvidos do lado de fora do quarto pintado com a luz levemente azulada da lua as silhuetas desnudas eram pintadas nas paredes e ambos estavam excitados demais para se preocupar com a chuva caindo ao lado de fora.

 

Os braços do menor envolveram o pescoço do ruivo puxando os cabelos levemente.

 

_Pulsos! - o ruivo pediu ao menor que o fez meio sem entender.

Dave ficou olhando Colin durante certo tempo enquanto o ruivo passava as grandes mãos pelo corpo pequeno e quase imóvel foi assim ate Colin não conseguir se segurar mais e puxar o moreno para um beijo necessitado, Colin sentou dave sobre seu colo e sem aviso algum o moreno começou a rebolar enquanto beijava o pescoço do maior.

_Parece ate que já fez isso antes Dave...-Colin sussurrou sorrindo.

Sem esperar uma resposta, não precisava de uma apenas a forma em que ele se aprofundou em seu membro provou que ele não estava interessado em conversar. Capaz de sentir cada parte dele acolhendo seu membro como se estivessem necessitadas, Colin acariciava as costas e beijava seu abdômen.

Não demorou muito para que ambos chegassem perto de seus ápices, tal ambiente gerava loucura em ambos a necessidade de deixar seus sentimentos escorrerem em forma de um rio branco tomou conta ate que por fim eles se entregaram por completo um ao outro e dormiram abraçados mesmo que estivessem completamente pelados.

Depois daquela noite Dave entendeu o porque de Colin ser tão cobiçado.

 

 "Eu me lembro das lágrimas escorrendo pelo seu rosto quando eu disse "nunca te deixarei ir embora" quando todas as sombras quase acabaram com a sua luz eu me lembro que você disse "não me deixe aqui sozinho" mas nesta noite tudo está morto, acabado e já passou somente feche seus olhos o sol está se pondo você ficará bem ninguém pode te machucar agora ao chegar a luz da manhã nós ficaremos sãos e salvos"

 

A mansão já acordou agitada, homens correndo para todo lado mulheres tentando manter tudo em ordem, apenas uma parte da casa estava quieta o quarto de Colin, afinal estava vazio já a um tempo.

 

Colin não tem dormido desde...desde que a tempestade começou, desde que perdeu algo que nem sequer era seu mas sentia como se fosse, desde que ELE sumiu sem dar noticia alguma, nem seus pais, nem sua melhor amiga ninguém sabe o que aconteceu depois de bem...uma noite tão incrível entre os dois.

 

_Eu só quero te encontrar Dália..._pensou inquieto.

 

_ONDE ELE ESTÁ? - Perguntou alterado para um homem amarrado a uma cadeira.

 

_Onde quem está? Eu não sou vidente Colin...- o homem disse tentando parecer calmo.

 

_Ele...- mostrou o pulso onde se encontrava a bandana do menor amarrada...suja de...sangue. - você é o único que tem conhecimento de quem entra e sai de qualquer lugar nessa cidade.

 

_Colin, não tem como eu saber onde cada garoto que se parece com mulher está.

 

Um telefone começou a tocar, o ruivo soltou a cadeira de madeira velha e arranhada do homem e andou com um pouco de dificuldade ate a mesa.

 

Antes de pegar o telefone colocou as duas mãos sobre a mesa e respirou fundo, estava fraco e sua abstinência estava começando a dar sinais.

 

Colin não sabia de quem pertencia o sangue na bandana do moreno -que Colin só sabia que era dele porque tinha a imagem de algo que ele associou a ser um filme de bruxas- mas se fosse o sangue de quem ele pensava ser o culpado iria pagar muito caro por isso.

 

Por fim seus olhos se abriram revelando um azul mais opaco tão apagado quanto um dia de trovões seus olhos estavam escuros e tinha olheiras gigantes não dormiu desde o desaparecimento do menor a três dias atrás logo agora que...não, não melhor não pensar nisso agora.

 

Pegou o telefone deslizou o botão verde de atender e levou o telefone ao ouvido.

 

_Hey! Marsh seu sortudo de merda finalmente consegui concluir a entrega da mercadoria na sua casa, de início sua mulher estranhou uma caixa tão grande mas as suas crianças adoraram, olha cara eu não apoio muito jogar com o Colin aquele cara é pirado mas se o chefe paga mais por causa daquele garoto tudo bem. Cara o Colin deve gostar mesmo dele...eh Marsh? Você ta ai cara? Ah droga...- o homem parecia preocupado do outro lado da linha enquanto o outro recebia o olhar frio de Colin fixos em seus olhos o homem congelou.

 

Conseguiu invocar o lado obscuro do ruivo o lado que nem seus guardas, nem Betty, nem Tom chegaram perto de ver.

 

_Ah droga Marsh o que você fez? Esses caras já estão aqui. O que esta fazendo, meu caminhão não me põe no chão me larga - e então só se foi capaz de ouvir o som do homem se engasgando com o próprio sangue.

 

_Espero que tenha uma boa morte! - Colin apenas relaxou o braço o deixando sem força alguma o telefone escorregou.

 

Ouviu-se o som do aparelho se chocando contra o chão com um certo eco já que na sala só haviam a cadeira, a mesa que Colin estava escorado e uma maquina de triturar madeira.

 

Os passos de Colin ecoaram com um som mais assustador pelo salão enquanto enrolava as correntes nos braços para depois as colocar no homem ao mesmo tempo ajeitava um soco inglês com pontas.

 

_O que você vai fazer? Ei cara para! Ele disse que ia me pagar muito bem se eu pegasse aquele garoto. Eu to falando sério ele mentiu pra mim disse que aquele era só uma putinha que você tava muito interessado disse que seria engraçado ver você correr atrás dele!!! Eu não tinha ideia de que ele era tão importante pra você. Colin pensa por favor. EU TENHO FAMILIA CARA!!! - gritou chorando e se remexendo na cadeira na vã tentativa de se soltar.

 

_Eu também tinha.-disse frio. 

 

Soltou as correntes e deu um soco com toda sua força no abdômen do homem, que de imediato cuspiu sangue mas não parou por ai ele continuou socando e socando e cada vez mais forte até seu soco quebrar alguns ossos do homem que estava agonizando.

 

Com um pouco de dificuldade retirou a mão de dentro do abdômen do homem e pegou as correntes amarrando na cadeira e no homem, então apertou o botão e a maquina começou a rodar, o ruivo pegou a outra ponta das correntes e jogou no aparelho que começou a puxar a cadeira.

 

_Você vai queimar no inferno seu desgraçado! - essas foram as ultimas palavras que o tal Marsh cuspiu antes de ter o corpo triturado pela máquina.

 

_Te encontro lá!

 

Saiu do quarto com a blusa branca suja de sangue fez um sinal para os guardas do lado de fora e foi pro estacionamento pegou o carro mais rápido que tinha e saiu.

 

Depois de segundos recebeu uma ligação no monitor do carro.

 

_Ele mora em Jaywick perto de Clacton-On-Sea, casa de número 83.

 

O monitor então se apagou os motores gritaram enquanto o ruivo acelerava, não demorou muito pra chegar desceu do carro batendo a porta caminhou escada a cima e esmurrou a porta de madeira desbotada.

 

_Posso ajudar? - uma ruiva com uma bandana vermelha sorridente vestida em roupas velhas um pouco rasgadas atendeu e quando levantou o olhar seu sorriso sumiu completamente. - o que você quer aqui?

 

_Vim pegar o que é meu! - empurrou a moça e entrou na pequena casa mal arrumada com colchões no chão e uma TV de tubo com palha de aço na antena acima de si.

 

Não foi difícil achar o contêiner pequeno de madeira encostado na sala tapado apenas com uns lençóis.

 

_Eu preciso abrir isso.

 

_Jamie filho pega o pé de cabra.

 

O garoto correu pegou a ferramenta encostada ao lado do fogão e entregou-a a Colin, foram duas batidas ate a tampa se soltar revelando o corpo pequeno do moreno inconsciente em roupas que aparentavam pertencer as prostitutas da gangue rival, Colin se abaixou acariciou o cabelo despenteado do garoto e o pegou no colo enquanto ia na direção da porta parou quando ouviu o moreno grunir.

 

_Desculpa...- falou com dificuldade e olhos semi cerrados.

 

_Eu vou pagar pelo enterro. - falou sem olhar pra trás - vou acabar com os estragos que ele fez, você sabe meu telefone quando quiser sair dessa vida...basta me ligar.

 

Continuou andando ate chegar em seu carro abriu a porta de trás e colocou o menor depois entrou e deu partida, antes olhou o moreno e acariciou novamente seu cabelo dizendo um inaudível "vai ficar tudo bem!" e dirigiu na direção do hospital.

 

Depois de brigar com as enfermeiras ele conseguiu um quarto e um medico exclusivamente para o pequeno.

 

_Vai ficar tudo bem meu amor! - disse olhando o garoto dormir tranquilo depois das medicações.

 

O ruivo foi ate a janela pegou o telefone e discou um número o colocando pra chamar e levando ate o ouvido.

 

_Alô?! - uma voz feminina atendeu um pouco confusa.

 

_Oi Tina, é o Colin eu encontrei ele, você pode...vir ficar aqui? Tem uma coisa que quero fazer antes que ele acorde.