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História In Your Eyes - In Your Apprehension


Escrita por: ChittaphonBae

Notas do Autor


Oioioi
Desculpem ter demorado um pouco para postar esse capítulo, juro que não foi minha intenção kk
Aliás, vocês viram o comeback lindíssimo do EXO? Eu, pessoalmente, estou apaixonada por Forever e The Eve do novo álbum. Kokobop foi hinário também, meus filhinhos fizeram um ótimo trabalho sz
Enfim, meus amores, fiquem com esse cap quentinho pra vocês, espero que gostem :^D

Capítulo 3 - In Your Apprehension


Fanfic / Fanfiction In Your Eyes - In Your Apprehension

Passavam-se das seis da tarde e Baekhyun ainda permanecia deitado em sua cama. Sentia seu rosto inchado, provavelmente por conta das lágrimas antes derrubadas, mas não se importava. Remexia-se impaciente, estava entediado, sabia que estava perdendo boa parte de seu tempo naquele lugar, mas a vontade de fazer algo era nula. Não aguentava mais o pensamento de que estava desperdiçando seu tempo, mas ao mesmo tempo não se via dando uma oportunidade para tal situação mudar.

Ouviu a campainha tocar, sentou-se enquanto encarava o cobertor emaranhado em sua frente. Ponderou por alguns segundos se deveria atender ou não, não estava apresentável e muito menos tinha vontade de conversar com alguém. 

Estava pronto para deitar-se novamente quando a campainha ressoou mais uma vez. Suspirou pesadamente ao perceber que, quem quer que fosse, sabia que estava em casa e aparentava não ter intenções de ir embora sem falar com ele.

Levantou-se da cama e foi em direção à porta, pé ante pé, sem pressa alguma. Assim que abriu a camada de madeira que o separava da visita, assustou-se ao ver Taemin ali parado.

O mais novo continha um sorriso em sua face, mas este acabou por sumir assim que vira o estado do amigo. Já o tinha visto no dia anterior, sabia que não estava bem. Mas o rosto avermelhado, as pequenas bolsas que formavam-se debaixo de seus olhos e os cabelos desgrenhados eram um tanto chocantes.

—Você está bem, Baek?

O menor apenas assentiu.

—Quer entrar?—Ofereceu meio sem jeito.

Taemin adentrou o local, sentando-se numa cadeira que ali se encontrava, enquanto Baekhyun fechava a porta atrás de si. Um silêncio um tanto desconfortável tomou conta do recinto, fazendo com que o maior soltasse uma risada fraca.

—Eu fiquei meio preocupado contigo ontem.

O mais velho assentiu silenciosamente, não tinha a menor intenção em manter uma conversa, não no estado em que se encontrava.

—Acho que um emprego te faria bem, sabe, sair da sua zona de conforto. —Disse analisando a casa desarrumada a sua volta.

O termo "zona de conforto" soou um tanto irônico em sua mente. Era algo que não tinha fazia tempos, muito menos dentro de sua própria residência, onde sentia-se mais incapacitado do que em qualquer outro lugar.

—Acho que pensamos de maneira diferente. —Respondeu em um tom um tanto baixo, recostando-se na parede atrás de si.

—Talvez—O outro levantou-se—Mas acho que há um fator que não podemos negar, você precisa de uma distração.

Baekhyun apenas o encarava, sem ter certeza sobre onde aquele assunto os levaria.

—Lembra do Chanyeol? O irmão do Minho, se lembra?

O outro assentiu mais uma vez. Lembrava-se vagamente do garoto em questão. Já tinha o visto algumas vezes quando Taemin resolvia levar Minho para sair com eles. Sabia que havia ficado cego a uns anos atrás, mas nunca aprofundou-se nesse assunto.

—Estão procurando um cuidador para ele. Pensamos que seria interessante se o cargo fosse ocupado por você.

—Não sei se você sabe, mas eu não tenho experiência alguma como cuidador.—Disse ironicamente.

—Eu sei, mas pense bem—O outro disse animado— Ele não quer um desconhecido na casa dele, e você já o conhece. Você se distrairia por ter que cuidar de outra pessoa e esqueceria o que está te fazendo mal, além de que não precisa ajudá-lo a ir ao banheiro ou coisas do tipo, só tem de ver se ele não vai se machucar ao descer as escadas ou ao preparar a comida.

Byun riu, mas sem achar graça alguma na situação. O garoto realmente estava propondo que ele, alguém sem qualquer experiência na área, sem qualquer capacidade de cuidar de si mesmo, virasse uma espécie de babá para alguém cego? 

—Você é louco.—Foi tudo o que disse em resposta.

—Por favor, Baek.—O tom de voz que lhe era dirigido era quase que o de uma suplica— Até mesmo o Minho concordou que seria interessante.

Não disse nada, apenas continuou encarando o amigo. Não gostava da ideia de tornar-se um cuidador ou algo do tipo, mas sabia que se não aceitasse não encontraria outro emprego tão facilmente, ainda mais por realmente não se importar em ao menos procurar um. Poderia continuar apenas em casa, utilizando o pouco dinheiro que lhe restava e, quando se visse sem qualquer renda suficiente, decidisse procurar um emprego ou então simplesmente permanecesse em sua cama esperando morrer de desnutrição. No entanto, se fizesse isso, teria seus dias relativamente tranquilos preenchidos com diversas visitas e ligações de Taemin. Conhecia o garoto e sabia que, quando colocava uma ideia em sua mente, era extremamente difícil fazê-lo desistir dela.

De certa forma até poderia lhe fazer bem voltar sua atenção para outra pessoa, assim esqueceria-se, mesmo que momentaneamente, da solidão que alastrava em seu interior. Sabia que, se continuasse da forma que estava, sua vida acabaria tomando um rumo muito mais sombrio, onde o medo de acabar com tudo já não mais importasse. Tinha medo de morrer, mas via-se cada vez mais inclinado a desistir.

—Eu não sei, Tae...—A frase saiu quase como um sussurro.

—Vai ser bom para você, acredita em mim.

—Mas eu não tenho nada que remeta a esse tipo de trabalho no meu currículo, como você pretende que eu consiga o emprego dessa maneira? 

—Eu e Minho já pensamos nisso, não se preocupe. —Ele sorriu reconfortante— E então, o que você acha?

—Tudo bem. —Disse rendendo-se.

—Certo!—Respondeu batendo palmas alegremente— Vou indo para casa então, avisar que você aceitou a proposta.

Murmurou um simples "ok".

—Te mando as informações por mensagem, certo?

Assentiu levemente, despedindo-se logo em seguida. Quando fechou a porta de casa, correu ao retorno de sua adorada cama, aninhando-se em meio aos cobertores. Abraçou um de seus travesseiros e suspirou. Estava um tanto nervoso, ficar com alguém que mal conhece em um ambiente fechado, ainda mais sozinho, não lhe agradava. Respirou fundo. Talvez não fosse ser tão ruim assim. Em meio ao receio de ter de retomar interações sociais diariamente, tentava acalmar-se, convencendo a si mesmo que iria conseguir, que tudo daria certo. 

Afinal, não seriam completos estranhos, certo?



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