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História In Your Eyes (EraserMic) - Dezenove...


Escrita por: lizzyangelis

Notas do Autor


Oie gente, tudo bem?!!
Desculpa não ter atualizado sábado passado, meu FDS foi muito agitado e eu basicamente nem trisquei no PC.
Aqui está o capítulo de hoje, espero que gostem!

Capítulo 19 - Dezenove...


Hitoshi ponto of View

Acordei com uma pata fofa apertando minha bochecha. Kuro miou e lambeu meu rosto e eu tive certeza de que ele estava com fome. Ele já estava bem grandinho para um filhote e eu começava a me preocupar. Precisava tirar mais tempo para leva-lo para passear e gastar um pouco de energia. Espreguicei-me na cama, pegando Kuro e trocando sua água e ração, ao sair do quarto dei de cara com Eri. Ela estava com o cabelo todo bagunçado, parecendo um leãozinho e esfregava os olhos para afastar o sono.

—Bom dia, irmãzinha. Acordou cedo. – Falei baixo, afagando os fios loiros.

—Bom dia Toshi. Acordei cedinho hoje pra brincar um montão! – Eu ri e ela bocejou. Espiei a porta do outro quarto, vendo-a fechada. Nosso pai ainda não tinha levantado.

—Que tal me ajudar a fazer o café da manhã? Vamos fazer uma surpresa pro papai? – Ela fez que sim e nós descemos juntos.

Fazia muuuuito tempo que eu não chamava meu pai daquela forma, ficava envergonhado, pois, pra mim era coisa de criança. Mas estava me esforçando para ajudar Eri a se acostumar. Ela ainda o chamava de “Senhor Aizawa” e eu sabia o quanto ele ficaria feliz quando ela o chamasse de “Pai”. Eu poderia suportar um pouco de vergonha até lá.

Na cozinha, não deixei que a pequena chegasse perto de nada perigoso. Ela me ajudou escolhendo o que fazer, adoçando o açúcar, decorando os pratos e desenhando carinhas com ketchup nos omeletes. Enquanto isso, eu cortei algumas maçãs em formato de coelho e fritei salsichas na forma de polvo. Os olhos da pequena brilharam quando viram a comida em forma de bichinhos e ela pulou de empolgação quando a mesa ficou pronta.

—Bom dia crianças, o que estão aprontando tão cedo? – Meu pai nos encarou da porta, com cara de sono, mas seus olhos se expandiram quando viu a mesa posta.

—Bom dia senhor Aizawa! Olha o que o Toshi fez! – Ela disse animada, apontando pros bichinhos.

—Bom dia. Nós fizemos o café da manhã.

—Parece tudo muito bom! Essas carinhas foi você quem fez, Eri? – Ela fez que sim e ele sorriu, bagunçando seu cabelo. – Estão lindas! Obrigado crianças.

Nós nos sentamos e tomamos café, Eri conversava animada, cheia de planos para brincarmos a manhã inteira. Logo após lavar a louça, nós três fomos para a sala e a pequena decidiu que começaríamos com pique-esconde.

—Certo, mas só vale se esconder aqui embaixo, não quero vocês subindo e descendo escada, pode ser perigoso.

—Tááá!!

—Eu começo contando, vão se esconder. – Meu pai se encostou a parede, escondendo o rosto e nós corremos procurando esconderijo.

Passamos a manhã inteira brincando, Eri se divertia de mais, inventando brincadeiras novas a cada instante, cheia de imaginação e criatividade. Estávamos no meio de uma batalha medieval pelo Rei do castelo, quando a campainha tocou.

—Quem será que quer invadir o castelo no meio de uma batalha? – Perguntou a menina, se aproximando da porta com os dois travesseiros em mãos.

—Ah, deve ser o Hizashi. Eu o chamei para brincar conosco, já que o Toshi vai sair daqui a pouco. – Nosso pai saiu do forte que fizemos com os sofás e foi atender, recebendo o professor Yamada com um sorriso.

—O Rei está fugindo com o invasor, precisamos pegar eles Capitão Toshi!

—Como queira, General Eri!

Nós dois avançamos contra os adultos, atirando travesseiros.

—O que está acontecendo, Shouta?!

—Apenas entre na brincadeira. – Eles correram, dando a volta no sofá e pegando mais travesseiros também. Começamos uma guerra, eu e Eri contra nosso pai e o professor Yamada, atirando travesseiros para lá e para cá.

—Estamos ficando sem munição, Rei Shouta! E agora, o que faremos?!

—Não se preocupe, Major Hizashi, tenho uma arma letal que vai acabar com essa guerra! – Os dois saíram de trás do sofá, levando travesseiradas até chegarem perto. Meu pai avançou contra Eri, enchendo-a de cosquinhas, fazendo com a menina gargalhasse até lacrimejar.

—Oh não! Minha General foi atingida! Perdemos esta guerra!

—Conquistamos o território finalmente e agora o Rei é meu!

—Papai, eu vou fazer xixi de tanto rir!

Paralisamos os três no lugar e Eri ficou imediatamente vermelha. Meu pai a abraçou apertado, com lágrimas nos olhos. Eu sorri feliz por não precisar de tanto tempo para Eri se sentir parte da família.

—Você pode me chamar de papai o quanto quiser, minha filha. – Ela concordou, ainda com as bochechas coradas.

Arrumamos a sala, colocando os sofás de volta no lugar e ajeitando os travesseiros. Kuro, que estava escondido, foi se acomodar nas almofadas, preguiçoso.

Aproveitei que os dois ficaram brincando com a Eri e fui para o meu quarto tomar um banho e me arrumar para sair. Quando retornei para a sala, Eri estava sozinha, com folhas espalhadas sobre a mesinha de centro, desenhando.

—Cadê o papai e o professor Yamada, Erizinha?

—Eles tão na cozinha, fazendo o almoço. – Respondeu, concentrada no desenho. Na folha reconheci as pessoas que ela desenhava: O boneco de cabelo roxo era eu, o de preto era o nosso pai, o loiro e alto era o professor Yamada e ela estava terminando de desenhar a si própria, bem no meio. – Toshi... – Ela deixou o lápis de lado e passou a me encarar. – O papai e o senhor Hizashi são namorados?

—Eu não sei.

—Poderiam ser né? Daí o senhor Hizashi poderia vir morar com a gente! Ele é muito legal e bonzinho.

—Você acha que ele seria um bom pai pra gente, Eri? – Ela confirmou com a cabeça, com um sorriso tímido no rosto. - Vamos esperar que eles namorem então. – Sorri para ela, afagando seus fios loiros e me levantando. – Agora eu tenho que ir, vou me encontrar com uns amigos hoje.

—Tá bom! Mas de noite a gente brinca mais, né? – Fiz que sim com a cabeça e ela sorriu, animada. Fui até a cozinha para me despedir dos adultos e saí de casa.

 

---x---

 

O domingo passou rápido divertido. Depois de passar a manhã brincando com a Eri, fui encontrar o pessoal na lanchonete para comemorar. O fato de não ter Todoroki e Midoriya exalando romance por todos os poros foi o suficiente para me deixar feliz e a companhia dos meus colegas me deixou extremamente animado, apesar de eu manter minha expressão de sono de sempre. Foi divertido, Mina e Tetsutetsu comandaram a agitação e o difícil foi conseguir parar de rir com suas palhaçadas.

E logo a segunda-feira havia chegado. A aula estava um parto de acompanhar e, para completar o professor Seikijiro resolveu passar uma atividade em dupla.

Os últimos dias tinham servido para que eu conseguisse começar a superar meu amor não correspondido por Midoriya, mas, mesmo com toda essa situação eu acreditava que poderíamos continuar sendo amigos, até por que não faria sentido simplesmente cortar relações. Mas, naquele momento eu estava recebendo outro golpe da vida. Nós dois sempre fazíamos dupla, independente de qualquer coisa, mas agora, sem nem mesmo me dizer nada ou lembrar que eu existo, Midoriya simplesmente arrastou sua mesa até o ruivo, sendo recebido com o maior dos sorrisos. Eu os encarava, indignado, num dilema entre ficar com raiva ou querer vomitar.

—Acho que essa é a famosa expressão de quem está desapontado, porém não surpreso. Posso sentar aqui? – Ojiro pegou a mesa de trás e colocou do meu lado, sem esperar por uma resposta. – Eu fiquei sem dupla também, já que a Uraraka ficou com pena da Yaoyorozu. Você normalmente faz as atividades com o Midoriya, não é?

—Não ligo para isso. – Respondi, desviando o olhar. Estava com raiva do Midoriya, por ele estar agindo feito um idiota, mas não precisava que os outros percebessem isso.

—Eles parecem estar em outro mundo, não é? – O loiro finalmente se sentou, abrindo seu livro na página que o professor indicou, mas sem parar de falar. – Sei que vocês dois são muito amigos, mas ele tem estado bem ausente ultimamente. Antes do festival te via sempre sozinho nos lugares, é como se ele não se importasse com você.

—Eu realmente não me importo com isso. – Bufei, cansado. – Não é como se eu tivesse muitos amigos, estou acostumado a ficar sozinho.

—Você devia confiar mais nos seus colegas de classe, Aizawa. Você é um cara legal, todo mundo fica meio preocupado por te ver sozinho. – O encarei, meio incrédulo e Ojiro não disse mais nada. Não pensava que os outros se quer tivessem reparado em mim antes.

 

Durante a aula eu senti um desconforto no estômago. Era como se algo estivesse errado e eu me senti totalmente enjoado. Respirei fundo e pedi ao professor para ir ao banheiro. Nunca pensei que correria tão rápido no corredor sem cair e me machucar. A ânsia me atingiu assim que abri a porta e mal tive tempo para me ajoelhar na privada antes de por todo o meu café da manhã para fora.

Me encostei por um tempo, tentando respirar e me sentindo fraco. A dor no meu estômago me deixava tonto e me impedia de levantar do chão. Não sei quanto tempo fiquei ali, tentando controlar a respiração e sentindo aquele gosto horrível na boca. Outra ânsia de vômito veio e eu me debrucei sobre o vaso uma segunda vez, sem consegui reparar na porta que havia sido aberta.

—Aizawa? Você está aí? Ai cara... – Pela voz reconheci ser minha dupla na aula e nem mesmo me dignei a confirmar, estava ocupado de mais vomitando o que já não tinha mais no estômago. Quando finalmente acabei ele me ajudou a levantar, passando meu braço sobre seus ombros.

Eu nunca me senti tão humilhado antes. Nunca tinha passado tão mal na escola antes. E tudo ficava ainda pior por estar sendo ajudado, como seu eu fosse uma criança, por alguém que eu praticamente tinha acabado de conhecer.

—Vou te levar até a enfermaria.

—Não precisa, eu já estou melhor. – Mentira. Meu estômago estava vazio e doía, mas eu não precisava me humilhar ainda mais.

—Você não parece melhor.

—Só me deixa aqui.

—Se não quer ir para a enfermaria, tudo bem. Mas vou ficar com você até que esteja mesmo melhor. – O loiro me soltou, cruzou os braços e encostou na pia.

—Por que você insiste tanto? Não é como se fôssemos amigos.

—Insisto por que quero ser seu amigo. Todos queremos. Nos divertimos tanto antes, por que não podemos continuar nos divertindo juntos?

Desviei o olhar, envergonhado. Tinha medo de voltar a ficar solitário, mas eu mesmo não sabia lidar com aquilo. Respirei fundo outra vez, sentindo meu estômago melhor.

—Desculpa. Só não estou acostumado. – Falei, voltado a sustentar seu olhar e corando. – Obrigado por me ajudar, eu já estou bem, é sério. Acho que foi algo que comi mais cedo.

—Certo, tudo bem. Vamos voltar então?

Lavei a boca e o rosto e nós retornamos para a sala. Assim que abrimos a porta e atravessamos juntos, conversando amigavelmente, pude ver o olhar esmeraldino de Midoriya cair sobre mim, surpreso. Por um momento eu mesmo fiquei confuso, mas resolvi ignorar e segui para o meu lugar. Ainda tinha uma atividade em dupla para concluir.


Notas Finais


Hehehehe capítulo fofinho pra alegrar os corações!
A Eri é muito esperta né gente?! E esse shipp novo querendo se formar???
Só lendo os próximos capítulos pra ver no que vai dar xD
Vejo vocês no próximo! Até lá! o/


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