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História Inalcançável Você - Berlim


Escrita por: princetri

Notas do Autor


Olá galerinha, primeiro capítulo, caso tenha um bom resultado vou continuar e postar um por semana, espero que gostem. <3



(Na imagem do capítulo são os personagens Alex e Elise, caso vocês não os conheçam, pra facilitar na visualização.)

Let's go!


edit: essa estória também é postada no wattpad, se preferir acompanhar por lá, meu user é o mesmo daqui. ( infelizmente o social spirit deforma a formatação do texto ao ser postado, ai fica esteticamente feio, por isso sugiro a utilização do wattpad)

Capítulo 1 - Berlim


Fanfic / Fanfiction Inalcançável Você - Berlim

Lauren POV.


 


— Eu não aguento mais! - Falei, pela milésima vez apenas naquele dia, e no máximo são 9 horas da manhã ainda.


 O que eu não aguento mais? Andar, andar por um zoológico que parece ser maior que todos os continentes juntos, ou só eu que não gosto muito de andar mesmo, mas enfim, o fato é que eu e mais três amigos resolvemos aproveitar as férias da faculdade, pra fazer uma viagem, estamos em Berlim e hoje é o nosso último dia aqui e eu quero MUITO, ir para um lugar mais divertido, o problema é que eu sou a única que não quero está aqui, porque eles três estão super empolgados e parece que a cada animal que é visto a empolgação deles só aumenta. 


— Pelo amor de Deus, Lauren, não faz nem 1 hora que chegamos aqui, para de ser chata e aproveita. - Normani falou, e nem se deu ao trabalho de olhar pra mim, continuou olhando pra um casal de rinocerontes que tem bem na nossa frente, com apenas uma cerca super baixa nos separando deles.


— Hoje é o nosso último dia aqui, vamos embora, por favor. - Insisti.


 Alex e Normani finalmente viraram, ficando de frente pra mim, enquanto Elise continuou falando com os animais, como se eles entendessem alguma coisa, e para completar com uma voz super patética.


— Não estou certa? - Perguntei, aproveitando que finalmente estou recebendo alguma atenção. — Temos que ir fazer algo divertido.


— Sim, você está certa. - Alex disse e eu fiz um breve sinal de reverência, como agradecimento. — PORÉM, você pode esperar a gente terminar de conhecer o local, não seja mimada.


 Bufei e antes que eu pudesse rebater, a pouco atenção que eles estavam me dando, foi voltada para Elise, que desesperadamente chamava nosso nome, olhei pra direção que ela aponta com tanta euforia e no mesmo instante uma careta se formou no meu rosto, um dos rinocerontes, está... como posso dizer? Bem, está realizando suas necessidades fisiológicas, assim, em público, na presença de todos, isso com certeza não foi uma das melhores cenas que já presenciei, levando em conta meu café da manhã tomado há pouco tempo, Alex puxou o celular do bolso e começou a filmar o ato, enquanto se acaba de rir. Tentei entender a graça, mas sem sucesso. Depois de finalmente contemplarem a cena, com o máximo de atenção, eles saíram andando, pra perto dos outros animais, e eu segui eles, o que mais posso fazer? Apenas comecei a contar os minutos para ir embora.

 

 Um pouco mais a frente chegamos em uma área que pode ultrapassar a cerca que limita o espaço dos animais, por esses serem animais de pequeno porte e não oferecer perigo, eu teria continuado distante, mas eles me puxaram pra dentro também.


— Olha que coisinha fofa. - Elise falou, pegando no colo, o que me parece, no meu limitado conhecimento sobre animais, um filhote de cabra, mas também pode ser de uma ovelha, não sei ao certo.


 Alex se aproximou dela e passou a acariciar o animal, que ao meu ver, quer desesperadamente voltar a segurança da terra firme.


— Me dá algumas moedas. - Normani falou ao meu lado.


— Que? - Franzi o cenho.


— Moedas. - Ela repetiu e apontou para trás.


 Olhei na direção que ela aponta, tem uma pequena máquina, que pelo que tá escrito, coloca moedas e sai ração para alimentar os animais. Revirei os olhos e comecei a procurar por moedas no meu bolso, encontrei algumas e entreguei, no mesmo instante ela saiu andando em direção a máquina.


— De nada. - Eu disse em desdém, por ela não ter me agradecido.


— Não há de quê. - Ela respondeu, olhando pra mim por cima do ombro, com um sorriso cínico no rosto. 


 Neguei com a cabeça e também me aproximei da máquina, ela colocou as moedas e girou a chavinha, no mesmo instante uma cabra se aproximou, só que ao contrário do que se esperava, ela não esperou Normani tirar a ração do pequeno recipiente, enfiou a língua lá dentro e puxou o alimento.


— Não, para. - Normani reclama com o bicho, enquanto tenta inutilmente pegar a ração na mão. — Qual é cabrinha, eu paguei pra você comer da minha mão.


 Tudo inútil, o bicho acabou comendo e ela virou pra mim com cara de choro.


— Para de rir, sua sem graça, me dá mais moedas. - Estendeu a mão na minha frente.


— Eu acho que não tenho mais. - Eu disse, revistando novamente os bolsos.


— Eu tenho. - Ouvi a voz de Alex atrás de mim.


 Ele tirou algumas moedas do bolso e colocou na mão de Normani, ao contrário da primeira vez, agora ela ficou na frente do recipiente, impedindo a passagem do animal, quando a ração saiu, ela pegou tudo e colocou na mão, no mesmo instante a cabra se aproximou pra comer da mão dela e ela ficou dando pulinhos contidos de felicidade enquanto alimenta o bicho. Antes que acabasse tudo, ela levantou a mão, pegou a minha e depositou o resto da ração. Abaixei a mão e cabra se aproximou, pra voltar a comer.


— Ah! - Gritei e soltei a ração no chão, no mesmo instante que senti a língua do bicho encostar na minha mão. — Ele baba!


 As pessoas que eu julgava serem meus amigos começaram a rir alto chamando a atenção de todos ao redor, senti meu rosto esquentar. Passei minha mão na blusa de Normani, na intenção de seca-lá e me afastei deles, ainda rindo eles começaram a me seguir.


 Parei de andar, quando notei que as vozes deles já não me acompanhavam, olhei para trás e estão os três parados, fiz o caminho de volta e me aproximei.


— Por que pararam? - Perguntei com o cenho franzido e Alex apontou pra algo do outro lado do zoológico.


 Me virei, mas não consegui achar o que chama a atenção deles, Alex segurou na minha cabeça e direcionou diretamente para o alvo.


— Jauregui, olha o tamanho daquela bunda. - Ele disse, em um tom embasbacado.


 Finalmente percebi o que estava chamando a atenção deles, um pouco mais a frente têm dois funcionários do zoológico, um homem e uma mulher, os dois estão vestidos de calça e uma camisa de mangas longas ensacada, na cor verde escuro, com o logotipo do zoológico estampado nas costas, ele está com um balde em mãos, jogando alguma coisa pra dentro do cercado, o que eu julgo ser alimento, vez ou outra ela repete o gesto dele.


— Realmente, se vi maior eu não me lembro. - Eu disse, com um sorriso de lado antes de me virar novamente para Alex. — Mas nem se anima, você com certeza não tem chances, vamos embora.


— Assim você me ofende. - Ele disse, colocando a mão no peito dramaticamente.


— Tô mentindo? - Ergui uma sobrancelha.


 Ele afastou um pouco a cabeça para o lado e olhou novamente para a moça.


— Não. - Ele disse tristemente.


 Revirei os olhos e voltei a caminhar, na direção que eu estava indo antes.


— Você tem que aprender comigo a pegar mulher, Alex. - Eu disse, em um tom convencido. — Quando voltarmos vou te dar algumas aulinhas.


 Ela soltou uma gargalhada alta e eu parei pra olhar pra ele.


— Lauren, meu amor, sem querer duvidar das suas técnicas de sedução, mas com certeza, aquela mulher. - Apontou pra moça, que agora se encontra sozinha. — Não cairia nas suas investidas, por mais que você tentasse.


— Eu acho que cairia sim. - Elise disse e se aproximou de mim. — Olha essa mulher. - Apontou pra mim. — Jauregui é um pedaço de mau caminho.


— Eu acho que não, a Jauregui é sim uma gostosa, mas olha aquela mulher, ela com certeza não te daria uma chance. - Normani disse.


— Ah, vão a merda, vamos logo, porque quanto mais ficarmos parados aqui, mais tempo vai demorar pra gente ir embora. - Eu disse, e iria me afastar, mas Alex segurou no meu braço, me fazendo voltar para o mesmo lugar.


— Vamos fazer um acordo. - Ele disse, com um sorriso brincando nos lábios. — Se você for até lá e conseguir ao menos um beijo dela, nós vamos embora agora e eu ainda te pago 100 pratas.


“Nós vamos embora agora.” essas palavras ficaram ecoando na minha mente, no mesmo instante eu virei pra olhar pra ela novamente, agora ela está com as mãos apoiadas na cerca de madeira e com o corpo levemente inclinado para frente.


— Ela é casada. - Eu disse, ao notar no dedo dela um anel brilhando graças aos fracos raios de sol.


— Isso é desculpa, pode não ser uma aliança, pode ser um anel qualquer. - Normani disse, colocando um braço por cima do meu ombro e me abraçando de lado. — Vai lá, se você conseguir eu prometo que vamos embora na mesma hora, mas se não conseguir, você não tem mais o direito de reclamar.


— Vamos fazer assim. - Eu disse e virei, pra que pudesse ficar de frente para os três. — Eu vou, MAS, se ela me dispensar dizendo que é casada, eu ganho assim mesmo.


— Não é justo. - Alex disse. — Se ela dispensar você porque é casada, nós ficamos mais 30 minutos aqui e eu te dou só 50 pratas. - Ele disse e estendeu uma mão pra mim.


— Feito. - Concordei, e apertei a mão dele. 


 Os meus primeiros passos em direção a ela, até que foram confiantes, mas a cada passo, mais eu penso na possibilidade de voltar correndo, quando eu já estava na metade do caminho, ela desencostou e se virou pra direção que eu estou, meu cérebro me manda voltar, mas minhas pernas continuam me guiando pra perto dela, percebi que mesmo olhando pra direção que eu estou, ela não está olhando pra mim, sua atenção está voltada para alguma outra coisa, dei um passo pra o lado, na intenção de me tornar o foco dela, mas ao invés disso, ela inclinou um pouco a cabeça pra o lado e voltou a olhar pra Deus sabe o quê, parei e olhei pra direção que ela olha, não vi nada demais, além dos meus amigos com sorrisos idiota no rosto e mais algumas pessoas, mas nada que chame tanto a atenção. Parei de  frente pra ela.


— Oi. - Falei. 


— Se você precisa de alguma informação, por favor, solicite outra pessoa. - Ela disse, me olhou rapidamente e voltou sua atenção para o ponto atrás de mim. — Eu sou veterinária, procura um dos nossos guias. - Justificou.

 

Tão bonita, mas tão mal educada, pensei, vendo ela não me oferecer sequer um minuto de atenção, cogitei dar meia volta e me afastar, mas uma placa anunciando alegremente que o zoológico têm mais de 17 mil animais, de quase 1.600 espécies diferentes, me fez ficar, ao imaginar o tempo que eu ainda vou ficar aqui se não conseguir esse maldito beijo.


— Eu preciso, muito, muito, muito, da sua ajuda. - Eu disse, em uma quase súplica e ela finalmente me olhou.


— Pode falar. - Ela disse, olhando fixamente nos meus olhos e eu desejei que ela voltasse a não prestar atenção em mim.


— Eu vou direto ao ponto, meus amigos me fizeram vir aqui, pra tentar conseguir um beijo seu, eu vou conseguir 100 pratas com isso. - Falei.


"E vou embora do zoológico que você trabalha", minha mente completou.


 Ela está me olhando com um misto de surpresa e... vontade de rir?


— Eu percebi que você usa aliança, então só diz um “sou casada.” de uma forma que eles mesmo de longe consigam entender, porque aí eu consigo pelo menos 50 pratas.


 A atenção dela foi novamente puxada pra algo que acontece atrás de mim.


— Diz alguma coisa. - Pedi.


 Ela continuou sem olhar pra mim, de repente, a expressão facial dela se fechou e ela bufou, eu já estava pronta pra virar, pra tentar descobrir o que ela está vendo, mas ela colocou uma mão na minha nuca e me puxou, juntando os lábios nos meus, continuei imóvel, enquanto isso ela me beija, só saí do transe quando senti a mão dela que está na minha nuca, me apertando, cedi espaço e no mesmo instante ela invadiu a minha boca com a língua, eu estou me sentindo como me senti no meu primeiro beijo, eu simplesmente não estou sabendo como agir, quando finalmente pensei em corresponder o beijo como uma pessoa normal, ela se afastou, tão de repente como quando me agarrou.


 Ela deu um sorriso satisfeito olhando pra o mesmo ponto atrás de mim e depois voltou a olhar pra mim.


— Compra uma bebida com as 100 pratas e faz um brinde pra mim. - Ela disse, piscou um olho pra mim e saiu andando.


 Continuei parada no mesmo lugar, vendo ela cada vez mais distante.


— Eu NUNCA, NUNCA mais duvido de você. - Ouvi a voz de Normani atrás de mim e no mesmo instante me virei.


— O que você disse pra ela? - Alex perguntou, em um tom irritado e jogou uma nota de 100 dólares em cima de mim.


 Peguei a nota no ar e voltei a olhar pra direção que ela tinha ido, mas não vi mais ela.


— Você tem que me dar 50, porque eu sabia que você ia conseguir. - Elise disse e puxou a nota da minha mão.


 Alternei o olhar entre os 3, Normani está sorrindo, Alex está com uma cara de irritado e Elise está guardando o MEU dinheiro, no bolso.


— Meu Deus, gente, ela levou a língua da Lauren dentro da boca, fala alguma coisa Jauregui! - Estalou os dedos em frente ao meu rosto. 


— Eu ganhei. - Falei saindo do transe. — Nós vamos embora daqui imediatamente, vamos pra o Roses Bar e só vamos sair de lá, quando tiver faltando apenas 3 horas pra nosso voo de volta a San Diego.


 Não esperei as respostas, me virei na intenção de procurar a saída. 




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