Harper
Antes de ir embora, consegui cercar Dante. Era importante avisá-lo, por mais que isso provavelmente seria algo comentado, assim como minha amizade com os meninos.
-- Espera! - Ofeguei e coloquei a mão nos joelhos depois de correr atrás dele.
-- Harp?
-- Eu... - Suspirei de novo, e fui recuperando o fôlego. - Hoje você não precisa ficar com a Lila.
-- O quê? - Ele tirou o fone de ouvido que restava. - Por quê? - Ou Dante era muito bom ator, ou realmente estava bem chateado de não passar a tarde com a minha irmãzinha.
-- Hoje vai ter uma apresentação na escola dela. Parece que vai ser uma peça... - Disse com um sorrisinho e coloquei meu cabelo atrás da orelha. - Inclusive eu já avisei que ia faltar hoje no curso, então...
-- É aberto? - Perguntou ele.
Franzi o cenho.
-- Hum... É.
-- Ótimo! - Dante sorriu e digitou algo no celular. Segundos depois sorriu mais ainda com as respostas que recebeu. - Eu e os meninos vamos.
-- O quê?
-- Se a Dalila quiser. - Ele deu de ombros.
-- Ela vai amar! - Sorri. - Valeu.
Ele apenas piscou. O que fez eu me derreter, e minha calcinha umedecer.
Dante
Matteo desviou de duas crianças correndo.
-- Lembrei porque eu odeio criança. Tirando a Lila, claro.
-- Você era pior. - Respondi.
Meu irmão apenas fez uma careta.
-- Tudo pela Dalila. - Maverick sorriu.
-- E pela Harper. - Caleb acrescentou.
-- Pela Harper? - Ergui uma sobrancelha e torci para minha voz não ter também a centelha desgraçada de ciúmes que eu senti. Merda.
-- Vocês vieram! - Dalila rasgou a multidão e abraçou minhas pernas. Eu a peguei no colo e abracei forte, e depois os meninos fizeram o mesmo.
Harper sorriu e nos cumprimentou também. Estava linda no vestidinho de verão amarelo.
Dalila disse que iria falar com as amigas e sumiu entre as pessoas. Harper apenas bufou e colocou a mão na cintura.
-- Ela não para quieta!
Nós rimos.
-- O Dante era bem pior. - Matteo revidou.
-- Ei! - Cruzei os braços.
Todos nós voltamos a rir.
-- Harper, onde é o banheiro? - Perguntei.
-- Eu te mostro, vem. - Ela pegou na minha mão e disse para os meninos não se moverem. Era uma escola pequena, mas estava bem cheia, o que facilitava o fato que dava facilmente para se perder ali.
Ela mostrou uma porta, entrei a puxei comigo, trancando a porta do banheiro. Ali tinha cheiro de limpeza. Um privada e uma pia ao lado com um pequeno espelho.
-- O que você está... - Ela sussurrou, mas não a dei tempo, coloquei Harper contra a parede e a beijei.
Comprimi seus lábios perfeitos contra os meus e a resposta veio imediata. Agarrei seus quadris e a apertei ainda mais contra mim. Gemi ao sentir seus peitos contra meu peitoral, e desci minhas mãos, cavando os dedos na carne macia da bunda.
Harper gemeu baixinho.
Aquele incentivo era tudo que eu precisava.
Levantei seu vestido, expondo a calcinha de renda branca por baixo. Lambi os lábios e mordi seu pescoço, enquanto cobria seu sexo com a minha mão. Ao toque, descobri o pano da sua calcinha úmido.
-- Molhada, linda? - Sussurrei, brincando com o lóbulo de sua orelha, enquanto meus dedos acariciavam levemente o contorno dela pelo tecido molhado.
Harper agarrou meus cabelos, me puxando para mais um beijo. Devorei sua boca enquanto puxei sua calcinha para o lado, cortando seus lábios quentes e molhados e os expondo ao ar. Quando senti sua pele contra a ponta dos dedos, eu gemi em sua boca.
Deslizei dois dedos dentro dela, sentindo Harper absurdamente quente e molhada.
Ela mordeu meu lábio inferior enquanto eu levava meus dedos para dentro e para fora dela.
-- Assim... - Ela suspirou enquanto guiava meus dedos para apertarem seu ponto G, e massagear a almofada macia desse lugar. Enquanto minha palma se friccionava contra seu clitóris muito sensível. Quando fiz como ela queria, Harper gemeu mais alto, e mordeu os lábios. Seus supiros e gemidinhos de prazer estavam me deixando completamente maluco e fora de mim.
Me esfreguei em Harper, e fiquei com medo de gozar sem nem ter tocado no meu pau.
Os gemidos dela eram tão absurdamente viciantes. O cheiro de seu perfume no meu nariz, sua boca roçando contra a minha e seus sexo molhado e excitado apertando meus dedos... Cacete.
Alguns minutos depois Harper tremeu e gozou enquanto se tensionava ao redor dos meus dedos, e então relaxou.
Tentei me acalmar também enquanto lhe dava papel para se limpar, e eu fui lavar as mãos.
Antes de sair do banheiro, nos beijamos de novo.
Harper me pegou pela mão de novo e me puxou pelos corredores. Sorri orgulhoso ao notar o brilho em seus olhos e o rubor rosa em suas bochechas, eu tinha sido o causador e para mim era a coisa mais incrível que eu havia feito em muito tempo.
Priorizava as mulheres ao orgasmo desde que eu levei um puta sermão da minha irmã mais velha que explicou como o sexo nem sempre era prazeroso para as mulheres, e como podíamos fazer aquilo ficar bom. E quem comia quieto... comia sempre. Bem, quase sempre.
Desde então mudei completamente, além de ser anônimo com quem eu dormia, ou ficava. E eu preferia assim, para ser sincero.
A peça estava prestes a começar, e acabamos por encontrar meus amigos sentados na plateia. Com dois lugares reservados para mim e para Harper.
Inventei que não saberia voltar e Harp ficou lá me esperando, mas não tenho certeza que eles caíram nessa. Mas eu aguentaria aquilo em casa. À partir do momento que começou, Harper começou a filmar, assim como um monte de pais presentes, e então eu perguntei, onde estava o pai de Lila e Harp?
Não gostava muito dele, e nem o tinha encontrado ainda. Não que eu pretendesse conhecer o pai de Harper por nenhuma razão mas...
-- É ela! - Harper sussurou do meu lado, mas não foi pra ninguém especial. Seus olhos brilharam ao ver a irmã entrando em cena.
Dava para ver o amor e a ferocidade que ela tinha em relação a irmã. E isso me encantou ainda mais.