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História Incompleta - Surpresinha


Escrita por: SoleLua_

Notas do Autor


Olá gatinhas, como vocês estão???
Olha eu aqui com um capítulo novo para vocês, onde a amizade prevalece! Eu adoro quando eles aconselham os amigos, é tão cute ❤ Espero que goste.
Boa leitura!!

Capítulo 63 - Surpresinha


Mirei Jade que me encarava com um leve sorrisinho, mas então eu a vi suspirar e ficar séria de repente, eu me aproximei e então ela disse:

- Amiga, eu preciso da sua ajuda.

- O que foi, Jade? - Perguntei sentando ao seu lado, já preocupada. - Aconteceu algo?

- Calma K, também não precisa ficar assim, não é nada sério. - Disse sorrindo, suspirei aliviada. - Quer dizer, mais ou menos.

- Sem mistério, Jade. - Pedi. - desembucha logo bailarina, pra quê você precisa de mim? - Perguntei e ela suspirou.

- É que o Max me convidou pra ir na festa de uma tal prima dele. - Falou e eu franzi o cenho.

- Tá, e o que isso tem de mais? A festa é chata? É de criança?

- Não, é o aniversário de dezoito anos da garota, vai ser numa boate.

- Então qual o problema? - Perguntei. - Boate + você = Combinação perfeita! - Disse e ela sorriu. - Você adora dançar, ainda mais pro seu gatinho... Por que tá tão apreensiva?

- É que a festa vai terminar tarde, então nós vamos ter que passar a noite por lá... - Suspirou novamente. - Juntos, entendeu? - Perguntou e eu assenti com um leve sorriso.

- Vai ser a primeira noite de vocês, a primeira vez, e você está insegura, né? - Perguntei e ela assentiu.

- Eu gosto muito do Max, ele está me fazendo muito bem, mas eu não sei se consigo, não sei se estou preparada.

- Ah Jade, você tem que ir no seu tempo, não faça nada por impulso ou pra provar algo pra alguém. - Falei acariciando sua mão. - Ele tá te pressionando? - Perguntei, ela negou rapidamente.

- Não, ele nunca forçou a barra, ele me respeita muito.

- Acho bom, pro bem da integridade física dele! - Falei e ela sorriu de leve.

- Ele não tá me pressionando, ô senhorita esquentadinha. - Afirmou novamente e eu revirei os olhos, então ela suspirou. - Ele não pressiona, mas eu sei que ele quer, eu percebo isso quando as coisas esquentam, ele tenta avançar, e às vezes, eu confesso que também sinto vontade.

- Então, amiga? - Perguntei sorrindo. - O que tá te impedindo de se jogar na cama com o loirinho? Você mesma disse que tem vontade...

- Eu tenho vontade, eu gosto de sentir os toques dele, gosto quando nossos toques se tornam mais íntimos, eu fico excitada, mas quando ele tenta avançar... Eu travo. - Confessou em meio a um suspiro. - Não sei porquê, mas eu não consigo e isso é muito frustrante, tanto pra mim quanto pra ele.

- Jade, eu não sei como posso te ajudar nisso, mas eu acho que você precisa relaxar pra conseguir. - Falei a encarando. - Eu acho que a sua cabeça tá muito cheia, você fica pensando em muitas coisas e numa certa pessoa também. - Disse me referindo ao Cobra, ela baixou o olhar. - É por isso que você não consegue se entregar completamente, porque fica pensando bombagem, comparando relações e isso não faz bem.

- Você tá certa, loira. - Falou rendida. - Eu tô sendo uma boba mesmo, e se eu não parar de agir assim, vou acabar perdendo o Max.

- É, para de pensar besteira bailarina, se joga! - Disse e ela sorriu levemente. - Mas não esquece, não faz nada por impulso, vai no seu tempo, tá? Se o Max gosta mesmo de você, e eu sei que ele gosta, ele vai te esperar. - Completei e ela sorriu abertamente e então me abraçou.

- Obrigada, amiga. - Disse e então me mirou. - Eu sabia que você ia conseguir me ajudar, você é a melhor!

- Eu sei. - Falei e ela revirou os olhos. - Tô brincando, mas pode contar comigo, tá? Pra tudo! - Falei e ela assentiu.

- Agora, que tal a gente ir dar uma volta? - Ela perguntou animada.

- Volta? Onde?

- Ah, vamos no shopping! Tô precisando relaxar, como você mesma disse e... - Mordeu o lábio com malícia. - Tô precisando comprar umas coisinhas pra minha noite com o Max. - Disse e eu sorri.

- Assim que se fala, amiga! - Falei sorrindo, mas então lembrei do que o Pedro me pediu, suspirei. - Mas acho melhor a gente não sair.

- Por quê? - Perguntou indignada. - Ahh Karina, você disse que ia me ajudar, agora vai me deixar na mão?

- É que o Pedro me pediu pra não sair por aí sozinha, por causa do Luís, sabe? - Falei e ela bufou.

- E eu sou o quê? Você não vai sair sozinha não queridinha! - Falou e eu ri. - Vamos, pode ir levantando essa bunda do sofá, vai se trocar porque a gente vai sim!

- Mas, o Pedro... - Tentei retrucar, ela não deixou.

- O Pedro, nada! - Ela me cortou. - Relaxa loira, aposto que o guitarrista vai me agradecer depois por te tirar de casa, até porque, eu estou louquinha pra passar numa loja nova de langerie, uma que abriu há pouco tempo, sabe? - Perguntou e eu assenti já trocando de roupa enquanto ela tagarelava jogada na minha cama. - Então, eu aposto que você não vai aguentar ir lá comigo e não comprar nada pra agradar seu moleque. - Falou maliciosa, sorri. - Pois é, quando ele chegar e você tiver aqui, esperando ele com uma surpresinha, eu tenho certeza que ele não vai lembrar nem do próprio nome, quanto mais de te dar bronca por algo!

- Tá bom, tá bom! - Falei levantando as mãos em rendição. - Você já me convenceu, tá bom? Vamos logo! - Falei e ela pulou em cima de mim, me esmagando num abraço e em seguida praticamente me arrastou para fora.

Nós pegamos um táxi e logo chegamos ao shopping. Jade estava super animada entrava em toda loja que via, e eu a acompanhava é claro, mas ela surtou realmente na loja de langerie, e comprou cada coisa... Coitado do Max, vai ter que ter muito autocontrole se a Jade travar e não rolar. Mas quem não teve muito autocontrole por ora fui eu, já que não resisti, e assim como a Jade disse, comprei umas coisinhas pra agradar o meu moleque.

A tarde estava sendo maravilhosa, Jade é uma companhia e tanto, mas tinha algo me incomodando. Eu estava com uma sensação estranha, parecia que eu estava sendo observada, como se estivesse sendo seguida. Comecei a olhar em volta e Jade percebeu minha agitação.

- O que foi, loira? - Perguntou me analisando. - O que é que tu tá procurando?

- Nada. - Falei ainda olhando em volta.

- Se fosse nada, você não estaria a aí, virando o pescoço toda hora! - Ela ralhou, suspirei.

- Tá bom, é que eu tô com a sensação de estar sendo observada. - Contei. - Você percebeu alguma coisa diferente?

- Pra falar a verdade, não. - Falou e e suspirei. - Mas K, relaxa, não deve ser nada demais. - Disse tentando me acalmar. - Não pensa besteira, deve ser só esses meninos que não estão acostumadas a ver duas gatas como nós passando por aqui, aí ficam secando a gente, nada de mais. - Disse e eu sorri.

- Tá bom, Jade. - Concordei. - Você tem razão! - Falei e ela riu e então gritou ao ver um sapato em uma vitrine, correndo pra lá em seguida, eu a segui.

Jade me distraiu a tarde inteira, e a tal sensação passou, acho que ela estava realmente certa, era só impressão. Voltamos pra casa quando já estava anoitecendo, me despedi da minha amiga, que foi para a Ribalta esperar os pais pra ir pra casa, e eu? Bom, eu fui pra minha casa também, me preparar pra esperar o meu moleque.


Pov Pedro

Eu tinha acabado de sair da casa da Karina e estava indo até o QG encontrar o Cobra. Na verdade, eu até já estou um pouco atrasado, e com certeza o lutador já deve estar nervoso com o meu atraso, aquele ali odeia esperar... Mas quem disse que eu ligo? O motivo do meu atraso foi a minha esquentadinha, e eu nunca me arrependo de nada relaciondo a Karina, ainda mais porque eu realmente estava precisando vê-la, não só por conta de eu estar sentindo falta de passar algum tempo com ela, mas também porque eu estava preocupado.

A verdade é que já faz algum tempo que estamos procurando aquele lutador desgraçado, mas até agora, nem sinal dele. Nós até já fomos no endereço que ele deixou aqui na academia, o prédio não era assim tão longe, mas era numa área meio deserta, e seria um ótimo esconderijo pra aquele rato, já que ele gosta de ficar nas sombras observando, porém, ele não estava lá. Nós conversamos com o porteiro e com alguns moradores, perguntamos por ele nos passando por seus amigos e eles disseram que havia mais de um mês que ele tinha se mudado, e que não sabiam nada dele desde então. Nós aproveitamos para tentar descobrir algo sobre ele, mas eles só nos deram informações que já tinhamos, disseram que era um cara sério, na dele, não tinha muitas amizades e que tinha uma irmã que o visitava às vezes, então depois disso, voltamos para casa extremamente frustrados, já que tínhamos voltado à estaca zero.

Os dias passaram e essa frustração só foi aumentando e junto dela, a preocupação também cresceu. Eu não sei o que aquele filho da puta tá aprontando, mas eu tenho certeza de que ele não vai demorar a agir. Pode ser que ele mande mais um daqueles recadinhos escrotos, ou quem sabe, ele saia do esconderijo e resolva dar as caras e aprontar alguma... Mas em qualquer das hipóteses, isso vai assustar a Karina novamente e é isso o que me preocupa.

Hoje, eu passei a manhã inteira mais preocupado que o normal, não eu ao certo porquê mas ba escola eu estava mais relaxado, já que eu sabia que nada podia acontecer, lá Karina estava segura, mas ainda assim, eu não desgrudei dela um segundo, porém, agora a tarde seria diferente. A tarde a Ana vai para Ribalta e como por conta da briga a K ainda está suspensa, vai ficar sozinha em casa desprotegida e indefesa, e quem me garante que o Luís não sabe disso? Ele pode muito bem se aproveitar dessa situação para infernizar, e eu não podia permitir que ele fizesse nenhum mal a ela, então eu já tinha decidido que não a deixaria sozinha hoje. Eu tinha planejado passar a tarde toda com a minha namorada, a enchendo de beijinhos e carinho e a protegendo acima de tudo, porém, Cobra estragou meus planos, aliás, nossos planos, já que eu já tinha avisado para ela que passaríamos a tarde juntos e ela adorou a ideia, então, digamos que ela não tenha ficado muito feliz quando eu cancelei.

Passei na casa da minha esquentadinha pra ver como ela estava, e assim como o esperado, ela estava toda emburradinha... Ah, sempre esquentadinha! Eu estava preocupado com ela, mas ela parecia igualmente preocupada, e eu odeio vê-la assim. Ela fica ansiosa demais, quer saber se descobrimos algo, e eu tenho medo que ela queira se meter, vir com a gente e se arriscar ainda mais, por isso dei um jeito de desconversar e tratei de beijá-la, e aquilo foi a melhor coisa que fiz no momento. Quando estamos juntos conseguimos nos desligar dos problemas e entramos num mundo só nosso. Eu sei que Karina também sabe disso, e ela sabia também que precisávamos daquilo, então ela me beijou novamente e nós ficamos ali por um bom tempo, aproveitando a deliciosa sensação de ter nossos lábios e corpos unidos, até que Jade chegou. Não gostei nada de me separar da minha esquentadinha, porém, era necessário, pois já tinha ficado ali tempo demais. Não gostei também de ser justamente ela a me interromper novamente, porém, confesso que até fiquei aliviado por saber que Jade vai passar a tarde com a K, assim ela não fica sozinha.

Cheguei ao QG, e como o imaginado, Cobra já estava impaciente à minha espera, sorri e me aproximei.

- E aí, cunhadinho?! - Eu o cumprimentei e ele apenas bufou. - Ah, qual é, Cobra? Vai ficar emburradinho, é? - Zoei e ele me olhou com uma cara nada boa. - Ah já sei, cê deve tá querendo um beijinho pra desfazer o bico, né? - Falei me aproximando, ele me empurrou.

- Que mané beijinho, Pedro? Tá maluco? - Falou sério, franzi o cenho. - Você demorou um século e ainda chega cheio de gracinha, cara?

- Ihh, tá azedo, hein Cobreloa? - Falei e ele revirou os olhos enquanto sentava em frente ao computador. - Aposto que a culpada é a Bárbara, tô certo? - Disse sentando também, ele suspirou e assentiu. - Ahh, sabia! Diz aí, o namoro com a Ruiva tá ficando indigesto, né?

- Ah, sei lá cara, tá meio estranho... - Ele confessou. - A Bárbara é meio difícil, saca? - Disse e eu assenti.

- Pô cara, super entendo sobre mulher difícil! - Afirmei e ele deu um meio sorriso. - Tu acha que eu me atrasei, porquê?

- Karina?! - Disse sorrindo.

- Com certeza. - Afirmei. - Eu tinha combinado de passar a tarde com ela, mas daí tu me ligou marcando aqui, aí cê sabe como ela é, né? Toda...

- Esquentadinha? Sei! - Afirmou sorrindo.

- Pois é, ficou toda emburradinha, e eu tive que ir lá fazer um agrado. - Falei também sorrindo. - Com ela a técnica do beijinho funciona que é uma beleza! - Sorri sacana, ele revirou os olhos, mas sorriu também. - Então, qual o teu problema com a Bárbara?

- Pra ser sincero, eu não sei. - Falou em meio a um suspiro. - De uns tempos pra cá ela anda cheia de ciúmes, a gente só briga, e um porre! Você acredita que anda arranjando desculpas pra vir aqui toda noite? Ela diz que é porque tá com saudades e quer dormir comigo, mas eu sei que não é isso, ela vem é dar uma incerta, e eu odeio o fato de que ela não confie em mim, daí a gente acaba brigando. - Disse e então bufou. - É uma briga diferente todo dia, tudo e motivo pra gente brigar, isso já tá ficando insuportável!

- Olha, se tá tão ruim assim, por que vocês não terminam? - Perguntei cauteloso.

- Ah, eu gosto dela, não vou terminar por bobagem. - Ele disse meio automaticamente, parece que ele já deu essa resposta várias vezes, ou repetiu pra si mesmo diversas vezes.

- Não é bobagem, Cobra, você mesmo disse que tá ficando insuportável. - Falei seriamente. - Que eu saiba, nenhuma bobagem deixa um namoro insuportável.

- Ela só tá insegura, é uma fase, logo passa.

- Cobra, na boa, a Bárbara é um problema. - Falei o encarando seriamente. - Ela era um problema quando nós a conhecemos há anos atrás, e parece que com o tempo ela ficou ainda pior. - Disse e ele me encarou com uma cara nada boa, mas não me intimidei e continuei a falar. - Desde que ela voltou pra sua vida, tudo desandou; você brigou com seus pais, com a Bianca, teve que sair de casa, trabalhar, e o pior. - Fiz uma pausa analisando sua expressão. - Você se afastou da Jade.

- Pedro... - Ele me repreendeu entredentes.

- Escuta, cara. É sério! - Falei e ele assentiu. - Você teve que abrir mão da Jade, que sempre esteve do seu lado, por uma garota que só te fez sofrer. Quando a Bárbara te largou aqui, foi a Jade quem ficou do seu lado, foi ela quem te tirou do buraco, mas bastou aquela Ruiva voltar pra você largar ela.

- Pedro, você não acha que esse teu sermão tá meio atrasado, não?

- Não acho. - Falei sério. - Eu só estou fazendo uma retrospectiva para que você entenda.

- Agora eu sou burro, então? - Perguntou com deboche.

- Você sabe que não foi isso o que eu quis dizer, mas como tá de má vontade, só escuta o que quer.

- Tá ok, guitarrista. - Afirmou. - Pode falar, então, mas vou logo avisando que não vai adiantar nada, eu e a Jade não temos volta, mesmo... - Disse dando de ombros e então suspirou. - Ela até já está namorando outro cara. - Falou baixo.

- Isso não é sobre a Jade, é sobre a Ruiva. - Disse e ele franziu o cenho. - O que eu estou querendo dizer, é que você tem que repensar sobre quem você realmente quer do seu lado, quem realmente te completa, soma contigo. - Falei e ele suspirou pensativo. - Eu sei que talvez você não acredite, mas a Bárbara é ardilosa, ela é manipuladora e, só pra você ter uma ideia, ela até foi capaz de coagir a Karina.

- Como assim, coagir?

- Ela descobriu sobre nós quando ainda estávamos namorando escondido, e nossa, ela disse umas coisas pra Karina que até a fizeram passar mal!

- Que tipo de coisas? - Perguntou nervoso.

- Ela disse que só não ia contar pra Bianca que estávamos juntos, porque via o que tínhamos como algum tipo de vingança. Pra ela era divertido pensar que a Bianca estava sendo enganada. - Falei enquanto ele me encarava realmente surpreso. - Ela queria usar nossos sentimentos pra afetar sua irmã, você tem noção do quão sórdido isso é? E só não ficou pior porque nós contamos logo pra Bianca, porque senão, viraria uma chantagem com certeza! - Completei e o vi me analisar em busca de algum traço de mentira, porém, eu estava sendo verdadeiro e ele percebeu.

- Eu... Não sei o que pensar. - Disse um tanto desnorteado, apertei seu ombro em apoio.

- Você não precisa me dizer nada agora, até porque isso não é um assunto meu, é você quem tem que decidir algo, mas eu sou seu amigo, por isso decidi te falar, agora o que você vai fazer com isso, realmente eu não tenho ideia. - Falei e ele assentiu permanecendo em silêncio. - Mas, então... O que você tinha pra me falar mesmo? Era algo sobre o Luís, né?

- Ah, sim. - Disse saindo dos seus pensamentos e então limpou a garganta. - Eu descobri uma pista sobre a irmã dele, descobri onde ela trabalha.

- Caraca, quando isso? - Perguntei animado.

- Hoje, faz pouco tempo. - Falou me apontando o computador com uma foto da garota. - Comecei a fuçar nas redes sociais dele e achei a mina, daí, pra descobrir onde ela trabalha foi um pulo.

- Tá, e o que a gente faz agora? - Perguntei e ele me olhou com tédio.

- A gente vai lá, né guitarrista? - Falou como se fosse óbvio.

- Tá, mas a gente vai chegar lá no trabalho da mina e dizer o que? - Perguntei, ele levantou e deu de ombros.

- Que tal a verdade? - Disse e eu bufei.

- Claro, a gente vai chegar lá e dizer assim: "Olha, sabe o seu irmão? Pois é, ele é um filho da puta que não sabe ouvir um não e agora tá ameaçando a minha namorada, você pode me dizer onde ele tá por favor, pra gente poder dar uma lição nele? Mas não se preocupa não, porque eu vou pedir pro meu amigo aqui, que no caso é lutador e irmão dela, não pegar muito pesado." - Falei o seguindo, ele riu.

- É, acho que é uma boa, sinceridade total!

- Cobra. - Falei o encarando em repreensão, ele bufou.

- Tá bom, vamos com calma, você fala, já que você é mais sensível. - Disse com deboche, soquei seu braço, ele riu e então entramos no carro.

[...]

Não demorou para chegarmos ao local, a garota trabalha como vedendora numa loja cara num shopping próximo daqui. Pra achá-la foi fácil, mas fazê-la nos ouvir, nem tanto. Quando chegamos ela foi só sorrisos, e até que ela é gata, bem gata na verdade, mas foi só tocarmos no nome do irmão pra ela mudar de expressão e de conduta.

- Ah, quer saber? Eu não posso ficar de conversa. Se quiserem comprar algo me chamem, mas se for pra falar de bobagem, não quero ouvir, dá licença. - Ela disse e nos deu as costas, porém, Cobra a impediu de ir.

- Calma, a gente só que saber se você tem visto ele, se vocês tem contato... - Cobra disse, a garota suspirou.

- Por que estão tão interessados no Luís? - Perguntou arqueando uma sombrancelha. - O que vocês querem com o meu irmão?

- Nós só queremos saber onde ele se meteu. - Cobra disse já impaciente. - Colabora, vai?

- Na verdade, não é só isso. - Eu me pronunciei. - Digamos que seu irmão tenha aprontado algo com alguém muito importante pra nós, algo sério, e estamos atrás dele para impedir que as coisas piorem. - Falei e a vi engolir em seco.

- Droga, de novo não... - Praguejou baixinho, mas eu e Cobra ouvimos e nos entreolhamos.

- O que disse? - Perguntei só para confirmar.

- Que... - Suspirou. - Que isso não é da minha conta! - Falou por fim. - Agora, vocês podem sair, não quero problemas. - Cobra ia retrucar, mas eu o impedi.

- Tudo bem, a gente vai te de deixar em paz, mas pensa bem, e quem sabe você resolva falar com a gente outro dia. - Falei e ela acentiu um tanto reticente, nós saímos de lá.

- Merda, Pedro! - Ele praguejou. - Nós não conseguimos nada, nada! A mina não abriu o bico! - Disse exasperado, sorri.

- Calma, Ricardo. - Falei o abraçando pelos ombros. - Ela vai falar, eu tenho certeza.

- Ah é, guitarrista? - Perguntou com deboche. - Como?

- Ela ficou mexida, sabe que o irmão tá aprontando, e pelo jeito, não é a primeira vez que o filho da puta faz esse tipo de coisa, ela sabe do que o irmão é capaz.

- Tá, mas isso não quer dizer que ela vá entregar o desgraçado, afinal, ele é irmão dela.

- Fica tranquilo, Cobra. - Falei sorrindo. - Eu tenho um plano! - Lhe lancei uma piscadela, ele bufou revirando os olhos.

- Eu tenho até medo de perguntar o que é. - Disse e eu sorri, então entramos no carro.

Comecei a contar pra ele a ideia que eu tive, e como estava pensando em fazer, ele aprovou e me desejou boa sorte, já que eu teria que convencer a Karina a também participar... Tomara que ela aceite. Depois, nós fomos para a Fábrica informar ao mestre sobre o ocorrido e em seguida fui assustir ao restante das aulas da Ribalta.

[...]

Quando já havia anoitecido, eu estava saindo da fábrica e indo pra minha casa, quando esbarrei com uma Jade cheia de sacolas.

- Ai, guitarrista! - Ela reclamou e eu sorri. - Você não olha por onde anda não, é?

- Desculpa, Jade. - Falei e ela assentiu.

- Pra onde você vai assim com tanta pressa, hein?

- Adivinha? Vou ver a minha esquentadinha, né? Tchau! - Falei já saindo, ela me impediu.

- NÃO! - Falou e eu franzi o cenho.

- Por que, não?

- Ah, Pedro porque... - Suspirou. - Faz o seguinte, vai pra sua casa, toma um banho, come alguma coisa, renova suas energias, porque você vai precisar! - Falou com malícia.

- Como assim? - Perguntei já sorrindo também, ela revirou os olhos.

- Digamos que minha amiga esteja preparando uma surpresinha pra você. - Falou baixo. - Você não vai querer estragar, vai? - Perguntou e eu neguei, ela sorriu e piscou cúmplice antes de sair.

Eu não demoreu a fazer o que ela disse fui pra casa, tomei um bom banho, fiz um lanche e conversei um pouco com o João - que estava extremamente feliz porque ia sair com a Bianquinha - e depois segui para a casa da Karina. Ana atendeu a porta e não demorou pra que eu estivesse na porta do quarto da Karina, que estava entreaberta, e a imagem que eu vi fez minha calça apertar na hora.

Puta que pariu, Karina ainda me mata!


Notas Finais


Uuuuiiiaaa!! #Safadinhos
E aí, será que a irmã do Luís vai cooperar? Quem será que ela é, hein?
Ahh e o Cobra, tomara que ele abra logo os olhos e largue aquela ruiva, né? Bjs e até logo, comentem bebês!! 😘😘


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