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História Incomplete - The teddy bear


Escrita por: Hikarry

Notas do Autor


Oi o/
Espero que gostem do capitulo <3

Capítulo 26 - The teddy bear


Sem me dar muito tempo de reagir, Killian se levantou e me puxou para dentro de um cómodo com pouca iluminação, mas onde eu consegui ver uma cama encostada perto da parede e um baú.

Ouvimos a porta ser aberta violentamente e o som dos sapatos com algum salto de Ruby batendo no chão. Killian abriu o baú silenciosamente e se colocou lá dentro, me puxando de seguida para eu fazer o mesmo, baixando a tampa deixando apenas uma pequena fresta aberta para conseguirmos respirar.

Ouvíamos coisas sendo quebradas e a voz severa de Arthur exigindo a Ruby que dissesse onde estávamos, sendo que ela sempre negava que sabia da nossa existência.

Nós continuávamos em silencio dentro daquele espaço apertado até com um pouco de medo de respirar pois eles poderiam ouvir. Logo ouvimos um grito e um som oco de algo caindo violentamente no chão. Quando eu deduzi o que possivelmente tinha acontecido, encostei mais o meu rosto no pescoço do Jones para me proibir de gritar, ou pelo menos para abafar o som do meu choro. O estupor tinha acabado de matar uma das ou mesmo a minha melhor amiga. E então eu me percebi. Onde estaria Henry? Estaria bem? Teria fugido? Logo ouvimos a voz de Arthur ordenando que escondessem o corpo, o que confirmo a minha suspeita do que teria acontecido, e mandando que procurarem o garoto, ou seja, Henry.

Minutos de desespero se seguiram. Nós conseguíamos ouvir os soldado abrirem portas violentamente e partirem coisas. Quando a porta do quarto onde estávamos foi aberta senti os braços de Killian me puxando para mais perto, como se fosse possível, e a sua mão sobre a minha cabeça como se eu fosse uma criança e ele fosse meu pai tentando me proibir de ver uma atrocidade qualquer. Os passos dos soldados andando pelo quarto faziam todos os meus músculos se contraírem de medo e a cada momento que eu sentia os passos mais perto, eu apertava mais a cintura de Killian onde as minhas mãos estavam, rezando para que eles fossem uns incompetentes que não abrissem o baú. Felizmente, eles eram mesmo incompetentes e saíram minutos depois. Continuámos em silencio esperando que deixássemos de ouvir o burburinho e os passos dos guardas e só então saímos do baú, ficando parados olhando para o mesmo durante mais alguns minutos para termos a certeza que eles já tinham ido embora.

- Mamãe! - Henry gritou e logo eu sai correndo do quarto me deparando com uma enorme mancha de sangue no meio da sala.

- Henry! - Killian o pegou no colo e o abraçou com força. - Você está bem?

- Eles mataram a Ruby! Eu vi tudo! Eu estava escondido debaixo do sofá... - Choramingou o garoto, escondendo o seu rosto na curva do pescoço de Killian.

- Tenha calma. - Eu fiz carinho nos cabelos escuros dele. -  Papai e mamãe estão aqui. Nós não vamos deixar que nada aconteça com você. - Eu me virei um pouco e encarei Killian. - O que fazemos agora?

- Só temos uma hipótese. - Ele falou num sussurro, se aproximando da janela com cuidado. - Vamos esperar que, pela primeira vez na vida, Smee tenha ignorado as minhas ordens e ele esteja em Camelot. - Ele suspirou e eu ergui uma sobrancelha. Ele estava louco. Smee nunca desobedeceu uma ordem dele e agora não seria a primeira vez. Com certeza haveria guardas espalhados por todo o Camelot e se nós nos arriscássemos a correr para as docas para procurar uma coisa que nem sabíamos se estava lá era uma total loucura, para não falar que iríamos colocar a vida de Henry em risco. - Eu sei que é arriscado, mas nós não podemos continuar aqui. Mais cedo ou mais tarde eles voltaram e se nos apanharem nós estamos definitivamente mortos. - Explicou e eu suspirei derrotada. Ele tinha razão. A única hipótese que tínhamos agora era confiar na sorte. Andei para junto deles e olhei pela janela. A chuva forte de à uns minutos atrás tinha se tornado neve.

- É a nossa única opção...- Suspirei, depois de uns minutos em silencio. - ...Você está sentindo esse cheiro? - Perguntei me virando para trás.

- Cheiro de queimado? - Assenti.

- Fique aqui com Henry. - Ordenei virando um pouco o rosto para o encarar. - Eu vou ver o que está acontecendo.

Não dei tempo de ele responder e sai da casa me dirigindo para as traseiras de onde vinha o cheiro. Quando dobrei a esquina da casa, corri o mais depressa possível para trás e puxei Killian e Henry para o mais longe que consegui. Dois guardas estavam incendiando a casa e, se nos tinham ouvido falar lá dentro, não demoraria muito para que viesse atrás de nós. Sem explicações, os arrastei para dentro da floresta e corri até Killian não conseguir mais, pois ele ainda estava morrendo de febre.

Olhei para os lados rapidamente e suspirei de alivio. Nada de guardas ou rei Arthur. Eu não sabia para que lado ficava a praia e com Killian naquele estado não conseguiríamos andar muito mais, então o melhor seria deixá-lo descansar um pouco até conseguirmos retornar viagem.

Killian colocou Henry no chão e depois se sentou perto de uma árvore, sendo que o chão já estava ficando coberto de neve. Se ficássemos muito tempo naquele lugar Killian iria ficar pior e poderia morrer...Henry correu para o colo de Jones e se sentou lá o abraçando, possivelmente tentando aquecê-lo.

- Leve o garoto, Swan...A praia fica para sul. - Ele sussurrou numa voz arrastada.

- Não. - Me ajoelhei junto dele, ignorando o facto de eu sentir o frio da neve percorrer todo o meu corpo quando os meus joelhos entraram em contacto com o chão. - Se fosse para você morrer, eu o teria deixado morrer decapitado.

- Porque se importa? Porque me salvou? Você estava bem. Eles não iam fazer mal para você. - Com alguma dificuldade, ele colocou um braço à volta de Henry o puxando para mais perto, tentando protege-lo do frio.

-...Henry precisa ter um pai...e, mesmo depois de tudo o que aconteceu, você é meu am...- Eu ia continuar a minha fala, mas uma voz grossa me cortou.

- Capitão! - Smee vinha correndo na nossa direção. - Emma!

- Smee! - Eu me levantei rapidamente e o abracei. - O que está fazendo aqui? 

- Soubemos da condenação do capitão e viemos tentar ajudar no salvamento, mas parece que está tudo bem...

- Não. -O cortei. - Eu estou perguntando como você nós achou.

- Eu chamei eles. - Henry falou de uma maneira abafada pois o seu rosto estava escondido contra o peito de Killian.

- Você chamou? - Jones perguntou obrigando o garoto a olhar para ele.

- Sim...O ursinho...Ruby estava com medo que acontecesse algo comigo...Smee sabe que eu sou filho de vocês, porque Ruby contou...Dentro do ursinho tinha um espelho magico que me permitia falar com Smee...- Ele colocou a mão dentro da sua pequena blusa e tirou de lá um pequeno espelho em forma de estrela com oito pontas.

- Quando eu cheguei a casa estava ardendo, mas eu vi as vossas pegadas na neve e as segui enquanto as ia apagando para os guardas não os encontrarem...O garoto é muito esperto. - Smee disse com um sorriso no rosto. - É, sem duvida, filho de vocês.

-Otimo...Nos leve para a Jolly Roger. - Eu tirei Henry com cuidado dos braços de Killian e o coloquei nos braços de Smee. -  Você e Henry vão na frente. Eu vou ajudar Killian. - Ajudei Jones a se levantar e passei um braço dele pelos meus ombros enquanto colocava um braço meu pelas costas dele.

-Sim, capitã. Teremos que ser rápidos antes que a guarda real encontre a Jolly Roger...se é que já não encontraram...- E, do fundo do meu coração, eu esperava que não, pois se a Jolly Roger tivesse sido apreendida eu, Jones, Smee, a tripulação e Henry morreríamos.



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